Comentarista: Oliveira Silva
Texto Bíblico Base Semanal: Apocalipse 21.1-11
1. E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.
4. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
6. E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
7. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.
8. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.
9. E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
10. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
11. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
Momento Interação
A Bíblia fala nesse texto do encontro dos salvos com Jesus nos ares, que constitui o arrebatamento da Igreja de Cristo. Cristo vem buscar a sua igreja para livrá-la da grande tribulação, que serão dias de muito sofrimento para todos os que não creram na Palavra de Deus e permaneceram no engano resistindo a se entregarem ao Senhor Jesus. Para participar do glorioso encontro com Jesus nos ares, é preciso antes ter um encontro com Deus enquanto se está na terra. Deus dá oportunidades a cada pessoa de ter um encontro com Ele. No livro de Gênesis podemos observar a oportunidade que o Senhor deu a Jacó, um homem que tinha várias falhas no seu caráter, de ter um encontro com Deus, através do qual foi transformado em seu caráter, recebendo inclusive, um novo nome: Israel (Gn 32.22-32). Esse Encontro com Deus nos ares significa a Salvação, quando Jesus virá para buscar aqueles que creram e perseveraram até o fim para ter a Vida Eterna com Ele. Como estar em condições de participar desse glorioso Encontro com Deus?
Introdução
Como devemos adorar a Deus? Após uma rápida lapidagem no texto, percebemos a necessidade de compreendermos o pleno sentido da adoração contínua ao Senhor.
Nas igrejas denominacionais, é comum o pregador associar dízimos e ofertas com adoração a Deus, e muitos enfatizam dizendo: “Agora vamos adorar a Deus com os nossos dízimos e ofertas aqui no altar da casa do Senhor.” Essa prática é um equívoco, mais precisamente um engodo para que os fieis sintam no coração a emoção que realmente estão agradando e adorando a Deus com obra material. Mas, na carta Romanos 11.35, a Palavra alerta dizendo: Quem deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado? O que também fora ratificado no livro de Jó 41.11, onde o próprio Senhor disse: Quem primeiro deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. Portanto, é impossível adorar ou mesmo agradar a Deus doando qualquer bem material para as instituições religiosas.
Mas para que aprendemos a amar e adorar a Deus verdadeiramente em Espírito e em Verdade, Ele nos amou primeiro, o seu amado Filho Cristo Jesus é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade, porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
I. A Perseverança da Igreja de Cristo até o Fim
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor, e o seu amor é à base da aliança, o fundamento da sua fidelidade e a razão da eleição do seu povo. Adorar a Deus,é guardar os seus mandamentos, pois no capítulo 2, versículo 9 da primeira carta universal do Apóstolo Pedro, o Senhor declara o seu amor de uma forma especial por aqueles que o adoram e buscam fazer a sua vontade, observem: Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Essa adoração é dotada de compromisso com Altíssimo e confiança absoluta nele, diluindo amor aos inimigos e renúncia em favor dos necessitados. O amor é o sentimento de apreciação ao próximo, acompanhado do desejo de lhe fazer a caridade.
Porque o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. É a mais alta qualidade da vida cristã, norteando todas as relações de amor a Deus e ao próximo. Na carta aos Romanos 5.6-8, a Palavra revela e exemplifica a essência do verdadeiro amor; o amor do Senhor Deus pelo homem, ainda que este estava morto no pecado pela queda Éden. Afirma o Senhor que por algum bom, por algum justo, pode ser que alguém ouse a morrer, mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Adorar a Deus é amá-lo acima de todas as coisas, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento, porque este é o primeiro e grande mandamento. Adorar a Deus é amar o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22.35-39). "Porque se alguém disser ama a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois, quem não ama seu irmão, ao qual vê, como pode amar a Deus, a quem não vê?" (1 Jo 4.20). E na primeira carta aos Coríntios 13.1-3, a Palavra descreve a grandeza do sublime amor ao próximo, e diz: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor ao próximo, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria".
II. O Arrebatamento: Momento Glorioso para a Igreja de Cristo
O ensino do Arrebatamento é mais claramente apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa "dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes. Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com o sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar para longe" (Mt 12.29; Jo 10.12). Também pode ser usada com o sentido de "levar embora com uso de força" (Jo 6.15; 10.28-29; At 23.10; Jd 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais significativo. Diz respeito ao Espírito Santo levando alguém de um lugar para outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (At 8.39; 2 Co 12.2, 4; 1 Ts 4.17; Ap 12.5). No espírito do povo de Deus, por todo o mundo, há uma convicção crescente e certíssima - convicção baseada nas verdades da Palavra divina - de que a história da Igreja na terra está prestes a findar; e que o Senhor Jesus está para vir para levar a Sua noiva para a casa do Pai. Já compenetrado da realidade deste solene assunto, e do que ele significa? Se não estás ainda, que o Espírito Santo se sirva destas linhas para despertar a tua preciosa alma: "Para que o Senhor não venha de improviso e não te ache dormindo" (Mc 13.36).
A preocupação com "acontecimentos", em lugar do coração estar ocupado com a Sua pessoa, rouba ao coração muito daquele bem estar e conforto que deve resultar desta esperança celestial. Infelizmente, o inimigo tem conseguido fazer com que no espírito de muitos esta linda promessa da vinda do Senhor se pareça com uma ameaça judicial; enquanto, como vemos em João 14, foi o melhor tônico escolhido pelo Grande Médico para reanimar os corações desfalecidos e receosos dos Seus amados discípulos. E quando o inspirado apóstolo, anos mais tarde, escreve a sua primeira carta aos enlutados e perseguidos jovens convertidos de Tessalônica, ele conclui as suas observações sobre a vinda do Senhor com esta pequena, mas significativa frase: "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras".
III. Os Fiéis Reinarão para sempre com o Senhor
Jesus vai ser assistido no Seu reino pelos santos—Seus seguidores fiéis de todos os períodos da história humana, que serão ressuscitados quando Ele retornar. Eles se tornarão filhos imortais de Deus (1 Co 15.50-53), ascenderão para se encontrar com Cristo nos ares (1 Ts 4.17) e juntar-se-ão a Ele na conquista das nações rebeldes da terra e no estabelecimento do Reino de Deus (Salmo 149.5-9; Ap 5.10; 20.6). É-nos dada a garantia de que em Cristo “os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade” (Dn 7.18). O Milênio será seguido por uma breve libertação de Satanás, como uma lição importante para a humanidade, e depois a sua remoção permanente (Ap 20.7-10). Logo a seguir à remoção permanente de satanás, virá outra ressurreição por meio da qual todos os que já viveram, serão dados a oportunidade de ser salvos e receber a vida eterna (versículos 5,11-12). E, após esse período, virá a destruição permanente no lago do fogo dos ímpios incorrigíveis, aqueles que finalmente se recusarem a arrepender-se (versículos 13-15; 21:8). Finalmente, o ambiente terrestre será transformado em “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21.1) e a gloriosa cidade de Nova Jerusalém descerá do céu para a terra, juntamente com Deus Pai, que na última habitará com Seus filhos, agora imortais (versículos 2-3). “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (versículo 4).
Conclusão
Esta é a culminação do plano de salvação de Deus, quando Cristo “tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai … Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de Seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte” (1 Co 15.24-26). Os filhos imortais de Deus, submissos a Cristo e ao Pai, então herdarão “todas as coisas” (Ap 21.7)—o universo inteiro. E “do incremento deste principado e da paz, não haverá fim” (Is 9.7). Esta é a salvação impressionante pela qual esperamos—que começará no retorno glorioso do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. “Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará” (Hb 10.37). Como Ele declara no último capítulo da Bíblia: “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12). Sim, Jesus Cristo está voltando. O Rei está vindo—em breve! Então, nas palavras de Hebreus 10.23: “retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.”