terça-feira, 29 de setembro de 2015

Por que Adoramos?







Agora que você é um cristão, você é uma nova criatura, com novos sentimentos, novos relacionamentos e novas responsabilidades. De que modo você expressa o sentimento que lhe enche o coração? Como você expressa ao Senhor a sua adoração, a sua honra e o seu respeito? A Bíblia usa o termo "adorar" com respeito à manifestação dessa reverência.

O Antigo Testamento freqüentemente fazia uso de atos físicos para representar uma atitude do espírito. Por exemplo, a palavra hebraica traduzida por "adorar" significa "abaixar-se, curvar-se, prostrar-se", e denota uma submissão a alguém superior. Quando a glória do Senhor encheu o templo, os israelitas "se curvaram com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram" (2 Crônicas 7:3).

Esse conceito se estendeu ao Novo Testamento, no qual os discípulos, ao encontrarem o Cristo ressuscitado, "abraçaram-lhe os pés e o adoraram" (Mateus 28:9). A adoração encontra a sua motivação no reconhecimento de que Deus é digno. Isso pode ser representado por atos físicos como prostrar-se, oferecer sacrifícios ou fazer outra atividade ordenada, mas deve brotar de uma atitude do coração de reverência para com o objeto adorado.

Paulo, na saudação de cada uma de suas cartas, refere-se a Deus ou como "nosso Pai", ou como "o Pai". A relação espiritual que os cristãos têm com Deus é comparável à do filho com o pai. O pai deve ser honrado e respeitado por sua família. Malaquias declara que: "O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? - diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome" (Malaquias 1:6). Como os cristãos devem expressar honra e respeito por Deus, o seu Pai?

Deus é honrado quando é louvado pelo que fez. O salmista afirma: "Aclamai a Deus, toda a terra. Salmodiai a glória do seu nome, dai glória ao seu louvor. Dizei a Deus: Que tremendos são os teus feitos!" (Salmo 66:1-3). Deus é digno de louvor não apenas por sua obra criadora, mas também por sua obra redentora, no sacrifício de Cristo. "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as cousas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas" (Apocalipse 4:11). Ainda: "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (Apocalipse 5:12).

Os cristãos de hoje têm muitas oportunidades de reconhecer a dignidade de Deus e do Cordeiro na adoração particular e no culto público, reunido com outras pessoas. Uma forma é pelo "instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Colossenses 3:16).

Orar com outros irmãos é outra oportunidade de glorificar a Deus. Foi o que aconteceu quando os cristãos da igreja primitiva celebraram o retorno de Pedro e de João em segurança (Atos 4:24).

Ainda, os filhos de Deus o adoram quando mostram o devido respeito por sua palavra estudando-a e se aperfeiçoando em seu uso devido. Como cristão, você deve procurar "apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Timóteo 2:15).

Por fim, os cristãos prestam homenagem tanto ao Pai quanto ao Filho ao lembrarem o sacrifício feito a favor de seus pecados. Jesus estabeleceu isso quando tomou a ceia do Senhor e disse: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós, fazei isto em memória de mim" (1 Coríntios 11:24). Cada primeiro dia da semana, quando os cristãos através de todo o mundo se reúnem em torno da mesa do Senhor, eles realizam esse ato de respeito.
O escritor de Hebreus ressaltou a importância desses atos de adoração ao admoestar os cristãos judeus, ainda que estivessem sofrendo perseguições, aprisionamentos e a perda de suas propriedades por causa da fé em Cristo: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns" (Hebreus 10:25). Era importante que eles considerassem "também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras" (Hebreus 10:24-25), reunindo-se para adorar a Deus. Será menos importante que os cristãos de hoje, enquanto desfrutam de paz e prosperidade, façam o mesmo?

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O Pai e o Filho São Uma Só Pessoa?



                                                 


Algumas afirmações das Escrituras, isoladas do contexto maior da Bíblia, são facilmente distorcidas. Por exemplo, Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Então, podemos concluir que Jesus e o Pai são realmente a mesma pessoa? A doutrina conhecida como “unicismo” ensina que Deus Pai e Jesus Cristo, o Filho, são uma só e a mesma pessoa. Às vezes, explicam que o Pai e o Filho são apenas duas manifestações da mesma pessoa.

Certamente, há coisas difíceis de entender nas Escrituras, mas devemos ter cuidado para não deturpar a verdade para a nossa destruição (2 Pedro 3:16). Mesmo se alguém enfrentar alguma dificuldade em explicar o que a Bíblia diz, jamais devemos contradizer a palavra do Senhor. A Bíblia claramente ensina que o Pai e o Filho são duas pessoas distintas. Vamos considerar alguns exemplos deste ensinamento bíblico que nos levam a rejeitar a doutrina unicista.

Jesus veio do Pai e voltou ao Pai (João 16:28). Este comentário de Jesus é um de vários que mostram uma distinção. Ele estava em um lugar (na terra) enquanto o Pai estava em outro (o céu).

Jesus e o Pai dão o testemunho de duas pessoas. Qualquer doutrina humana que nega a palavra do Senhor precisa ser totalmente rejeitada. A doutrina unicista invalida os argumentos de Jesus no evangelho de João e deve ser rejeitada. Considere o que Jesus disse:

“Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim” (João 8:16-18).

“Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que dá de mim. . . . O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim” (João 5:31-37).

Pessoas ouviram a voz de Jesus sem ouvir a voz do Pai. Outra afirmação de Jesus que é negada pela doutrina unicista é esta sobre o Pai: “Jamais tendes ouvido sua voz, nem visto a sua forma” (João 5:37).
Jesus é Deus (João 1:1; 8:24), e merece a adoração das suas criaturas (Hebreus 1:6; Apocalipse 4:11-14), mas ele é uma pessoa distinta de Deus Pai.

sábado, 26 de setembro de 2015

O que significa “segundo a ordem de Melquisedeque”?



                   

Davi profetizou, mil anos antes do nascimento de Jesus, que o Messias seria “sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque” (Salmo 110:4). O autor de Hebreus cita esta profecia várias vezes, e explica o seu significado em relação à superioridade total de Jesus.

A “ordem de Melquisedeque” não se refere a algum tipo de sociedade secreta ou mística como a Rosa Cruz, os Maçons ou os Templários. Não é alguma organização preservada desde a antigüidade, nem uma classe de sacerdotes na igreja do Senhor. A expressão “segundo a ordem de Melquisedeque” significa que o sacerdócio de Jesus é do mesmo tipo, ou parecido com, o sacerdócio de Melquisedeque.

Melquisedeque aparece na história bíblica, e some logo em seguida. Ele era rei de Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14:18). Abençoou Abraão e recebeu o dízimo dele depois da vitória do patriarca contra Quedorlaomer.

As Escrituras não relatam nada sobre antepassados nem descendentes de Melquisedeque (o ponto de Hebreus 7:3). Ele servia como sacerdote antes do nascimento de Isaque, então não era descendente da tribo de Levi (um dos netos de Isaque). Era sacerdote aprovado por Deus, independente de linhagem.

Deus fez algumas coisas no Velho Testamento pensando na vinda de Jesus, e assim ajudando o povo a entender a missão de Cristo. Os comentários em Gênesis e Salmos sobre Melquisedeque mostraram a possibilidade de ter um sacerdote que não era sujeito à Lei dada aos israelitas no Monte Sinai. É exatamente isso que o autor de Hebreus nos mostra, usando Melquisedeque como tipo de Cristo.

Jesus não podia ser sacerdote no sistema dado no Monte Sinai (Hebreus 8:4). O fato de Deus ter declarado Jesus sacerdote eterno serve de prova de mudança de lei: “Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei” (Hebreus 7:14). “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hebreus 8:6).
Salmo 110, como o autor de Hebreus bem explica, aponta para o perfeito Rei e eterno Sacerdote, Jesus Cristo. Qualquer ensinamento que procura preservar algum sacerdócio humano segundo a ordem de Melquisedeque (como fazem, por exemplo, os mórmons), age por autoridade humana, e não divina (cf. Gálatas 1:10; 2 João 9), e diminui a importância de Jesus Cristo como o eterno e suficiente Sumo Sacerdote.
                                                        

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Por que confessar pecados?

 

 

                                                                 
 

Diversas vezes na Bíblia, encontramos casos de servos de Deus que confessaram seus pecados, ou mandamentos sobre esta prática. Por que confessar nossos pecados? 

1. Devemos confessar os nossos pecados a Deus para receber perdão. João escreveu aos cristãos: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:8-9). A confissão aqui é feita pelo cristão ao Pai, com ajuda do Advogado Jesus Cristo. Alguns pecados não precisam ser confessados a outros homens, mas todos precisam ser confessados ao Senhor para receber o perdão dele.

2. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que ofendemos. Jesus mostrou que tal confissão é necessária para receber o perdão do irmão ofendido: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4).
3. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que podem nos ajudar. Quando Simão reconheceu seu erro, ele pediu as orações de Pedro (Atos 8:24). Tiago disse: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tiago 5:16).
4. Pecados conhecidos por outros precisam ser confessados para restabelecer a comunhão. Mateus 18:15-17 diz: "Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi_lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize_o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera_o como gentio e publicano." A cada etapa, a pessoa ou aceita a correção ou recusa ouvir. Como sabemos a diferença? A pessoa teria que falar, ou confessando o seu pecado (veja o exemplo de Davi em 2 Samuel 12:13) ou negando a sua culpa (como Saul fez em 1 Samuel 15:20). Se confessar o pecado e pedir perdão na primeira conversa com uma pessoa, o problema será resolvido. Se outras pessoas forem envolvidas, tentando corrigir o pecador, ele terá que confessar diante delas, também, para tirar qualquer obstáculo à comunhão com os irmãos. Assim, pode chegar ao ponto de confessar o pecado à igreja toda. Quando isso acontece, o irmão arrependido deve ser perdoado e recolhido com amor, pois o diabo ainda estará tentando destrui-lo (veja 2 Coríntios 2:5-11).

A ignorância da verdade é desculpa para a desobediência?



 Quando ele pregava aos adoradores de ídolos de Atenas, Paulo disse: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30). Este versículo é muitas vezes usado para sugerir que Deus não condenará aqueles que nunca ouviram o evangelho, e para desculpar as falhas dos cristãos em ensinar seus vizinhos ou levar o evangelho às áreas mais remotas.
Mas esta interpretação não atinge o intuito do versículo e contradiz outras passagens. Paulo faz uma distinção entre os pecados da ignorância cometidos no passado (antes da vinda de Cristo e do seu evangelho) e a exigência de Deus de arrependimento agora. No passado, Deus não levou em conta os tempos da ignorância. Agora, ele exige que todos os homens, em toda parte, se arrependam. Consideremos algumas outras passagens para esclarecer este ponto.
Pedro disse que os judeus mataram Jesus por ignorância (Atos 3:17). Será que isso significava que eles poderiam ser salvos sem obedecer ao evangelho? Certamente não. Ele lhes disse que se arrependessem e se convertessem para cancelar seus pecados (Atos 3:19).
Paulo descreveu-se como o maior dos pecadores (1 Timóteo 1:15), apesar de que agiu em boa consciência (Atos 23:1) e por ignorância (1 Timóteo 1:13). Ele diz que recebeu a misericórdia de Deus por causa de sua ignorância. Significa isto que ele foi salvo sem ouvir e obedecer ao evangelho? Claro que não. Ele teve que conhecer a Cristo, crer nele, e ser batizado para remissão dos seus pecados (1 Timóteo 1:14-16; Atos 22:16).
Em 2 Tessalonicenses 1:8, Paulo disse que Jesus punirá eternamente aqueles que "não conhecem a Deus" e aqueles "que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus". A ignorância não é defesa. Aqueles que pecam, mesmo que nunca ouçam o evangelho, estão condenados por causa de seu pecado. Os cristãos que compreendem este fato verão a maior urgência de nosso trabalho de espalhar o evangelho. Deus "é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9).

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O que Jesus quis dizer quando disse para não dar "aos cães o que é santo"?

Em Mateus 7:6, Jesus disse: "Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem."
As interpretações desse versículo variam e, algumas vezes, são completamente estranhas ao seu contexto. Alguns o aplicam literalmente, dizendo que é pecado dar as sobras da mesa (já abençoadas através da oração) ao cão doméstico. Mas mesmo uma leitura superficial do contexto, a qual é a mensagem mais espiritual já transmitida ao homem, mostra que Jesus não está se referindo aqui a cães de estimação ou porcos. Sua mensagem é claramente espiritual.
Jesus usa animais aqui, como em outros lugares, para representar as características espirituais de certas pessoas. Do mesmo modo, ele chamou Herodes de "essa raposa" (Lucas 13:32) e os fariseus de "serpentes, raça de víboras" (Mateus 23:33). Seus seguidores freqüentemente foram chamados de ovelhas (João 10:27).
No Velho Testamento, aos sacerdotes era permitido comer de certos sacrifícios oferecidos ao Senhor (Êxodo 29:33; Levítico 2:3). Seria impensável para eles jogarem essa comida sagrada para algum cão vadio. O cão não seria capaz de apreciar o valor disso. Semelhantemente, um porco jamais pode apreciar a beleza e o valor de uma pérola rara.
Há cães espirituais neste mundo, ou seja, pessoas que simplesmente não apreciam o valor das coisas espirituais. Jesus está dizendo que não se deve forçar o evangelho sobre tais pessoas. Por mais que queiramos guiar uma pessoa ao Senhor, não podemos obrigar ninguém a obedecer a Deus.
Jesus usou uma linguagem mais clara para falar do mesmo assunto quando enviou os apóstolos para pregar: "Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés" (Mateus 10:14).
Hoje em dia, precisamos fazer a mesma coisa quando ensinamos o evangelho. Àqueles que estão famintos e sedentos de justiça, devemos dar todas as oportunidades para aprenderem a vontade de Deus. Mas aqueles que já mostraram sua falta de interesse nas coisas espirituais não devem e não podem ser forçados a obedecer. Admoestações constantes, não importa se bem intencionadas, não transformarão um cão num cordeiro.
Precisamos ser cuidadosos aqui. Os apóstolos podiam discernir a atitude de uma pessoa somente depois de ter tentado ensiná-la. Não devemos desistir de ensinar alguém antes de lhe dar uma oportunidade para ouvir o evangelho. Somente Deus sabe o que realmente está no coração!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Em que sentido é Jesus,o primogênito de toda a criação ?

Colossenses 1:15-20 é uma das passagens mais fortes que afirma a primazia de Jesus Cristo. Este trecho mostra que Jesus é superior à criação, acima de todas as autoridades, e o cabeça da igreja. Em Jesus habita "toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9; 1:19).

Algumas pessoas interpretam a palavra "primogênito" de uma maneira errada, assim tirando Cristo de sua devida posição divina. Ele é Deus que se fez carne (João 1:14) e que veio à Terra para ser "Deus conosco" (Mateus 1:23). Essas pessoas dizem que "primogênito de toda a criação" quer dizer que o próprio Jesus foi criado. Para apoiar esta idéia, alguns até pervertem a tradução da Bíblia, inserindo a palavra "outras" cinco vezes neste trecho (Colossenses 1:16-20) para mudar o sentido do texto (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, a tradução usada exclusivamente pelos Testemunhas de Jeová). Para afirmar que Jesus fez as outrascriaturas é como dizer que uma criança está brincando com os outroscachorros. A criança não é cachorro, e Jesus não é criatura. Ele é eterno. Já existia no princípio (João 1:1). Usou o mesmo nome que Jeová usou no Velho Testamento ­ "Eu Sou" (João 8:24,58; Êxodo 3:14).

"Primogênito" nem sempre tem o sentido do primeiro que nasceu. Esta palavra é usada várias vezes na Bíblia para mostrar a posição de honra ou privilégio que alguém recebeu. Por exemplo, Deus chamou Israel de primogênito entre os povos (Êxodo 4:22). Diversas outras nações já existiam séculos antes de Deus criar a nação de Israel. Primogênito não quer dizer, neste caso, o primeiro que passou a existir. Quer dizer simplesmente que Deus colocou Israel numa posição de honra acima de todas as nações. No Novo Testamento, todos os filhos de Deus são primogênitos (Hebreus 12:23) porque Deus os colocou numa posição de honra. No mesmo sentido, o Pai colocou Jesus numa posição de primazia acima de todas as criaturas.

De semelhante modo, Jesus é o primogênito de entre os mortos (Colossenses 1:18). Outras pessoas foram ressuscitadas antes de Jesus, mas ele reina supremo sobre todos. Jesus não é criatura. Ele é Criador, Redentor, e Senhor dos senhores (Apocalipse 17:14)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Testando os Profetas: Eles Estão Falando a Palavra de Deus?





Os profetas estão em toda a parte! Nós os ouvimos dentro dos edifícios das igrejas, na televisão e no rádio, nas ruas, ou plantados na porta de nossas casas, para nos falar da vontade de Deus. Eles se dizem mensageiros de Deus, revelando quando o mundo vai acabar, ou o que vai acontecer em nossas vidas, atualmente. Às vezes, predizem grandes bênçãos. Outras vezes, eles nos avisam sobre sérias calamidades. Freqüentemente, nos dizem que Deus lhes tem falado para ordenar-lhes a construção de uma grande catedral ou o empreendimento de algum glorioso empenho no serviço do Senhor.

Sem dúvida, a Bíblia menciona freqüentemente profetas de Deus (que revelaram a palavra do Senhor). Algumas vezes, eles falaram sobre os acontecimentos de seu tempo, ou sobre o fim do mundo. Eles predisseram bênçãos maravilhosas e terríveis tragédias. Mas aqueles que desejaram conhecer a vontade de Deus, durante os tempos da Bíblia, também tiveram que se guardar contra os profetas enganadores e falsos. Eles não poderiam aceitar cegamente o testemunho de cada homem que dissesse estar falando por Deus. Hoje, mais do que nunca, precisamos testar aqueles que alegam serem portadores das mensagens de Deus. Toda pessoa que diz falar a palavra de Deus precisa ser experimentada de acordo com a palavra de Deus. Seguindo as recomendações de 1 João 4:1, precisamos submeter os profetas de nossos dias ao teste. São eles, verdadeiramente, mensageiros de Deus?
Testes bíblicos das pretensões dos profetas

Baseados nos exemplos e instruções encontradas na Bíblia, podemos examinar as palavras daqueles que têm a pretensão de serem profetas, aplicando estes cinco testes:

1. Contradição

2. Cumprimento

3. Confirmação

4. Revelação completa

5. Apóstolos contemporâneos

Considere a importância destes cinco testes.
1. O teste da contradição

Deus não é a fonte de contradições, indecisão e confusão (2 Coríntios 1:18-21; 1 Coríntios 14:33). A verdade que provém de Deus (João 8:31-32) promove a unidade e não promove a divisão, o conflito ou a diversidade de doutrina (João 17:17-23).

Estes princípios são a base do teste da contradição. A verdade não contradiz a verdade, portanto, duas revelações da verdade de Deus não podem ser contraditórias. Qualquer um que seja reprovado neste teste não é um profeta de Deus. Se as "profecias" de um homem contradizem aquelas feitas em outra ocasião, ele é um mentiroso, não é um profeta. Se um homem apresenta uma "revelação" que conflita com revelações prévias na Bíblia, ele é um falso mestre que tem que ser rejeitado (Gálatas 1:6-10).

O teste da contradição apresenta sérios problemas para aqueles que hoje alegam inspiração. Muitos deles ensinam doutrinas contraditórias, enquanto dizem que Deus é a fonte de suas mensagens! Que insulto a Deus, culpá-lo pela confusão criada pelo homem, que obscurece a verdade que ele revelou! "Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo homem" (Romanos 3:4).
2. O teste do cumprimento

Deus usou a profecia como evidência de sua Divindade. Em Isaías 46:9-11, ele disse: "que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as cousas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade. . . . Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei."

A implicação deste argumento é clara. Se suas profecias não fossem cumpridas, suas outras palavras (inclusive sua própria declaração de ser Deus) seriam falíveis. Não haveria mais razão para temer Jeová do que para respeitar os deuses impotentes descritos em Isaías 46.

Os que se dizem mensageiros de Deus não merecem um exame mais benevolente. Deus revelou um teste muito claro para ser aplicado àqueles que alegam falar por Ele: "Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele" (Deuteronômio 18:21-22). Todos os anos, algum "profeta" aparece com predições específicas sobre acontecimentos no mundo ou até mesmo a volta de Cristo, algumas vezes vendendo milhões de livros e ganhando fama. Quando se passam os meses e suas profecias falham, lembramo-nos novamente de que não há necessidade de respeitar as palavras daqueles que têm a pretensão de falar por Deus.
3. O teste da confirmação

Moisés revelou a palavra de Deus ao Faraó, e sua mensagem foi acompanhada por milagres para confirmar que essas palavras vinham de Deus. Jesus freqüentemente acompanhava seus ensinamentos com milagres notáveis, e ordenava aos seus apóstolos que fizessem o mesmo: "cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam" (Marcos 16:20; veja, também, Hebreus 2:3-4).

Estes sinais de confirmação eram inconfundíveis: ressuscitar os mortos, curar instantaneamente doenças inegáveis e sérias, etc. Os milagres da Bíblia eram muito mais do que afirmar a alguém que ele foi curado de uma doença mental ou invisível.

Quando os homens, em nossos dias, afirmam que estão proferindo alguma mensagem recebida diretamente de Deus, precisamos desafiá-los a confirmar suas palavras com milagres genuínos e inegáveis. Que eles ressuscitem os mortos e restaurem os membros dos amputados, ou então que parem de afirmar que têm revelações de Deus!
4. O teste da revelação completa

Alguns desses profetas podem afirmar que seus ensinamentos estão em completa harmonia com a Bíblia e que eles realizam milagres do mesmo tipo encontrado nas Escrituras. Suas pretensões a revelar alguma coisa nova de Deus não passarão no teste da revelação completa. A Bíblia mostra que milagres, também profecias, línguas e revelações especiais de Deus, tinham um propósito específico e temporário: confirmar a palavra dita. Uma vez que essa palavra foi revelada e confirmada, não haveria mais necessidade de uma confirmação milagrosa. Escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, Paulo ensinou que os dons espirituais foram planejados por Deus para serem temporários, e que eles cessariam quando a revelação completa ou perfeita (a Bíblia) fosse conhecida (1 Coríntios 13:8-13). "Profetas" modernos focalizam meios imperfeitos e temporários de revelação, enquanto falham em dedicar o tempo adequado a estudar e aplicar a verdade da Bíblia, completamente revelada.

Alegações de inspiração e de habilidades milagrosas são hoje negações da adequação e da confiabilidade das Escrituras (veja 2 Timóteo 3:16-17).
5. O teste dos apóstolos contemporâneos

Mais um problema para estes "profetas" modernos, que é uma questão de tempo. Eles chegaram cerca de 1900 anos atrasados! A Bíblia mostra que os dons milagrosos do Espírito Santo (incluindo-se a profecia veja 1 Coríntios 12:7-11) eram normalmente transmitidos pela imposição das mãos dos apóstolos (Atos 8:18; 19:6), e sempre na presença pessoal de um ou mais dos apóstolos. Visto que o último dos apóstolos morreu lá pelo fim do primeiro século, qual é o meio de transmitir esses dons hoje em dia? Os profetas de hoje têm que:

- ou alegar que ainda existem apóstolos o que seria uma alegação difícil de provar, pois os apóstolos foram testemunhas oculares do Cristo ressuscitado (Atos 1:21-22; 1 Coríntios 15:3-9),

- ou afirmar que a Bíblia não é confiável quando diz que esses dons eram transmitidos pelas mãos dos apóstolos (leia novamente Atos 8:18).
Os profetas modernos passam nestes testes?

Quando examinados à luz das Escrituras, os profetas modernos falham a cada volta. Alguns deles podem ser capazes de enganar milhões de pessoas para que aceitem e apoiem seus ensinamentos, mas grandes números de seguidores não podem transformar o erro em verdade. Esses profetas contradizem uns aos outros e, mais importante, contradizem a Bíblia. Eles falham em produzir milagres autênticos para confirmar suas mensagens. Suas predições sobre o futuro falham uma atrás da outra. Eles alegam ter dons que cessaram segundo o plano da sabedoria de Deus cerca de 1900 anos atrás. Eles pretendem ter hoje dons que foram transmitidos diretamente pelos apóstolos, ainda mesmo que os apóstolos tenham morrido 1900 anos atrás. Tais pretensões de revelações sensacionais de Deus podem atrair seguidores e seu dinheiro, mas não resistiriam ao exame cuidadoso daqueles que respeitam as Escrituras como sendo a palavra de Deus, completa e autorizada. Precisamos ter cautela com a atração mortal daqueles que nos conduziriam para longe de Deus. Jesus elogiou os cristãos de Éfeso pelo seu cuidadoso exame daqueles que traziam a eles mensagens novas e diferentes: ". . . e que não podes suportar homens maus, e que pusestes à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não o são, e os achastes mentirosos" (Apocalipse 2:2). Precisamos imitar seu exemplo, lembrando a atitude tomada pelos cristãos de Beréia, "examinando as Escrituras todos os dias para verem se as cousas eram de fato assim" (Atos 17:11).

Que faremos com aqueles que alegam falar por Deus? Temos que submetê-los ao teste!


"A Letra Mata, mas o Espírito Vivifica"

No seu contexto, esta linha de 2 Coríntios 3:6 expressa um contraste importante entre a impropriedade do sistema do Velho Testamento e a suficiência de Cristo para nos salvar do pecado. A "letra" representa o "ministério da morte, gravado com letras em pedras" que foi dado aos israelitas através de Moisés (3:7,3). O “Espírito” representa a nova aliança de Cristo, revelada através do Espírito Santo e escrita em nossos corações (3:3,4,6,8).

É uma trágica e triste ironia que alguns professores de hoje estejam arrancando este versículo de seu contexto e destorcendo seu significado tão completamente que eles negam o verda-deiro ponto que Paulo está dando no texto. Algumas pessoas, quando confrontadas com o fato que suas doutrinas e práticas humanas não são aprovadas no Novo Testamento, são tão orgulhosas ou tão cegas, que não admitem seu erro. Em vez disso, elas atiram este versículo na face daquele que está salientando a importância de obedecer Cristo e sugerem que o estudo cuidadoso da Bíblia é inútil e até perigoso, "porque a letra mata, mas o Espírito vivifica". Que blasfêmia contra a palavra de Deus!

No mesmo contexto de 2 Coríntios 3, Paulo enfatiza a importância da palavra revelada por Cristo. Ele destaca o valor da palavra de Deus (4:2), da verdade (4:2), do conhecimento da glória de Deus (4:6), da liberdade (3:17; veja João 8:32 para saber como encontramos esta liberdade), e de olhar no espelho que nos transforma (3:18; veja Tiago 1:23-25 para saber o que é este espelho).

Há ainda mais uma triste ironia com este argumento, que não deveríamos estudar a Bíblia cuidadosamente porque "a letra mata". Em minha limitada experiência, as mesmas pessoas que mais freqüentemente usam 2 Coríntios 3:6 para fugir de suas responsabilidades de obedecer alguma instrução de Cristo são as mesmas que apelam para o Velho Testa-mento, para defender tais práticas como o dízimo, o batismo infantil, ou a aspersão (em vez da imersão). Estas práticas não são autorizadas pelo Novo Testamento, como revelado pelo Espírito. Não temos nenhum direito para retornar à "letra" escrita em tábuas de pedra para fugir do ensinamento da nova aliança.