quarta-feira, 26 de julho de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Julho/2017 - Capítulo 4 - A Glória do Senhor




Introdução

É tempo de clamar por um avivamento. Habacuque percebeu que seus compatriotas precisavam mudar seu comportamento espiritual. Por isso, se coloca diante de Deus e roga que os olhos deles sejam abertos para a maior das necessidades, que é a de estar mais perto do Senhor e viver seus princípios.
A essa prática espontânea no modo de servir ao Senhor é que chamamos de avivamento ou renovação espiritual. Ela resultará na ação poderosa, irresistível do Espírito Santo, que se sobrepõe a qualquer força. Quando o avivamento acontece, a renovação aparece e, consequentemente, seus grandes e necessários resultados surgem. A Igreja avivada cria crentes avivados. Seus membros tornam-se ativos, buscam ao Senhor, Is 55: 6, deixam de ser simples admiradores e ouvintes e passam a realizadores, Jó 42: 5. “Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem”. Os crentes espirituais, 1Co 2: 15, são ativos e produtivos na obra do Senhor, Ap 22: 11.

I. O Clamor de Habacuque

O profeta compreende que Deus é puro de olhos, de modo que Ele não coaduna com a opressão (v. 13). A pureza de Deus era possível ao profeta compreender, porém, não compreendia como Deus poderia levar a efeito o seu propósito se a vara de correção (caldeus) eram homens aleivosos. Como os ímpios podiam ser usados por Deus, se o povo de Israel, segundo a concepção de Habacuque, era mais justo do que eles?
É possível à concepção humana de justiça, alguém ser mais justo que outro. Porém, segundo a justiça e o juízo de Deus, não há uma gradação de justiça. Ou o homem é justo, ou não é.
Habacuque invoca a soberania de Deus para que Ele estabeleça o seu reino, e os homens não mais vivam semelhante aos peixes e répteis, sem quem os governe. É plausível esta consideração de Habacuque? Não! Ele esqueceu de considerar que o domínio da terra foi dado aos homens, e o que é dado por Deus Ele não toma.
A Cristo foi dado o domínio de todas as coisas porque ele conquistou. Deus concedeu todo o domínio ao autor e consumador da nossa fé, pois ele conquistou este direito ao morrer e ressurgir dentre os mortos.
Habacuque não duvida da obra maravilhosa revelada, porém, continua em busca de respostas, pois não compreende o modo de Deus trazer correção ao seu povo.

II. O Castigo dos Caldeus

Deus demonstra a Habacuque que os caldeus não permaneceriam para sempre. Eles estavam ajuntando bens mal adquiridos para se engrandecerem. Reputavam que, quanto maior as suas riquezas, com maior facilidade se livrariam do mal (v. 9). Com este pensamento, os caldeus haviam maquinado o mal e a vergonha para as suas moradas. Por destruir muitos povos, ensoberbeceram e a queda era iminente (Hc 2:5 e 10).
Quem é a pedra que clamará da parede? As nações vencidas e levadas cativas, visto que os caldeus utilizaram as nações vencidas para construírem as suas moradas. A pedra haveria de clamar um dito zombador "Ai daquele que acumula o que não é seu..." (v. 6b), e a trave responderia como se estivessem compondo um coro "Ai daquele que edifica a cidade com sangue..." (v. 12).
Deus demonstra através da visão que o labutar constante das nações por poder é proveniente d'Ele mesmo "Não vem do Senhor dos Exércitos que as nações labutem para o fogo..." (v. 12). Ora, Habacuque tinha que compreender que é obra de Deus fazer com que as nações labutem para conquistarem o que será destinado ao fogo, e os povos se fatiguem em vão.
Ora, se o 'labutar em vão' das nações é algo que vem de Deus, porque preocupar-se com os incircuncisos caldeus? Eles eram somente a vara de correção que Deus estava trazendo sobre Israel.
Habacuque deveria esperar na promessa de Deus, pois a terra se encherá da glória de Deus '... como as águas cobrem o mar' "Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Is 11:9). A comparação é pertinente para saber o que é o conhecimento do Senhor. Ora, as águas cobrem o mar na plenitude, e do mesmo modo o conhecimento de Deus é pleno quando o homem é conhecido do Senhor. Temos uma profecia para o milênio.
Deus demonstra que os caldeus perecerão, pois deram a beber as nações o seu furor, ou seja, arquitetaram vingança, deitaram ira para embebedar as nações. Somente a Deus pertence a vingança e a ira, pois Ele mesmo diz: "Minha é a vingança" "Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo" (Hc 10:30).
Os caldeus que pensaram estar fartos de honra, trouxeram opróbrio sobre si. Do mesmo modo que os caldeus expuseram os circuncisos (Israel) à vergonha, Deus proclama que fará os caldeus exibirem a sua incircuncisão (vergonha). Haveria de chegar a vez dos caldeus beberem do cálice da ira de Deus.

III. Deus no Controle da Situação

Deus demonstra que àqueles que tentam despertar a matéria inerte estão completamente perdidos. Que pode o ídolo ensinar? Mesmo os ídolos feitos com os materiais mais nobres, nada podem fazer pelos seus seguidores (v. 19- 19).
Diferente dos ídolos que nada ensinam e não podem proteger, Deus está assentado no seu santo templo. Aos que ouvem a sua palavra resta pôr a mão à boca. Habacuque compreende que não terá uma resposta a altura diante de Deus (Hc 2:1 e 20).

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Julho/2017 - Capítulo 3: O Justo pela Fé Viverá


Introdução

O Livro de Habacuque tem início com algumas questões que importunavam o profeta "Até quando, Senhor..." (v. 2). As questões eram acerca dos tempos estabelecidos por Deus através do seu próprio poder. Ora, desde a antiguidade a preocupação dos homens centram-se nos tempos em que Deus realizará os seus desígnios "E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (At 1:7).
Pedro demonstra a preocupação dos profetas acerca da salvação que haveria de ser revelada e dos tempos estabelecido por Deus "Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava..." (1Pe 1:11).
Além de querer saber os tempos que Deus estabeleceu por seu próprio poder, Habacuque clamava por justiça! (v. 2- 4). Mas, qual tipo de justiça era o anseio do profeta Habacuque?

I. Contexto Político de Judá

Nos dias de Habacuque a obra de Deus foi suscitar os caldeus, nação gentílica, nos dias do apóstolo Paulo a obra de Deus são os cristãos, pessoas levantadas dentre todas as nações que se convertiam a Cristo.
Deus revelou a Habacuque que haveria de levantar dentre as nações os caldeus, mas quando fosse anunciado ao povo de Israel a obra que Deus haveria de realizar, o povo de Habacuque não haveria de crer.
Isaias, Jeremias, Ezequiel e muitos outros profetas anunciaram que o povo de Israel haveria de ser levado cativo pelos caldeus, porém, eles não creram quando lhes foi anunciada a palavra do Senhor.
Habacuque descreve os caldeus segundo a visão que Deus lhe concedeu, ao passo que o povo de Israel não acreditava na invasão dos Babilônicos, a obra maravilhosa que Deus haveria de fazer.
Embora o povo de Israel não terem crido na obra de Deus, no capítulo 5 do livro de Esdras, verso 12, Esdras descreveu a invasão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, o caldeu. Jeremias anunciou a obra maravilhosa de Deus e ficou em Jerusalém com o restante do povo que não foi levado cativo (2Rs 24:14). Ezequias também foi levado cativo à Babilônia na segunda deportação de Judá, segundo a obra maravilhosa que foi anunciada por Deus por intermédio dos seus profetas, como foi o caso de Habacuque.

II. Contexto Social de Judá

O profeta Habacuque viveu numa das épocas mais conturbadas da história de Israel. Homem de oração, de profunda comunhão com o Senhor, teve o privilégio de ver, com clareza o que estava ocorrendo e as consequências que adviriam de tanta desobediência e afastamento do Senhor.
Para que sua pregação e testemunho permanecessem, ele escreveu sua mensagem num livro preciosíssimo. Além dos problemas espirituais de afastamento do Senhor, havia graves problemas internos e ex-ternos em seu país.
Externamente, a nação, por ser pequena, sentia-se insegura diante da ameaça da Babilônia (que hoje é o Iraque) e era um poderoso império. Temida por causa das atrocidades de seu exército, havia vencido os assírios e se preparava para atracar Israel: “Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas”, Hc 1: 6.
Internamente, Israel vivia um tempo de declínio espiritual e moral. Imperavam a violência, a iniquidade, a opressão, a injustiça (1: 1-4); Nessa fase o povo estava longe de Deus e chegavam até a praticar a idolatria: “Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum”. Enfim, havia um fracasso nacional, como descrito em Hc 1: 2-5.

III. O Justo pela Fé Viverá

A geração dos ímpios é proveniente de Adão, e todos os nascidos em Adão são pecadores, filhos da ira e da desobediência. A geração dos justos é proveniente de Cristo, o último Adão, e todos os que são nascidos de Deus são conhecidos d'Ele.
O povo de Israel devia compreender o que foi exposto por Moisés: "Sabe, portanto, que não é por causa da tua justiça que o Senhor teu Deus te dá essa boa terra, para a possuirdes, pois és povo rebelde" (Dt 9:6). Por que eles eram rebeldes? A resposta está em Isaías: "Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim" (Is 43:27).
O povo de Israel era rebelde (ímpio) pelo mesmo motivo que as outras nações: Adão pecou! Se os interpretes de Israel considerassem que todos pecaram em Adão e que foram destituídos da glória de Deus, não teriam prevaricado contra o Senhor.
Eles não diriam que o povo de Israel eram filhos de Deus por serem descendentes de Abraão. Antes demonstrariam que, para serem filhos de Deus, o povo precisava circuncidar o coração, o que só é possível através da fé em Deus, a mesma fé que teve o crente Abraão "Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz" (Dt 10:16).
Habacuque considerava que a impiedade do seu povo era proveniente da opressão, da violência, do litígio, das injustiças, porém, esqueceu que os homens são ímpios porque foram gerados e concebidos em pecado. Ele não atinou que o primeiro pai dos homens (Adão) pecou e por isso todos tornaram-se pecados, e carecem da glória de Deus.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Comentário Bíblico Mensal - Julho/2017 - Capítulo 2: A Iniquidade de Judá e a Intercessão de Habacuque




Introdução


A vida particular do profeta Habacuque é pouco conhecida assim como a dos outros profetas menores. Habacuque, cujo nome significa 'abraço', profetizou a Judá sobre a invasão iminente dos caldeus. O primeiro verso do livro de Habacuque está mais para um título inicial, do que para um elemento essencial para o entendimento do texto. Durante a leitura do livro é possível verificar que o texto apresenta uma sentença (peso) que o profeta (oráculo de Deus) viu, ou seja, uma revelação de Deus.

I. Os Caldeus

Os rudes e impetuosos caldeus estão se aproximando. Rápidos em seu avanço, espalham o terror com a captura de novas terras, a destruição das fortalezas e a supressão dos reis. Deus está permitindo a esses ferozes conquistadores que levem a justiça a Judá (1.5-11). Utiliza Deus os malvados para castigar os infiéis em Judá? É que não são os ofensores entre o povo de Deus —não importa o quão culpáveis sejam— ainda melhores que os brutos idólatras procedentes da Babilônia? Habacuque imagina se a revelada natureza de Deus como santa e justa e as atuais condições dos pagãos invasores, garantem realmente a acusação de que Deus permita isso. turvado e perplexo porque Deus tem ordenado aos caldeus que executem seu juízo, Habacuque espera impaciente a resposta (1.12-2.1).

II. O Castigo de Judá

Com toda certeza, Habacuque foi testemunha do declive e queda do império assírio no transcurso de sua vida. Sincronizado com a decadência assíria e sua influência em Judá, chega o reavivamento com a chefia de Josias. Simultaneamente com estes acontecimentos, chegou o ressurgir do poder da Média e Babilônia na parte oriental do Crescente Fértil. A queda de Nínive pôde ter acontecido antes que Habacuque fizesse sua aparição como porta-voz de Deus. A descrição da violência, a luta e a apostasia, tão freqüentes em Judá durante os tempos de Habacuque (1.2-4), parece encaixar com o período imediatamente seguinte à morte de Josias no 609. Os caldeus não se tinham ainda manifestado como uma ameaça suficiente forte para Judá, já que o controle do Egito se estendia desde o Eufrates, até a batalha de Carquemis (605 a.C.) 
Conseqüentemente, os anos transcorridos entre 609 e o 605 proporcionam uma conveniente base para a mensagem de Habacuque. O diálogo entre Habacuque e Deus é digno de mencionar-se. O profeta apresenta a questão filosófica de uma aparente discrepância entre os fatos da história e a revelação divina. Finalmente, ele resolve suas dificuldades expressando sua fé em Deus. O fato básico para a totalidade da discussão é o uso de Deus de um povo pagão para castigar a seu próprio povo.


III. As Perguntas de Habacuque

Habacuque se sente turvado pelos males que prevalecem em sua geração. Impera a injustiça, a violência e a destruição continuam, a Torá é ignorada, e a respeito disto o profeta apela impacientemente a Deus; porém, nada muda. Por quanto tempo ignorará Deus sua oração e tolerará tais condições? 
Observando agudamente aquelas múltiplas manifestações de presunção a respeito dele, Habacuque encontra alívio na realização de que o Senhor está em seu santo templo.
Imediatamente será pronunciado o solene aviso de que toda a terra deveria guardar silêncio diante dEle. Esses pensamentos evocam um salmo de louvor dos lábios do profeta. Conhecidas para ele são as grandes obras de Deus em épocas passadas. Com uma chamada para que Deus se lembre de sua misericórdia em sua ira, Habacuque implora dEle que fala de novo conhecer seus poderosos feitos. Deus manifestou sua glória e utilizou a natureza para levar a salvação a seu povo de Israel quando os trouxe desde o deserto e os estabeleceu na terra prometida. Habacuque deseja suportar as presentes calamidades com o conhecimento de que o dia de Deus e sua ira cairão sobre o agressor. Embora os campos e os rebanhos falhem em suas provisões materiais, ele ainda se gozará no Deus de sua salvação. Mediante uma fé viva em Deus, o profeta reúne força para encarar-se a um futuro incerto.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Deus, Família e Amigos - Fundamentos Vitais para um Novo Semestre



Pela graça e a misericórdia do Senhor Jesus Cristo, chegamos ao fim de mais um semestre e iniciando mais um novo. Um novo semestre de muitas etapas, de muitos desafios, de muitas situações que devemos exercer a nossa fé, nossa coragem e nossos valores. Neste ponto, devemos chamar a atenção para seguintes questões: Qual a nossa prioridade para este semestre? O que devo fazer? Qual será a minha base de importância para essa nova etapa em minha vida? Perguntas estas que nos fazem pensar, refletir, e nos colocar em um modo aonde devemos nos posicionar em relação a isso. 

Creio que sem sombra de dúvidas, que o objetivo principal de todo ser humano, no caso, que deveria ser, em sua etapa de vida, deve ser primordialmente a aproximação ao Senhor Deus, com o intuito de conhecê-lo, crescer no conhecimento e na graça que há no Senhor. Mais um semestre se inicia e para esta nova etapa, devemos buscar ao Senhor para as situações que devem vir, e que devemos nos firmar plenamente Nele. Homens como Neemias, Daniel e Moisés tiveram esta mesma situação e forma ao Senhor para as etapas e desafios devidos que haveriam de aparecer em suas vidas, e todos eles foram cheios da presença do Senhor e do Espírito Santo para a obra a qual o Senhor lhes confiou.

Família e amigos também devem estar nesta lista nesta ordem. A família cristã tem um papel maravilhoso a executar na sociedade, que é ser uma base de missões em suas localidades para serem o Sal da Terra e a Luz do mundo aonde quer que estejam. Josué em uma situação de paganismo, politeísmo e iniquidades no meio do povo, tomou a firme decisão de que a sua casa serviria ao Senhor (Js 24.15). O rei Salomão em relação as amizades menciona que nos desafios desta nasce um irmão e que na sinceridade a amizade é cada vez mais aguçada (Pv 17.17; 27.17). 

Todas estas bases mostra-nos que devemos primeiramente buscar ao Senhor e o reino de Deus, e que os famliares e os amigos devem ser também prioridades importantes em nossas vidas, com o intuito firme e embasado de glorificarmos ao Senhor Deus (Mt 6.33; Js 24.17; Pv 17.17).

sábado, 8 de julho de 2017

A Necessidade de um Regresso às Origens



Vivemos em um período aonde o conceito de fé a respeito da criação dos céus e da terra tem sido atacado constantemente por adeptos da base bíblica de que o Senhor Deus criou todas as coisas. Um período atual aonde o crescimento do ateísmo e das dúvidas estão aflorando constantemente em nosso meio através de debates acirrados, ideologias variadas e constantes efeitos científicos que tentam de todas as formas negar o criacionismo bíblico (Gn 1.1; Hb 11.3). É sempre importante estarmos firmados e enraizados na fé e no conhecimento que há no Senhor Jesus Cristo. Não estou dizendo aqui que há ciência está contra o criacionismo. Há muitos cientistas que dignamente defendem firmemente que o Senhor criou todas as coisas e há ciência ao longo dos tempos tem mostrado isso de forma veemente. É um período que precisamos enfatizar, mais do que a criação, de que o Senhor é soberano e sempre faz o que lhe apraz (Sl 119; Jó 42.1,2; Is 42.8). A mídia, a internet, e os mais variados veículos de informação tem de forma extrema atacado o conceito de fé, enfatizando o liberalismo e o ecumenismo. Pontos perigosos para aqueles que afirmam sua fé no Senhor Jesus Cristo, e que devem afirmar que Deus é o único Senhor (Dt 6.4). Não há outros deuses. O politeísmo é fruto da mente humana, e ideologias errôneas e perigosas. É o momento propício e oportuno de regressarmos as raízes da nossa fé genuína no Senhor e glorificarmos o Seu santo nome. E enfatizarmos a nossa fé, como o Senhor Jesus Cristo afirmou as raízes da fé no Senhor em respeito a criação e ao casamento:

Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez; E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mateus 19:4-6).

Assim como o Senhor Jesus Cristo afirmou a sua fé para com os fariseus, devemos afirmar a nossa fé para com o mundo, dizendo que só há um Senhor, uma só base para o mundo, uma só base para a nossa existência:

Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente (Hebreus 11.3).

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Comentário Bíblico Mensal: Julho/2017 - Capítulo 1 - Conhecendo o Livro de Habacuque



Introdução

Prezado amante da Palavra do Senhor. Estamos iniciando mais um comentário bíblico mensal e desta feita, estudaremos o Livro do Profeta Habacuque, neste mês de agosto. O Comentarista deste mês é o Irmão Marcos Rogério. Ministro do Evangelho, escritor, professor de estudos bíblicos e apologista cristão. Que neste mês ao estudarmos este livro, possamos nos firmar ainda mais na presença do Senhor.

I. Autoria e Data

As únicas informações confiáveis sobre Habacuque e sua atividade profética estão no próprio livro. Mesmo assim as informações são poucas. Seu nome pode significar “abraço” ou que ele foi “abraçado por Deus”. Alguns o identificam como levita, em virtude de algumas observações musicais feitas ao salmo litúrgico (cap. 3). Entretanto tal raciocínio não se mostra lógico, pois do mesmo modo, Davi escreveu vários salmos litúrgicos e não era levita. O profeta não faz menção à Assíria, mas fala do poder caldeu, que ia crescendo com uma rapidez espantosa, conclui-se que ele profetizou em Judá durante o reinado de Joaquim, pouco antes da invasão de Nabucodonosor (1.6; 2.3). Uma evidência objetiva para datação da atividade profética de Habacuque é encontrada em 1.6. A referência aos babilônios como o novo poder mundial ameaçador indica um período posterior ao colapso do Império Assírio (612-605 a.C.), mas anterior à conquista de Jerusalém pelos exércitos caldeus de Nabucodonosor, e à deportação do jovem rei Joaquim para a Babilônia em 597 a.C. (2Rs 24.8-17). Aparentemente Habacuque ministrou durante o reinado de Jeoaquim (609-598 a.C.) e era um jovem contemporâneo de Jeremias.

II. O Contexto do Livro de Habacuque

O Império Assírio caíra exatamente como Naum havia profetizado. O Egito e a Babilônia disputavam então a posição de liderança. Na batalha de Carquemis, em 605 a.C., na qual Josias foi morto, os babilônios foram os vencedores, e os grandes reinos babilônico e caldeu foram unidos por Nabucodonosor. Habacuque se assemelha muito ao profeta Jeremias. Porém ainda mais do que Jeremias, o dialogo de Habacuque com Deus e suas constantes orações (2.1-2; 3.2,16) tomam o lugar da pregação profética no centro da mensagem.

Habacuque, um homem com um zelo fervoroso pela honra de Deus (1.12; 3.3), viveu uma profunda crise espiritual devido a aparente indiferença de Deus sobre às terríveis condições espirituais de seu povo (1.2-4).

Discute-se aqui o problema da prosperidade do ímpio. Parece conter uma queixa contra Deus por destruir sua nação por causa de seus muitos pecados, mas para isso usando um povo ainda pior do que ela (1.13). Porque Deus fica silencioso em tempos de tribulação? É uma das perguntas do profeta ao Senhor.

Mesmo assim Habacuque em todas as dificuldades ia a Deus em oração e aguardava a resposta do Senhor (2.1). Ele subia a torre de vigia e escutava Deus. Certo de que apenas a intervenção divina poderia mudar essa situação mortal que Judá estava vivendo, Habacuque foi persistente em seu apelo ao Juiz Celeste, mesmo quando parecia que Deus não lhe escutaria (1.2). 

III. O Livro de Habacuque para os dias de Hoje

Entre os escritos proféticos o de Habacuque tem a característica de não conter nenhuma sentença dirigida a Israel, contém pelo contrário um diálogo entre o profeta e Deus. Nos dois primeiros capítulos Habacuque discute com Deus a respeito de seus caminhos que lhe parecem insondáveis, ou até mesmo injustos. Após receber resposta de Deus, corresponde com uma bela confissão de fé (cap. 3).

Habacuque sentia-se perplexo porque a iniquidade, as contendas e a opressão estavam impregnadas no povo de Judá, e parece que Deus não tomava nenhuma atitude para solucionar o problema. Quando Deus informou ao profeta que agiria por meio dos babilônios para punir Israel (1.6), Habacuque ficou ainda mais perplexo, sem entender como Deus com seus “olhos tão puros, que não suportavam ver o mal” (1.13, poderia designar uma nação pior que os judeus para executar o juízo contra eles.

Deus deixa claro que no fim o destruidor corrupto também será destruído. No fim Habacuque aprende a confiar na providência divina, por mais estranho que possa parecer o agir de Deus, e a aguardar em espírito de adoração a intervenção divina.

sábado, 1 de julho de 2017

Comentário Bíblico Mensal - Junho/2017 - Capítulo 5:Jonas e seu diálogo com o Senhor



Introdução

Prezado amante da Palavra de Deus, chegamos à mais um fim de um comentário bíblico mensal. Estudamos ao longo deste mês o Livro de Jonas. Houve mudança de vida mediante deste estudo? arrependimento? mais fervor em oração? Pela Graça de Deus iremos neste capítulo concluir este estudo vendo o diálogo de Jonas com o Senhor.

I. O Desgosto de Jonas

Da perspectiva de um patriota israelita, nada seria melhor do que o enfraquecimento do povo da Assíria. Quando Deus mandou Jonas a Nínive para avisar sobre o castigo iminente desta cidade, o profeta se rebelou. Jonas provavelmente teve um dos maiores efeito evangelístico da história. Ele não quis que os ninivitas se arrependessem. Jonas não conseguiu ver o propósito de sua mensagem. Ele não atentou para as bênçãos da pregação. Tomemos cuidado para não entrarmos por este caminho. De termos degosto na obra do Senhor e de não nos alegrarmos. 

II. O Senhor dialoga com Jonas

Um dos problemas dos homens é se recusarem a aceitar a soberania de Deus em suas vidas. Com isso quero dizer que o homem não compreende o direito absoluto de Deus de reger em suas vidas. Deus tem este direito inerente pois ele é o Criador. Precisamos compreender que nada acontece na terra sem a permissão ou a aprovação dele.  um exemplo da soberania de Deus em relação às nações. Deus está no controle do destino das nações. A cidade de Nínive e o seu futuro estavam sob o controle de Deus. Se era desejo seu destrui-la, seria destruída. Se seu desejo era salvá-la, seria salva. O destino de Nínive não estava sob o controle de Jonas ou nenhuma outra nação. A razão que Jonas fugiu de início foi que ele sabia que Deus poderia salvar a Nínive. Aqueles que pensam que as nações se levantam e caem por causa de uma defesa nacional forte, prosperidade econômica, alianças com outras nações, ou pela vontade dos homens, são ignorantes da soberania de Deus.

III. O Senhor Jesus menciona Jonas 

Jesus comparou a sua própria ressurreição com a volta de Jonas (Mateus 12:38-42). Além destas considerações, a evidência interna apoia a conclusão que seja um livro histórico, pois se apresenta como narrativa de fatos acontecidos, envolvendo pessoas e lugares reais, e não em forma de fábula. Afinal, a questão da veracidade do livro de Jonas é uma questão de fé. As pessoas que rejeitam como histórico este livro mostram a sua falta de fé num Deus Todo-Poderoso, capaz de realizar os milagres contidos na história de Jonas.

Conclusão

Por mais que tentasse, Jonas não podia escapar de Deus. Quanto mais ele tentou cumprir a sua própria vontade, mais forte Deus o puxou de volta. A chamada de Deus é sonora e clara. O alcance de Deus é longo e largo. A vontade de Deus não pode ser evitada ou negada sem conseqüências. Jonas pôde correr mas não pôde se esconder, e nem nós podemos.
A vida está cheia de distrações e interrupções. Uma coisa que a fé em Deus faz é nos trazer de volta ao centro. Nos traz de volta ao lugar onde devemos estar.