Em conversas com católicos, poucos
assuntos são mais polêmicos do que a posição de Maria no plano da redenção.
Ao longo da História, a Igreja Católica tem elaborado uma série de doutrinas
sobre a mãe de Jesus. Quando examinamos as Escrituras, percebemos que muitas
dessas doutrinas não vêm da palavra de Deus.
O uso da expressão "Maria, mãe
de Deus" foi oficialmente autorizado no Concílio de Éfeso no século V. O
concílio procurou resolver uma diferença entre alguns bispos em referência à
divindade e à humanidade de Jesus. A Bíblia apresenta Jesus como Deus que se
fez carne (João 1:1,14). Várias pessoas têm tentado separar essas duas
características de Jesus Cristo, às vezes sugerindo que fosse duas pessoas
distintas, uma espiritual e a outra carnal. Não contentes com as afirmações
das Escrituras, alguns homens procuram explicar detalhadamente coisas que Deus não
revelou (veja Deuteronômio 29:29). O resultado, freqüentemente, é que um
extremo falso provoca uma reação igualmente errada, e novas doutrinas nascem.
Quando teólogos se reuniram em Éfeso,
uma cidade conhecida por sua exaltação de uma deidade feminina (veja Atos
19:23-41), não se contentaram em estudar o que as Escrituras dizem sobre a
humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Para defender o fato que Jesus é
Deus, eles argumentaram assim: "Emanuel realmente é Deus, e a santa Virgem
é, portanto, Mãe de Deus" (John A. Hardon, S.J., The Catholic
Catechism, 135). Superficialmente, a lógica parece válida, e assim foi
oficializado o dogma de "Theotokos" (Mãe de Deus), uma doutrina que não
se encontra na Bíblia.
Depois dessa, vieram várias outras
novas doutrinas sobre Maria. Não contentes com as afirmações bíblicas que
Maria continuou virgem até o nascimento de Jesus, acrescentaram a doutrina da
virgindade perpétua dela. Tentando defender a pureza de Maria enquanto negavam
a inocência e pureza de todas as crianças, inventaram a noção da imaculada
conceição, que se tornou dogma no século XIX. Em 1950, Pio XII tomou mais um
passo, segundo a vontade de milhões de católicos, quando afirmou como dogma a
crença da Assunção de Maria ao céu. Agora, no início do século XXI, o
Vaticano está sendo bombardeado com petições para exaltar Maria ainda mais.
Por enquanto, não foi decidido se Roma ordenará que Maria seja vista como co-redentora,
ao lado de Jesus.
De toda essa história, devemos
aprender algumas lições importantes: Não devemos negar nada que a Bíblia
afirma sobre Maria, mas também não devemos criar ou aceitar doutrinas humanas
sobre a mãe de Jesus. Quando refutamos doutrinas falsas, precisamos ter
cuidado para não inventar outros ensinamentos igualmente errados. Devemos
falar de acordo com as Escrituras, sem acrescentar nada (1 Pedro 4:11; 1 Coríntios
4:6; 2 João 9).
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