Como podemos evitar associação com os que abandonam Cristo?


1 Coríntios 5:1-13 e 2 Tessalonicenses 3:6-15 ensinam que os servos de Deus têm que se afastar de irmãos que voltam ao pecado. Nesses trechos, Paulo não está falando sobre alguém que sofre de alguma fraqueza temporária, nem de alguém que tropeça e se arrepende (veja Tiago 5:13-20; Gálatas 6:1-2). Os pecadores nas igrejas dos coríntios e tessalonicenses estavam andando no pecado, e ameaçavam a pureza do corpo.
Paulo transmitiu para eles a ordem do Senhor para que não se associássem com os malfeitores que andavam desordenadamente. A palavra grega traduzida "associar" aparece apenas três vezes no Novo Testamento, todas elas nesses dois trechos (1 Coríntios 5:9,11 e 2 Tessalonicenses 3:14). A ordem de Deus nestes versículos proíbe associação dos cristãos fiéis com os desobedientes que foram expulsos por causa do pecado.
A palavra traduzida associar (sunanamignumi) vem de três palavras gregas: sun (com ou junto), ana (entrar no meio, estar no meio, no meio ou entre), e mignumi (misturar, mesclar ou juntar). O sentido, então, é de entrar no meio ou estar junto com a(s) pessoa(s) expulsa(s). Deus proíbe associação com essas pessoas, até o ponto de não comer com elas.
Algumas pessoas, procurando evitar a rigidez deste mandamento, sugerem que comer em 1 Coríntios 5:11 se refere à Ceia do Senhor, e assim sugerem que a proibição é de ter comunhão espiritual com a pessoa, e mais nada. Mas, o próprio contexto mostra que o sentido é outro. Paulo expressamente permite associação com os impuros do mundo (versículo 9-10). Nós não temos comunhão espiritual com as pessoas do mundo, mas podemos dividir uma refeição comum com elas. Mas, tal associação com os impuros que dizem ser irmãos é expressamente vedada.
Outros procuram ser mais rígidos do que o próprio Deus, maltratando a pessoa expulsa e recusando qualquer conversa com ela. 2 Tessalonicenses 3:15 diz que não podemos tratá-la como inimigo, mas que devemos admoestá-la como irmão. Nossa conversa com esta pessoa será limitada ao assunto essencial: a necessidade urgente de seu arrependimento. Ela precisa do perdão divino, e precisa se reconciliar com a família de Deus.
A alma daquela pessoa que desviou é tão preciosa que Jesus sacrificou sua vida. Se necessário, vamos sacrificar nossa associação com ela, tentando resgatá-la.

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