Primeiro, vamos examinar dois
argumentos usados, às vezes, para defender o aborto.
1. A
vida começa com a respiração. Algumas pessoas usam Gênesis 2:7 para
"provar" que a vida começa quando a pessoa respira pela primeira vez,
assim sugerindo que o embrião, feto ou nascituro não tem vida. Os problemas
com tal argumento são dois: (a) Adão não nasceu e, por isso, o caso dele não
é comparável ao parto, e (b) Outras passagens (que veremos logo) mostram a
importância da vida desde a concepção.
2. Êxodo 21:22 trata o aborto natural como coisa de mínima importância, assim
mostrando que não há proteção especial para a vida antes do nascimento. O
problema com este argumento é questão de uma tradução inadequada em muitas
bíblias, interpretando o texto para dizer que uma briga de dois homens causa a
mulher grávida a perder seu filho por aborto acidental, e que tal perda não
envolve morte. Mas, a palavra hebraica neste versículo tem o sentido da
criança sair (entrando no mundo), e não diz que morreu ou nasceu morto.
Estudiosos da língua hebraica, Keil e Delitzsch, explicam bem esta diferença
no comentário deles sobre o texto. Êxodo 21:22 trata de nascimento prematuro
como conseqüência de uma briga, e não justifica a decisão de abortar um
filho. Se a criança morresse, daria vida por vida (21:23).
Agora, vamos abordar o assunto do
lado positivo. O Velho Testamento valoriza a vida humana, desde a concepção.
Considere alguns exemplos:
1. A
vida humana é santificada porque o homem foi feito à imagem de Deus (Gênesis
1:27).
2. Os
seres humanos foram especificamente postos acima de todas as plantas e todos os
animais (Gênesis 1:28-29). Podemos matar e comer animais, mas é expressamente
proibido cometer homicídio (Gênesis 9:3-6).
3. A vida está no sangue (Gênesis 9:4). O sangue do embrião, diferente do sangue
da mãe, circula bem cedo, freqüentemente antes da mãe confirmar a gravidez.
4. Os seres humanos têm lugar especial no plano de Deus desde a concepção. Cada
pessoa tem sua própria identidade antes de nascer (veja Salmo 139:13-16;
Isaías 49:1,5; Jeremias 1:5; Gálatas 1:5).
O Velho Testamento não defende o
aborto.
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