Capítulo 4: Alertas e Vigilantes Sempre



Diz a Palavra de Deus:  ´´Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre.
Amém ``
1 Pedro 4.11
Introdução
Algumas vezes é necessário sermos lembrados de coisas que já sabemos. O apóstolo Pedro reconheceu este fato e escreveu sua segunda epístola com este propósito em mente (1:12-15). Referindo-se ao seu corpo como "um tabernáculo," uma morada temporária, ele previu sua morte próxima e desejou lembrar seus leitores da necessidade do crescimento espiritual.
I.    Buscando Vida e Santidade
Pedro começa sua segunda epístola observando o glorioso privilégio que foi dado aos cristãos. Através das preciosas promessas que Deus tem nos feito, podemos tornar-nos participantes da divina natureza, no sentido em que podemos ser santos como ele é santo, livres da corrupção do pecado (1:4). Deus chama os homens através do evangelho para participarem de sua própria glória e virtude (1:3; 2 Tessalonicenses 2:13-15). Através deste poder divino e nosso entendimento de sua revelação, Deus providenciou tudo o que o homem precisa para sua vida espiritual e santidade (1:3). O comentário de Pedro se harmoniza bem com a promessa de Jesus aos seus apóstolos que o Espírito Santo os guiaria em toda a verdade (João 16:13).
Em vista das providências que Deus tem tomado para abençoar-nos espiritualmente, qual deveria ser nossa resposta? Pedro observa que precisamos empenhar-nos com diligência para crescer em caráter, mencionando sete qualidades que devemos acrescentar a nossa fé (1:5-7). Se acrescentarmos estas qualidades, não seremos infrutíferos e poderemos confirmar nosso chamado e eleição por Deus (1:8,10). Por tal crescimento espiritual, podemos estar seguros de nossa entrada no próprio céu (1:11). O cristão que não se aplica em desenvolver estas qualidades é espiritualmente cego, tendo esquecido o quanto Deus já tem feito por ele no perdão dos seus pecados (1:9). Pedro afirma que seu ensinamento a respeito do poder e da vinda do Senhor não derivou de fábulas que ele havia inventado, mas que era testemunha ocular da majestade de Cristo (1:16). Ele tinha em mente a ocasião quando Jesus foi transfigurado, um acontecimento ao qual ele esteve presente para testemunhar a glória do Senhor (1:17; Mateus l7:1-8). Em acréscimo ao testemunho ocular dos apóstolos, as profecias do Velho Testamento também afirmaram a glória e o poder do Senhor. Estas profecias não se originaram da vontade humana, antes os profetas falaram como foram movidos pelo Espirito Santo (1:19-21).
II.  Glorificando a Deus como um Cristão
"O fim de todas as cousas está próximo!" (4:7). Nossos pensamentos imediatamente se voltam para o retorno de Cristo e o fim do mundo. Num sentido, a volta de Cristo está sempre próxima porque não sabemos quando ele voltará. É mais provável, contudo, que Pedro esteja falando da destruição de Jerusalém e do fim da economia judaica. Jesus tinha dado sinais pelos quais os cristãos poderiam saber que a destruição de Jerusalém estava próxima (veja Mateus 24, especialmente o versículo 34). Pedro escreveu sua primeira epístola não muito antes da guerra romano-judaica e a maior importância geral dada à perseguição iminente apoia melhor a idéia de que Pedro tem em mente este acontecimento penoso do primeiro século.
Os destinatários desta epístola não se deveriam surpreender se fossem perseguidos por causa de Cristo. Em vez disso, deveriam regozijar-se por serem capazes de participar de algum modo dos sofrimentos de Cristo, aquele que sofreu por amor à justiça (4:12-13). De fato, os cristãos são abençoados em tal sofrimento (veja Mateus 5:10-12). Enquanto estamos sofrendo pelo nome de Cristo antes que por nossos próprios pecados, podemos glorificar a Deus através do nome de cristão (4:14-16).
No meio desta perseguição, será muito importante que os irmãos tenham intenso amor uns pelos outros, praticando a hospitalidade e usando seus dons, tanto os naturais como os milagrosos, em benefício dos irmãos e da glória de Deus (4:8-11). Contudo, o amor não "ignora" os pecados de nosso irmão; antes protege-os por meio da correção e do perdão (4:8; veja também Tiago 5:19-20).
Em 4:17-18, Pedro usa dois argumentos que avançam de um fato certo para outro ainda mais certo (isto é, do menor para o maior) para apontar a abençoada condição dos cristãos mesmo em vista da perseguição. Ele observa que a casa de Deus, a igreja, seria julgada por meio da perseguição que viria. Pode-se esperar que o povo de Deus seja preservado do sofrimento. Contudo, se o povo de Deus não escapar ao "julgamento" em forma de perseguição, é mais certo ainda o fato que o desobediente será "julgado" por Deus naquele dia final (4:17). Por raciocínio semelhante, se a pessoa justa só é salva com dificuldade, qual será o fim do injusto (4:18)?
Conclusão
Pedro conclui observando que aqueles que sofrem por amor da justiça podem suportar tais dificuldades do mesmo modo que Jesus suportou seu sofrimento. Eles devem confiar suas almas ao seu Criador fiel que fará justiça no julgamento final (4:20; 2:23).
Bibliografia
1. Horton, Stanley M. - 1 e 2 Pedro - A Razão da Nossa Esperança - CPAD 1995.
2.McArthur, John - Bíblia de Estudo McArthur - SBB - 2010
3.  De Andrade, Claudionor - O Começo de todas as Coisas - Estudos Sobre o Livro de Gênesis - 2015 - CPAD
4.  Novo Testamento - NTLH - 2010 – SBB
5.  Bounds, E.M - O Poder da Oração - Editora Vida - 3ª Imp. 2013
6.  Das Neves, Natalino - Justiça e Graça - 1ª Edição - 2015 - CPAD



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