Capítulo 5: O Amor, os Dons Espirituais e a Ressurreição de Cristo

Introdução
Prezado amante da Palavra do Senhor, chegamos ao final de mais um comentário bíblico mensal. Esperamos que até aqui a sua fé foi acrescentada. Cremos que você foi um instrumento usado nas mãos do Senhor e continuamente será usado para espalhar as boas obras de Cristo. Nesta conclusão do comentário à respeito de 1ª Coríntios, iremos estudar dos capítulos 12 à 15, tratando à respeito sobre os dons espirituais, o amor e a ressurreição de Cristo. Que Deus os abençoe e até o próximo comentário bíblico se o Senhor não retornar até lá.
I. A Importância do Amor
Se existe um tema que caracteriza a cultura popular dos nossos dias, é o amor. Mas como já vimos em tantas outras áreas, é uma perversão diabólica do amor verdadeiro. O nosso inimigo transformou o amor bíblico, cristão, num monstro desfigurado, deformado, perverso e corrupto.
É isso que caracteriza a maior parte das novelas populares—“amor” a primeira vista, “amor” sensual, “amor” traiçoeiro. Infelizmente, o poema sobre amor em 1 Co 13 tem sido interpretado e usado fora do seu contexto muitas vezes. De fato, serve muito bem como descrição do amor bíblico num casamento, ou como descrição de amizade verdadeira, ou até mesmo como descrição dos atributos de Deus (podemos substituir palavras como “o marido”, “o amigo”, ou “Jesus” nos vss. 4-7 com muito proveito.) Mas Paulo ainda está falando sobre dons espirituais e seu valor relativo na igreja. Seu ponto é muito claro nos cps. 12 a 14 . . . dons espirituais são importantes, mas não são tudo. De fato, TODOS os dons são limitados, e um dia cessarão. Mas existe algo muito maior que os dons em si, algo que regula e dita as normas sob quais os dons operam—o amor. Se os irmão deviam estar procurando os dons que mais diretamente contribuiam para edificação da igreja, existia um “dom de Deus” garantido de fazer isso—o amor! Mesmo se a pessoa não conseque “descobrir” seu dom espiritual, pode praticar o dom de amor, e assim edificar a igreja. Amor é um termo que virou chavão na igreja e paixão no mundo. Mas nem a igreja, muito menos o mundo, compreende o verdadeiro amor. Por isso temos 1 Coríntios 13. Os Coríntios tinham todos os dons. Tinham uma doutrina razoavelmente boa. Mas faltava-lhes o amor. É mais fácil ser ortodoxo do que amoroso (MacArthur). É mais fácil ser ativo na igreja do que mostrar amor. “Ágape” é um termo essencialmente cristão, pois resume a essência da vida cristã. A vida cristã é uma vida de amor, uma vida que genuinamente procura o bem de outros acima de nosso. Afinal de contas, é a vida de CRISTO em nós, e a vida dEle foi uma vida que não veio para ser servido, mas para servir, e para dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10.45).
II. O Propósito dos Dons Espirituais
Os coríntios entenderam mal como os dons espirituais funcionariam, por isso Paulo escreveu para corrigir os equívocos deles.
Verdades sobre os dons espirituais
O conteúdo determina a autenticidade dos dons espirituais (12:1-3)
No paganismo, a própria experiência era importante; o que era feito não importava. Em Cristo, o teste de cada dom é a mensagem que ele inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte (12:4-11) não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa. Todos os membros do corpo são necessários (12:12-26) porque todos são batizados por um Espírito em um corpo inteiro. Os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pôs cada um no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que ele quis. Dons de ensino (apóstolos, profetas, professores) são mais importantes do que os dons espetaculares (milagres, curas, línguas) (12:27-31). O amor é mais importante do que os dons espirituais (13:1-7). Mesmo que alguém fale línguas angelicais, sem amor isso é inútil. Ainda que se saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, sem amor não é nada. Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor é vazio. ' Os dons espirituais foram temporários (13:8-13). Quando o perfeito (a revelação completa) veio, os dons espirituais acabaram. Como características infantis são descartadas quando a idade adulta é atingida, assim os dons espirituais ficaram obsoletos quando Deus completou a revelação de sua vontade no primeiro século. Tudo deverá ser provado pelos critérios de sua concordância com o ensinamento do Senhor Jesus Cristo. Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas nossas. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo em Cristo. O ensinamento é o alicerce de nosso crescimento e função. Sem amor, todo o nosso serviço espiritual é inútil. ' Devemos prestar cuidadosa atenção à revelação completa que foi produzida pelo uso dos dons espirituais no primeiro século.
III. A Ressurreição de Cristo
Alguns mestres ensinavam que não havia ressurreição dos mortos. Para refutar esta falsa doutrina, Paulo primeiro estabeleceu uma base comum com seus leitores, afirmando a ressurreição de Cristo. A evidência da ressurreição de Cristo é esmagadora. Não há confirmação mais forte de um evento histórico do que testemunho ocular. No caso de Jesus, mais de quinhentas pessoas viram Jesus vivo depois que ressurgiu. Sua ressurreição não pode ser razoavelmente negada, e assim prova que há ressurreição dos mortos.
Conseqüências da ressurreição de Cristo (15:12-28). Cristo ou foi ressuscitado ou não. Se não foi, então a pregação apostólica foi em vão, porque acusavam Deus de algo que ele não tinha feito, e a fé é vã porque se apóia na ressurreição de Cristo. Se Cristo foi ressuscitado então todos os crentes serão ressuscitados com ele. Cristo foi os primeiros frutos, um sinal e uma garantia de farta colheita. Observe o raciocínio de Paulo: a meta máxima de Deus para o universo é que Cristo retorne o governo a Deus depois de derrotar todos os inimigos. O último inimigo a ser derrotado é a morte, a qual Cristo venceria pela ressurreição. Sem esta, Cristo não venceria o último inimigo. Ele não retornaria o reino a Deus, que não seria o supremo rei. A negação da ressurreição frustra todo o plano de Deus para o universo.
Se não há ressurreição (15:29-34). Se não há ressurreição, o batismo não tem sentido. Se for assim, aqueles que estavam sendo batizados acreditando na ressurreição estavam apenas sendo batizados para os mortos, para a sepultura. O sofrimento de Paulo e as escapadas por um triz da morte foram absurdas se esta vida é tudo o que existe. De fato, se não há ressurreição, deveríamos viver intensamente aqui, porque amanhã morreremos.
Como são ressuscitados os mortos? (15:35-58). Os oponentes de Paulo objetaram contra a ressurreição porque não podiam imaginar como poderia acontecer. Paulo explicou a ressurreição por analogia. Enterrar um corpo é como plantar uma semente, porque a planta brota da semente, mas não se parece com ela. O corpo ressurgido sai do corpo enterrado, mas não se parece com ele. Deus tem muita experiência em preparar corpos adequados, por isso será capaz de providenciar facilmente um corpo adaptado a nossa existência eterna. Quando Cristo retornar, os mortos serão ressuscitados com corpos glorificados, os vivos serão mudados instantaneamente e todos serão levados ao grande julgamento do trono de Deus. A promessa de ressurreição deve motivar todos a perseverar e abundar no Senhor.

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