Capítulo 1: O Soberano e Eterno Deus




Texto Bíblico Base Semanal: Jó 38.1-13

1. Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2. Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3. Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6. Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7. Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8. Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9. Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10. Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11. E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12. Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13. Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;

Momento Interação

Neste mês de Julho, estudaremos um dos temas mais importantes e preciosos acerca do nosso Senhor Deus. O tema deste mês trata acerca dos Atributos de Deus, que tem por título: A Imagem do Deus Invisível - Estudos sobre os Atributos de Deus. O comentarista deste mês é o irmão Alexandro Milesi, Ministro do Evangelho, escritor, expositor bíblico, e membro da equipe de comentaristas do Ministério Evangelho Avivado. Que neste mês o seu conhecimento querido leitor, possa fazê-lo cada vez mais ser um seguidor assíduo de Cristo. Ótimos Estudos!

Introdução

Em nenhum momento desejamos provar a existência de Deus, assim como na bíblia o nosso desejo é escrever a pessoas que tem a fé em um Deus invisível mais real, um Deus que não se vê mais se sente, uma fé em um Deus todo poderoso. E que ao observarmos ao longo da historia e da criação do universo é um Deus que tem prazer de se mostrar através de sua criação, embora quero deixar claro que a sua criação não é Deus, apenas podemos perceber através de alguns detalhes a presença de um Deus dotado de inteligência e vontade, um Deus que é  presente em nossa historia e que orquestra tudo, tudo esta em suas mãos, e Ele é o governante de  todas as coisas. Um exemplo muito claro disso é a grande precisão de nosso universo onde todas as coisas por menores que sejam foram criadas com um proposito e fazem parte de um grande equilíbrio que o ser humano tem descoberto ao longo dos séculos. Vejamos a força da gravidade é algo que mantem o equilíbrio da crosta terrestre a pressão interna perto do núcleo e o manto terrestre um pequeno desiquilíbrio dessa tal gravidade destruiria a vida na terra. E ainda o lugar da terra no universo nos mostra um Deus que não só criou como também tem o controle e o cuidado, de todas as coisas, pois um pequeno desvio da terra pode destruí-la devido a uma colisão. Hebreus 11.3 diz: ”pela fé entendemos que os mundos foram criados por palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê”.

I. O Deus Além de Toda Compreensão 

Deus nos contou, nas Escrituras as suas muitas qualidades: 1. Deus é eterno. "Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus" (Sl 90.2). "Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém" (Jd 25). É difícil até mesmo imaginar um ser que sempre existiu e sempre existirá, eterno e imutável. Tudo o mais teve um começo, terá um fim e sempre está mudando. 2. Deus tudo sabe. As perguntas de Deus a Jó, em Jó 38-39, mostraram a imensa diferença entre o entendimento dos homens e sua própria infinita sabedoria. Às vezes, a sabedoria de Deus é tão mais alta do que a nossa que, realmente, ela parece-nos loucura (1 Co 1). Nestes casos é essencial confiar na sabedoria de Deus. Nós, como meras criaturas, não temos nenhum direito de desafiar a vontade de Deus. 3. Deus tem todo o poder. Ele é, freqüentemente, descrito como "Todo-poderoso". Que grande e espantoso Deus! Deus impera sobre tudo. "Sabei que o Senhor é Deus: foi ele quem nos fez e dele somos; somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio" (Sl 100.3). Esta é a razão mais fundamental para obedecer a Deus. Ele nos possui; ele tem o direito de mandar e imperar. Foi-nos dada por Deus a capacidade, porém não o direito, de desobedecer.

II. O Deus Além de Toda Imaginação

Deus revelou-se por suas ações. A própria criação mostra a grandeza e a magnificência de Deus. Nosso sol é um dos 100 bilhões de estrelas em nossa galáxia da Via Láctea. Há cerca de 100 bilhões de galáxias, de acordo com as estimativas recentes. Nossa galáxia tem a largura de cerca de 100 mil anos-luz. Um ano-luz mede cerca de 9 trilhões de quilômetros. A distância média entre galáxias vizinhas é de 10 milhões de anos-luz. A magnitude da criação está absolutamente além de nossa compreensão. A libertação, por Deus, de seu povo do Egito também o revelou. Quando Moisés e Arão se aproximaram, pela primeira vez, do Faraó, que era provavelmente o mais poderoso homem do mundo, com a ordem de Deus para que deixasse os israelitas saírem, ele reagiu com desprezo: "Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz, e deixe ir a Israel?" (Êx 5.2). Deus respondeu à pergunta do Faraó com um curso em dez lições. Quando se completou a décima praga, os egípcios imploraram aos israelitas que saíssem. O poder do monarca da mais poderosa nação da terra era nada diante de Deus.

Deus nos deu retratos seus nas Escrituras. João, por exemplo, viu o Cristo glorificado. Ele então registrou o que viu, para ajudar-nos a ver Cristo em nossas próprias mentes. Tente imaginar o que João viu: "Voltei-me para quem falava comigo, e voltado, vi sete candeeiros de ouro, e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares, e cingido à altura do peito com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz como a voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saia-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a sua mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno" (Ap 1.12-18). 

Pense no efeito que esta visão teve sobre o resto da vida de João. Ele, provavelmente, nunca passou nem mesmo um dia sem ser profundamente influenciado pelo Cristo exaltado que ele havia visto. Medite neste ser com olhos de fogo, com uma voz como o estrondo de uma cachoeira, com os pés como se fossem de bronze em brasa, com poder para reduzir a cinzas tudo no seu caminho. Imagine um ser gigantesco para segurar 7 estrelas com uma só mão! Veja o brilho de sua face, que luzia como o sol! Não admira que João caiu como morto; quem poderia ter força para ficar em pé, depois de ver tal ser esmagador? Se pelo menos pudéssemos ver Cristo deste modo, nossas vidas também seriam profundamente afetadas.

III. O Senhor Deus Alfa e Ômega

Cada vez que as Escrituras mencionam que homens encontraram a Deus, lemos que eles caíram diante dele em temor e reverência (cf. Is 6). Aqueles que chegam a entender a natureza de Deus, como é apresentada nas Escrituras, também o respeitarão e se humilharão diante dele. "Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor" (Hebreus 12:28-29). Um olhar de Deus nos faz ver nossa pequenez, nossa fraqueza, e nosso pecado, e chegamos a respeitar e temer a Deus de muitos modos.

1. Temos que ser reverentes quando falamos sobre Deus. Deus é o maior, o mais espantoso, e o mais santo ser no universo. Jamais devemos falar de Deus por brincadeira; não devemos sequer falar dele negligentemente; e não devemos nunca tomar seu santo nome em vão. Frequentemente pessoas dizem, "Ó meu Deus" ou "Ó meu Deus do céu", sem pensar. Quando pessoas tratam o nome de Deus irreverentemente é porque nunca perceberam a grandeza do Deus cujo nome elas usam tão levianamente. 

2. Temos que ser reverentes quando falamos a Deus. A magnificência de Deus deverá certamente levar-nos a adorá-lo. Mas as experiências infelizes de homens como Nadabe e Abiú, Saul, Davi e outros (Lv 10; 1 Sm 13; 15; 2 Sm 6) deverão nos advertir da necessidade de adorar a Deus da maneira exata como ele ensina. Adorar a Deus com os lábios, enquanto a mente se distrai, e adorar a Deus de acordo com fórmulas e modelos inventados pelos homens é expressamente proibido (Mt 15.8-9). 

3. Temos que ser reverentes quando ouvimos as palavras de Deus. Em Neemias 8, Esdras lia a lei desde manhã cedo até o meio dia, enquanto todo o povo, de pé, ouvia atentamente. Eles, então, estavam querendo obedecer, em cada detalhe, a palavra que lhes era lida. Quando eles descobriram o modelo de Deus para a festa dos tabernáculos, eles o seguiram, ainda que a festa tivesse sido negligenciada pelos judeus por mil anos. Por causa da grandeza de Deus, sua palavra é mais importante do que centenas de anos de tradição religiosa. Onde estão aqueles que respeitam a Deus o bastante para seguir cuidadosamente suas instruções, ainda mesmo que elas pareçam estranhas ou fora de moda?

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