Capítulo 2: Jesus e a Defesa do Evangelho Avivado




Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 23.8-22

8. Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
10. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
11. O maior dentre vós será vosso servo.
12. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
13. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
14. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
15. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
16. Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.

Momento Interação

O Senhor Jesus Cristo é o exemplo máximo de excelência em apologia. Ele condenou a hipocrisia, a irregularidade pessoal e social dos Escribas e dos Fariseus. Demonstrou que havia na época o legalismo religioso e que fugiam totalmente dos objetivos, dos preceitos de Deus. Jesus os censurou e nos mostra o exemplo de que o foco principal do verdadeiro evangelho é somente a pregação do Reino dos Céus. Que nesta semana possamos em nossas vidas, entender esta base tão fundamental em nossas vidas. Deus vos abençoe!

Introdução

Como conhecer o verdadeiro Evangelho no meio de tantas falsas doutrinas que se passam pelo verdadeiro Evangelho?  Qual a relevância do verdadeiro Evangelho em um mundo de pluralidade religiosa? 
Nas páginas das Escrituras Sagradas, especialmente nos Evangelhos Sinópticos, temos a mais completa narrativa da vida e obra do Senhor Jesus Cristo. 
Neste capítulo, estaremos abordando como Jesus Cristo, os seus apóstolos e os primeiros cristãos defenderam o verdadeiro Evangelho. Esperamos que neste livro o leitor possa entender como Cristo foi um defensor do Evangelho, como os apóstolos e primeiros cristãos defenderam o verdadeiro Evangelho e como nós também devemos seguir-lhe os exemplos em defesa da fé Cristã que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3).
A apologética é, além de uma defesa racional da fé cristã, uma arte que deve ser cultivada por cada discípulo de Cristo nessa época contemporânea.  Paulo nos admoestou que ainda que ele mesmo ou mesmo um anjo vindo do céu nos pregue um evangelho que vá além do Evangelho que ele pregou que seja anátema (algo execrável, amaldiçoado) (cf. Gl 1.8). Que as páginas desse livro possam falar fundo ao seu coração nesse sentido! São os sinceros votos do autor e da equipe Ministério Evangelho Avivado.

I. Jesus Combateu os Escribas e os Fariseus 

A Bíblia esclarece que Jesus veio engrandecer a lei e fazê-la gloriosa Is 42:2 (ARA). A palavra hebraica usada para lei nesse texto é torah que são os primeiros cinco livros da nossa Bíblia e conhecidos como o Pentateuco que eram a maior parte das Escrituras disponíveis nos dias dos profetas. 
Jesus, então veio engrandecer a Palavra escrita, a Palavra inspirada, a Palavra de Deus, era essa parte importante de Sua missão. 
Uma das primeiras acusações ou insinuações que Cristo refutou de antemão foi a acusação de que Ele estava indo contra as Escrituras. Cristo refutou essa afirmação fizendo: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para cumprir (plero). Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; mas aquele que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.  Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus" (Mt 5.17-20).
Vemos nessa palavras de Jesus que os escribas e fariseus estavam longe do reino dos céus, porque tentavam aocançá-lo por seus próprios méritos. 
Assim como na época dos reformadores havia a busca pelos méritos da auto flagelação, do confissionário, das missas, das penitências, das indulgências, relíquias e muitas outras formas de se buscar a salvação pelas obras, também nos dias de Jesus se tentava obter a salvação pelas obras da lei, a qual nunca teve a função de salvar, mas de revelar o pecado Rm 3:23 e conscientizar o homem de sua condição espiritual miserável levando-o a a buscar o Salvador que salvaria o Seu povo dos pecados deles (Mt 1.21). 
As sábias palavras de Jesus foram uma repreensão ao orgulhoso sistema religioso do sistema dos escribas e fariseus. Tais afirmação foi tida por eles como uma afronta, uma vez que os judeus se orgulhavam da sua religiosidade ostentando sua pretensa espiritualidade aos olhos do povo comum. Jesus ainda teria novas divergências com essa classe religiosa.

II. Jesus Combateu o Legalismo Religioso

Em relação à disposição de alguns, legalismo é o contrário de ser gracioso, por isso até crentes podem ser legalistas. Somos ensinados, no entanto, a ser graciosos uns com os outros: "Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões" (Rm 14.1). É triste dizer que alguns defendem sua posição escatológica de uma forma tão forte que acabam excluindo outras pessoas de sua comunhão antes de dar-lhes a chance de expressar uma opinião diferente. Isso também é legalismo. Muitos crentes legalistas de hoje cometem o erro de exigir uma aderência inadequada às suas interpretações bíblicas e até mesmo às suas tradições. Por exemplo, alguns acham que para serem espirituais eles precisam evitar cigarro, bebidas alcoólicas, danças, filmes, etc. A verdade é que evitar essas coisas não é garantia de espiritualidade.
Para evitar cair no erro do legalismo, podemos começar a aplicar as palavras do apóstolo João: "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1.17). Lembre-se também de ser gracioso, especialmente aos irmãos e irmãs em Cristo: "Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster" (Rm 14.4); "Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Rm 14.10).

III. Jesus Demonstra o seu Verdadeiro Evangelho

Jesus viveu a plenitude do Evangelho exemplificando na Sua vida o verdadeiro amor, o amor abnegado, o amor ágape. Jesus aprendeu com seu pai terrestre a profissão de carpinteiro e sua mãe lhe ensinou os preceitos religiosos como era costume da época. 
Jesus estudava as Escrituras como todo menino da sua idade e a educação que recebeu de pais zelosos e que lhe contaram os atos miraculosos de Deus a favor deles livrando Jesus da morte por meio de Herodes. 
Jesus se destacava das crianças da sua idade crescendo em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lc 2.52). Nesse relato de Lucas os próprios doutores da lei se surpreenderam com o conhecimento das Escrituras por parte de Jesus (Lc 2.47).
Por volta dos seus trinta anos de idade, Jesus foi batizado por seu primo João Batista no rio Jordão (Mt 3.13-17; Mc 1.9-11 e Jo 1.32-34) dando início ao Seu ministério terrestre que durou três anos e meio culminando com sua morte na cruz do Calvário (Lugar da Caveira). Logo aos ser batizado Jesus se retirou para o deserto sob a direção do Espírito Santo e jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e foi duramente tentado por Satanás (Mt 4.1-11; Mc 1.12-13 e Lc 4.1-13 e resistiu as tentações dando-nos exemplo de perfeita obediência, pois ao homem Deus não permite que seja tentado além das suas forças (1 Co 10.13), pois somente Cristo foi tentado acima das forças humanas sendo Ele o segundo Adão (cf.1 Co 15.45) e hoje é poderoso para socorrer os que são tentados porque experimentou-lhes as dores (Hb 2.18).

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