Texto Bíblico Base Semanal: 1 João 2.1-12
1. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
2. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
3. E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
4. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.
5. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele.
6. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.
7. Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.
8. Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz ilumina.
9. Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas.
10. Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo.
11. Mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.
12. Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados.
Momento Interação
Em 1 João 2, o apóstolo João inicia ensinando que amor a Deus e obediência estão completamente ligados. Não há como dizer que ama a Deus e viver de maneira que o desagrade. Da mesma maneira, devemos amar ao nosso irmão. Muitos cristãos vivem em guerra com outros, por muitos motivos. Isso não é agradável ao Senhor. Ele tem prazer na nossa comunhão. Ele prossegue dando recomendações aos pais e aos jovens e nos alerta sobre o fato de que não devemos amar ao mundo. Pois tudo o que há no “mundo”, o sistema de pecado dominado pelo diabo, não provém do Pai.
Não devemos nos envergonhar de Jesus Cristo, pelo contrário devemos fazer confissão pública do seu nome, palavra e ensino. Faremos isso com a unção que temos recebido dele e que nos ensina todas as coisas.
Introdução
João não quer permitir espaço para o pecado. O motivo ou propósito dessa carta, é “dissuadir-vos e afastar-vos do pecado”. Observe a interpelação familiar e carinhosa com que introduz a admoestação: “Meus filhinhos”. Pelo fato de talvez terem sido gerados pelo seu evangelho, filhinhos pelo fato de terem menor idade e experiência do que ele, meus filhinhos como sendo preciosos para ele nos laços do evangelho.
Certamente o evangelho prevaleceu mais quando esse amor ministerial esteve presente. Ou talvez o leitor criterioso encontrará razão para pensar que o significado do apóstolo nessa dissuasão ou advertência redunda na seguinte interpretação: “…estas coisas vos escrevo para que não pequeis”.
I. Guardando os Mandamentos
Sabemos que temos conhecido nos fala de algo que fica evidenciado, bem visível na vida da pessoa. Quem conhece Jesus assume um compromisso sério com ele. O Apóstolo está ensinando que não devemos ser somente ouvintes. Aquele que diz que conhece Jesus deve guardar os seus mandamentos.
Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou. Devemos imitar Jesus (1 Pe 2.21). O nosso objetivo deve ser o mesmo de Paulo,sede meus imitadores como eu sou de Cristo. Andar como cristo andou é colocar a nossa vida a disposição de Deus, e aceitar as modificações que ele deseja fazer em nossas vidas mudando de uma vez por todas o nosso caráter, se Jesus toma, essas iniciativas nós conheceremos verdadeiramente a vontade de Deus e a sua presença em nós. Precisamos assumir a responsabilidade de por em prática o que já temos aprendido da palavra de Deus (Rm 6.8-14).
II. O Amor aos Irmãos
Uma pessoa pode dizer que conhece a Deus. De fato, muitos fazem assim, desde os dias de João. Muitos também fazem isso hoje. Mas falar é fácil.
Guardar os mandamentos era muito importante para João e é para Jesus. A expressão ocorre frequentemente nos escritos de João. Guardar os mandamentos é sinal de que conhecemos a Deus/Jesus e O amamos. Aqui, amor e obediência são relacionados. Esse verso pode se referir tanto a Deus, o Pai, como a Jesus e é um pouco ambígua – provavelmente de propósito. 1 João 2:4 afirma a mesma verdade em condições negativas, e pode se referir à falsa afirmação feita pelos que dizem que você pode vir a conhecer Deus e ainda negligenciar a guarda dos mandamentos. João ataca essa ideia em linguagem muito forte, chamando de mentiroso quem ensina assim.
O tipo de conhecimento de Deus de que a Bíblia fala não é um conhecimento de fatos, apenas. É o conhecimento que forma a base de uma relação de amor. Você não pode amar verdadeiramente alguém que não conhece. E se você ama uma pessoa, vai agir de certa maneira. Um homem que ama verdadeiramente a esposa não vai enganá-la. Ele pode professar dia e noite seu amor, mas se seus atos não revelam esse amor, usando as palavras de João, ele é “um mentiroso”.
Depois de destacar a importância da obediência aos mandamentos (1 Jo 2.3, 4), João introduz nos versos 7 e 8 a ideia de um “novo mandamento”. Que “novo mandamento” é esse? A resposta se encontra em João 13.34, em que aparece a mesma expressão: “novo mandamento”. Depois de ter mostrado aos discípulos o que significa servir; isto é, rebaixar-Se e executar a humilde tarefa de lavar os pés de alguém, Jesus deu Seu “novo mandamento”. Seus discípulos deviam amar uns aos outros assim como Jesus os amava.
Situação semelhante acontece em 1 João 2.6-8. Depois de ter falado em andar como Jesus andava, João apontou para o mandamento de Jesus em João 13. É essa conexão literária com João 13:34, 35 que nos ajuda a desvendar o significado de 1 João 2.7, 8. O mandamento de que João está falando é o do amor fraternal. Mas por que ele afirma que não dá um novo mandamento, mas um antigo? É porque o mandamento do amor ao próximo já estava presente no Antigo Testamento (Lv 19.18). Quando João escreveu sua epístola, “o novo mandamento de Jesus” de João 13.34 já existia havia muitos anos.
III. A Vontade de Deus que Permanece para Sempre
Corremos atrás de muita coisa temporária. Assim que adquirimos, temos que tentar preservá-la porque sabemos que logo terminará. Deus nos prometeu que assim como Ele é eterno e viverá para sempre, aqueles que têm um relacionamento com Ele e estão comprometidos a fazer a vontade do Pai também viverão para sempre. Vamos sentar e estudar como gastamos nosso tempo, dinheiro e esforços, e perguntar se o que estamos perseguindo realmente vale a pena. Depois vamos fazer mais uma pergunta importante: “Mesmo que valha a pena ter, vai durar o suficiente para fazer uma diferença?”
A Bíblia afirma que a marca do verdadeiro cristão é não amar o mundo. O apóstolo João nos vários motivos pelos quais os cristãos não devem amar o mundo. O cristão está no mundo (Jo 17.11), mas não é do mundo (Jo 17.14). O cristão é chamado do mundo e enviado de volta ao mundo como luz e testemunho (Jo 17.18). Temos que ter cuidado porque o mundo entra no cristão pela porta do coração: “Não ameis o mundo...” (1 Jo 2.15). Que possamos viver sempre lembrando que o amor ao mundo é o amor que Deus odeia. Aquele que faz a vontade do Senhor permanece para sempre.
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