Deus tinha resgatado milagrosamente os israelitas da escravidão. Ele tinha aberto o Mar Vermelho para que eles pudessem escapar da perseguição do exército egípcio. Ele os conduziu, alimentou-os, deu-lhes água, e prometeu conquistar para eles uma terra onde manava leite e mel. Para uma nação que poucos meses antes não tinha esperança de jamais escapar das garras dos senhores egípcios, isso era bom demais para parecer verdade. Incrivelmente, contudo, este povo constantemente resmungava e se queixava quando andavam através do deserto. Eles nunca estavam satisfeitos com o que o Senhor tinha providenciado. Eles até se queixavam de que o alimento que o Senhor provia era enjoativo e lhe faltava a deliciosa variedade que eles tinham lá no Egito. Em mais de uma ocasião os israelitas desejaram voltar à terra da escravidão. De fato, uma vez até falaram do Egito como sendo a terra onde manava leite e mel e sugeriram que Moisés os estava conduzindo na direção errada (Números 16:13)! A constante queixa dos israelitas parec absurda. Depois de tudo o que o Senhor tinha feito por eles, deviam estar transbordantes de gratidão.
E quanto a nós? Vivemos em algo mais substancial do que tendas e temos mais variedade em nossa dieta do que maná e codorna. O Senhor proveu um meio de sermos libertados de uma servidão muito mais devastadora do que a escravidão física do Egito. Todos nós devemos estar contentes. "Grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes" (1 Timóteo 6:6-8). "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5).
Contentamento com nossas bênçãos materiais
A
Bíblia nos ordena que estejamos contentes com o que temos (Hebreus
13:5; Filipenses 4:11-12; Lucas 3:14). Uma falha em estar contentes leva
a múltiplos problemas: queixa, aflição, inveja, ingratidão, cobiça,
etc. Aqueles que não estão contentes compram coisas que não podem pagar e
depois tentam conseguir uma maneira de pagar mais tarde (veja
Provérbios 22:7). Os descontentes acham difícil o sacrifício pela causa
de Cristo porque eles se vêem "injustamente" privados.
Pensamos que há um grande problema quanto a estar contente com nosso nível de prosperidade: "Não temos o suficiente... mas se conseguíssemos um pouco mais então ficaríamos contentes". Que mentira! Se não estou contente com o que tenho no momento, eu não ficaria contente (por mais do que um ou dois dias) com o dobro disso. O escritor de Eclesiastes foi claro: "Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade ... Todo trabalho do homem é para a sua boca; e, contudo, nunca se satisfaz o seu apetite" (Eclesiastes 5:10; 6:7). Contentamento material nada tem a ver com quanto temos; se tivesse, os israelitas teriam estado contentes e também nós. O contentamento depende de nossa atitude quanto ao que temos. Em vez de querer o que não temos e não podemos ter, precisamos aprender a querer o que temos.
Pensamos que há um grande problema quanto a estar contente com nosso nível de prosperidade: "Não temos o suficiente... mas se conseguíssemos um pouco mais então ficaríamos contentes". Que mentira! Se não estou contente com o que tenho no momento, eu não ficaria contente (por mais do que um ou dois dias) com o dobro disso. O escritor de Eclesiastes foi claro: "Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade ... Todo trabalho do homem é para a sua boca; e, contudo, nunca se satisfaz o seu apetite" (Eclesiastes 5:10; 6:7). Contentamento material nada tem a ver com quanto temos; se tivesse, os israelitas teriam estado contentes e também nós. O contentamento depende de nossa atitude quanto ao que temos. Em vez de querer o que não temos e não podemos ter, precisamos aprender a querer o que temos.
Há boas razões para estarmos contentes com nossa prosperidade material.
1. É um modo de vida superior: "Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento"
(Eclesiastes 4:6). Aqueles que estão sempre querendo mais tornam-se
infelizes e, mesmo assim, raramente ganham o que estão buscando.
2. Temos
o suficiente. Paulo disse que alimento e roupa eram tudo o que
precisávamos (1 Timóteo 6:6-8). É verdadeiramente notável quantas coisas
algumas pessoas esperam da vida. Pensamos que merecemos todas as coisas
que estamos buscando? Quando nos compararmos com alguém como Paulo, ou
como os israelitas no deserto, devemos envergonhar-nos de nossa
insatisfação e estar determinados a apreciar e ser gratos pelas coisas
que o Senhor nos tem dado.
3.
Uma falta de contentamento é uma manifestação de cobiça, que é uma
forma de idolatria (Hebreus 13:5; Efésios 5:5). Não estamos contentes
porque temos desejos insatisfeitos, e os temos porque somos gananciosos.
4. Quando Deus está conosco, nada mais é importante (Hebreus
13:5-6). Pensaríamos que é absurdo se um homem que acabasse de ganhar um
milhão de reais se irritasse por ter sido enganado em uns poucos reais,
ou se irritasse muito por causa de qualquer coisa. A grande bênção de
receber tanto dinheiro deveria tender a fazer com que outras frustrações
se reduzissem a nada. Ter Cristo é muito mais do que ter um milhão de
reais. Devemos estar contentes com ele, contentes até mesmo só com ele.
Contentamento com limitações pessoais
Todos
os homens têm certas limitações pessoais. Elas podem ser limitações de
capacidade, de educação, de ambiente, etc. Precisamos não permitir que
estas limitações nos causem descontentamento. Em 2 Coríntios 12, Paulo
sentia um doloroso espinho em sua carne. A natureza exata do espinho de
Paulo é desconhecida, e como resultado, ela serve de excelente modelo
para qualquer situação penosa que enfrentemos. Paulo orou três vezes
para que o Senhor tirasse o espinho, mas o Senhor respondeu: "A
minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim
repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas
injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2
Coríntios 12:9-10). Paulo reagiu adequadamente. Afinal, o Senhor em sua
providência governa o universo. Se ele permite que alguma limitação
pessoal nos aflija e lhe pedimos que a tire de nós e ele não tira, então
precisamos nos lembrar de que o propósito de Deus é superior ao nosso.
O descontentamento com limitações pessoais leva a muitos erros. O homem com um talento, em Mateus 25, usou sua incapacidade como desculpa para não servir em nada ao senhor. Muitos pensam que se não podem fazer alguma grande coisa para o Senhor, não podem fazer nada mesmo. Alguns permitem que deficiências pessoais os levem a justificar seus pecados. Eles se sentem como se suas circunstâncias limitadas façam deles exceções para os mandamentos do Senhor. Outros sentem-se tristes consigo mesmos e murmuram e se queixam. Algumas pessoas até se tornam invejosas de outras que não têm a limitação com a qual elas sofrem. Mas desde que o Senhor é responsável por governar o universo, eu deveria estar contente e regozijar-me em qualquer situação, sabendo que ele é mais sábio do que eu.
O descontentamento com limitações pessoais leva a muitos erros. O homem com um talento, em Mateus 25, usou sua incapacidade como desculpa para não servir em nada ao senhor. Muitos pensam que se não podem fazer alguma grande coisa para o Senhor, não podem fazer nada mesmo. Alguns permitem que deficiências pessoais os levem a justificar seus pecados. Eles se sentem como se suas circunstâncias limitadas façam deles exceções para os mandamentos do Senhor. Outros sentem-se tristes consigo mesmos e murmuram e se queixam. Algumas pessoas até se tornam invejosas de outras que não têm a limitação com a qual elas sofrem. Mas desde que o Senhor é responsável por governar o universo, eu deveria estar contente e regozijar-me em qualquer situação, sabendo que ele é mais sábio do que eu.
Contentamento em nossas circunstâncias
Deus
permite que os cristãos passem por circunstâncias frustrantes. Quando
Paulo escreveu Filipenses 4:11-12 ele estava na prisão, e tinha estado
por muitos anos. Mas ouça o que ele disse: "Aprendi a viver
contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como
também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho
experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de
escassez". A prisão deve ter sido terrivelmente frustrante para
um homem que passou sua vida viajando para visitar os irmãos e para
desbravar novos territórios para o evangelho. Não obstante, ele
declarava que sua prisão tinha feito o evangelho progredir ainda mais
(veja Filipenses 1:12-20 para pormenores). Onde estivermos, podemos
servir o Senhor. Precisamos nunca usar nosso ambiente como desculpa para
o pecado.
A mais baixa classe social do Império Romano era a dos escravos. É difícil para nós que conhecemos somente uma vida de liberdade imaginar como seria degradante existir como propriedade pessoal de alguém. Contudo, Paulo escreveu: "Foste chamado, sendo escravo? Não te preocupes com isso; mas, se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade" (1 Coríntios 7:21). Não é que devemos evitar tirar vantagem de oportunidades para melhorar nossas circunstâncias, mas sim que, quando isto não pode ser feito, não devemos nos afligir por isso. Afinal, o Senhor precisa de bons escravos cristãos. Lembrar o domínio soberano do Senhor deve ajudar-nos a descansar nele e deixar de atormentar-nos pelas limitações causadas por nossas circunstâncias (veja Romanos 8:28).
A mais baixa classe social do Império Romano era a dos escravos. É difícil para nós que conhecemos somente uma vida de liberdade imaginar como seria degradante existir como propriedade pessoal de alguém. Contudo, Paulo escreveu: "Foste chamado, sendo escravo? Não te preocupes com isso; mas, se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade" (1 Coríntios 7:21). Não é que devemos evitar tirar vantagem de oportunidades para melhorar nossas circunstâncias, mas sim que, quando isto não pode ser feito, não devemos nos afligir por isso. Afinal, o Senhor precisa de bons escravos cristãos. Lembrar o domínio soberano do Senhor deve ajudar-nos a descansar nele e deixar de atormentar-nos pelas limitações causadas por nossas circunstâncias (veja Romanos 8:28).
Evitar o contentamento espiritual
Há
uma área na qual o contentamento precisa ser evitado: é nas coisas
espirituais. Quando a igreja de Laodicéia decidiu sentar-se e descansar
porque pensava que tinha tudo (Apocalipse 3:14-22), isso era um engano
terrível! O contentamento espiritual é um sintoma de orgulho (Lucas
18:11-13). O homem com a atitude adequada sempre se verá ainda longe da
meta e estará constantemente redobrando seus esforços para crescer
(Filipenses 3:12-14; 2 Pedro 3:18).
Estamos contentes?
Estamos contentes?
Os
israelitas, no deserto, deviam ter apreciado tanto as bênçãos do Senhor
que nenhuma queixa jamais passasse por seus lábios. Em vez disso,
desejavam sempre mais e mais e logo ficaram chateados com o Senhor. Nós
que vivemos melhor que numa tenda, comendo mais do que maná, e tendo
água boa todos os dias, temos ainda menos razão para murmurar. Estamos
contentes?
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