Durante a peregrinação de Israel no deserto,
 Moisés mantinha contato regular com o Senhor, na tenda da congregação. 
Sempre que Moisés entrava para falar com o Senhor, sua face começava a 
brilhar, refletindo a glória da presença de Deus. Quando ele saía, tinha
 que cobrir seu rosto para que o povo não cegasse com o fulgor. O brilho
 começava a desvanecer gradativamente, mas os israelitas não o percebiam
 por causa do véu que Moisés usava. Quando ele retornava à tenda da 
congregação, sua face começaria a luzir, novamente, com a glória do 
Senhor. Este evento histórico, registrado em Êxodo 34:33-35, é a base 
para os comentários de Paulo em 2 Coríntios 3:7-18.
   
 A glória da nova aliança
 
 "E,
 se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de 
glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de 
Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como 
não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o 
ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será 
glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que, outrora,
 foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual 
sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, 
muito mais glória tem o que é permanente" (3:7-11).
   
 Enquanto a velha aliança estava cheia de glória, esta simbolizada pelo 
resplendor da face de Moisés, a nova aliança brilha ainda mais. Este 
contraste resulta das funções das duas alianças. A velha era uma aliança
 de morte, porque tudo o que podia fazer era diagnosticar a doença do 
pecado. A nova aliança providencia o remédio para os pecados dos homens.
 A velha aliança era um ministério de condenação porque condenava 
aqueles que deixaram de cumprir suas exigências, mas a nova aliança 
justifica, através do sangue de Cristo, aqueles que pecaram. É 
certamente uma coisa maior justificar o pecador do que condená-lo. A 
nova aliança é superior também porque ela ainda permanece, enquanto a 
glória da antiga aliança desvaneceu.
   
 A diferença na glória da antiga e da nova é notável: "Porquanto,
 na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não 
resplandece, diante da atual sobreexcelente glória" (3:10). 
Assim como a lua e as estrelas desvanecem quando o sol levanta, assim a 
glória da velha aliança empalideceu quando a nova aliança raiou em 
Cristo. Uma vez que sua glória foi suplantada, a velha aliança não é 
mais nossa lei. Nem mesmo os dez mandamentos, a lei gravada em pedras, 
se impõem, como tais, aos cristãos, ainda que muitos deles tenham sido 
incluídos na nova aliança (a exceção é o mandamento do sábado, que não é
 repetido na aliança de Cristo -- veja Colossenses 2:16-17).
   
 O véu de Moisés
 
 "Tendo,
 pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos
 como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel 
não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles
 se embotaram. Pois até o dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga 
aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é
 removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o 
coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu 
lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do 
Senhor, aí há liberdade" (3:12-17).
   
 O véu que cobria o rosto de Moisés, quando ele voltou a falar com o 
povo, simboliza o véu da cegueira nos corações dos incrédulos judeus 
quando eles liam a velha aliança. Assim como os israelitas não podiam 
ver que o resplendor na face de Moisés tinha desvanecido, assim também 
os judeus dos dias de Paulo não podiam ver que a glória da velha aliança
 tinha desvanecido. Mas, assim como Moisés retirava o véu quando voltava
 ao Senhor, na tenda, assim também quando alguém volta ao Senhor hoje, 
seu véu é removido e ele vê claramente. O Senhor a quem nos voltamos 
hoje é o Espírito, que é descrito neste contexto como o agente da nova 
aliança (3:3,6,8). Quando nos voltamos para o Senhor, na nova aliança, 
ficamos livres: de culpa, de pecado e de morte, e especialmente, do véu 
que impede o entendimento espiritual.
   
 Moisés, modelo para nós
 
 "E
 todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a 
glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua 
própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (3:18).
 Este texto destaca comparações e contrastes entre nós e Moisés. Nós, 
como Moisés, contemplamos o Senhor com a face desvendada. E, como ele, 
nosso rosto é transformado e começa a luzir com a glória do Senhor. Isto
 não é físico, em nosso caso, mas representa a radiante transformação 
espiritual que experimentamos. Cada cristão, em certo sentido, repete as
 experiências de Moisés.
   
 Há diferenças entre nós e Moisés. 
1. Diferente da situação dos israelitas, todo discípulo hoje contempla o
 Senhor. Nos dias do Sinai, somente o guia, Moisés, viu-o. O povo, por 
causa da culpa do pecado, era incapaz de contemplar o Senhor, ou de ver o
 resplendor da face de Moisés. Agora que a culpa dos pecados do cristão 
foi perdoada por Cristo, ele pode contemplar a glória de Deus na face de
 Cristo (4:6) e ansiosamente antever a contemplação final da glória do 
Senhor no céu (João 17:24). 2. Também, diferente de Moisés, nosso rosto 
não deve ser vendado. A luz de Cristo dentro de nós não deve 
 ficar escondida; antes, outros devem ver a glória do Senhor refletida 
em nossa 'face', em nosso caráter. 3. Finalmente, somos diferentes de 
Moisés no fato que a glória de Moisés desvaneceu, e a nossa deve 
intensificar "de glória em glória".   
  
 Aplicações práticas
 
 1. Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar" (3:12).
 A mensagem desvendada clama por um método desvendado de proclamá-la. 
Não deve haver desculpa para o anúncio franco e aberto do domínio de 
Cristo e de seu evangelho, porque o estilo do ministério deve concordar 
com o caráter da mensagem. Paulo era ousado. Ele pregava e ensinava a 
verdade a todos, indiferente ao perigo. Ele era freqüentemente expulso 
da cidade, espancado e aprisionado, mas nunca se esquivava de declarar a
 verdade de Cristo francamente. Nós, por outro lado, tendemos a ser 
hesitantes e indiretos em nosso ensinamento porque tememos o ridículo e a
 rejeição. Se ao menos pudéssemos começar a ver a espantosa glória do 
Senhor mostrada no evangelho, declararíamos a verdade com coragem.
 
 2. Somente quando os israelitas se voltaram para Cristo, puderam 
discernir o verdadeiro significado e glória da velha aliança. Muito do 
Velho Testamento reflete a sombra de Cristo. O tabernáculo, os 
sacrifícios, o sacerdócio, o reinado e muitos eventos da história do 
Velho Testamento revelam a figura de Cristo. Ele é a chave para o 
entendimento do Velho Testamento. Sem Jesus, muito do seu significado 
permanece trancado na obscuridade.
 
 3. Este texto dá uma 
tremenda visão da verdadeira meta do cristão: refletir a glória de 
Cristo e ser transformado em sua imagem. Cristianismo é muito mais do 
que moralidade e comparecimento à igreja; é um processo dinâmico 
resultante em Cristo sendo formado no coração do cristão (Gálatas 4:19).
 Os cristãos devem começar a parecer com Cristo. Não há segredo quanto a
 como esta transformação acontece. É contemplando Cristo em sua palavra.
 Quanto mais olhamos para ele, meditamos nele, e procuramos copiá-lo, 
mais o Senhor nos transformará. E a mudança é para ser progressiva. 
Cristo deve habitar em nosso coração mais e mais a cada dia. Enquanto o 
Espírito executa sua obra, o caráter de Deus deve emergir 
progressivamente na estrutura e natureza de nossa vida.
 
 Pare um
 momento para pensar sobre como era a vida de Cristo. Sua paixão intensa
  era a vontade de seu Pai. Ele nunca falou e nunca agiu por sua própria
 iniciativa, mas sempre buscou ativamente agradar ao seu Pai. Ele orava 
ao seu Pai freqüentemente, mantendo uma relação íntima com ele. 
Precisamos crescer para sermos mais dominados pela vontade do Pai e para
 desenvolver uma amizade mais íntima com ele na oração.
 Jesus
 era compassivo, meigo e perdoador. Ainda que os discípulos o 
desapontassem muitas vezes, ele continuou a trabalhar com eles 
pacientemente. Pedro negou, com um juramento, que ao menos soubesse quem
 Jesus era, no exato momento em que Jesus mais precisava dele. Mas 
apenas três dias mais tarde, um anjo incumbido por ele disse às mulheres
 que fossem e convidassem os discípulos, e Pedro, para 
encontrá-lo na Galiléia (Marcos 16:7). Naturalmente, Pedro era um 
discípulo, mas o Senhor sabia que ele poderia sentir-se indigno de 
encontrar Jesus depois de tê-lo deixado num momento tão crítico. Assim, 
Jesus assegurou-se de que ele recebesse um convite especial. E quando 
eles se encontraram, Jesus encorajou-o e prometeu usá-lo para alimentar 
suas ovelhas (João 21). O amor de Jesus não era limitado aos seus 
seguidores. Ele pediu a Deus para perdoar aqueles que o estavam 
crucificando (Lucas 23:24). Como nos comparamos com Jesus, em perdão? 
Estare-mos, realmente, permitindo ao Senhor mudar-nos para a ima-gem e a
 glória espiritual de Cristo? Ou talvez não passemos tempo suficiente 
contemplando-o?
   
 O verdadeiro cristão reflete a glória espiritual de Jesus em seu caráter e sua vida.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
terça-feira, 28 de junho de 2016
As Curas de Hoje em dia
O Que a Bíblia Ensina ? 
Muitas das diferentes religiões acreditam que Deus cura as pessoas hoje em dia de uma maneira especial. Tanto pelos espíritas quanto pelos católicos, pelos pentecostais, e pelas igrejas renovadas das denominações tradicionais, as pessoas estão sendo ensinadas que Deus as curará milagrosamente. Para alguns essa cura vem através da bênção especial de um ritual mágico; para outros, através da peregrinação a algum santuário; para outros ainda, através da imposição das mãos de alguém abençoado com um dom especial do Espírito Santo. O que a Bíblia ensina? Deus cura, hoje em dia? E se cura, como o faz?
Muitas das diferentes religiões acreditam que Deus cura as pessoas hoje em dia de uma maneira especial. Tanto pelos espíritas quanto pelos católicos, pelos pentecostais, e pelas igrejas renovadas das denominações tradicionais, as pessoas estão sendo ensinadas que Deus as curará milagrosamente. Para alguns essa cura vem através da bênção especial de um ritual mágico; para outros, através da peregrinação a algum santuário; para outros ainda, através da imposição das mãos de alguém abençoado com um dom especial do Espírito Santo. O que a Bíblia ensina? Deus cura, hoje em dia? E se cura, como o faz?
Dois tipos de cura
Deus
 sempre se manifestou como aquele que cura seu povo. Através de Moisés, 
Deus prometeu curar os filhos de Israel e poupá-los das doenças dos 
egípcios (Êxodo 15:26; Deuteronômio 7:15). Davi louvou a Deus como 
aquele que cura todas as moléstias (Salmo 103:3). Provérbios ensina que a
 obediência ao Senhor dá saúde e longa vida (Provérbios 3:2,8; 4:22, 
etc.). No Novo Testamento também, João orou pela saúde e prosperidade de
 Gaio (3 João 2). Mas essas promessas tinham certas limitações: Essas promessas não imunizaram totalmente o povo de Deus contra a doença. Homens
 justos como Jó, Epafrodito e Trófimo adoeceram (Jó 2; Filipenses 
2:25-30; 2 Timóteo 4:20). Não houve um tempo, desde o jardim do Éden, em
 que o povo de Deus teve completa liberdade das enfermidades. Tanto 
cristãos quanto incrédulos experimentam a doença e a morte. Essas promessas não foram garantias absolutas. Como
 regra geral, Deus abençoa os fiéis com uma vida mais prolongada e 
melhor saúde. Considere, por exemplo, a promessa de que aqueles que 
honram os pais viverão muito tempo (Êxodo 20:12; Efésios 6:1-3). Sabemos
 que, em geral, aqueles que honram os pais vivem mais. Mas isso não 
significa que todos que honram seus pais vivem até aos 80, nem que todos
 os que morrem cedo desonraram seus pais. Eclesiastes mostra claramente 
que a relação de um homem com Deus não pode ser determinada pela sua 
saúde ou pelas bênçãos físicas (Eclesiastes 9:1-3). Os amigos de Jó 
estavam certos de que a enfermidade dele fora causada por causa de sua 
desobediência; mas isto não era verdade. Os discípulos queriam saber 
quem teria pecado para causar a cegueira do homem. Jesus replicou que a 
cegueira não fora causada nem pelo seu pecado nem pelo de seus pais 
(João 9:1-4). A ênfase das Escrituras não está nas bênçãos físicas. O
 foco principal das promessas de Deus é espiritual. Estamos, 
freqüentemente, mais interessados nas promessas de bênçãos físicas, mas 
uma leitura séria do Novo Testamento nos mostra que o principal 
interesse de um cristão deve ser sua comunhão com Deus e seu lar eterno 
(veja Filipenses 3:20-21; Colossenses 3:1-4; Hebreus 11:13-16, 35-38).
Além
 do cuidado geral de Deus para com a saúde de seu povo, houve certas 
épocas nas quais Deus operou milagres especiais de curas. Através de 
Moisés, por exemplo, Deus tornou uma água amarga em doce, curou lepra e 
levantou uma serpente de bronze para curar mordeduras de cobras. Através
 de Elias e Eliseu, Deus curou lepra, ressuscitou mortos, etc. Através 
de Jesus e dos apóstolos, Deus curou os cegos, os coxos, os surdos e 
muitos outros. Os tempos extraordinários das curas milagrosas 
corresponderam às novas revelações que Deus estava dando ao povo. Os 
sinais que Moisés operou atestaram suas credenciais para apresentar a 
nova lei de Deus aos filhos de Israel. Os sinais de Elias e Eliseu deram
 o carimbo da aprovação de Deus ao trabalho dos profetas de revelar uma 
outra maior porção da palavra de Deus. Os sinais de Cristo e dos 
apóstolos mostram que a revelação do Novo Testamento foi enviada por 
Deus.
Deus cura hoje em dia?
Sim,
 Deus cura seu povo através da oração, da providência e da ação de sua 
vontade, como ele sempre fez. Muitas vezes as pessoas glorificam médicos
 e remédios, quando Deus é aquele que deve receber o crédito. Todas as 
boas dádivas vêm de Deus e devemos sempre lembrar de dar a ele a glória e
 o agradecimento (Tiago 1:17).
Mas
 será que Deus ainda cura da maneira especial e miraculosa como 
antigamente o fez? Será que ele ainda dá poderes especiais de curas aos 
homens, como o fez a Moisés, a Elias e Eliseu, e a Jesus e aos 
apóstolos? Alguns responderão sim. Muitas igrejas e religiões 
reivindicam o poder de curar dessa maneira especial. Essas abrangem de 
diversas igrejas pentecostais (Deus é Amor, Assembléia de Deus, Igreja 
Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça, Igreja do Evangelho 
Quadrangular, Congregação Cristã no Brasil, etc.) aos ramos carismáticos
 das igrejas tradicionais, tais como a Católica e a Batista, e seitas 
como a de Cientista Cristão, até aos diversos grupos que compõem o 
espiritismo. Parece haver um impressionante arranjo de "evidência" para 
as supostas curas milagrosas nos dias atuais. A própria diversidade 
dessa evidência, contudo, deve levar-nos a reconsiderar. Estará, 
realmente, Deus operando sinais especiais e maravilhas em tantas 
diferentes, e mesmo contraditórias, igrejas e religiões? Na Bíblia, as 
curas especiais foram a maneira de Deus confirmar a nova revelação que 
ele estava dando através dos que curavam. É claro que Deus, que não se 
contradiz, não está confirmando todas estas mensagens conflitantes.
As
 muitas advertências contra os falsos sinais e maravilhas precisam ser 
examinadas. O diabo sempre simula as obras de Deus (examine Deuteronômio
 13:1-5; 2 Coríntios 11:13-15; 2 Tessalonicenses 2:9-12; 2 Timóteo 3:13;
 Apocalipse 13:13-14; 16:13-14). E, também, o diabo é muito hábil em 
trabalhar através da religião (Mateus 7:15-23; 2 Coríntios 11:13-15; 
Colossenses 2). Portanto, a presença das supostas curas miraculosas na 
atualidade, as quais são totalmente diferentes das curas na Bíblia, não 
deve nos surpreender.
Diferenças entre as curas de hoje e as na Bíblia
Tipo.
 As curas especiais na Bíblia incluíam todos os tipos de moléstias. 
Jesus e os apóstolos podiam curar qualquer pessoa de qualquer doença ou 
enfermidade (Atos 5:15-16; Marcos 1:32-34; Mateus 4:23-24; 9:35). Cegos 
de nascença recebiam a visão imediatamente; coxos de nascença começavam a
 andar e saltar; lepra, mãos definhadas, orelhas cortadas e outros males
 perfeitamente visíveis eram curados diante dos próprios olhos daqueles 
que observavam (Atos 3:1-10; 4:22; João 9; Marcos 3:1-6; Mateus 8:1-4; 
Lucas 22:50-51). Ainda mais admirável era a ressurreição dos mortos 
(Lucas 7; João 11; Atos 9; 20). As curas de agora são diferentes. Os que
 fazem curas hoje em dia se especializam em dores de cabeça, dores 
lombares e outras enfermidades invisíveis. Sim! Algumas vezes ouvimos 
falar de um cego que recebeu sua vista ou de mortos sendo ressuscitados,
 mas nunca, ninguém, parece testemunhar esses eventos. Eles sempre 
ocorreram em outro tempo ou lugar e ninguém parece se lembrar exatamente
 de quando e onde. Sem dúvida, as "curas milagrosas" que você e eu vemos
 hoje são de uma natureza muito diferente dos milagres na Bíblia.
Maneira. As curas na Bíblia eram instantâneas. Não
 havia reação retardada. Os cegos recebiam sua vista na hora; os coxos 
começavam a andar, correr e saltar; a pele dos leprosos era purificada 
instantaneamente (Mateus 8:3; 12:13; Atos 3:7-8; João 9:7). As curas 
miraculosas foram sempre completas. Não havia curas parciais (Atos 3:16). A maneira de Jesus e dos apóstolos era simples. Não
 havia fanfarras; não havia nada encenado. Aqueles com a verdadeira 
capacidade de curar faziam seu trabalho calmamente, simples e 
completamente. Poderá alguém que testemunhou "curas", hoje, dizer que 
elas são feitas da mesma forma?
Freqüência.
 Nenhum dos que, hoje em dia, "curam" sempre têm êxito. Geralmente, 
atribuem a culpa pelos insucessos à falta de fé por parte dos que querem
 ser curados. Mas na Bíblia, aqueles que realmente tinham o poder de 
curar conseguiam seu intento. Há uma única exceção registrada (Mateus 
17) e, nesse caso, o problema foi uma falta de fé por parte dos que 
pretendiam curar. Nem todos aqueles que recebiam as curas tinham fé; de 
fato, alguns que nem esperavam ser curados o foram (João 5; Atos 3). 
Deus nunca falha. Se houvesse, nestes dias, pessoas que verdadeiramente 
tivessem poderes especiais de Deus para curar, eles também não 
falhariam.
Propósito.
 Na Bíblia, os milagres e as curas eram sinais para confirmar a mensagem
 do homem que os operava. Deus autenticou cada nova mensagem com sinais 
(Hebreus 2:3-4; Marcos 16:20). Gerações posteriores tinham que confiar 
na mensagem escrita daqueles que demonstravam as credenciais para 
revelá-la (João 20:30-31). Há muitos textos que mostram que a mensagem 
do evangelho foi completamente revelada no primeiro século (João 16:13; 
Judas 3) e que não haveria revelação adicional (Gálatas 1:6-9). 
Considere esta ilustração: O Cristo ressuscitado foi visto por várias 
testemunhas que escreveram sobre o que viram. Hoje, não vemos Cristo; 
confiamos na evidência registrada por aqueles que o viram. Os 
aparecimentos de Cristo depois de sua ressurreição serviram precisamente
 ao mesmo propósito que as curas e milagres: para provar que ele é o 
Filho de Deus e que devemos confiar na mensagem do Novo Testamento. Não 
há mais razão para esperar que alguém terá poder para curar hoje em dia,
 do que pensar que Cristo reaparecerá nestes dias.
É
 também digno de nota que o propósito das curas na Bíblia nunca foi 
financeiro. Pura e simplesmente, nunca lemos sobre Jesus ou os apóstolos
 ou outros cristãos primitivos com capacidade para curar fazendo coletas
 daqueles que eles estavam curando. De fato, em relação a estas próprias
 coisas (curar os doentes, ressuscitar os mortos, limpar os leprosos e 
expelir demônios) Jesus disse que as dessem gratuitamente (Mateus 10:8). Somos também advertidos sobre os que "movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias" (2 Pedro 2:3).
Efeito.
 Quando homens tinham, verdadeiramente, poderes para curar, todos se 
maravilhavam e ficavam admirados com os resultados (Atos 3:9-11; Lucas 
7:16-17). Até mesmo os inimigos do evangelho tinham que admitir que as 
curas realmente aconteciam (João 11:48; Atos 4:16). Afinal, como 
poderiam negá-las? Havia os mortos que Jesus tinha ressuscitado, os 
coxos que ele havia curado e os cegos que agora viam, dando testemunho 
visível do seu poder. Os inimigos do evangelho sempre tentaram se opor e
 desacreditar o ensinamento, mas nunca tentaram negar que as curas e os 
milagres realmente aconteceram. Às vezes, questionavam quando Jesus curava (por exemplo, no sábado) ou pelo poder de quem (por exemplo, do diabo, diziam eles) o fazia, mas nunca negavam
 a autenticidade dos milagres. Os que curam, atualmente, experimentam 
resultados que são muitíssimo diferentes. Porque as curas não são 
imediatas, nem completas, nem visíveis, muitos reconhecem que eles 
realmente não têm qualquer poder especial. Onde está o milagreiro de 
hoje que tenha entrado numa cidade e curado todos os doentes? Os efeitos
 são diferentes.
O Que Podemos Concluir?
Houve
 dois meios básicos pelos quais Deus curou: o meio normal, através da 
oração e da providência, e o meio miraculoso, para confirmar as novas 
revelações. Deus continua a curar pelo meio normal e, por esta razão, 
devemos orar pelos doentes e agradecer a Deus pela recuperação deles. 
Mas não há evidência de que alguém tenha, hoje, as aptidões especiais, 
que Jesus e os apóstolos tinham para curar os enfermos. Nem devemos 
esperar que tenha. A intenção de Deus era confirmar sua nova revelação, 
através dos seus mensageiros, dando a eles especiais poderes de cura; 
sua revelação está completa; portanto, ele não continuou a dar poderes 
especiais. Tais curas especiais não ocorrem em nossos dias.
Objeções
Hebreus 13:8.
 Aqueles que crêem que Deus continua dando, hoje, poderes especiais de 
cura aos homens usam vários argumentos para apoiar essa idéia. Por 
exemplo, Hebreus 13:8 afirma que Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. 
Há pessoas que usam esse texto para dizer que, se curas especiais e 
maravilhas aconteceram no primeiro século, o mesmo deve acontecer hoje 
em dia. Mas esse texto não diz que Jesus faz exatamente as mesmas coisas
 em todas as eras, nem que sua vontade é sempre a mesma. Hoje, os homens
 confessam pecados, enlutam-se, casam-se. Mas não farão assim para 
sempre. No céu não há confissão de pecados, luto ou casamento. No Velho 
Testamento não havia batismo pelo Espírito Santo ou o falar em línguas. 
Jesus é o mesmo. Mas sua obra mudou. No primeiro século, livros foram 
acrescentados à Bíblia, houve apóstolos vivos e Cristo apareceu na terra
 em forma humana. Hoje não. O fato de que Jesus nunca muda não significa
 que ele sempre dê aos homens os mesmos poderes ou aja sempre do mesmo 
modo. Há um certo progresso no procedimento de Deus para com os homens. 
Passo a passo ele executa seu plano. Conforme o plano é cumprido e a 
maturidade é atingida, certas coisas necessariamente mudam (1 Coríntios 
13:11).
Marcos 16:17-18.
 Marcos 16:17-18 é usado, às vezes, para ensinar que todos os crentes 
serão capazes de operar curas, expelir demônios e falar em línguas. É 
interessante que poucos são os que afirmam, que todos os crentes podem 
beber veneno ou pegar em serpentes, ainda que essas coisas sejam 
mencionadas na mesma passagem. É importante analisar cuidadosamente o 
contexto desta promessa. Jesus estava falando aos apóstolos e prometeu 
que esses sinais acompanhariam os crentes. Ele não disse que todos os 
crentes, nem mesmo naquela época, poderiam operar sinais. Marcos 16:20 
afirma que essa promessa já havia sido cumprida: "E eles, 
tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e 
confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam." A pregação, mencionada em Marcos 16, com os sinais que a confirmariam já aconteceu. Se há mais sinais, hoje, pelo menos esse texto não está afirmando nada a respeito.
João 14:12. Alguns
 se valem de João 14:12 para tentar provar que as curas milagrosas 
continuam ainda hoje. Essa passagem ensina que discípulos de Cristo 
farão obras maiores do que ele fez. O significado é que, depois da morte
 e da ressurreição de Jesus, seus seguidores pregariam a mensagem da 
salvação e ofereceriam, realmente, o perdão dos pecados pelo sangue de 
Cristo. Eles fariam uma obra maior por causa da expiação proporcionada 
pela morte de Jesus. Muitos deturpam esse texto para dizer que os 
crentes operarão milagres maiores. Mas como? Eles mudarão mais água em 
vinho, alimentarão uma multidão maior com menos pães e peixes, acalmarão
 tempestades mais violentas, ressuscitarão mais pessoas mortas? Seria 
difícil realizar maiores milagres do que Jesus. Esse texto está falando 
da salvação que poderia ser proporcionada depois da morte e ressurreição
 de Cristo.
Testemunhos.
 Finalmente, alguns se voltam para o testemunho das "curas" especiais 
nos dias atuais. Ou foram curados ou viram alguém curado, ou ouviram 
sobre alguém que foi curado. Mas há problemas com isso. Deus cura hoje. 
Ele não cura da maneira miraculosa como o fez no primeiro século, mas 
cura. Ele não dá aos homens, nos dias atuais, poderes especiais de cura.
 Deus pode curar através de sua providência e ao mesmo tempo um dos que 
"curam" pode começar a exercer sua arte. As pessoas dão o crédito ao 
"milagreiro", quando na realidade foi a providência de Deus que curou. 
Muitas enfermidades são grandemente afetadas pela mente. Se alguém pensa
 que foi curado, muitas vezes se sentirá melhor. Por essa razão, 
diversas "curas" ocorrem numa atmosfera emocionalmente carregada, com 
muitos na expectativa de receber uma cura. Raramente os que dizem que 
curam, hoje em dia, vão a lugares públicos e realizam tal ato; a maioria
 das "curas" ocorre em edifícios de igrejas ou lares. Jesus, ao 
contrário, curava em qualquer situação, até mesmo enquanto caminhava rua
 abaixo. Não há evidência de homens, hoje, curando como Jesus e os 
apóstolos curavam. Todos ouviram falar de algum lugar afastado onde uma 
pessoa morta foi ressuscitada, um leproso limpo, ou uma pessoa cega 
recebeu sua visão. Mas quem realmente experimentou esses fenômenos? Se 
Deus ainda cura hoje em dia do mesmo modo que no passado, por que são 
quase todas as curas invisíveis? Por que os milagres notáveis sempre 
ocorrem em algum lugar distante?
Conclusão
Deus
 continua a curar em nosso tempo, porém não mais concede aos homens 
capacidade especial para curar. Há diferenças radicais entre as curas 
verdadeiramente milagrosas do primeiro século e as alegações de curas 
hoje. Temos a revelação completa e confirmada do evangelho; portanto, 
Deus descontinuou seu uso das curas especiais. As curas de Deus, agora, 
são através da oração e da providência, e não através de sinais 
miraculosos.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Uma Oportunidade na Presença do Senhor
Uma semana na presença do Senhor.
Estamos iniciando mais um dia,mais uma semana,e louvado seja o Senhor por esta oportunidade.Uma oportunidade testemunharmos aos irmãos do Senhor por tudo que ELE é e o que FAZES.Oportunidade de buscarmos mais à ele.Oportunidade para que tudo venha ser diferente,de acordo com a vontade do Senhor.Que venhamos usar as nossas vidas no dia para a contribuição para o Evangelho,e para a vida de muitas pessoas ( Fp 1.12 ). Minha oração para este início de semana,quase findando o mês. Minha oração,é que o Senhor Jesus Cristo,venha mudar sua vida,sua família,e todos ao seu redor.Que seja um dia especial para você,que seja um dia de Encontro com o Senhor,para arrependimento,para glorificar à Deus,e pelas bênçãos que o Senhor tem lhe concedido.
Que o Senhor Jesus, abençoe-os grandemente. À Ele,Honra,Glória e o Louvor para todo sempre !
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Nota sobre a morte do Empresário de Rio Claro
O empresário Luís Antônio Scussolino, de 66 anos, proprietário da Luizzi Estofados, foi encontrado morto na manha do dia 21, um dia após a ampla divulgação da noticia da demissão em massa na cidade, coisa que há mais de 20 anos não acontecia. Notem a ênfase neste artigo ( há mais de 20 anos não acontecia ).
Isso apenas mostra como anda a situação em nosso país,que não preciso nem mencionar aqui,pois a própria população está vendo com os próprios olhos.Mas além do suicídio do empresário,quero mencionar as famílias que agora estão sem sustento,não só de Rio Claro,mas muitas pela incompetência deste governo,que visou durante anos benefício próprio e seus auxiliadores,que afundaram o país em dívidas e desprovido de recursos para a população brasileira.A Página traz nossos sinceros pêsames à família do empresário,e oremos para que o Senhor venha fazer o Teu querer na Terra.
quinta-feira, 23 de junho de 2016
O amor é mais importante do que a verdade?
Nossa época é voltada para humanismo e
 tem se espalhado a idéia de que os relacionamentos são mais importantes
 do que a realidade, que o homem é mais importante do que Deus, e que o 
amor aos outros é mais importante do que a justiça. A verdade está se 
tornando um sentimento subjetivo; já não é mais um fato imutável e 
definido. Por isso, conclui-se que a verdade tem pouca importância; só 
precisamos amar os outros. 
Mas
 se as palavras de Jesus têm valor, toda esta idéia é completamente 
falsa. Jesus disse que o primeiro grande mandamento é amar a Deus de 
todo o coração, alma, força e entendimento (Marcos 12:28-31). Amar aos 
outros é o segundo mandamento. Há muitos que invertam esta ordem. Se 
amamos a Deus, temos que amar o que ele diz (João 14:15; 15:14). Jesus 
perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lucas 6:46). 
A
 verdade é da extrema importância em nossa relação com Deus. Temos que 
conhecer a verdade (João 8:32; 1 Timóteo 2:4); obedecer à verdade (1 
Pedro 1:22); adorar em verdade (João 4:24); andar em verdade (2 João 4);
 armar-nos com a verdade (Efésios 6:14); e amar a verdade (2 
Tessalonicenses 2:10). Aqueles que se desviam da verdade estão perdidos 
(Tiago 5:19); aqueles que não andam segundo a verdade têm que ser 
repreendidos (Gálatas 2:14); aqueles que mudam a verdade são detestados 
por Deus (Romanos 1:25); aqueles que não estão na verdade seguem seu 
pai, o Diabo (João 8:44). 
Tornar
 o amor mais importante do que a verdade é tornar o homem mais 
importante do que Deus e fazer o segundo mandamento mais importante do 
que o primeiro. "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17).
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Hangout hoje à noite !
Eu saúdo com a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
Eu, o convido à participar do Hangout no dia hoje às 21:00 horas com o tema : EBD,DISCIPULADO E EDUCAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL,com a presença do Pr . Natalino Das Neves II ( Comentarista das Lições Bíblicas de Jovens CPAD )
Link para assistir e participar : https://www.youtube.com/watch?v=-nTrB2_heI0
Que Deus os abençoe !
 Compartilhe,participe, e cresça na Palavra de Deus .
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O Problema do Pecado
 Introdução 
       
       
       
Desde Adão e Eva, o 
pecado tem corrompido nosso mundo e manchado nossas vidas. Deus ofereceu
 aos homens inúmeras oportunidades para serem limpos do pecado, mas as 
pessoas, egoístas, concupiscentes, continuam pecando. O problema é tão 
difundido que Paulo afirmou: "Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus" (Romanos 3:23) e "...assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12). Na verdade, aqui temos um problema. 
       
        A Culpa do Homem Pelo Pecado
        
O mais completo
 argumento da Bíblia sobre o assunto da culpa humana é encontrado nos 
capítulos da abertura do livro de Romanos. Paulo principia com a 
mensagem do evangelho da salvação para os judeus e gentios (Romanos 
1:16). O fato que os homens precisam de salvação implica em que eles 
estão perdidos, separados de Deus pela barreira do pecado (veja Isaías 
59:1-2). Paulo desenvolve sua tese muito claramente, começando pelos 
gentios e então voltando para os judeus. 
Paulo
 disse que os gentios eram culpados porque tinham fechado seus olhos à 
evidência da existência e justiça de Deus. Eles não glorificavam a Deus,
 em vez disso adoravam a criatura antes que o Criador (Romanos 1:25). 
Tal rejeição da pessoa de Deus levou rapidamente à rejeição de seus 
princípios: "Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames, 
porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas 
por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, 
deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua 
sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si 
mesmos a merecida punição do seu erro" (Romanos 1:26-27). Não 
somente tais pessoas começaram a practicar o homossexualismo, mas também
 acrescentaram malícia, avareza, homicídio, desobediência aos pais e 
vários outros pecados dignos de morte (Romanos 1:28-32). É com tristeza 
que vemos este antigo cenário sendo repetido hoje em dia. Numa época em 
que a evolução nega a existência de Deus, religiões politeístas e 
místicas estão se tornando crescentemente proeminentes e homens estão 
defendendo como "normal" toda a perversão da lei de Deus, desde a 
desonestidade à homossexualismo e ao adultério. 
Pessoas
 religiosas, freqüentemente, acham muito fácil condenar tais horríveis 
pecados. Mas Paulo não parou depois de definir o mal dos gentios. Ele 
imediatamente voltou sua atenção para aqueles que deveriam ser 
considerados o povo mais espiritual de sua época, os judeus. Estes 
descendentes de Abraão conheciam a lei e aborreciam a carnalidade dos 
gentios. Mas seriam eles melhores por isso? Paulo não deixou espaço para
 auto-justificação quando se voltou para os judeus e perguntou: 
"Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? 
Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios 
por vossa causa" (Romanos 2:23-24). 
Finalmente, Paulo mostrou que os dois grupos gentios e judeus tinham uma coisa em comum: "Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus" (Romanos
 3:23). Muitas outras passagens ilustram este ponto e, muito 
significativamente para nós, demonstram claramente nossa própria culpa. 
Se todos pecaram, então eu tenho pecado. Eu o desafio a ler as passagens
 do Novo Testamento que relacionam os pecados, considerando 
cuidadosamente sua própria vida. Dê uma olhada cuidadosa a 1 Coríntios 
6:9-11; Gálatas 5:19-21; Efésios 5:3-7; Colossenses 3:5-11; 2 Timóteo 
3:1-5 e Apocalipse 21:8. Toda pessoa honesta e responsável perceberá, 
por estas passagens, que está condenada pelo pecado. Quando Deus 
relaciona tais pecados, está claramente pronunciando nossa culpa. Fazer o
 que Deus proibiu é pecado (1João 3:4). Não fazer o que ele exigiu é 
pecado (Tiago 4:17). A conseqüência do pecado é a eterna separação de 
Deus (Romanos 6:23; 2 Tessalonicenses 1:8-9). Eu tenho pecado. Você tem 
pecado. Necessitamos do perdão misericordioso de Deus. 
       
        A Culpa dos Pecadores e a Inocência das Crianças
        
Não é facil 
encarar nossa culpa. Algumas pessoas têm feito esforços dramatícos para 
minimizar esta culpa. Dois esforços destes merecem nossa atencão. 
1. O esforco para redefinir o pecado.
 "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade 
luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!"
 (Isaías 5:20). Algumas pessoas, por exemplo, defendem a mentira comum 
que o comportamento homossexual é um resultado incontrolável da 
genética, em vez de uma decisão de pecar. Deus, que criou o homem e 
projetou a genética da reprodução, disse que o comportamento homossexual
 é desobediência à sua vontade (Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-11). 
Outros definem o pecado divulgando o mito amplamente aceito de que 
"todos" têm relações sexuais antes do casamento. Muitas igrejas 
emprestam seu apoio à imoralidade sancionando casamentos que Deus não 
autorizou e recusando identificar claramente e condenar qualquer forma 
do pecado (1 Tessalonicenses 5:21-22). Deus, através de Jeremias, falou 
dos falsos mestres que davam um falso sentido de segurança, deixando de 
pregar as terríveis conseqüências do pecado: "Como, pois, dizeis: 
Somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Pois, com efeito, a falsa 
pena dos escribas a converteu em mentira... Curam superficialmente a 
ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz" (Jeremias 8:8,11). 
2. A afirmação de que herdamos a culpa pelo pecado.
 Se a herdei, não é minha falta. Muitas igrejas ensinam que a mancha do 
pecado é herdada, assim removendo a responsabilidade do pecador e 
atirando-a nas costas dos seus ancestrais, e por aí a fora até Adão. 
Para defender esta idéia, eles freqüentemente apelam para tais passagens
 poéticas como o grito por misericórdia de Davi, cheio de remorso, no 
qual ele se sentia tão longe de Deus que era como se nunca o tivesse 
conhecido (Salmo 51:5). Enquanto o contexto está claramente falando da 
própria culpa de Davi por causa de seu adultério com Bate-Seba e o 
assassinato de Urias, há quem tente usar esta passagem para negar outras
 claras afirmações da Escritura. Por exemplo, Deus disse: "A alma 
que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o 
pai a iniqüidade do filho; a justica do justo ficará sobre ele, e a 
perversidade do perverso cairá sobre este" (Ezequiel 18:20). 
Jesus nunca ensinou que as crianças fossem pecadoras. Em contraste, ele 
disse que precisamos tornar-nos como crianças para entrar no reino do 
céu (Mateus 18:3-4; 19:14). Estará ele dizendo que precisamos tornar-nos
 pecadores para entrar no reino? Certamente que não! Precisamos 
tornar-nos humildes e sem pecado como crianças inocentes para entrar no 
seu reino. Meu pecado não é falta dos meus pais, ou avós, ou Adão e Eva.
 Meu pecado é minha falta! 
       
        Conclusões Doutrinárias e Práticas
        
Um entendimento
 correto da doutrina bíblica do pecado nos permitirá evitar muitos erros
 perigosos na doutrina e na prática. Pense nestas implicações do fatos 
bíblicos que temos examinado. 
1. Maria não era sem pecado.
 A doutrina da Imaculada Conceição, junto com idéias relacionadas com 
ela, como a Perpétua Virgindade de Maria, são meros mitos construídos 
pelos homens sobre a fundação falsa da doutrina do pecado herdado. Maria
 está incluída em Romanos 3:23 ("Todos pecaram") justamente como 
eu estou. Ela nasceu pura e inocente. Todos os seus filhos nasceram 
puros e inocentes. Mas Maria pecou, e todos os seus filhos (exceto um) 
pecaram. Somente Jesus conseguiu resistir às tentações deste mundo (1 
Pedro 2:21-22). 
2. Jesus não herdou a mancha do pecado porque nenhuma criança herda o pecado.
 A pureza de Jesus, quando nasceu, nada tinha a ver com qualquer 
Imaculada Conceição de sua mãe para quebrar a maldição herdada do 
pecado. A culpa não é herdada, nem por Jesus, nem por nossos filhos ou 
netos. É por isto que não existe nenhuma razão bíblica para se batizarem
 as crianças. A Bíblia nunca ordena isso e não fornece nenhum exemplo de
 batismo de crianças. A prática de batizar recém nascidos é de origem 
humana, e não de Deus. 
3. Eu pequei, e preciso do perdão de Deus.
 Lembre-se da tese dos primeiros capítulos de Romanos. O evangelho é o 
poder de Deus para salvar. Os gentios pecaram e por isso precisavam da 
salvação. Os judeus pecaram, e por isso precisavam do perdão. Todos 
pecaram. Todos nós precisamos do perdão misericordioso de Deus para 
escapar da eterna conseqüência de nosso pecado (Romanos 6:23) 
4. O homem criou a barreira do pecado; somente Deus pode removê-la. O grito terrível de Paulo em Romanos 7:24 sugere a intransponível barreira do pecado: "Desventurado homen que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"
 Eu criei minha própria situação, mas não tenho poder para libertar-me 
Precisamente no próximo versículo, Paulo responde sua própria pergunta: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor."
 Todas as boas obras que um homen possa fazer não são suficientes para 
saldar a dívida do pecado. Somente o sangue de um sacrifício sem pecado 
poderá fazer isso (Efésios 2:7-9) 
Deus
 quer remover a barreira do pecado e restaurar a camaradagem da qual nos
 privamos por nosso pecado. Mas ele não nos forçará a voltar. Ele 
oferece a oportunidade, e temos que responder. Temos que mostrar que o 
amamos bastante para obedecer a sua palavra (João 14:15,23). Isso 
significa que admitiremos humilde e voluntariamente nossos pecados e nos
 afastaremos deles, confessaremos nossa fé em Jesus como o Filho de Deus
 e permitiremos que ele nos lave desses pecados no batismo (Atos 2:38; 
Romanos 10:9-10; Atos 22:16; Colossenses 2:11-13). 
Depois
 de tudo o que fizemos contra Deus, que maravilhoso privilégio é que ele
 ainda nos permita a oportunidade de obedecê-lo e de sermos chamados 
seus filhos. 
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Meditação Semanal
A Revelação do Plano de Deus:
A História do Plano da Redenção
"Temos apenas uma chance em toda a nossa vida; portanto, agarre-se a ela com todo o entusiasmo que você tiver."
 
É isto tudo o que há? Como cristão, estou perdendo alguma coisa valiosa? Há alguns prazeres neste mundo que eu não possuo. Se isto for tudo o que espero, então, como disse Paulo, sou o mais infeliz de todos os homens (1 Coríntios 15:19).
 
Mas, há uma outra forma de olharmos a vida sob o sol. Esta nem é a "vida" verdadeira. Este é apenas um breve período de experiência, para comprovar se eu posso ter o privilégio de viver no céu, com o próprio Deus, por toda a eternidade. Jesus antecipou-se em preparar mansões para os que passarem na prova (João 14:1-3). Ainda que eu viva noventa anos ou mais, aqui, este é apenas um prazo curto, comparado com a totalidade das coisas. "Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa" (Tiago 4:13-15).
 
Abraão teve esta visão da vida na terra. Eis porque pôde deixar seu lar e sua parentela e ir para uma terra que Deus lhe indicaria. Estava buscando uma cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hebreus 11:8-10). Eis porque Moisés pôde abandonar a honra de ser chamado o filho da filha do Faraó. Ele pôde ver que as riquezas que Deus oferece aos justos, como recompensa, são muito maiores do que quaisquer breves prazeres que o pecado pode oferecer aqui neste mundo (Hebreus 11:24-26).
 
Eis porque Paulo pôde rejubilar-se em uma prisão romana, enfrentando a morte por sua fé em Cristo. Ele era humano. Não queria a dor do sofrimento, mas viu uma coroa guardada para ele, fazendo com que qualquer sofrimento atual parecesse ser apenas momentâneo (2 Timóteo 4:6-8).
 
Mesmo uma pessoa feliz e despreocupada tem problemas: dor, doença, tristeza, receio, etc. Eu, como cristão, posso compartilhar a maior parte das alegrias deste mundo. Sempre há uma saída legítima para todo desejo físico que eu tiver. Eu, também, tenho problemas, porque sou um ser humano. Mas, ao invés de ser o mais infeliz dos homens, o cristão é aquele que deve ser invejado.
 
O cristão pode olhar para a verdadeira "vida", onde nenhum problema existirá. De fato, temos uma âncora para nossa alma (Hebreus 6:19). O que o cristão tem para se preocupar com condições aqui? O que importa se as coisas são obscuras, se eu tenho a esperança que faz com que valha a pena resistir a qualquer coisa, nestes breves anos, para viver na eternidade com Deus ?
 
Mas, como pode alguém ter esta esperança? Como ela surgiu? A Bíblia nos diz. Ela não é uma série de histórias desconexas, do tipo "era uma vez . . . ." É a revelação do belo e eterno plano que Deus fez para a redenção da humanidade.
 
Deus fez o homem. O homem é um ser que raciocina, feito à imagem de Deus. Tem ele a capacidade de escolher o que será. Como Criador do homem, Deus entende e atendeu a todas as necessidades do homem. Concebeu o homem para ser o mais feliz como um companheiro de Deus.
 
Deus ofereceu ao homem a oportunidade de tal companhia na terra, no Jardim do Éden, onde ele andava com o homem no frescor da noite. Entretanto, o homem abandonou este privilégio por sua própria e livre vontade, ao optar por ouvir o conselho do diabo.
 
Deus tinha se preparado para a escolha do homem. Ele já tinha um plano para a redenção do homem (Éfesios 3:11). O homem não mais poderia compartilhar a companhia de Deus aqui, porque o pecado separa o homem de Deus. Então, Deus ofereceu ao homem uma bênção muito maior, a oportunidade de viver para sempre com ele, no céu.
 
Todavia, há determinadas condições, que o homem deve cumprir. Nenhum homem é forçado a servir a Deus. Mas, a oportunidade maravilhosa é oferecida a todos, desde que aceitem as condições de Deus.
 
Que condições Deus poderia impor? Como Deus poderia determinar quem poderia ter esta vida? Ele poderia, com justiça, condenar toda a humanidade, porque todos os homens pecaram (Romanos 3:23) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Entretanto, Deus ama o homem e preferiria que ninguém perecesse (2 Pedro 3:9). Talvez ele pudesse salvar toda a humanidade, não importando o quanto corrompida, mas isto não se daria, porque Deus não pode tolerar a iniqüidade (Isaías 59:1-2). Talvez ele pudesse salvar arbitrariamente alguns e condenar a outros, mas Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).
 
Portanto, Deus mesmo determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo preço pago pelo pecado.
 
O homem, por si próprio, não poderia pagar o preço. Cada pessoa que tenha vivido bastante para ser responsável perante Deus tem pecado. Adão pecou no Éden. Noé foi salvo na arca, porque era justo, mas plantou mais tarde uma vinha e embriagou-se com vinho. Abraão é chamado o pai da fé, mas mentiu em pelo menos duas ocasiões. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas cometeu adultério e assassinato. Cada homem teria que morrer pelos seus próprios pecados, encerrando assim a continuidade da companhia de Deus.
 
Mas, como poderia Deus pagar o preço pelo pecado do homem? A morte é o preço que Deus estabeleceu (Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Mas a Divindade, como Divindade, não pode morrer. Portanto, o plano de Deus foi enviar a Divindade, a Palavra eterna, à terra, em forma humana, como seu Filho. Seu Filho mostraria ao homem como deve ser o ser humano perfeito. Então, aquele Filho, como Divindade em forma humana, morreria para pagar o preço dos pecados dos homens.
 
O homem não percebeu a necessidade de tal preço, quando foi expulso do Paraíso. Toda a Bíblia mostra ao homem quão fracos eram seus próprios esforços para sua própria salvação. O homem é deixado com uma só conclusão: não há esperança alguma, sem Deus!
 
Não podemos responder a pergunta sobre por que Deus chegou a criar o homem. Não podemos saber, igualmente, porque ele amou o homem o bastante para oferecer-lhe a chance de viver no Paraíso. Todavia, podemos ver o maravilhoso plano, que ele revela na Bíblia para nós. Que direito tenho eu, como um homem insignificante, de contestar suas condições, quando ele me oferece tal recompensa?
 
A História da Redenção
 
"No princípio. . . ." Volte comigo a este tempo. Não havia mundo, não havia universo, não havia vida física, não havia substância física, e não havia tempo. A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia? Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto significa?
 
Havia três seres em existência, que eram perenes como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em divindade. Eles compõem tudo o que é Divino.
 
Em algum tempo Snão temos idéia de quando, ou por quêS seres celestiais menores foram criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Apocalipse 5:11), de serafins (Isaías 6:2) e querubins (Gênesis 3:24) e outras criaturas celestiais, ao redor do trono de Deus (Apocalipse 4). Em algum tempo, alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pedro 2:4). Uma vez mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas encobertas, que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mateus 25:41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo" (2 Pedro 2:4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem, mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador.
 
"No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26). O homem não é como Deus, em aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma alma em seu interior, que jamais deixará de existir.
 
Deus colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8).
 
Entretanto, Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
 
Havia alimento em abundância, por isso a fome não os encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu.
 
Agora conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.
 
Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições.
 
Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria para completar o seu plano.
 
Deus jamais se esqueceu por um só momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.
  
A História do Plano da Redenção
"Temos apenas uma chance em toda a nossa vida; portanto, agarre-se a ela com todo o entusiasmo que você tiver."
É isto tudo o que há? Como cristão, estou perdendo alguma coisa valiosa? Há alguns prazeres neste mundo que eu não possuo. Se isto for tudo o que espero, então, como disse Paulo, sou o mais infeliz de todos os homens (1 Coríntios 15:19).
Mas, há uma outra forma de olharmos a vida sob o sol. Esta nem é a "vida" verdadeira. Este é apenas um breve período de experiência, para comprovar se eu posso ter o privilégio de viver no céu, com o próprio Deus, por toda a eternidade. Jesus antecipou-se em preparar mansões para os que passarem na prova (João 14:1-3). Ainda que eu viva noventa anos ou mais, aqui, este é apenas um prazo curto, comparado com a totalidade das coisas. "Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa" (Tiago 4:13-15).
Abraão teve esta visão da vida na terra. Eis porque pôde deixar seu lar e sua parentela e ir para uma terra que Deus lhe indicaria. Estava buscando uma cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hebreus 11:8-10). Eis porque Moisés pôde abandonar a honra de ser chamado o filho da filha do Faraó. Ele pôde ver que as riquezas que Deus oferece aos justos, como recompensa, são muito maiores do que quaisquer breves prazeres que o pecado pode oferecer aqui neste mundo (Hebreus 11:24-26).
Eis porque Paulo pôde rejubilar-se em uma prisão romana, enfrentando a morte por sua fé em Cristo. Ele era humano. Não queria a dor do sofrimento, mas viu uma coroa guardada para ele, fazendo com que qualquer sofrimento atual parecesse ser apenas momentâneo (2 Timóteo 4:6-8).
Mesmo uma pessoa feliz e despreocupada tem problemas: dor, doença, tristeza, receio, etc. Eu, como cristão, posso compartilhar a maior parte das alegrias deste mundo. Sempre há uma saída legítima para todo desejo físico que eu tiver. Eu, também, tenho problemas, porque sou um ser humano. Mas, ao invés de ser o mais infeliz dos homens, o cristão é aquele que deve ser invejado.
O cristão pode olhar para a verdadeira "vida", onde nenhum problema existirá. De fato, temos uma âncora para nossa alma (Hebreus 6:19). O que o cristão tem para se preocupar com condições aqui? O que importa se as coisas são obscuras, se eu tenho a esperança que faz com que valha a pena resistir a qualquer coisa, nestes breves anos, para viver na eternidade com Deus ?
Mas, como pode alguém ter esta esperança? Como ela surgiu? A Bíblia nos diz. Ela não é uma série de histórias desconexas, do tipo "era uma vez . . . ." É a revelação do belo e eterno plano que Deus fez para a redenção da humanidade.
Deus fez o homem. O homem é um ser que raciocina, feito à imagem de Deus. Tem ele a capacidade de escolher o que será. Como Criador do homem, Deus entende e atendeu a todas as necessidades do homem. Concebeu o homem para ser o mais feliz como um companheiro de Deus.
Deus ofereceu ao homem a oportunidade de tal companhia na terra, no Jardim do Éden, onde ele andava com o homem no frescor da noite. Entretanto, o homem abandonou este privilégio por sua própria e livre vontade, ao optar por ouvir o conselho do diabo.
Deus tinha se preparado para a escolha do homem. Ele já tinha um plano para a redenção do homem (Éfesios 3:11). O homem não mais poderia compartilhar a companhia de Deus aqui, porque o pecado separa o homem de Deus. Então, Deus ofereceu ao homem uma bênção muito maior, a oportunidade de viver para sempre com ele, no céu.
Todavia, há determinadas condições, que o homem deve cumprir. Nenhum homem é forçado a servir a Deus. Mas, a oportunidade maravilhosa é oferecida a todos, desde que aceitem as condições de Deus.
Que condições Deus poderia impor? Como Deus poderia determinar quem poderia ter esta vida? Ele poderia, com justiça, condenar toda a humanidade, porque todos os homens pecaram (Romanos 3:23) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Entretanto, Deus ama o homem e preferiria que ninguém perecesse (2 Pedro 3:9). Talvez ele pudesse salvar toda a humanidade, não importando o quanto corrompida, mas isto não se daria, porque Deus não pode tolerar a iniqüidade (Isaías 59:1-2). Talvez ele pudesse salvar arbitrariamente alguns e condenar a outros, mas Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).
Portanto, Deus mesmo determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo preço pago pelo pecado.
O homem, por si próprio, não poderia pagar o preço. Cada pessoa que tenha vivido bastante para ser responsável perante Deus tem pecado. Adão pecou no Éden. Noé foi salvo na arca, porque era justo, mas plantou mais tarde uma vinha e embriagou-se com vinho. Abraão é chamado o pai da fé, mas mentiu em pelo menos duas ocasiões. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas cometeu adultério e assassinato. Cada homem teria que morrer pelos seus próprios pecados, encerrando assim a continuidade da companhia de Deus.
Mas, como poderia Deus pagar o preço pelo pecado do homem? A morte é o preço que Deus estabeleceu (Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Mas a Divindade, como Divindade, não pode morrer. Portanto, o plano de Deus foi enviar a Divindade, a Palavra eterna, à terra, em forma humana, como seu Filho. Seu Filho mostraria ao homem como deve ser o ser humano perfeito. Então, aquele Filho, como Divindade em forma humana, morreria para pagar o preço dos pecados dos homens.
O homem não percebeu a necessidade de tal preço, quando foi expulso do Paraíso. Toda a Bíblia mostra ao homem quão fracos eram seus próprios esforços para sua própria salvação. O homem é deixado com uma só conclusão: não há esperança alguma, sem Deus!
Não podemos responder a pergunta sobre por que Deus chegou a criar o homem. Não podemos saber, igualmente, porque ele amou o homem o bastante para oferecer-lhe a chance de viver no Paraíso. Todavia, podemos ver o maravilhoso plano, que ele revela na Bíblia para nós. Que direito tenho eu, como um homem insignificante, de contestar suas condições, quando ele me oferece tal recompensa?
A História da Redenção
"No princípio. . . ." Volte comigo a este tempo. Não havia mundo, não havia universo, não havia vida física, não havia substância física, e não havia tempo. A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia? Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto significa?
Havia três seres em existência, que eram perenes como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em divindade. Eles compõem tudo o que é Divino.
Em algum tempo Snão temos idéia de quando, ou por quêS seres celestiais menores foram criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Apocalipse 5:11), de serafins (Isaías 6:2) e querubins (Gênesis 3:24) e outras criaturas celestiais, ao redor do trono de Deus (Apocalipse 4). Em algum tempo, alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pedro 2:4). Uma vez mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas encobertas, que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mateus 25:41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo" (2 Pedro 2:4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem, mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador.
"No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26). O homem não é como Deus, em aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma alma em seu interior, que jamais deixará de existir.
Deus colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8).
Entretanto, Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Havia alimento em abundância, por isso a fome não os encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu.
Agora conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.
Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições.
Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria para completar o seu plano.
Deus jamais se esqueceu por um só momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
O Pai e o Filho São Uma Só Pessoa?
Algumas afirmações das Escrituras, isoladas do contexto maior da Bíblia, são facilmente distorcidas. Por exemplo, Jesus disse: “Eu e o Pai somos um”
 (João 10:30). Então, podemos concluir que Jesus e o Pai são realmente a
 mesma pessoa? A doutrina conhecida como “unicismo” ensina que Deus Pai e
 Jesus Cristo, o Filho, são uma só e a mesma pessoa. Às vezes, explicam 
que o Pai e o Filho são apenas duas manifestações da mesma pessoa.
 
Certamente,
 há coisas difíceis de entender nas Escrituras, mas devemos ter cuidado 
para não deturpar a verdade para a nossa destruição (2 Pedro 3:16). 
Mesmo se alguém enfrentar alguma dificuldade em explicar o que a Bíblia 
diz, jamais devemos contradizer a palavra do Senhor. A Bíblia claramente
 ensina que o Pai e o Filho são duas pessoas distintas. Vamos considerar
 alguns exemplos deste ensinamento bíblico que nos levam a rejeitar a 
doutrina unicista.
 
Jesus veio do Pai e voltou ao Pai
 (João 16:28). Este comentário de Jesus é um de vários que mostram uma 
distinção. Ele estava em um lugar (na terra) enquanto o Pai estava em 
outro (o céu).
 
Jesus e o Pai dão o testemunho de duas pessoas. Qualquer
 doutrina humana que nega a palavra do Senhor precisa ser totalmente 
rejeitada. A doutrina unicista invalida os argumentos de Jesus no 
evangelho de João e deve ser rejeitada. Considere o que Jesus disse:
 
“Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim” (João 8:16-18).
 
“Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que dá de mim. . . . O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim” (João 5:31-37).
 
Pessoas ouviram a voz de Jesus sem ouvir a voz do Pai. Outra afirmação de Jesus que é negada pela doutrina unicista é esta sobre o Pai: “Jamais tendes ouvido sua voz, nem visto a sua forma” (João 5:37).
 
Jesus
 é Deus (João 1:1; 8:24), e merece a adoração das suas criaturas 
(Hebreus 1:6; Apocalipse 4:11-14), mas ele é uma pessoa distinta de Deus
 Pai.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Jesus e a Natureza de Deus
De acordo com a História, um dos tópicos mais controvertidos entre os 
que afirmam seguir a Bíblia tem sido a natureza de Jesus e sua relação 
com o Pai. Nos primeiros cinco séculos após a encarnação de Cristo, os 
cristãos passaram pelas chamadas "controvérsias cristológicas": vários 
grupos defendiam visões completamente diferentes com respeito à natureza
 de Jesus Cristo e do ser divino. Isso talvez não nos cause nenhum 
espanto. Satanás desejaria mais do que nunca introduzir entre os 
discípulos erros no que se refere à natureza de Deus, sendo esses erros 
básicos e extremamente prejudiciais. Além disso, qualquer ser humano que
 tente compreender a natureza de Deus está lidando com um assunto muito 
mais profundo que ele mesmo. É natural tentar reduzir Deus às condições 
humanas e começar a analisá-lo de acordo com as limitações humanas.
 
Mesmo hoje, há acirradas controvérsias entre os supostos seguidores do Senhor Jesus no que diz respeito à natureza e ao conceito da divindade. Neste artigo não pretendemos abranger todas, nem esgotar o estudo de uma delas, mas apresentar certos princípios bíblicos que nos orientarão diante das várias doutrinas acerca de Jesus.
 
É importante começar qualquer estudo com a postura correta. Precisamos sempre estar dispostos a submeter os nossos conceitos ao significado imparcial dos textos bíblicos. Consultar a Bíblia para tentar provar o que já decidimos ser a nossa crença é perigoso e muitas vezes leva a equívocos. Se as nossas concepções nos obrigam a torcer as Escrituras para que se encaixem ao que pensamos, então devemos abandonar os nossos conceitos. Nem tudo na Bíblia nos parecerá sábio e razoável. A sabedoria de Deus não se sujeita à nossa avaliação. Por causa das nossas limitações, a sabedoria de Deus às vezes parece tola. Não é necessário que tudo tenha sentido para nós nem que tudo seja coerente, mas pela fé devemo-nos submeter ao que a Palavra de Deus claramente afirma sem rodeios (estude 1 Coríntios 1-2).
 
Jesus é Deus
 
Vários grupos negam a absoluta divindade de Cristo. Os testemunhas de jeová, por exemplo, negam que Jesus seja Deus com d maiúsculo. Segundo eles, ele é um deus, um arcanjo muito elevado, mas não é igual a Deus Pai. Os teólogos modernos muitas vezes ensinam que Jesus era um grande homem, um mestre maravilhoso e um grande profeta , mas não Deus na verdade. A Bíblia ensina que Jesus é Deus.
 
Há vários "porém" que devem ser ligados a essa afirmação. Quando Jesus se fez carne, passou a ser humano. Participou da nossa natureza; submeteu-se à experiência humana. Assim, experimentou a fome, a sede, o cansaço. Nas palavras de Paulo: "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Filipenses 2:6-8). É importante entendermos que, quando Jesus se fez homem, não deixou de ser Deus. Ele era Deus vivendo como homem. Mas restringiu-se a forma e a limitações muito diferentes da natureza de sua existência eterna. Ao afirmar que Jesus é Deus, então, não estamos tentando negar a realidade de Jesus ter-se tornado um ser humano verdadeiro.
 
Afirmar que Jesus é Deus não é afirmar que ele é o Pai. O próximo subitem deste artigo discutirá exatamente essa questão.
 
Seria válido admitir já de início neste estudo que se acha revelada nas Escrituras uma nítida diferença entre o papel do Pai e o do Filho. Uma delas é que foi o Filho que se fez carne, não o Pai. Mas, o que é mais fundamental, o Pai parece ser revelado na Palavra como o planejador e diretor, e o Filho, como o concretizador. O Filho submeteu-se à vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus afirmou: "O Pai é maior do que eu" (João 14:28). Entendemos que, de acordo com as Escrituras, o marido deve ser o cabeça da esposa, e ela deve submeter-se ao marido. Mas isso não significa que o marido seja superior em essência; simplesmente tem um papel de autoridade. Tanto marido quanto mulher são plena e igualmente humanos. Da mesma forma, a liderança do Pai e a submissão do Filho não implicam diferença de natureza. Ambos são plena e igualmente divinos.
 
O Testemunho das Escrituras
 
A Bíblia deixa bem claro que Jesus é Deus. "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). O menino que haveria de nascer se chamaria "Deus Forte".1
 
Em João 1:1: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Aqui o Verbo é Jesus (veja João 1:14). Jesus não só estava com Deus, mas era Deus. Isso parece confuso a princípio. Mas analise este exemplo simples. Meu nome é Gary Fisher. O nome de minha esposa é Sandra Fisher. Se ela estivesse aqui comigo agora, seria possível dizer: "Sandra está com Fisher e Sandra é Fisher". No primeiro caso, Fisher refere-se a mim especificamente; no segundo, é usado como o nome da família em que (no meu caso) há quatro membros. Jesus estava com Deus (o Pai) e era ele mesmo Deus (também compartilhava da natureza de ser Deus).
 
"Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!" (João 20:28). Tomé dirigiu-se a Jesus dizendo: "Senhor meu e Deus meu". Tomé estava errado? Jesus não achou que estivesse, pois disse: "Porque me viste, creste? Bem-aventurados são os que não viram e creram" (João 20:29). Essa passagem é uma comprovação tão forte da divindade de Cristo, que já se inventaram inúmeras explicações para recusá-la. Por exemplo, Tomé estava apenas manifestando o seu espanto, como alguém hoje, que talvez dissesse: "Ó, meu Deus do céu". Mas isso implicaria dizer que Tomé estava usando o nome de Deus em vão. No entanto, Jesus o elogiou por isso. Outros acreditam que Tomé estava chamando Jesus seu Senhor e depois voltando-se ao Pai, dizendo "Deus meu". Mas o texto diz: "Respondeu-lhe Tomé". Tomé estava reconhecendo que Jesus era seu Deus.
 
Examine estes textos: "Deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre" (Romanos 9:5). "Aguardando a bendita esperança e a manifestão da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13). "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 1:1). Todos se referem a Jesus como Deus.
 
Jesus afirmou ser Deus em várias ocasiões. Em João 5:17, ele disse: "Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também". Os judeus entenderam devidamente a afirmação de Jesus como uma indicação de que ele era igual a Deus (João 5:18). Em João 10:30, Jesus declarou: "Eu e o Pai somos um". Jesus fez a ousada declaração em João 14 de que vê-lo significava ver o Pai: "Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (João 14:7-9). (Veja também as afirmações de Jesus em João 8:56-59, as quais serão discutidas numa seção posterior deste artigo.)
 
Jesus aceitava ser adorado
 
Somente Deus deve ser adorado. Adorar a criatura é idolatria e é terminantemente proibido nas Escrituras (veja Romanos 1:25). O próprio Jesus afirmou: "Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto" (Mateus 4:10) ao citar Deuteronômio 6:13 em resposta à tentação de Satanás. Em nenhum lugar das Escrituras um homem justo aceitou ser adorado. Pedro recusou-se a permitir que Cornélio se curvasse diante dele (Atos 10:25-26). Paulo e Barnabé ficaram abismados quando o povo de Listra se preparou para adorá-los como deuses. Tomaram imediatamente uma atitude: "Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas cousas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra o mar e tudo o que há neles" (Atos 14:14-15). Os anjos são seres celestes superiores aos homens, mas nem mesmo eles aceitam ser adorados (Apocalipse 19:10; 22:8-9).
 
É bem notável, então, que Jesus tenha aceitado a adoração do homem. Quando Jesus acalmou a tempestade, "os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!" (Mateus 14:33). Jesus não os repreendeu por louvá-lo. O cego que Jesus curou em João 9 o adorou (João 9:38). Várias vezes os discípulos adoraram a Jesus após a ressurreição, e Jesus jamais deu a entender que aquilo não era certo (Mateus 28:9,17). Jesus na realidade ensinou de modo claro: "Que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (João 5:23). Nenhum homem justo e nenhum anjo do céu (nem o mais exaltado) jamais pediu que os homens os honrassem da mesma forma que honram ao Pai. Se Jesus não fosse Deus, então João 5:23 seria uma das blasfêmias mais audaciosas que jamais foram proferidas por lábios humanos.
 
Os cristãos primitivos adoravam a Jesus: "O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém" (2 Timóteo 4:18). "Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (2 Pedro 3:18). Repare na surpreendente semelhança da adoração oferecida ao Pai com a oferecida ao Filho. Falando do Pai, Pedro disse: "A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém." (1 Pedro 5:11). Mas, em referência ao Filho, João escreveu: "A ele a glória e o dóminio pelos séculos dos séculos. Amém" (Apocalipse 1:6). Deus ordenou que mesmo os anjos devem adorar ao Pai: "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem" (Hebreus 1:6).
Todas as hostes celestes adoram a Jesus do mesmo modo que adoram o Pai. Os quatro seres viventes e os 24 anciãos "E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Apocalipse 5:9-10). O texto prossegue: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: Amém; também os anciãos prostararam-se e adoraram" (Apocalipse 5:11-14).
 
Essas declarações de adoração a Jesus Cristo constituem a mais forte prova de sua divindade. As Escrituras declaram, sem hesitar, que somente Deus deve ser adorado, mas Jesus é adorado no céu pelas mais elevadas criaturas celestes. Jesus é até ligado ao Pai na mesma declaração de louvor. Paulo escreveu a verdade: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11).
 
Afirmações indiretas
 
Há muitas coisas que Jesus fez que somente Deus é capaz de fazer. Jesus perdoou os pecados dos homens, mas somente Deus pode perdoar pecados (veja Marcos 2:1-12; Lucas 7:36-50). Ele afirmou ser capaz de dar vida (João 5:21; 10:28; 17;2) e de julgar o mundo (Mateus 7:23; 16:27; 25:31-46; João 5:22-27), habilidades que pertencem exclusivamente a Deus. Jesus criou o mundo (João 1:1-3, 10) e o sustém (Colossenses 1:17). Jesus fez afirmações que implicavam a sua onipresença (Mateus 18:20; 28:20) e onisciência (Marcos 12:25;Mateus 9:4; 12:25; veja também Apocalipse 2:23; 1 Reis 8:39). Ele afirmou ser maior que o templo, maior que Jonas e maior que Salomão (Mateus 12:6, 41-42). Ele afirmou não ter pecado (João 8:46). Tudo isso o põe sem dúvida na categoria de Deus.
 
Jesus ensinou que vê-lo era ver o Pai (João 12:45; 14:9), que crer nele era crer no Pai (João 12:44) e que conhecê-lo era conhecer o Pai (João 8:19; 14:7). Ele disse que quem o recebe, recebe o Pai (Marcos 9:37); que quem o honra, honra o Pai (João 5:23); mas quem o rejeita e o odeia, rejeita e odeia o Pai (Lucas 10:16; João 15:23). Qual mero homem, qual arcanjo poderia fazer afirmações como essas?
 
O que Jesus disse refletia a noção da sua própria importância. Ele disse que era a luz do mundo, o pão da vida, a ressurreição e a vida e o único caminho para o Pai (João 6;35; 8:12; 11:25; 14:6). Ele disse que as coisas que estavam escritas no Antigo Testamento foram escritas a seu respeito (Lucas 24:27, 44; João 5:39, 46). Ele disse que, quando o Espírito Santo viesse, ele o glorificaria (João 14:26; 15:26; 16:14). Jesus mostrou que era imprescindível ir a ele, ouvi-lo, crer nele, confessá-lo e segui-lo (Mateus 11:28-30; João 6:45; 18:37; 8:24; 11:25; Mateus 10:32-33; João 8:12; 10:27). Ele nos ensinou a perder a vida por amor a ele (Lucas 9:24) e amá-lo mais que ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos e à própria vida (Mateus 10:37; Lucas 14:26). Fazendo uso de uma metáfora ousada, Jesus disse que devemos comer a sua carne e beber o seu sangue para que possamos ter vida (João 6:51-58). O Senhor deixou a ceia em memória dele, para que nunca viéssemos esquecê-lo (Lucas 22:19). Ele ensinou que a sua vidaseria entregue em resgate por muitos (Mateus 20:28; 26:28; João 10:15; 12:32).
 
Ou Jesus era um egoista arrogante, ou era Deus. Diante de suas afirmações ousadas, não há meio-termo. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18).
 
Jesus é o Deus revelado no Antigo Testamento
 
Há duas palavras traduzidas por "Senhor" no Antigo Testamento. Uma delas significa simplesmente senhor, mestre, amo. A outra é geralmente escrita em letras maiúscula e significa "Eu Sou", ou seja, aquele que existe por si mesmo, o eterno. Esse "SENHOR" tem origem numa palavra hebraica de quatro letras: "YHWH". Mas os judeus não pronunciavam a palavra; eles simplesmente diziam "SENHOR" sempre que a encontravam na leitura da Bíblia. Eles criam que "YHWH" fosse santo demais para ser proferido por seres humanos. Assim, a maioria das traduções da Bíblia simplesmente traduz "YHWH" por SENHOR. Poucas traduzem por "Jeová". Essa palavra é importante no entendimento da natureza de Cristo, porque é uma palavra que só se aplica a Deus. Uma palavra como senhor, que é tão comum, poderia ser usada em respeito a um superior. Mas a palavra "YHWH" (SENHOR, ou Jeová, Eu Sou) só poderia ser empregada corretamente em referência ao único e verdadeiro Deus.
 
Jesus disse que ele é YHWH, Eu Sou: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse EU SOU." (João 8:58).2 Era uma declaração chocante, e os judeus pegaram pedras ali mesmo para apedrejar Jesus por blasfêmia (João 8:59). Muitos textos aplicam profecias sobre Jeová (o "SENHOR") a Jesus. João Batista ia preparar o caminho para o "SENHOR" (Isaías 40:3; veja Mateus 3:3; Marcos 1;3; Lucas 3:4-5). A glória do "SENHOR", vista por Isaías, era uma visão da glória de Jesus (Isaías 6; João 12:37-43). Não são casos isolados. Várias afirmações sobre o SENHOR no Antigo Testamento são aplicadas a Jesus no Novo.3 Jesus também é Deus Jeová, o SENHOR.
 
Jesus não é o Pai
 
Algumas pessoas tomam as evidências apresentadas acima e ensinam que Jesus é a mesma pessoa que o Pai. Elas acreditam que o Pai e o Filho não passam de manifestações diferentes da mesma pessoa. Eles fazem uso da seguinte ilustração: um homem pode ser ao mesmo tempo pai e filho. Isso é verdade. Eu sou tanto pai, como filho. Mas eu não sou o meu próprio pai, nem sou o meu filho. A Bíblia revela três pessoas diferentes que compõem o único Deus.
 
Há inúmeros textos que mostram a diferença entre a pessoa do Pai e a do Filho. "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho" (2 João 9). "Tanto o Pai como o Filho" leva a entender a existência de dois seres. Jesus afirmou ter duas testemunhas: ele mesmo e o Pai. "Se eu julgo, o meu juizo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim." (João 8:16-18). Se Jesus fosse a mesma pessoa que o Pai, haveria uma só testemunha, mas Jesus disse claramente que havia duas. (Veja também 1 João 2:22; 1 Coríntios 8:16).
 
"Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou" (João 8:42). O Pai enviou o Filho. O Filho não se enviou. Portanto, o Pai não é o Filho.
 
Jesus muitas vezes orou ao Pai (Lucas 23:34, 46). Estava Jesus orando a si mesmo? Ele ensinou os discípulos a orar: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9), estando ele próprio na terra. "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (João 14:16). Se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são todos uma só pessoa, então Jesus orou a si mesmo e pediu que enviasse a si mesmo.
 
O Pai reconhecia o Filho: "E eis uma voz dos céus,que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3:17). Será que o Pai estava simplesmente falando para si a respeito de si mesmo? Jesus disse que, se ele glorificasse a si mesmo, a sua glória não seria nada (João 8:54).
 
"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou" (João 6:38). Jesus veio fazer a própria vontade, ou não? Se respondermos que sim, contrariamos Jesus. Se dizemos que não (a resposta correta), então admitimos que Jesus e o Pai são pessoas distintas, porque Jesus de fato veio fazer a vontade do Pai. (Veja também João 8:29).
 
O Filho retornou ao Pai no céu (João 16:28; 20:17). Se Jesus é o Pai, ele já estava no céu antes de subir para junto de si mesmo. Jesus retornou ao céu para entrar na presença de Deus (Hebreus 9:24). Mas ele já estava na sua própria presença. Se o Filho e o Pai são a mesma pessoa, por que Jesus tinha de ir para o céu para entrar na presença dele próprio?
 
Vários textos mostram que Jesus está assentado à direita de Deus (Colossenses 3:1). Seria uma grande façanha alguém sentar à direita de si mesmo!
 
Jesus disse que somente o Pai sabia o momento exato de sua vinda; isso nem mesmo ele sabia (Mateus 24:36). Se Jesus era o Pai, então ele sabia algumas coisas que não sabia?
 
Quando Jesus retornar, ele entregará o seu reino de volta ao Pai e se sujeitará ao Pai (1 Coríntios 15:24-28). Será que Jesus entregará o reino a si mesmo e se submeterá a si mesmo?
 
As Escrituras ensinam com uma clareza inconfundível a distinção entre o Pai e o Filho.
 
A natureza da divindade
 
Deus é uno (Deuteronômio 6:4; Isaías 40-48; Marcos 12:29; 1 Timóteo 1:17; Tiago 2:19; 4:12, etc.). A natureza de sua unidade é o assunto em pauta. Com base mesmo no que se evidenciou acima, deve estar claro que a unidade de Deus é uma união, não uma unidade absoluta. A palavra equivalente a Deus no Antigo Testamento (elohim) é uma formação no plural. A palavra equivalente a um, empregada em referência a Deus no Antigo Testamento (echad) também é uma forma plural. Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança . . ." (Gênesis 1:26). A quem se refere esse "nossa"? Somos criados à imagem de Deus, mas há mais de uma pessoa que compôs Deus. Atente para essas afirmações: "Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente" (Gênesis 3:22). "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro" (Gênesis 11:7). Desde os primeiros capítulos da Bíblia, vemos Deus revelado como uma unidade plural (veja também Isaías 6:8). Existe até mesmo diálogos registrados entre Deus e Deus na Bíblia: veja Salmos 110:1, por exemplo.
 
Em que sentido o Pai e o Filho são um? São uma só pessoa? Ou são um em unidade e em propósito? Observe atentamente João 17:20-23: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim." Esse texto ensina que os cristãos devem ser um como o Pai e o Filho são um. Os cristãos devem passar a ser uma só pessoa? Ou será que devem ser um em unidade e em propósito? Já que a unidade que os cristãos devem ter não é a de ser uma só pessoa, então a unidade do Pai e do Filho não significa que são a mesma pessoa. A Bíblia muitas vezes trata de coisas que são unas. Marido e mulher são um (Mateus 19:4-6; Efesios 5:31). O que planta e o que rega são um (1 Coríntios 3:6-8). Os cristãos são um (1 Coríntios 12:14). E também o Pai e o Filho (e o Espírito Santo) são um.
 
Embora nos tenhamos concentrado principalmente no Pai e no Filho, as Escrituras mostram que o Espírito Santo também é uma pessoa divina. O Espírito Santo é revelado como um ser pessoal. Ele faz o que somente uma pessoa pode fazer: fala (1 Timóteo 4:1); ensina(João 14:26); reprova (João 16:8); orienta (Gálatas 5:18); intercede (Romanos 8:26); chama (Atos 13:2); pensa (Romanos 8:27; 1 Coríntios 2:10-11); toma decisões (Atos 13:12; 15:28). Os sentimentos que tem só uma pessoa pode ter: é alvo de mentiras (Atos 5:3); é resistido (Atos 7:51); é desprezado (Hebreus 10:29); fica entristecido (Efésios 4:30); fica irado (Isaías 63:10); é blasfemado (Mateus 12:31). O Espírito Santo tem características divinas: é onisciente (1 Coríntios 2:10-11) e onipresente (Salmo 139:7-10).
 
O Novo Testamento une Pai, Filho e Espírito Santo de modo impressionante. Muitos textos mencionam os três: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Coríntios 13:13). "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). "Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas." (1 Pedro 1:2; veja também Romanos 15:30; 1 Coríntios 12:4-6; 6:11; 2 Corìntios 1:20-21; Gálatas 4:6; Efésios 2:18; 3:14-17; 5:18-20; 1 Tessalonicenses 5:18-19; 2 Tessalonicenses 2:13; Tito 3:4-6; 1 João 4:13-14; Judas 20-21; Apocalipse 1:4-5). Embora a Bíblia em momento algum apresente uma definição teológica de Deus, é possível entender alguns aspectos de seu ser estudando a revelação dada nas Escrituras. O que podemos concluir é: Deus é o nome dado à natureza divina, a há três seres que partilham dessa mesma natureza divina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Mesmo hoje, há acirradas controvérsias entre os supostos seguidores do Senhor Jesus no que diz respeito à natureza e ao conceito da divindade. Neste artigo não pretendemos abranger todas, nem esgotar o estudo de uma delas, mas apresentar certos princípios bíblicos que nos orientarão diante das várias doutrinas acerca de Jesus.
É importante começar qualquer estudo com a postura correta. Precisamos sempre estar dispostos a submeter os nossos conceitos ao significado imparcial dos textos bíblicos. Consultar a Bíblia para tentar provar o que já decidimos ser a nossa crença é perigoso e muitas vezes leva a equívocos. Se as nossas concepções nos obrigam a torcer as Escrituras para que se encaixem ao que pensamos, então devemos abandonar os nossos conceitos. Nem tudo na Bíblia nos parecerá sábio e razoável. A sabedoria de Deus não se sujeita à nossa avaliação. Por causa das nossas limitações, a sabedoria de Deus às vezes parece tola. Não é necessário que tudo tenha sentido para nós nem que tudo seja coerente, mas pela fé devemo-nos submeter ao que a Palavra de Deus claramente afirma sem rodeios (estude 1 Coríntios 1-2).
Jesus é Deus
Vários grupos negam a absoluta divindade de Cristo. Os testemunhas de jeová, por exemplo, negam que Jesus seja Deus com d maiúsculo. Segundo eles, ele é um deus, um arcanjo muito elevado, mas não é igual a Deus Pai. Os teólogos modernos muitas vezes ensinam que Jesus era um grande homem, um mestre maravilhoso e um grande profeta , mas não Deus na verdade. A Bíblia ensina que Jesus é Deus.
Há vários "porém" que devem ser ligados a essa afirmação. Quando Jesus se fez carne, passou a ser humano. Participou da nossa natureza; submeteu-se à experiência humana. Assim, experimentou a fome, a sede, o cansaço. Nas palavras de Paulo: "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Filipenses 2:6-8). É importante entendermos que, quando Jesus se fez homem, não deixou de ser Deus. Ele era Deus vivendo como homem. Mas restringiu-se a forma e a limitações muito diferentes da natureza de sua existência eterna. Ao afirmar que Jesus é Deus, então, não estamos tentando negar a realidade de Jesus ter-se tornado um ser humano verdadeiro.
Afirmar que Jesus é Deus não é afirmar que ele é o Pai. O próximo subitem deste artigo discutirá exatamente essa questão.
Seria válido admitir já de início neste estudo que se acha revelada nas Escrituras uma nítida diferença entre o papel do Pai e o do Filho. Uma delas é que foi o Filho que se fez carne, não o Pai. Mas, o que é mais fundamental, o Pai parece ser revelado na Palavra como o planejador e diretor, e o Filho, como o concretizador. O Filho submeteu-se à vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus afirmou: "O Pai é maior do que eu" (João 14:28). Entendemos que, de acordo com as Escrituras, o marido deve ser o cabeça da esposa, e ela deve submeter-se ao marido. Mas isso não significa que o marido seja superior em essência; simplesmente tem um papel de autoridade. Tanto marido quanto mulher são plena e igualmente humanos. Da mesma forma, a liderança do Pai e a submissão do Filho não implicam diferença de natureza. Ambos são plena e igualmente divinos.
O Testemunho das Escrituras
A Bíblia deixa bem claro que Jesus é Deus. "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). O menino que haveria de nascer se chamaria "Deus Forte".1
Em João 1:1: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Aqui o Verbo é Jesus (veja João 1:14). Jesus não só estava com Deus, mas era Deus. Isso parece confuso a princípio. Mas analise este exemplo simples. Meu nome é Gary Fisher. O nome de minha esposa é Sandra Fisher. Se ela estivesse aqui comigo agora, seria possível dizer: "Sandra está com Fisher e Sandra é Fisher". No primeiro caso, Fisher refere-se a mim especificamente; no segundo, é usado como o nome da família em que (no meu caso) há quatro membros. Jesus estava com Deus (o Pai) e era ele mesmo Deus (também compartilhava da natureza de ser Deus).
"Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!" (João 20:28). Tomé dirigiu-se a Jesus dizendo: "Senhor meu e Deus meu". Tomé estava errado? Jesus não achou que estivesse, pois disse: "Porque me viste, creste? Bem-aventurados são os que não viram e creram" (João 20:29). Essa passagem é uma comprovação tão forte da divindade de Cristo, que já se inventaram inúmeras explicações para recusá-la. Por exemplo, Tomé estava apenas manifestando o seu espanto, como alguém hoje, que talvez dissesse: "Ó, meu Deus do céu". Mas isso implicaria dizer que Tomé estava usando o nome de Deus em vão. No entanto, Jesus o elogiou por isso. Outros acreditam que Tomé estava chamando Jesus seu Senhor e depois voltando-se ao Pai, dizendo "Deus meu". Mas o texto diz: "Respondeu-lhe Tomé". Tomé estava reconhecendo que Jesus era seu Deus.
Examine estes textos: "Deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre" (Romanos 9:5). "Aguardando a bendita esperança e a manifestão da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13). "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 1:1). Todos se referem a Jesus como Deus.
Jesus afirmou ser Deus em várias ocasiões. Em João 5:17, ele disse: "Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também". Os judeus entenderam devidamente a afirmação de Jesus como uma indicação de que ele era igual a Deus (João 5:18). Em João 10:30, Jesus declarou: "Eu e o Pai somos um". Jesus fez a ousada declaração em João 14 de que vê-lo significava ver o Pai: "Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (João 14:7-9). (Veja também as afirmações de Jesus em João 8:56-59, as quais serão discutidas numa seção posterior deste artigo.)
Jesus aceitava ser adorado
Somente Deus deve ser adorado. Adorar a criatura é idolatria e é terminantemente proibido nas Escrituras (veja Romanos 1:25). O próprio Jesus afirmou: "Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto" (Mateus 4:10) ao citar Deuteronômio 6:13 em resposta à tentação de Satanás. Em nenhum lugar das Escrituras um homem justo aceitou ser adorado. Pedro recusou-se a permitir que Cornélio se curvasse diante dele (Atos 10:25-26). Paulo e Barnabé ficaram abismados quando o povo de Listra se preparou para adorá-los como deuses. Tomaram imediatamente uma atitude: "Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas cousas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra o mar e tudo o que há neles" (Atos 14:14-15). Os anjos são seres celestes superiores aos homens, mas nem mesmo eles aceitam ser adorados (Apocalipse 19:10; 22:8-9).
É bem notável, então, que Jesus tenha aceitado a adoração do homem. Quando Jesus acalmou a tempestade, "os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!" (Mateus 14:33). Jesus não os repreendeu por louvá-lo. O cego que Jesus curou em João 9 o adorou (João 9:38). Várias vezes os discípulos adoraram a Jesus após a ressurreição, e Jesus jamais deu a entender que aquilo não era certo (Mateus 28:9,17). Jesus na realidade ensinou de modo claro: "Que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (João 5:23). Nenhum homem justo e nenhum anjo do céu (nem o mais exaltado) jamais pediu que os homens os honrassem da mesma forma que honram ao Pai. Se Jesus não fosse Deus, então João 5:23 seria uma das blasfêmias mais audaciosas que jamais foram proferidas por lábios humanos.
Os cristãos primitivos adoravam a Jesus: "O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém" (2 Timóteo 4:18). "Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (2 Pedro 3:18). Repare na surpreendente semelhança da adoração oferecida ao Pai com a oferecida ao Filho. Falando do Pai, Pedro disse: "A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém." (1 Pedro 5:11). Mas, em referência ao Filho, João escreveu: "A ele a glória e o dóminio pelos séculos dos séculos. Amém" (Apocalipse 1:6). Deus ordenou que mesmo os anjos devem adorar ao Pai: "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem" (Hebreus 1:6).
Todas as hostes celestes adoram a Jesus do mesmo modo que adoram o Pai. Os quatro seres viventes e os 24 anciãos "E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Apocalipse 5:9-10). O texto prossegue: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: Amém; também os anciãos prostararam-se e adoraram" (Apocalipse 5:11-14).
Essas declarações de adoração a Jesus Cristo constituem a mais forte prova de sua divindade. As Escrituras declaram, sem hesitar, que somente Deus deve ser adorado, mas Jesus é adorado no céu pelas mais elevadas criaturas celestes. Jesus é até ligado ao Pai na mesma declaração de louvor. Paulo escreveu a verdade: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11).
Afirmações indiretas
Há muitas coisas que Jesus fez que somente Deus é capaz de fazer. Jesus perdoou os pecados dos homens, mas somente Deus pode perdoar pecados (veja Marcos 2:1-12; Lucas 7:36-50). Ele afirmou ser capaz de dar vida (João 5:21; 10:28; 17;2) e de julgar o mundo (Mateus 7:23; 16:27; 25:31-46; João 5:22-27), habilidades que pertencem exclusivamente a Deus. Jesus criou o mundo (João 1:1-3, 10) e o sustém (Colossenses 1:17). Jesus fez afirmações que implicavam a sua onipresença (Mateus 18:20; 28:20) e onisciência (Marcos 12:25;Mateus 9:4; 12:25; veja também Apocalipse 2:23; 1 Reis 8:39). Ele afirmou ser maior que o templo, maior que Jonas e maior que Salomão (Mateus 12:6, 41-42). Ele afirmou não ter pecado (João 8:46). Tudo isso o põe sem dúvida na categoria de Deus.
Jesus ensinou que vê-lo era ver o Pai (João 12:45; 14:9), que crer nele era crer no Pai (João 12:44) e que conhecê-lo era conhecer o Pai (João 8:19; 14:7). Ele disse que quem o recebe, recebe o Pai (Marcos 9:37); que quem o honra, honra o Pai (João 5:23); mas quem o rejeita e o odeia, rejeita e odeia o Pai (Lucas 10:16; João 15:23). Qual mero homem, qual arcanjo poderia fazer afirmações como essas?
O que Jesus disse refletia a noção da sua própria importância. Ele disse que era a luz do mundo, o pão da vida, a ressurreição e a vida e o único caminho para o Pai (João 6;35; 8:12; 11:25; 14:6). Ele disse que as coisas que estavam escritas no Antigo Testamento foram escritas a seu respeito (Lucas 24:27, 44; João 5:39, 46). Ele disse que, quando o Espírito Santo viesse, ele o glorificaria (João 14:26; 15:26; 16:14). Jesus mostrou que era imprescindível ir a ele, ouvi-lo, crer nele, confessá-lo e segui-lo (Mateus 11:28-30; João 6:45; 18:37; 8:24; 11:25; Mateus 10:32-33; João 8:12; 10:27). Ele nos ensinou a perder a vida por amor a ele (Lucas 9:24) e amá-lo mais que ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos e à própria vida (Mateus 10:37; Lucas 14:26). Fazendo uso de uma metáfora ousada, Jesus disse que devemos comer a sua carne e beber o seu sangue para que possamos ter vida (João 6:51-58). O Senhor deixou a ceia em memória dele, para que nunca viéssemos esquecê-lo (Lucas 22:19). Ele ensinou que a sua vidaseria entregue em resgate por muitos (Mateus 20:28; 26:28; João 10:15; 12:32).
Ou Jesus era um egoista arrogante, ou era Deus. Diante de suas afirmações ousadas, não há meio-termo. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18).
Jesus é o Deus revelado no Antigo Testamento
Há duas palavras traduzidas por "Senhor" no Antigo Testamento. Uma delas significa simplesmente senhor, mestre, amo. A outra é geralmente escrita em letras maiúscula e significa "Eu Sou", ou seja, aquele que existe por si mesmo, o eterno. Esse "SENHOR" tem origem numa palavra hebraica de quatro letras: "YHWH". Mas os judeus não pronunciavam a palavra; eles simplesmente diziam "SENHOR" sempre que a encontravam na leitura da Bíblia. Eles criam que "YHWH" fosse santo demais para ser proferido por seres humanos. Assim, a maioria das traduções da Bíblia simplesmente traduz "YHWH" por SENHOR. Poucas traduzem por "Jeová". Essa palavra é importante no entendimento da natureza de Cristo, porque é uma palavra que só se aplica a Deus. Uma palavra como senhor, que é tão comum, poderia ser usada em respeito a um superior. Mas a palavra "YHWH" (SENHOR, ou Jeová, Eu Sou) só poderia ser empregada corretamente em referência ao único e verdadeiro Deus.
Jesus disse que ele é YHWH, Eu Sou: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse EU SOU." (João 8:58).2 Era uma declaração chocante, e os judeus pegaram pedras ali mesmo para apedrejar Jesus por blasfêmia (João 8:59). Muitos textos aplicam profecias sobre Jeová (o "SENHOR") a Jesus. João Batista ia preparar o caminho para o "SENHOR" (Isaías 40:3; veja Mateus 3:3; Marcos 1;3; Lucas 3:4-5). A glória do "SENHOR", vista por Isaías, era uma visão da glória de Jesus (Isaías 6; João 12:37-43). Não são casos isolados. Várias afirmações sobre o SENHOR no Antigo Testamento são aplicadas a Jesus no Novo.3 Jesus também é Deus Jeová, o SENHOR.
Jesus não é o Pai
Algumas pessoas tomam as evidências apresentadas acima e ensinam que Jesus é a mesma pessoa que o Pai. Elas acreditam que o Pai e o Filho não passam de manifestações diferentes da mesma pessoa. Eles fazem uso da seguinte ilustração: um homem pode ser ao mesmo tempo pai e filho. Isso é verdade. Eu sou tanto pai, como filho. Mas eu não sou o meu próprio pai, nem sou o meu filho. A Bíblia revela três pessoas diferentes que compõem o único Deus.
Há inúmeros textos que mostram a diferença entre a pessoa do Pai e a do Filho. "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho" (2 João 9). "Tanto o Pai como o Filho" leva a entender a existência de dois seres. Jesus afirmou ter duas testemunhas: ele mesmo e o Pai. "Se eu julgo, o meu juizo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim." (João 8:16-18). Se Jesus fosse a mesma pessoa que o Pai, haveria uma só testemunha, mas Jesus disse claramente que havia duas. (Veja também 1 João 2:22; 1 Coríntios 8:16).
"Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou" (João 8:42). O Pai enviou o Filho. O Filho não se enviou. Portanto, o Pai não é o Filho.
Jesus muitas vezes orou ao Pai (Lucas 23:34, 46). Estava Jesus orando a si mesmo? Ele ensinou os discípulos a orar: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9), estando ele próprio na terra. "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (João 14:16). Se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são todos uma só pessoa, então Jesus orou a si mesmo e pediu que enviasse a si mesmo.
O Pai reconhecia o Filho: "E eis uma voz dos céus,que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3:17). Será que o Pai estava simplesmente falando para si a respeito de si mesmo? Jesus disse que, se ele glorificasse a si mesmo, a sua glória não seria nada (João 8:54).
"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou" (João 6:38). Jesus veio fazer a própria vontade, ou não? Se respondermos que sim, contrariamos Jesus. Se dizemos que não (a resposta correta), então admitimos que Jesus e o Pai são pessoas distintas, porque Jesus de fato veio fazer a vontade do Pai. (Veja também João 8:29).
O Filho retornou ao Pai no céu (João 16:28; 20:17). Se Jesus é o Pai, ele já estava no céu antes de subir para junto de si mesmo. Jesus retornou ao céu para entrar na presença de Deus (Hebreus 9:24). Mas ele já estava na sua própria presença. Se o Filho e o Pai são a mesma pessoa, por que Jesus tinha de ir para o céu para entrar na presença dele próprio?
Vários textos mostram que Jesus está assentado à direita de Deus (Colossenses 3:1). Seria uma grande façanha alguém sentar à direita de si mesmo!
Jesus disse que somente o Pai sabia o momento exato de sua vinda; isso nem mesmo ele sabia (Mateus 24:36). Se Jesus era o Pai, então ele sabia algumas coisas que não sabia?
Quando Jesus retornar, ele entregará o seu reino de volta ao Pai e se sujeitará ao Pai (1 Coríntios 15:24-28). Será que Jesus entregará o reino a si mesmo e se submeterá a si mesmo?
As Escrituras ensinam com uma clareza inconfundível a distinção entre o Pai e o Filho.
A natureza da divindade
Deus é uno (Deuteronômio 6:4; Isaías 40-48; Marcos 12:29; 1 Timóteo 1:17; Tiago 2:19; 4:12, etc.). A natureza de sua unidade é o assunto em pauta. Com base mesmo no que se evidenciou acima, deve estar claro que a unidade de Deus é uma união, não uma unidade absoluta. A palavra equivalente a Deus no Antigo Testamento (elohim) é uma formação no plural. A palavra equivalente a um, empregada em referência a Deus no Antigo Testamento (echad) também é uma forma plural. Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança . . ." (Gênesis 1:26). A quem se refere esse "nossa"? Somos criados à imagem de Deus, mas há mais de uma pessoa que compôs Deus. Atente para essas afirmações: "Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente" (Gênesis 3:22). "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro" (Gênesis 11:7). Desde os primeiros capítulos da Bíblia, vemos Deus revelado como uma unidade plural (veja também Isaías 6:8). Existe até mesmo diálogos registrados entre Deus e Deus na Bíblia: veja Salmos 110:1, por exemplo.
Em que sentido o Pai e o Filho são um? São uma só pessoa? Ou são um em unidade e em propósito? Observe atentamente João 17:20-23: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim." Esse texto ensina que os cristãos devem ser um como o Pai e o Filho são um. Os cristãos devem passar a ser uma só pessoa? Ou será que devem ser um em unidade e em propósito? Já que a unidade que os cristãos devem ter não é a de ser uma só pessoa, então a unidade do Pai e do Filho não significa que são a mesma pessoa. A Bíblia muitas vezes trata de coisas que são unas. Marido e mulher são um (Mateus 19:4-6; Efesios 5:31). O que planta e o que rega são um (1 Coríntios 3:6-8). Os cristãos são um (1 Coríntios 12:14). E também o Pai e o Filho (e o Espírito Santo) são um.
Embora nos tenhamos concentrado principalmente no Pai e no Filho, as Escrituras mostram que o Espírito Santo também é uma pessoa divina. O Espírito Santo é revelado como um ser pessoal. Ele faz o que somente uma pessoa pode fazer: fala (1 Timóteo 4:1); ensina(João 14:26); reprova (João 16:8); orienta (Gálatas 5:18); intercede (Romanos 8:26); chama (Atos 13:2); pensa (Romanos 8:27; 1 Coríntios 2:10-11); toma decisões (Atos 13:12; 15:28). Os sentimentos que tem só uma pessoa pode ter: é alvo de mentiras (Atos 5:3); é resistido (Atos 7:51); é desprezado (Hebreus 10:29); fica entristecido (Efésios 4:30); fica irado (Isaías 63:10); é blasfemado (Mateus 12:31). O Espírito Santo tem características divinas: é onisciente (1 Coríntios 2:10-11) e onipresente (Salmo 139:7-10).
O Novo Testamento une Pai, Filho e Espírito Santo de modo impressionante. Muitos textos mencionam os três: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Coríntios 13:13). "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). "Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas." (1 Pedro 1:2; veja também Romanos 15:30; 1 Coríntios 12:4-6; 6:11; 2 Corìntios 1:20-21; Gálatas 4:6; Efésios 2:18; 3:14-17; 5:18-20; 1 Tessalonicenses 5:18-19; 2 Tessalonicenses 2:13; Tito 3:4-6; 1 João 4:13-14; Judas 20-21; Apocalipse 1:4-5). Embora a Bíblia em momento algum apresente uma definição teológica de Deus, é possível entender alguns aspectos de seu ser estudando a revelação dada nas Escrituras. O que podemos concluir é: Deus é o nome dado à natureza divina, a há três seres que partilham dessa mesma natureza divina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
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Jesus Cristo: Lunático, Mentiroso ou Senhor?
A Evidência da Divindade de Jesus
Enquanto Jesus caminhava pela face da terra há aproximadamente dois milênios, a humanidade se dividia em três grupos com diferentes visões sobre ele. Alguns estavam convencidos de que Jesus era o Filho de Deus e então dirigiam-se a ele como "meu Senhor e meu Deus" (João 20:28). Outros consideravam as afirmações e ações de Jesus como atos de blasfêmia e ". . . procuravam matá-lo porque . . . dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (João 5:18). Porém um terceiro grupo pensava que Jesus era insano e deveria ser ignorado (João 10:20). Muitos chamados "Cristãos" da atualidade tentam adotar uma posição de compromisso e alegam que Jesus foi um homem bom – que foi até um homem perfeíto – porém não era Deus. Considerações cuidadosas das afirmações e ações de Jesus, entretanto, excluem esta conclusão. As únicas possíveis explicações sobre Jesus são as três que foram propostas no primeiro século.As Possibilidades:
1. Jesus é quem alegou ser, o Filho de Deus, ou2. Ele era louco e erroneamente se julgava Divino, ou
3. Ele foi o maior mentiroso que já existiu.
Consideremos as possibilidades na luz das ações e afirmações de Jesus.
As Afirmações de Jesus
       
        As Ações de Jesus
        
 As ações de Jesus na terra 
foram inteiramente consistentes em relação às suas afirmações de 
Divindade. Ele atuou, sem se justificar, como Deus encarnado! Ele 
proclamou a habilidade de perdoar os pecados (Mateus 9:2-6). Os judeus 
sabiam que qualquer mero homem que fizesse tal afirmação era um 
blasfemador. Jesus também aceitou adoração dos humanos, depois de dizer 
sem dúvida que adoração pertence somente a Deus (Mateus 4:10; 8:2; 9:18;
 João 9:38). Nas ações de Jesus ele afirmava ser Deus. Quando a meros 
homens ou anjos foram oferecidos tal adoração, eles apressavam-se à 
proibi-la (Atos 10:25-26; Apocalipse 22:8-9). O
 que faremos com as ações de Jesus? Se ele foi um mero homem, certamente
 os judeus estavam certos em acusá-lo de blasfemar, por ter se 
apresentado como Deus. Não podemos atribuir suas ações a um simples 
homem e considerá-lo bom e perfeito. Jesus foi o Senhor, que afirmou 
ser, ou ele foi um mentiroso, ou um lunático. 
       
        Os Sinais de Jesus
        
Agora vamos para um verdadeiro 
teste das afirmações da Divindade de Jesus. Se ele realmente é Deus, 
criador e sustentador do universo, então sería razoável esperar que suas
 palavras fossem confirmadas com inegáveis demonstrações de poderes 
sobrenaturais. Os sinais, ou milagres, de Jesus preenchem um importante 
papel neste sentido. Os relatos do evangelho são cheios de detalhes de 
vários milagres os quais Jesus realizou. Estes milagres são claras e 
inegáveis demonstrações de poder. Jesus curou pessoas de evidentes 
enfermidades, ressuscitou os mortos, acalmou os mares, etc. Até
 seus adversários não negaram a veracidade de seus milagres. Eles 
contestavam a fonte de seu poder (Mateus 12:22-28) e as autoritárias 
afirmações de que se podia perdoar pecados (Mateus 9:1-8). Eles 
criticaram porque Jesus curou nos sábados (João 9:13-16). Mas, não 
negavam a autenticidade de seus milagres! Jesus não é lunático, nem 
mentiroso e sim o que ele mesmo afirmava ser, Deus. 
       
        A Ressurreição de Jesus
        
 O túmulo de Jesus foi 
encontrado vazio três dias após sua morte. Desde a época da morte de 
Jesus, existem duas explicações do sepulcro vazio. Uma é a explicação 
bíblica sobre qual a fé dos cristãos está  baseada em que Jesus 
ressuscitou dos mortos (1 Coríntios 15:3-4,14). A outra é aquela que foi
 tramada pelos mesmos homems que organizaram desonestamente a traição, 
julgamento e crucificação de Jesus. Os líderes religiosos subornaram os 
soldados para que disseram que o corpo de Jesus tinha sido roubado 
(Mateus 28:11-15). Note três falhas fatais desta explicação: 1. Foi comprovado que os sacerdotes mentiram. 2. O corpo nunca foi encontrado.
3. Os "ladrões de covas" (apostolos) citados sofreram e morreram porque disseram que Jesus realmente ressuscitou. Homens morrem pelo que acreditam. É um absurdo afimar que uma dúzia de homens estariam querendo morrer por uma mentira tão conhecida! A ressurreição apresenta-se como a máxima evidência da Divindade de Jesus.
       
        Qual é a importância Disto?
        
 Esses pequenos exemplos acima 
(as afirmações, as ações, os sinais, e a ressurreição de Jesus) servem 
meramente para apresentar a abundante evidência da Divindade de Jesus 
Cristo. Numa época em que a dúvida e a descrença estão em alta, toda 
pessoa que deseja seguir Jesus precisa cuidadosamente considerar o caso 
para com a Divindade de Cristo. Jesus mesmo declarou o significado deste
 tema quando ele disse: "Se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos
 pecados" (João 8:24). Você pode dizer, como o "duvidoso" Tomé disse, 
que Jesus Cristo é "meu Senhor e meu Deus" (João 20:28-31)? Sua resposta
 para esta questão é de eterno significado. Considere isto 
cuidadosamente.
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quarta-feira, 15 de junho de 2016
A Justificação Vem pela Fé
O erro de Pedro (2:11-21). Quando
 o apóstolo Pedro (Cefas, veja João 1:41-42) visitou Antioquia, Paulo 
viu que ele não praticava a mesma coisa que pregava (2:11-14). Até o 
fiel Barnabé (veja Atos 11:22-24) começou a praticar erro devido ao mau 
exemplo de Pedro (2:13). Se esses homens erraram, pessoas honestas podem
 errar em questões de fé hoje em dia.
 
Pedro errou porque temia “os da circuncisão”. O
 foco dele estava em homens e não em Deus. Deus revelou o evangelho e 
nos julgará por ele (João 12:47-49). Muitas pessoas praticam erro porque
 querem agradar seus cônjuges, pais, amigos ou pastores ao invés de 
focalizar Deus e sua palavra (1:10; veja Mateus 10:28).
Os
 judeus procuraram ser justificados por Deus devido às suas obras da lei
 (o Velho Testamento). Mas o evangelho de Cristo revela que homens não 
são justificados por obras da lei, e sim pela fé em Cristo Jesus (2:16).
 Enquanto Pedro tinha sido justificado pela fé em Cristo, ele voltou à 
prática da lei como se a sua justificação pela fé não fosse suficiente. 
Muitos hoje que alegam ter fé em Cristo caem no mesmo erro de Pedro: 
guardando o sábado, pagando o dízimo, procurando intercessão de 
sacerdotes e praticando outras obras baseadas na justiça da lei. Mas 
voltando à lei nega a graça de Cristo, e invalida a morte dele (2:21).
Obras
 da lei podem justificar uma pessoa somente se ela guardar perfeitamente
 toda a lei (veja Tiago 2:10). Cristo morreu porque todos são pecadores 
—tanto judeus como gentios. Todos têm desobedecido a lei de Deus (2:17; 
veja Romanos 3:23). Aquele que foi justificado pela fé em Cristo tem 
morrido para a lei, “a fim de viver para Deus” (2:19). 
Morrer relativamente à lei não quer dizer viver sem lei (veja 1 
Coríntios 9:19-21). Antes, quer dizer fazer as obras de Deus (Efésios 
2:10) como pessoa justificada, não como pessoa que procura se justificar
 pelas suas próprias obras. Viver pela fé exige uma vida de sacrifícios 
diários, para que possamos nos entregar àquele que nos justificou 
(2:19-20; veja Romanos 12:1-2).
 
Obras da lei ou pregação da fé? (3:1-5).
 Os gálatas haviam sido justificados pela fé em Cristo Jesus sem saber 
nada sobre a lei de Moisés. Seria tolice para eles voltarem a uma lei 
que não justifica, uma vez que já foram justificados em Cristo (3:1).
Os
 gálatas haviam recebido o Espírito Santo como a confirmação do 
evangelho (3:2; veja Marcos 16:15-20; 2 Coríntios 12:12; Hebreus 2:4). 
Se Deus lhes tinha confir-mado o evangelho pelo Espírito, como é que 
eles procuraram o aperfeiçoamento através de leis que pertencem à carne:
 circuncisão, restrições sobre alimentos, etc. (3:3-5)?
Muitos,
 hoje em dia, ainda procuram a perfeição por meios carnais, impondo 
regras baseadas no Velho Testamento. Mas, a justificação vem somente 
pela fé em Cristo e obediência ao evangelho dele (veja Colossenses 
2:20-23; 2 João 9).
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