A Revelação do Plano de Deus:
A História do Plano da Redenção
"Temos apenas uma chance em toda a nossa vida; portanto, agarre-se a ela com todo o entusiasmo que você tiver."
É isto tudo o que há? Como cristão, estou perdendo alguma coisa valiosa?
Há alguns prazeres neste mundo que eu não possuo. Se isto for tudo o
que espero, então, como disse Paulo, sou o mais infeliz de todos os
homens (1 Coríntios 15:19).
Mas, há uma outra forma de olharmos
a vida sob o sol. Esta nem é a "vida" verdadeira. Este é apenas um
breve período de experiência, para comprovar se eu posso ter o
privilégio de viver no céu, com o próprio Deus, por toda a eternidade.
Jesus antecipou-se em preparar mansões para os que passarem na prova
(João 14:1-3). Ainda que eu viva noventa anos ou mais, aqui, este é
apenas um prazo curto, comparado com a totalidade das coisas. "Que é a
vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo
se dissipa" (Tiago 4:13-15).
Abraão teve esta visão da vida na
terra. Eis porque pôde deixar seu lar e sua parentela e ir para uma
terra que Deus lhe indicaria. Estava buscando uma cidade cujo arquiteto e
edificador é Deus (Hebreus 11:8-10). Eis porque Moisés pôde abandonar a
honra de ser chamado o filho da filha do Faraó. Ele pôde ver que as
riquezas que Deus oferece aos justos, como recompensa, são muito maiores
do que quaisquer breves prazeres que o pecado pode oferecer aqui neste
mundo (Hebreus 11:24-26).
Eis porque Paulo pôde rejubilar-se em
uma prisão romana, enfrentando a morte por sua fé em Cristo. Ele era
humano. Não queria a dor do sofrimento, mas viu uma coroa guardada para
ele, fazendo com que qualquer sofrimento atual parecesse ser apenas
momentâneo (2 Timóteo 4:6-8).
Mesmo uma pessoa feliz e
despreocupada tem problemas: dor, doença, tristeza, receio, etc. Eu,
como cristão, posso compartilhar a maior parte das alegrias deste mundo.
Sempre há uma saída legítima para todo desejo físico que eu tiver. Eu,
também, tenho problemas, porque sou um ser humano. Mas, ao invés de ser o
mais infeliz dos homens, o cristão é aquele que deve ser invejado.
O cristão pode olhar para a verdadeira "vida", onde nenhum problema
existirá. De fato, temos uma âncora para nossa alma (Hebreus 6:19). O
que o cristão tem para se preocupar com condições aqui? O que importa se
as coisas são obscuras, se eu tenho a esperança que faz com que valha a
pena resistir a qualquer coisa, nestes breves anos, para viver na
eternidade com Deus ?
Mas, como pode alguém ter esta esperança?
Como ela surgiu? A Bíblia nos diz. Ela não é uma série de histórias
desconexas, do tipo "era uma vez . . . ." É a revelação do belo e eterno
plano que Deus fez para a redenção da humanidade.
Deus fez o
homem. O homem é um ser que raciocina, feito à imagem de Deus. Tem ele a
capacidade de escolher o que será. Como Criador do homem, Deus entende e
atendeu a todas as necessidades do homem. Concebeu o homem para ser o
mais feliz como um companheiro de Deus.
Deus ofereceu ao homem a
oportunidade de tal companhia na terra, no Jardim do Éden, onde ele
andava com o homem no frescor da noite. Entretanto, o homem abandonou
este privilégio por sua própria e livre vontade, ao optar por ouvir o
conselho do diabo.
Deus tinha se preparado para a escolha do
homem. Ele já tinha um plano para a redenção do homem (Éfesios 3:11). O
homem não mais poderia compartilhar a companhia de Deus aqui, porque o
pecado separa o homem de Deus. Então, Deus ofereceu ao homem uma bênção
muito maior, a oportunidade de viver para sempre com ele, no céu.
Todavia, há determinadas condições, que o homem deve cumprir. Nenhum
homem é forçado a servir a Deus. Mas, a oportunidade maravilhosa é
oferecida a todos, desde que aceitem as condições de Deus.
Que
condições Deus poderia impor? Como Deus poderia determinar quem poderia
ter esta vida? Ele poderia, com justiça, condenar toda a humanidade,
porque todos os homens pecaram (Romanos 3:23) e o salário do pecado é a
morte (Romanos 6:23). Entretanto, Deus ama o homem e preferiria que
ninguém perecesse (2 Pedro 3:9). Talvez ele pudesse salvar toda a
humanidade, não importando o quanto corrompida, mas isto não se daria,
porque Deus não pode tolerar a iniqüidade (Isaías 59:1-2). Talvez ele
pudesse salvar arbitrariamente alguns e condenar a outros, mas Deus não
faz acepção de pessoas (Atos 10:34).
Portanto, Deus mesmo
determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo
homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da
salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo
preço pago pelo pecado.
O homem, por si próprio, não poderia
pagar o preço. Cada pessoa que tenha vivido bastante para ser
responsável perante Deus tem pecado. Adão pecou no Éden. Noé foi salvo
na arca, porque era justo, mas plantou mais tarde uma vinha e
embriagou-se com vinho. Abraão é chamado o pai da fé, mas mentiu em pelo
menos duas ocasiões. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas
cometeu adultério e assassinato. Cada homem teria que morrer pelos seus
próprios pecados, encerrando assim a continuidade da companhia de Deus.
Mas, como poderia Deus pagar o preço pelo pecado do homem? A morte é o
preço que Deus estabeleceu (Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Mas a
Divindade, como Divindade, não pode morrer. Portanto, o plano de Deus
foi enviar a Divindade, a Palavra eterna, à terra, em forma humana, como
seu Filho. Seu Filho mostraria ao homem como deve ser o ser humano
perfeito. Então, aquele Filho, como Divindade em forma humana, morreria
para pagar o preço dos pecados dos homens.
O homem não percebeu
a necessidade de tal preço, quando foi expulso do Paraíso. Toda a
Bíblia mostra ao homem quão fracos eram seus próprios esforços para sua
própria salvação. O homem é deixado com uma só conclusão: não há
esperança alguma, sem Deus!
Não podemos responder a pergunta
sobre por que Deus chegou a criar o homem. Não podemos saber,
igualmente, porque ele amou o homem o bastante para oferecer-lhe a
chance de viver no Paraíso. Todavia, podemos ver o maravilhoso plano,
que ele revela na Bíblia para nós. Que direito tenho eu, como um homem
insignificante, de contestar suas condições, quando ele me oferece tal
recompensa?
A História da Redenção
"No princípio. . . ." Volte comigo a este tempo. Não havia mundo, não
havia universo, não havia vida física, não havia substância física, e
não havia tempo. A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia?
Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto
significa?
Havia três seres em existência, que eram perenes
como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes
Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em
divindade. Eles compõem tudo o que é Divino.
Em algum tempo
Snão temos idéia de quando, ou por quêS seres celestiais menores foram
criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Apocalipse 5:11),
de serafins (Isaías 6:2) e querubins (Gênesis 3:24) e outras criaturas
celestiais, ao redor do trono de Deus (Apocalipse 4). Em algum tempo,
alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pedro 2:4). Uma vez
mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas
encobertas, que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de
nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mateus
25:41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo"
(2 Pedro 2:4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem,
mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador.
"No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou
então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os
peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava
ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou
compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos
o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26). O homem não é como Deus, em
aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma
alma em seu interior, que jamais deixará de existir.
Deus
colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que
podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta
desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem
tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à
Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo,
tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8).
Entretanto,
Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente
porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não
seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de
qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva
estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e
do mal.
Havia alimento em abundância, por isso a fome não os
encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande
que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão
para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade
é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do
fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu.
Agora
conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados
uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação
da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.
Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que
o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus
já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram
da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o
longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia
viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições.
Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de
esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a
cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão
e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria
para completar o seu plano.
Deus jamais se esqueceu por um só
momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em
que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia
nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são
aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.
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