A Bíblia é dividida em duas partes principais. A primeira parte é chamada de o Velho Testamento e contém 39 livros escritos durante um período de aproximadamente 1.000 anos. O primeiro livro, Gênesis,
começa com a criação do mundo por Deus e traça a história do homem
através dos tempos de Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José. O resto do Velho
Testamento descreve, principalmente, a história do povo israelita e os
esforços de Deus para os guiar através da sua Lei e dos seus profetas.
Hoje, é esperado que usemos o Velho Testamento para aprender mais sobre a natureza de Deus e a necessidade de servi-lo. “Pois
tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a
fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos
esperança” (Romanos 15:4).
Ao
estudar a história israelita, podemos aprender da sua fé e as bênçãos
que Deus lhes deu quando eram obedientes. Da mesma forma, podemos
aprender da sua desobediência e das conseqüências que Deus pôs sobre
eles quando eram indiferentes, transigentes ou rebeldes. É esperado que
façamos aplicações espirituais positivas nas nossas vidas dos princípios
encontrados aqui. “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa...” (1 Coríntios 10:11).
No
Velho Testamento, Deus deu um conjunto especial de leis à nação de
Israel. Esta Lei geralmente era chamada de “a Lei de Moisés”, já que
Moisés recebeu de Deus e entregou aos israelitas. A Lei mandava que eles
fizessem certas coisas no seu serviço público e pessoal a Deus. Podemos
aprender muitas coisas da Lei de Moisés, mas há duas coisas principais
que a Lei foi feita para ensinar:
1. Quando o homem desobedece a Deus é pecado. “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões...” (Gálatas 3:19). “...em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos
3:20). Estes versículos explicam que a Lei de Moisés foi dada para
mostrar ao homem o quanto ele realmente é pecador. Em outras palavras,
Deus havia dito aos israelitas “faça” e “não faça” a respeito de muitas
coisas, mas eles freqüentemente desobedeciam e transgrediam sua Lei, não
atingindo o padrão de Deus. Sob a Lei, sacrifícios de animais foram
oferecidos continuamente a Deus como expiação pelo pecado, no entanto o
sangue de animais nunca foi um sacrifício adequado e permanente pelos
pecados da alma do homem. Assim, o mundo podia ver que algo mais era
necessário para libertar o povo dos seus pecados — um Salvador.
2. O Cristo viria para sofrer pelos nossos pecados.
Durante a época do Velho Testamento, Deus revelou que o Messias
nasceria no mundo e morreria como sacrifício pelos pecados da
humanidade. Deus disse a Abraão: “nela serão benditas todas as nações da terra....” (Gênesis
22:18). Em outras palavras, um dos descendentes de Abraão faria algo
para abençoar o mundo inteiro. Aquele descendente é identificado no Novo
Testamento como Jesus Cristo (Gálatas 3:16). Muitas profecias do Velho
Testamento apontam para Cristo como vindo para ser um sacrifício para
nossos pecados. “Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados” (Isaías 53:5). “E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado” (Marcos 15:28).
Assim o Velho Testamento apontou os israelitas para Jesus de Nazaré, fornecendo provas de que ele é “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. O apóstolo Paulo disse: “De
maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim
de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não
permanecemos subordinados ao aio” (Gálatas
3:24-25). Este versículo explica que, quando Cristo e sua nova Lei de
Fé vieram, nós não permanecemos subordinados à Lei de Moisés que, na
profecia e no paralelo, apontaram para Cristo. A Velha Lei havia servido
seu propósito. Agora devemos seguir os mandamentos dados a nós no Novo
Testamento pelo nosso Salvador Jesus Cristo e seus apóstolos inspirados.
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