Introdução
A ideia de que Paulo trabalhava “noite e dia” seria um grande exagero, se tomada literalmente. O grego, entretanto, expressa uma ideia qualitativa, e não a quantidade real de tempo despendido. Em outras palavras, Paulo estava dizendo que trabalhava além do chamado do dever, para não sobrecarregá-los. Ele não queria que nada atrapalhasse seu testemunho a eles. Além disso, ele era muito cuidadoso para se comportar de modo a não causar ofensa diante de Deus nem de outros (1Ts 2:10); Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele. (Lc 2:52). Paulo e os apóstolos procuravam ser irrepreensíveis em seus relacionamentos para que o evangelho se tornasse o foco central de atenção. Veremos neste capítulo, suas orientações vindas do Senhor, sobre a Santidade, Amor Fraternal e o trabalho.
I. Paulo Envia Timóteo à Tessalônica
A congregação em Tessalônica sofreu oposição desde que foi formada, quando o apóstolo Paulo esteve ali. Assim, quando Timóteo — talvez com 20 e poucos anos — voltou de lá com um bom relatório, Paulo sentiu-se motivado a escrever uma carta aos tessalonicenses para os elogiar e encorajar. Essa carta, escrita provavelmente em fins de 50 EC, foi o primeiro dos escritos inspirados de Paulo. Não muito depois, ele escreveu aos cristãos em Tessalônica uma segunda carta. Dessa vez, ele corrigiu um conceito errado que alguns tinham e exortou os irmãos a se manterem firmes na fé.
Uns dez anos depois, Paulo estava na Macedônia e Timóteo em Éfeso. Paulo escreveu a Timóteo, incentivando-o a permanecer em Éfeso e travar guerra espiritual contra falsos instrutores na congregação. Quando os cristãos sofreram uma onda de perseguição, depois do incêndio que devastou Roma em 64 EC, Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo.
II. Exortação à Santidade
Ao ouvir o evangelho de Cristo e ao recebê-lo como a palavra de Deus e não como a dos homens (veja 1 Tessalonicenses 2:13), os tessalonicenses aprenderam a maneira pela qual deviam viver e agradar a Deus (4:1). O evangelho revela "a justiça de Deus", ou seja, tudo aquilo que Deus julga necessário que saibamos, a fim de vivermos vidas que lhe sejam agradáveis e que levem à vida eterna (veja Romanos 1:16-17; 2 Pedro 1:3-4). Estes irmãos foram "inteirados" nas instruções do Senhor Jesus (4:2; veja Mateus 28:18-20), e precisavam continuar "progredindo cada vez mais" (4:1). A vida cristã não é o resultado do mero conhecimento da vontade de Deus, e sim da prática desta vontade (veja Tiago 1:22-25).
Da santidade (4:3-8). O ensino do evangelho visa a vontade de Deus para nos santificar (4:3; veja 1 Pedro 2:4-5, 9-10). "Santificar" (e assim, "santo," "santidade," etc.) literalmente quer dizer "separar", e significa que Deus, pelo evangelho, separa do mundo para salvação as pessoas que lhe obedecem (veja Hebreus 5:9; 2 Tessalonicenses 2:13-14; 1 Pedro 1:14-16). Quem é santo se disciplinará na vontade de Deus em todos os aspectos da sua vida, mas aqui Paulo fala explicitamente de santidade nas relações sexuais. A ordem de Deus é que o cristão não participe de prostituição, ou seja, relações sexuais antes de casar ou com quem não é seu cônjuge (4:3).
Estas não são meras recomendações de Paulo baseadas na ética ou na moralidade, e sim são mandamentos de Deus, visando a disciplina e a santidade do corpo e da mente, pois até "o desejo de lascívia" não cabe a pessoas que conhecem a Deus (4:4-5). O cristão se afastará da sensualidade do mundo, sabendo que Deus vai julgar toda impureza, quer seja pública, quer seja em particular (4:6-8; veja Hebreus 4:12-13).
Do amor fraternal (4:9-12). Nunca é possível amar demais, e mesmo que os irmãos já fossem instruídos e estivessem fazendo bem na prática do amor fraternal, Paulo achou necessário exortá-los a progredir (4:9-10). Ele lhes deu exemplos de como aplicar o amor em suas vidas: vivendo sua própria vida de maneira que não perturbassem a outros (veja Romanos 12:17-18, 13:13-14), e trabalhando para suprir as suas necessidades e as de outras pessoas (veja Efésios 4:28), para que não viessem a ser um peso a ninguém (4:11-12).
III. Amor Fraternal e o Trabalho
Parece que alguns já não queria trabalhar, na expectativa do Senhor que vem. Paulo contudo esclarece: Que vos empenheis em viver tranquilos…trabalhando com as próprias mãos… Para levar uma vida digna, exemplar na igreja e diante de Deus. No amor fraterno, solícitos com as comunidades Cristãs. No trabalho, exemplo de fidelidade e vigilância diante de Deus e dos homens.
I Ts 4, 11-12
“Que vos empenheis em viver tranquilos, ocupando-vos dos vossos próprios negócios e trabalhando com as próprias mãos, como vos ordenamos. Assim estareis levando uma vida digna aos olhos dos que não são da comunidade, e não tereis necessidade de ninguém.”
Qual a mensagem de Deus para mim hoje?
O amor fraterno é um dos maiores testemunhos que podemos dar da nossa fé. Mas sem o trabalho do justo e santo, nos acomodamos e vivemos sem rumo, perdendo o foco da verdade que é a nossa pobreza.
Como posso pôr isso e prática? Desempenhando meu trabalho com simplicidade e dedicação.
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