terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A Autoridade da Palavra de Deus




Por Sandro Amora


Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16,17). 

Considerações Iniciais

A primeira verdade é que “ toda escritura é inspirada por Deus”. Em  2 Pedro 1.21 diz que "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo". É importante salientar que toda escritura é inspirada, a doutrina da inspiração é importantíssima no que concerne a autoridade das escrituras, inspirada do grego theopneutos quer dizer “soprada por Deus”, não veio a existência por vontade de homem algum, mas foi originada na mente de Deus, comunicada pelo sopro de Deus, por intermédio do Espírito Santo.


Toda escritura de Deus é útil

O Segundo ponto importante é que toda escritura é útil. Notemos que ele não diz que uma parte das escrituras é útil, mas que toda escritura é útil. Isto é muito importante, pois em nenhum tempo se contestou tanto a relevância das escrituras, muitos dizem que a bíblia por ser um livro antigo, não tem mais relevância ao homem moderno, que a bíblia é obsoleta e que precisamos de novos métodos, ledo engano, independente da época o problema fundamental do homem independente da sua época é sua rebelião contra Deus,ele jamais será feliz e jamais terá paz enquanto não se reconciliar com Deus, o homem moderno é tão necessitado de Deus como qualquer homem de qualquer época, a loucura de Deus, sempre será mais sábia que qualquer “sabedoria” humana. Somente Deus tem as palavras de Vida eterna, somente a palavra de Deus é luz para o caminho daqueles que estão em trevas e somente ela pode nos conduzir à salvação e à vida eterna.

A palavra de Deus é útil para o ensino

Na palavra de Deus temos um manual completo que nos ensina a verdade divina e nos instruí a viver uma vida que agrada a Deus.Estrutura nosso pensamento. Isto é crucial porque se  não estivermos pensando corretamente, não estaremos vivendo corretamente. Aquilo em que   acreditamos determina nosso comportamento.Temos visto uma geração analfabeta em bíblia, que não conhece as doutrinas bíblicas essências.O crente que não se alimenta da palavra de Deus, se torna raquítico espiritualmente e suscetível ao engano e ao ataques do maligno.Rejeitar a instrução de Deus é escolher o caminho da perdição.


A palavra de Deus é útil para a repreensão

A palavra de Deus que nos dá a direção correta e nos mostra quando estamos fora dos limites; ela produz convencimento, convicção do pecado. É como um árbitro; ela mostra o que é pecado. Mostra o que Deus quer para nossas vidas. Ele provê seus padrões. O endurecimento do coração reflete na falta de preocupação com a voz viva do Espírito em nosso íntimo.

A palavra de Deus é útil para a correção

O estudo das Escrituras eleva os desejos dos regenerados a se voltarem para o Senhor e mostra o caminho de volta à verdade. A alegria se seguirá à obediência. O ensino só se efetua quando o crente muda de comportamento. Jesus disse: "Assim, todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha. E caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e bateram com violência contra aquela casa, mas ela não caiu, pois tinha seus alicerces na rocha" (Mt 7.24,25).Muitas pessoas tem sucumbido diante dos problemas, pois tem sido negligente na observância da palavra de Deus, o profeta Oseias declarou: Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. "Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito...” (Os 4.6).

A palavra de Deus é útil para treinamento para uma vida de justiça

Além de nos mostrar o erro, a bíblia nos instruí na justiça, na verdade, naquilo que é verdadeiro e agradável a Deus .Deus a usa para mostrar como se deve viver: a expressão prática de nossa fé. Tendo-o corrigido nos aspectos negativos, Ele dá a você orientação positiva a se seguir na vida. Não basta alguém ser bom; é mister também praticar o bem. O propósito global da Bíblia? Equipar-nos para toda boa obra.O conhecimento da palavra é um meio primário pelo qual podemos nos tornar servos  eficazes do Senhor Jesus.

Deus quer comunicar a nós a sua vontade, para que sejamos sal e luz em um mundo corrompido e em trevas.

Considerações finais

O propósito de Deus é que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra, perfeito significa completo, não quer dizer impecável ou que não tenha falhas, mas adequado para o uso, a palavra de Deus em operação em nós nos habilita , nos capacita a ser uma ferramenta eficaz para o reino de Deus, habilitado quer dizer, preparado para o serviço, capacitado para toda boa obra.A palavra de Deus equipa e capacita-nos  a sermos instrumentos para a glória de Deus, a cumprir seus propósitos em nossa vida. Quanto melhor conhecermos a palavra de Deus , melhor e mais capazes seremos de viver e trabalhar para Ele. 

Somente a palavra de Deus e a ação do Espírito Santo tem a capacidade   de nos moldar  e nos transformar segundo a vontade de Deus, quando abrimos nossos corações em submissão a vontade de Deus e a sua palavra ele age através de nós. 


Bibliografia:

STOTT, John R.W . A mensagem de 2 Timóteo. São Paulo. ABU, 2009. LIEFELD, Walter L. 1 & 2 Timothy and  Titus. The Nvi  application  Commentary . Zondervan. 2012.

HUGHES, Kent R. , Bryan Chapell. 1& 2 Timothy and Titus. Crossway. Illinois, 2014.

Fee Gordon. Comentário de las epístolas a 1 y 2 Timoteo y Tito. Editorial Clie. Barcelona, 2008.




segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2018 - Capítulo 4 - A Direção de Jesus ao Ministério dos Discípulos




Comentarista: Oliveira Silva



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 10.24-33

24. Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.
25. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
26. Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.
27. O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.
28. E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
29. Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.
30. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
31. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
32. Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
33. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.

Momento Interação

Hoje em dia se fala em muita teoria e debates acerca de assuntos já até então resolvidos durante os períodos históricos, seja na área social, acadêmica, ou até mesmo, na área religiosa. A importância de não somente ouvirmos, mas vivermos as Palavras de Jesus é uma missão que deve ser levada à sério por todos nós. A prática é a amostra daquilo que ouvimos e aprendemos. Haverá momentos difíceis em que a nossa fé e nossas atitudes e palavras serão postos à prova. Por isso, ser um discípulo de Cristo é estar na contramão deste mundo seguindo as suas pisadas mesmo em meio à dor. Estudante da Palavra de Deus, não se esqueça: Jesus é a verdade, o caminho e a vida! (Jo 14.6). Bons Estudos!

Introdução

Mateus reúne em um mesmo lugar materiais que provêm de diferentes oportunidades (Mt 10.1-42). Aqui encontramos reunidos vários ensinos de Jesus sobre a perseguição. Não cabe dúvida de que até a primeira vez que Jesus enviou a seus discípulos, deve ter-lhes dito algo com respeito à sorte que os esperava. Mas, por exemplo, enquanto que na passagem anterior Jesus ordena a seus discípulos não pisar em território de gentios ou samaritanos. Aqui O ouvimos antecipando o destino dos mensageiros que seriam levados perante governadores e reis, algo que só podia ocorrer muito longe da Palestina. A explicação é que Mateus reúne aqui coisas que Jesus disse sobre o tema das perseguições em diferentes oportunidades. De maneira que temos palavras reunidas que Jesus deve ter pronunciado quando enviou a seus discípulos a pregar pela primeira vez e palavras que lhes comunicou depois da ressurreição, quando os enviou a pregar o evangelho a todo o mundo. Aqui temos, pois, não só palavras de Jesus da Galiléia, mas também do Cristo Ressuscitado.

I. O Espírito Santo dirigindo os Discípulos

Jesus nunca vacilou em dizer a seus discípulos qual era a sorte que podiam esperar se o seguiam. É como se houvesse dito: "Esta é a tarefa que tenho para encomendar-lhes; não é fácil nem está livre de perigos. Vocês são capazes de aceitá-la?" 

Quando fossem levados ante os juízes e submetidos a julgamento, não deviam preocupar-se com as palavras com que se defenderiam; porque Deus poria tais palavras em sua boca. “Agora, pois, vê, que eu estarei em sua boca” , disse Deus a Moisés, “e te ensinarei o que deves falar.” (Êx 4.12). Os primeiros cristãos não temiam a humilhação, nem mesmo a dor e a agonia; muitos deles, em troca, temiam que sua incapacidade para expressar-se de maneira eloquente prejudicasse à fé em vez de beneficiá-la. A promessa de Deus é que quando o crente é julgado por sua fé, encontrará as palavras. A Igreja os perseguiria. Seriam expulsos e perseguidos pelas sinagogas. A Igreja não quer ser perturbada e tem seus próprios métodos para enfrentar e eliminar os que alteram a paz. Os cristãos foram e são os que "transtornam ao mundo" (At 17.6). Tem ocorrido com muita freqüência que o crente possuidor de uma mensagem de parte de Deus tenha que suportar o ódio e a inimizade de uma ortodoxia fossilizada. 

A família os perseguiria. As pessoas mais próximas e queridas de seus discípulos os veriam como loucos, e lhes fechariam as portas de seus próprios lares. Às vezes o cristão deve enfrentar a opção mais difícil de todas – entre obedecer a Cristo ou obedecer a seus parentes e amigos. Jesus advertiu a seus discípulos que no futuro muito possivelmente deveriam confrontar-se com a aliança opositora do Estado, a Igreja e a família, aliados contra eles.

II. Uma Vida sem Temor

Jesus a seus discípulos de que deviam esperar que lhes acontecesse o mesmo que acontecia a ele. Os judeus conheciam muito bem a frase que dizia: "O escravo deve contentar-se sendo como seu senhor." Em uma época posterior, estas palavras adquiririam para eles um significado especial. No ano 70 a cidade de Jerusalém foi destruída por completo, até o ponto de que sobre suas ruínas foi passado o arado. O templo e a Cidade Santa estavam totalmente em ruínas. Os judeus foram dispersos por todo o mundo, e muitos lamentavam, e choravam, e amaldiçoavam pelo destino que lhes cabia sofrer pessoalmente. Foi então quando os rabinos ensinaram a suas congregações que nenhum judeu tinha direito de lamentar-se por suas desgraças pessoais, quando o Templo de Deus tinha sido destruído há duas coisas importantes sobre a mensagem do Reino de Cristo:

(1) Há uma advertência: É a advertência de que, assim como Cristo teve que levar uma cruz, cada cristão individualmente deverá carregar com sua própria cruz. A palavra traduzida os de sua casa é oikiakoi, que possui em grego um significado técnico que vale a pena recordar. Significa os membros da servidão de um funcionário do governo; quer dizer, seu séquito ou o pessoal que colaborava com ele. É como se Jesus dissesse: "Se eu, que sou o dirigente, o líder, devo sofrer, vocês, que são membros de meu séquito, não poderão escapar às perseguições". Jesus nos chama a compartilhar sua glória, mas também sua luta e sua agonia; e ninguém merece usufruir dos frutos da vitória se negar-se a participar da luta que produzirá tais frutos.

(2) Jesus estabelece um privilégio: Sofrer por Cristo significa participar da obra de Cristo; ter que sacrificar-se pela fé é participar do sacrifício de Cristo. Quando se torna difícil ser cristão não só podemos dizer: "Irmãos, estamos transitando pelo mesmo caminho dos santos", mas também: "Irmãos, estamos caminhando nas pegadas de Jesus Cristo." Sempre é emocionante pertencer a uma nobre companhia.

III. Uma Vida que Confessa que Cristo é o Senhor

Não devem ter temor os mensageiros de Cristo de apresentar com ousadia a mensagem que receberam. Devemos comunicar a todos os homens o que Jesus lhes comunicou. Aqui, neste versículo (Mt 10.27) temos um resumo perfeito da função do pregador. Em primeiro lugar, o pregador deve ouvir; deve acompanhar a Cristo no segredo de sua presença oculta, para que nas horas mais escuras Cristo lhe faça chegar sua palavra de consolo, e na solidão lhe sussurre ao ouvido palavras de estímulo. Ninguém pode falar no nome de Cristo a menos que Cristo tenha falado a ele; ninguém pode proclamar a verdade a menos que tenha ouvido falar a verdade; porque ninguém pode falar do que não conhece. 

Jesus quer ainda com a mensagem do Reino que os seus discípulos entendam que seja qual for o castigo que os homens possam administrar, não é nada em comparação com a sorte final de quem é achado culpado de infidelidade e desobediência a Deus. É verdade que os homens podem até tirar a vida física de outro homem, mas Deus pode condenar o homem à morte de sua alma.

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2018 - Capítulo 3 - O Desafio da Missão dos Discípulos




Comentarista: Oliveira Silva



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 10.16-23

16. Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
17. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
18. E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.
19. Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.
20. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
21. E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.
22. E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
23. Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.

Momento Interação

Prezado estudante da Palavra de Deus. É muito importante observar que a nossa vida é uma vida de discipulado. Sempre estaremos aprendendo de maneira que venhamos a sermos sábios e diligentes neste mundo. Os ensinos de Cristo muitas vezes, sendo ridicularizado e banalizado pelo mundo, nos mostra a diferença de quem é realmente fiel a Ele, e quem não é fiel à Ele. Devemos buscar atentarmos mais para as Palavras de Cristo, e atentar menos para as palavras do mundo que jaz no maligno (1 Jo 5.19). Que a cada oportunidade de mostrarmos os nossos exemplos de cristãos verdadeiros e sinceros neste mundo seja uma oportunidade bem aproveitada de maneira que possamos glorificar ao nosso Senhor toda honra e toda glória (Is 42.8). Bons Estudos!

Introdução

A perseguição é uma das tribulações que pode nos sobrevir durante nossa caminhada cristã na terra. Para entender o que ela significa, precisamos atentar para a palavra que Jesus usou. O cristão sofre perseguições quando é maltratado com palavras vis que são lançadas injustamente contra ele. Ele pode ser ofendido verbalmente, além de ser alvo de piada e de zombaria por parte dos outros. Pelo fato de sermos cristãos, é inevitável que isso nos aconteça. O próprio Cristo sofreu esse tipo de perseguição. Nosso Senhor Jesus Cristo, de forma injusta e cruel, foi zombado e insultado por muitos, especialmente no final de sua vida. Jesus já sabia que esse tipo de perseguição o esperava (Lc 6.32). E foi exatamente o que aconteceu com Ele antes e depois de ser pendurado na cruz. Ele foi zombado pelos soldados, (Mt 27.29-31); pelos que passavam perto da cruz (Mt 27.39-40); pelos líderes religiosos (Mt 27.41-43); pelos dois ladrões que estavam ao seu lado (Mt 27.44). Ninguém foi tão insultado e zombado quanto o Senhor Jesus Cristo e nem será. No entanto, Ele afirmou que seus discípulos sofreriam perseguição por meio de insultos e zombarias. “Como o Senhor, também os servos”, Ele disse. Seus discípulos foram os primeiros a serem zombados e insultados por causa de sua fé em Cristo.

I. As casas que os Recebem 

Quando entrarem em uma cidade ou aldeia deverão procurar para hospedar uma casa que seja digna. A idéia é que se escolhiam como lugar de residência uma casa de má reputação, esta circunstância podia agir como impedimento em sua tarefa. Não deviam identificar-se com ninguém que pudesse dificultar sua tarefa. Isto não quer dizer que não deviam tratar de ganhar nessas pessoas para Cristo, mas sim o mensageiro de Cristo deve ser cuidadoso na escolha de seus amigos íntimos. Quando chegavam a uma casa, deviam ficar nela até que viajarem para outra cidade. Esta recomendação tem a ver com a mais elementar cortesia. É bem possível que depois de ter chegado a um lugar e procurado alojamento nele, o mensageiro, tendo ganho alguns discípulos, se visse tentado a mudar-se a outra casa que pudesse lhe oferecer maior luxo ou comodidade ou melhor companhia. O mensageiro de Cristo nunca deve dar a impressão de que corteja as pessoas por sua posição material, ou de que age guiado pelas exigências de sua comodidade.

A recomendação sobre a saudação, que se não for recebido deve recolher-se, é tipicamente oriental. No Oriente a palavra falada é concebida de maneira tal que pode atribuir-se a ela uma sorte de existência independente e ativa. Saía da boca do que fala com a mesma realidade que uma bala sai da boca de um revólver. Esta idéia aparece em repetidas oportunidades no Antigo Testamento, especialmente quando se trata das palavras que Deus fala. Isaías ouviu que Deus dizia: "Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua" (Is 45.23). "Assim será minha palavra que sai de minha boca; não voltará para minha vazia mas sim fará o que eu quero, e será prosperada naquilo para que a enviei" (Is 55.11). Zacarias vê um rolo voador e ouve uma voz que lhe diz: "Esta é a maldição que sai sobre a face de toda a terra" (Zc 5.3). Até nossos dias, no Oriente, se alguém saudar outro pela rua com uma bênção e depois descobre que o outro professa uma fé diferente à sua, voltará para recolher de volta sua bênção. A idéia nesta passagem é que o mensageiro do Rei pode pronunciar sua bênção sobre uma casa, e se esta é indigna de recebê-la pode, por assim dizer, recolher sua bênção e levá-la de volta.

II. As Cidades que não os Recebem 

Se em algum lugar a mensagem é rechaçada, os mensageiros do Rei devem sacudir o pó desse lugar que tiver ficado preso em suas sandálias e ir para outra parte. Para o Judeu o pó de um caminho ou lugar de gentios tinha a qualidade negativa de torná-los impuros; portanto, cada vez que um judeu cruzava o limite da Palestina, depois de ter viajado por terra de gentios, sacudia de suas sandálias o pó dos caminhos gentios, para eliminar deste modo, até a mais insignificante partícula de impureza. Jesus diz a seus discípulos: "Se alguma cidade ou vila não receber a mensagem, devem tratá-la como se fosse um lugar gentio." Devemos procurar entender claramente qual é a idéia que Jesus está tratando de comunicar:

(1) A verdade transitiva é a seguinte: Jesus não está dizendo que certas pessoas deviam ser abandonadas como se estivessem fora do alcance da mensagem do evangelho e da graça. Esta instrução é similar a de que no momento não devem dirigir-se aos gentios ou aos samaritanos. Seu significado depende da situação em que a reparte. Deve-se principalmente ao fator tempo. Os discípulos dispunham de pouco tempo; era necessário que a maior quantidade possível de pessoas ouvisse a proclamação do Reino; nesse momento não havia tempo para discutir com os discutidores ou tratar de ganhar os teimosos. Isso viria mais tarde. Naquele momento os discípulos deviam percorrer toda a região, o mais rapidamente possível, e portanto deviam prosseguir seu caminho quando sua mensagem não tinha uma acolhida imediata.

(2) A verdade permanente é a seguinte: Um dos fatos mais importantes da vida é que em geral as grandes oportunidades nos são apresentadas uma só vez, e se não formos capazes das aproveitar, perdemos definitivamente a possibilidade de fazer uso delas. Os habitantes da Palestina tinham a grande oportunidade de conhecer e aceitar o evangelho. Se não a recebiam, muito provavelmente nunca mais se lhes voltaria a oferecer. 

III. As Perseguições que Viriam

A missão dos discípulos trata-se de missão perigosa, cheia de riscos, pois o mundo é hostil aos emissários de Deus. O alerta confirmar-se-ia na sorte de Jesus e, posteriormente, na perseguição sofrida pela primeira cristandade. Mas Jesus encoraja seus obreiros. Três vezes lhes diz: “Não temais!” (Mt 26,28,31). É esse o propósito da perícope, a saber: motivar para a confissão destemida de Jesus Cristo perante todo o mundo. Quem assim faz tem a promessa de que também Jesus há de confessá-lo perante o Pai celeste (Mt 10.32). Isso porque o evangelho é assunto público. Não permite ser mantido em segredo. Nenhuma oposição aos mensageiros será capaz de impedir que ele venha à luz (Mt 10.26). Consequentemente, os discípulos são encarregados de divulgar o que Jesus lhes disse às escuras (Mt 10.27). Devem tratar da “publicidade” da mensagem cristã. E não há o que temer dos “homens”. Esses podem matar apenas o corpo, não a alma, ou seja, podem destruir a vida física, mas não a pessoa. O temor é devido somente a Deus. Ele, sim, pode aniquilar o ser humano por inteiro (Mt 10.28). Enquanto isso, violência humana é limitada em seus efeitos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal Dezembro/2018 - Capítulo 2 - Jesus Informa a Missão dos Discípulos




Comentarista: Oliveira Silva



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 10.5-15

5. Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6. Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7. E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
8. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
10. Nem alforges para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do seu alimento.
11. E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.
12. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
13. E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
14. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15. Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

Momento Interação

O Evangelho de Mateus no capítulo de número 10 nos mostra implicações específicas para os discípulos que o Senhor separou para sí. O Senhor Jesus enfatizava que o Reino de Deus começasse à partir de Israel para futuramente aos gentios (At 1.8). Nossas vidas são de grandes aprendizados e grande conhecimento acerca do Reino de Deus e de Sua justiça (Mt 6.33). Neste capítulo estudaremos as ordens que o Senhor Jesus Cristo passou aos Seus discípulos e de que modo estas ordens nos capacitam à ser grandes discípulos do Senhor. Bons Estudos!

Introdução

Todos quantos se disporem ao serviço a Deus devem, além de saber a esperança do seu chamamento, compreender e comprovar a "suprema grandeza do seu poder". O Senhor deseja iluminar o nosso coração para entender a grande eficácia do seu poder supremo. O verdadeiro evangelho de Deus não é teórico, mas poderoso para livrar e salvar o homem completamente.

Se não conhecemos a suprema grandeza do sou poder para conosco, os que cremos, então dificilmente poderemos fazer qualquer coisa através do seu Espírito. Se não conhecemos tamanho poder como poderemos andar em fé neste mundo? Certamente não teremos fé.

Temos que entender que o verdadeiro serviço a Deus é inteiramente glorioso e cheio de glória, unção e poder. Qualquer serviço diferente dessa realidade precisa ser revisto e revisado. Mas se o nosso serviço for baseado na suprema grandeza do seu poder, então qual barreira existirá para este ministério?

I. A Missão de Pregar primeiramente o Evangelho em Israel

Mateus 10.5 diz: “Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: ‘Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;'” e em João 4.1-42 o próprio Jesus prega aos samaritanos. Seria isso uma contradição do Senhor? Nem de longe isso é uma contradição, pois o Senhor disse que os Seus DISCÍPULOS não deveriam pregar aos samaritanos, mas não disse nada sobre ELE MESMO pregar a eles.

Em primeiro lugar, o Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: PRIMEIRO DO JUDEU, depois do grego. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé'” (Rm 1.16-17). Todo aquele que crê no nome do Senhor será salvo (Hb 10.38; Jo 3.16; 1 Jo 5.12; Ef 2.8; At 16.30-31). É verdade que a missão original de Jesus foi para os judeus. Mas as Escrituras testificam que ele “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). A posição oficial dos judeus foi a de rejeitá-lo como o seu Messias, e crucificaram-no (Mt 27; Mc 14; Lc 22; Jo 18). Foi depois da crucificação e ressurreição de Jesus, portanto, que a missão dos discípulos passou a ser ir às nações, cumprindo-se, assim, as profecias quanto aos gentios. Dessa forma, o apóstolo Paulo pôde dizer aos cristãos de Roma que o Evangelho era “primeiro do judeu, mas também do grego” (Rm 1:16). Por causa da sua rejeição a Jesus, a nação de Israel foi cortada (Rm 11.19), mas, quando futuramente se completar a “plenitude dos gentios” (Rm 11.25), então Israel será enxertada de novo (Rm 11.23-26).

II. A Missão do Ministério de Poder

Estamos sujeitos a uma cadeia de autoridade. Mas essa cadeia não se encerra em nós, ou seja, mesmo o menor dos servos de Deus também deve exercer autoridade no mundo espiritual. Mas quem está debaixo de nossa autoridade?: "Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés [de Jesus] e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância" (Mt 16.18); "Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano. Contudo, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus" (Lc 10.19-20); "Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios;..." (Mc 16.17a).

A Palavra é clara: o Pai concedeu toda a autoridade a Jesus, colocando todas as coisas debaixo de seus pés. Note que os pés de Cristo estão no seu corpo, ou seja, na igreja. Jesus, por meio da igreja, exerce autoridade sobre todas as coisas. Por isso ele se alegrou ao ver os discípulos exercendo autoridade sobre os demônios em seu nome (Lc 10.21) e lhes asseverou que poderiam pisá-los e expulsá-los sem medo. Mas note: temos autoridade para expulsá-los em nome de Jesus. 

Os demônios não nos temem, mas temem a Jesus. Quando são expulsos em nome de Jesus, é o próprio Jesus quem, indiretamente, os expulsa. Por isso, eles saem. Mas, ao mesmo tempo, o Senhor advertiu que os discípulos não deveriam se alegrar por terem autoridade sobre os espíritos. Afinal, essa autoridade é mera conseqüência de fazermos parte dEle, já que somos membros do seu Corpo.

III. A Confiança na Provisão do Senhor

Jesus começa animando os discípulos dizendo nada fica em oculto, ou seja, de Deus ninguém esconde, tudo que é feito as escondidas um dia há de se saber. Portanto a você amado irmão não se preocupe tudo o que estiver oculto com certeza um dia virá à luz. Deus vai trazer luz a tudo o que estiver em oculto (Rm 14.11,12; 1 Pe 4.1-5). O que é dito em  momento difícil de provas e lutas momentos de trevas e de tempestades, momentos de tentações, ou seja, momento de escuridão, deve também ser dito em momentos de bênçãos, de bonança momentos de luz, o que você escuta pregai,pregai  nos momentos em que você estiver na parte de cima, ou seja, aquilo que você escuta. Pregai nos momentos que você for para cima do telhado, pois no telhado você vai ter que suportar as pedradas, no telhado você vai estar exposto ao tempo, à natureza. Portanto aquilo que você aprendeu na ultima hora não deve ficar oculto (1 Co 2.1-9; 2 Co 4.1-7).

Também não devemos temer os homens que nos ameaça que pode nos lançar nas prisões e até nos matar, mas sim devemos temer a Deus, pois este sim pode pelo seu poder soberano nos matar e lançar  a nossa alma no inferno (Ap 1.18; Pv 9.10). Tudo esta sob o controle de Deus, tudo já está determinado por Deus, pois pela Sua Onipresença, Onisciência e Onipotência Ele tem tudo em suas mãos, desde o inicio e até o fim de tudo (Ap 1.8; Is 45. 5-7).

domingo, 9 de dezembro de 2018

Jesus, a fonte da vida




Por Carlos Vagner



Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele (Jo 6.54-56).

O que esse texto ensina? Será que Jesus está ensinando antropofagia? Será que está ensinado sobre a Ceia ou será que está ensinado sobre crer e depositar a sua confiança Nele?

Bom, em primeiro lugar, jamais foi sua vontade que os seus discípulos comessem e bebessem o seu sangue fisicamente, em ato ritual de comer uma parte ou varias parte do seu corpo, esse não foi o seu propósito ao dizer essas palavras. 

Outros, interpretam fazendo um jogo de lógica, fazendo o link diretamente com a “Ceia” (não me refiro a santa ceia, isso é para outro assunto), pois os elementos estão em conexão, carne e sangue, porém nessa passagem não há qualquer relação da participação dos discípulos com o memorial da Ceia, que foi instituído no final do seu ministério. Penso ser a melhor interpretação, olhar para o texto a luz do seu contexto. 

No versículo 35 apresenta Jesus como o pão da vida, destacando que quem vai a ele se alimenta, e quem crê Nele mata a sede. Logo, comer a carne e beber o sangue é crer Nele. Alimenta-se, pois, do Senhor, o individuo que o busca e deposita Nele sua confiança para ser salvo. Este faz de Cristo sua comida e sua bebida, jamais tendo fome ou sede outra vez.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Como identificar um Profeta



O capítulo 13 do livro de Deuteronômio ensina de uma forma muita clara, como identificar se um milagre ou um profeta provém de Deus. Nos dias em que vivemos, onde encontramos pessoas se intitulando profetas de Deus, milagres sendo divulgados, escândalos sendo presenciados em várias igrejas, teologia da prosperidade (se é que podemos chamar isto de teologia), a mensagem que Moisés deixou para a nação de Israel é bem atual para os nossos dias, embora não seja praticada.

Quero deixar uma série bem resumida sobre este assunto, porque é preciso conhecermos as passagens bíblicas que Deus fala sobre os falsos profetas e expor cada uma delas; os falsos profetas precisam ser desmascarados, para que muitos saiam do engano em que foram colocados.

Como identificar um profeta?

O livro de Deuteronômio ensina duas formas de identificar um profeta, a primeira é avaliar o conteúdo da mensagem do profeta.  Moisés no primeiro versículo diz: Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio (Dt 13:1). Nota-se com essa declaração que, o profeta no Antigo Testamento trazia um sinal ou um prodígio para o povo. É importante analisar até aqui que, Moisés não ensina de maneira alguma aprovar um profeta por milagres ou sinal, mas pelo conteúdo que o porta voz traz nas suas palavras:

E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não atenderás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma (Dt 13:2,3).

Veja, o profeta (por mais que operasse algum tipo de milagre), não deveria definir a autenticidade dele, mas sim, se o prodígio estivesse em harmonia com palavra de Deus. Moisés instrui o povo que se o profeta operasse o milagre, e dissesse para ir após outros deuses, não deveriam dar crédito a ele; porque o mesmo estaria violando o mandamento divino que dizia para não adorar outros deuses (Ex 20: 3). Portanto, um milagre da parte de Deus nunca vai contradizer sua palavra. Os milagres que Deus opera no meio do seu povo, sempre vão está em perfeita sintonia com sua Santa Palavra.

Diante disso podemos nos perguntar: será que os milagres operados hoje por muitos que se intitulam profetas e apóstolos, são verdadeiros sinais de Deus? Será que os milagres operados por eles, estão de acordo com a palavra de Deus? Ou será que os milagres realizados por eles, levam o povo mais admirar eles do que à Deus? Devemos lembrar que por mais que sejam realizados qualquer tipo de milagre entre o povo de Deus, se não tiver de acordo com as Escrituras, eles devem ser rejeitados e tido como falsos. Como disse Lutero: Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.

Segundo, o cumprimento de suas profecias. Moisés no capitulo 18 de Deuteronômio fala para o povo que Deus vai levantar um profeta semelhante a ele, e sabemos que isso se refere ao próprio Cristo. E qualquer que não ouvisse esse profeta, Deus exigiria contas, mas se o profeta que falasse as Palavras de Deus sem Ele ordenar ou em nome de outros deuses, esse seria morto (Dt 18: 19,20). Então, como eles iriam conhecer a palavra do Senhor diante disso? Moises responde:

E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás (Dt 18:21,22).

Aqui fica evidente que, Deus falou pela boca de tal profeta quando sua profecia passava pelo teste do tempo, ou seja, quando sua profecia se cumpria. Se o profeta falasse algo para o povo e essa profecia não tivesse seu cumprimento, Deus não falou por ele e com soberba falou aquele mensageiro; na Antiga Dispensação o mesmo deveria ser morto.

Porque Deus permite falsos profetas no meio do seu povo?

Enquanto Cristo não voltar por meio da sua segunda vinda, sempre haverá falsos profetas no meio do povo de Deus. E com que intenção Deus permiti que isso aconteça? Simplesmente para provar seu povo:

E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não atenderás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma (Dt 13:2,3).

A palavra provar tem o sentido de testar, essa mesma palavra Deus utilizou quando os deixou no deserto por quarenta anos para humilhar, provar e vê se realmente obedeceriam aos mandamentos do Senhor (Dt 8:3). Fica claro por meio dessa passagem que Deus espera de seus filhos, é que os mesmos amem a Deus e sua Palavra com todo coração. A partir do momento que, um falso profeta opera algum milagre e ele não está de acordo com as escrituras; ainda sim pessoas seguem esses embusteiros, estão provando que não amam à Deus. Porque todos aqueles que amam a Deus de fato, sempre vão obedecer aos Seus mandamentos acima de todas as coisas, ainda que o profeta realize seja qual for o milagre e ele não estiver de acordo com a Bíblia, os filhos de Deus não se deixarão ser levado por tal fração ínfima.

Jesus disse: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou (Jo 14:23,24). Jesus mostra claramente, os verdadeiros filhos de Deus o seguem por amor, obedecendo os seus mandamentos e não ávidos por milagres. Uma multidão seguia a Jesus somente por causa dos milagres e não com uma intenção sincera de seguir Seus ensinamentos. Dessa forma, podemos dizer que Deus permite falsos profetas entre o povo, com objetivo de ver até onde vai a obediência de seus filhos.

O que é mais importante para Deus

O que Deus mais espera do seu povo amado, é que tais examinem tudo, para não serem enganados por milagres que são contrários à Sua Palavra. Moisés exorta o povo: Após o Senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis (Dt 13:4). Moisés alerta a nação de Israel a se basear pela lei, porque nessa época era a parte das escrituras (pentateuco) que os mesmos seguiam, contudo, se eles não seguissem a lei poderiam cair no erro dos falsos profetas. Portanto, devemos nos voltar mais para os mandamentos do Senhor, temer a Ele, ouvi sua voz e servir somente a Ele; fazendo isto, não cairemos no engano dos falsos profetas.

Hoje, encontramos as pessoas dando mais valor aos milagres do que os próprios mandamentos do Senhor. Sabemos que os milagres têm sua importância para a igreja do Senhor, mas ele não é a parte principal do Evangelho, o centro do Evangelho é Cristo. Há muitas pessoas que são curadas, mas muitas delas não acabam servindo à Deus e sua palavra; por isso, Deus espera que seus filhos deem mais valor para aquilo que é eterno, como: os mandamentos de Deus, temer a Ele e servi-lo, são valores que os cristãos não devem negociar.

Como mostra o Breve Catecismo de Westminster, sobre nossa responsabilidade aqui nessa terra: 

Pergunta 1. Qual é o fim principal do homem?
Resposta: O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.

Vejamos, o nosso objetivo está em glorificar a Deus aqui nessa terra. É difícil você encontrar esses que estão na TV anunciando milagres, ensinar o povo sobre como eles devem viver para a glória de Deus. Sempre estão dando ênfase a milagres, enquanto a vida cristã de muitos membros anda em decadência e em declínio total. Porém, Deus dá ênfase à uma vida de obediência a Sua palavra, isso é o mais importante para Ele. Já os falsos profetas, dão mais valor aos milagres e deletam a vida cristã.  
Conclusão

O que podemos colocar em prática diante disso tudo é: Como podemos identificar um profeta com base em Deuteronômio 13? Primeiro, analisar o conteúdo da sua mensagem. Segundo, o cumprimento da sua profecia.

Outra lição importante é porque Deus permite falsos profetas entre o seu povo. A resposta é bem clara, para testar se os filhos de Deus obedecem a Sua Palavra ou o falso profeta. Por último, aprendemos o que Deus mais valoriza não são os milagres, ainda que ele seja importante na igreja e que venhamos orar por uma operação divina na vida de alguém; não é o centro do evangelho. O que é mais importante para Deus, é a obediência de seus filhos pela Sua Palavra. Isso é o que devemos mais dar valor, porque Jesus disse que aquele que lhe ama, são os que guarda os seus mandamentos (Jo 14:23).


Sidney Muniz 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2018 - Capítulo 1 - Jesus Escolhe os seus Discípulos




Comentarista: Oliveira Silva



Texto Bíblico Base Semanal: Lucas 6.12,13; Mateus 10.1-4

12. E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.
13. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
1. E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.
2. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3. Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
4. Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

Momento Interação

Amados e queridos irmãos, estamos entrando na reta final de 2018 para 2019. Quantos estudos, quantas lições obtemos. Muitas lutas, muitas lágrimas, muitos sorrisos mas também muitos desafios em nossas vidas. Neste último Comentário Bíblico Mensal do ano de 2018, estudaremos acerca do tema: A Missão dos Discípulos de Jesus - "Ide e Pregai o Evangelho a Toda Criatura". Este é um estudo para todos aqueles que amam e honram ao Senhor da Glória possam viver como seguidores não só de teoria como também na prática. O comentarista deste mês é o irmão Oliveira Silva. Ministro do Evangelho, teólogo, professor de Escola Bíblica Dominical e articulista do Blog Evangelho Avivado. Que ao longo deste estudo possamos ser verdadeiramente capacitados ainda mais para sermos discípulos de Jesus. Bons Estudos!

Introdução

O valor do discipulado não está apenas em ver o amadurecimento do crente e como consequência disso,  vermos a igreja crescer. A finalidade do discipulado não é apenas para nos parecermos com Cristo e termos uma vida abundante  aqui na terra, somente. O discipulado é, acima de tudo,  uma preparação para o modo de vida que iremos viver no Reino de Deus. Por isso que é importante que os discípulos sempre estejam juntos, pois ali é a oportunidade de viverem e desenvolverem os princípios do cidadão do reino. A força  motivadora  do discipulado é o amor. E o amor é justamente a virtude que vai durar para a eternidade. Para o mundo lá fora, nós sinalizamos os princípios do reino.

I. Jesus ora a Noite toda até de Manhã

“Eu e o Pai somos um”, disse Jesus aos judeus no Pórtico de Salomão (Jo 10.30). Apesar da completa intimidade com o Pai, Jesus era um homem de oração? A resposta, a mais explícita possível, é da lavra daquele que escreveu a Epístola aos Hebreus: “Durante a sua vida aqui na terra, Cristo, em alta voz e com lágrimas, fez orações e súplicas a Deus, que o podia salvar da morte. E as suas orações foram atendidas porque ele era dedicado a Deus” (Hb 5.7). Ele orava mais durante a noite do que durante o dia, mais nas montanhas do que em outro lugar. Uma coisa é certa: as orações do Senhor não eram rotineiras e cheias de vãs repetições.

 Influenciado pela vida de oração de Jesus, um dos discípulos lhe disse: “Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou os discípulos dele” (Lc 11.1). Foi nessa ocasião que Jesus ofereceu o modelo universal da oração dominical e discorreu sobre a perseverança na oração e sobre a boa vontade de Deus em nos ouvir e responder (Lc 11.2-13). Há uma relação das orações de Jesus com os acontecimentos anteriores ou posteriores que o envolviam.

II. Jesus Escolhe os seus Discípulos

Já se passou quase um ano e meio desde que João Batista apresentou Jesus como o Cordeiro de Deus. Quando Jesus começou seu ministério, alguns homens sinceros se tornaram seus discípulos, como André, Simão Pedro, João, talvez Tiago (irmão de João), Filipe e Bartolomeu (também chamado Natanael). Com o tempo, muitos outros se juntaram a eles para seguir a Cristo (Jo 1.45-47). Agora Jesus está pronto para escolher seus apóstolos. Esses trabalharão bem de perto com ele, recebendo um treinamento especial. Mas, antes de escolhê-los, Jesus sobe até um monte, talvez perto do mar da Galileia, próximo de Cafarnaum. Ele passa uma noite toda orando, pedindo sabedoria e a bênção de Deus. No dia seguinte, ele chama seus discípulos e escolhe 12 deles como seus apóstolos. Jesus escolhe os seis já mencionados, bem como Mateus, que estava na coletoria quando foi chamado. Os outros cinco escolhidos são Judas (também chamado Tadeu e “filho de Tiago”), Simão, o cananeu, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, e Judas Iscariotes (Mt 10.2-4; Lc 6.16).

III. Jesus Reúne os seus Discípulos

A escolha dos doze homens para atuar como apóstolos de Jesus foi um acontecimento central na carreira de Jesus. O termo apóstolo significa "enviado". Os doze foram designados para estar com Jesus e, depois, ser enviados a pregar, a curar e a apresentar Jesus ao mundo. Jesus passou muito tempo com os doze preparando-os e instruindo-os para esse trabalho. Para muitos deles, o chamado para o apostolado marcou o terceiro passo significativo em seu relacionamento com Jesus. Em primeiro lugar, houve um período em que conheceram Jesus (Jo 1.35-51); depois, passaram para um período de companhia constante (Mc 1.16-20); agora, era a vez da escolha para serem emissários oficiais (Lc 6.12-16; Mc 3.13-19).

Esses 12 já viajaram com Jesus, e ele os conhece muito bem.Onze dos apóstolos são da Galileia, terra natal de Jesus. Natanael é de Caná. Filipe, Pedro e André são naturais de Betsaida. Depois Pedro e André mudaram para Cafarnaum, onde pelo visto Mateus morou. Tiago e João também moram em Cafarnaum, ou perto dali, e lá eles tinham um negócio de pesca. Parece que Judas Iscariotes, que mais tarde traiu Jesus, é o único apóstolo da Judeia.

Comentário Bíblico Mensal: Novembro/2018 - Capítulo 5 - A Vida Eterna e o Castigo Eterno




Comentarista: Carlos Vagner



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 25.31-40

31. E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32. E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
33. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
34. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
36. Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
37. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
38. E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
39. E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
40. E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Momento Interação

Quão horrível e triste a condenação e o tormento eterno. Rejeitar à Cristo e à Sua palavra é de modo condenatório já na terra. E quão regozijante e alegre aqueles que estão e os que estarão na glória com o Senhor. Estas duas grandes reflexões o Senhor nos passa acerca da conclusão do Seu Sermão Profético. Todo o ensinamento que Jesus nos legou neste Sermão, serve-nos de aviso de preparação e adequação acerca de nossa vida daqui para a eternidade. Bons Estudos e até o próximo Comentário Bíblico Mensal se o Senhor assim o permitir. 

Introdução

Uma das passagens escatológicas mais discutidas é a que foi registrada por Mateus no final da detalhada exposição profética feita pelo Senhor Jesus no Monte das Oliveiras, dias antes de Sua crucificação e gloriosa ressurreição. Essa passagem está contida em Mateus 25.31-46. Se nas passagens bíblicas teoricamente mais fáceis de interpretar devemos ter o máximo de cautela para não adotar a posição de infalibilidade interpretativa, muito mais devemos fazer isso com o texto em questão. No entanto, não podemos fugir da tentativa de compreendê-lo em sua plenitude, pois é Palavra de Deus para nós. Que o Espírito do Criador possa nos guiar nessa incessante caminhada. As palavras do Mestre em Mateus 25.31-46 têm gerado diversas interpretações. São usadas até mesmo por aqueles que pregam a justificação perante o Criador através das boas obras, ideia que não refutaremos neste artigo, pois encontra-se tão afastada da verdade redentora revelada no evangelho e ministério de Cristo que não merece ser incluída num artigo que visa, principalmente, trazer alguma luz sobre a passagem, tendo como base inegociável o amor e a justiça do Eterno Pai. As dúvidas e diferentes interpretações relacionadas a essa passagem geralmente se relacionam com o tempo e a forma como será concretizada essa profecia dita pelo Salvador.

Os fatos narrados pelo Mestre em Mateus 25.31-46 se darão imediatamente após a Sua gloriosa volta ou após o Milênio? Essa passagem é um forte argumento amilenista? É o Juízo Final? Todos os acontecimentos narrados na passagem ocorrerão no mesmo momento, numa sequência temporal imediata? Todos os elementos simbólicos usados pelo Senhor englobam a totalidade das pessoas que existirão naquele momento? É um julgamento de nações ou de pessoas? Essas e outras questões serão abordadas neste capítulo.

I. A Vinda de Jesus em Glória

Jesus revela que todas as nações serão reunidas diante Dele e que haverá uma separação (Mt 25.32). Esse é o tema principal do texto sobre o qual estamos meditando. Dois grupos de pessoas sendo separados e destinados a realidades distintas. Cremos que, quando falamos em separação, não devemos dissociar este texto de outros semelhantes, os quais trazem também revelações do Senhor a respeito da separação que ocorrerá no fim dos tempos. As revelações das Escrituras devem ser compreendida como um conjunto harmonioso (Sl 119.160). Jesus, ao mencionar essa separação, em todo momento fala de dois grupos. Convém lembrar que antes de falar sobre a separação usando a figura das ovelhas e dos bodes (Mt 25.33), Ele já a tinha mencionado utilizando outras figuras, todas elas, assim como a separação de bodes e ovelhas, bem familiares e de fácil compreensão para os seus ouvintes.

II. Jesus fala sobre a Vida Eterna

Da mesma forma que a Bíblia mostra a reunião dos ímpios diante da vinda do Senhor e a separação dos mesmos para o juízo, revela que os justos, os escolhidos ou Igreja, como se queira denominar, serão reunidos também. Se a Igreja era um mistério para os profetas do Antigo Testamento, imaginem a reunião da Igreja no momento da gloriosa volta de Cristo...; no entanto, esse mistério começou a ser revelado por nosso Salvador. Ele detalha claramente quando e como se dará essa reunião sublime: "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mt 24.29-31).

O Messias revela cronologicamente os detalhes. Imediatamente após a grande tribulação, os sinais que antecedem o Dia do Senhor se manifestarão e o próprio sinal Dele aparecerá nos céus. As "tribos da terra"  se lamentarão diante dessa gloriosa aparição divina. O Senhor aparecerá no céu juntamente com os Seus anjos. Os justos, justificados por Cristo e pertencentes ao Seu Corpo, serão reunidos nos ares no momento em que a última trombeta tocar. Nesse momento, os mortos em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos serão transformados, todos recebendo corpos glorificados para, logo depois desse encontro nos ares, descer à Terra com o Senhor (cf. 1 Co 15.51-52, 1 Ts 4.15-18, Zc 14.1-4). 

III. Jesus fala sobre o Castigo Eterno 

Os que estão à sua direita são chamados “Benditos de meu Pai!”, isto é, recebem a bênção que Deus prometeu a Abraão e à sua descendência (Gn 12.3). Eles são convidados a tomar posse do Reino, preparado para eles desde a fundação do mundo. O motivo da sentença é este: “Tive fome e sede, era estrangeiro, nu, doente e preso, e vocês me ajudaram!”

A parábola tem um suspense. Até agora não se disse quem são as ovelhas que ficam à direita do Juiz. Sabemos apenas que elas acolheram o Juiz quando este estava faminto, sedento, estrangeiro, nu, doente e preso. E, pelo jeito de falar, “meu Pai” e “Filho do Homem”, sabemos também que o Juiz é Jesus.

E quanto aos bodes que são colocados do lado esquerdo? Jesus diz: "Então [o Rei] dirá aos à sua esquerda: Afastem-se de mim, amaldiçoados; vão para o fogo eterno preparado para o Diabo e seus anjos. Pois fiquei com fome, mas vocês não me deram nada para comer; e fiquei com sede, mas vocês não me deram nada para beber. Eu era um estranho, mas vocês não me receberam hospitaleiramente; estava nu, mas vocês não me vestiram; doente e na prisão, mas vocês não cuidaram de mim" (Mt 25.41-43) Os cabritos merecem esse julgamento, pois não trataram com bondade os irmãos de Cristo aqui na Terra, como deveriam ter feito. Os apóstolos aprendem que o futuro tempo de julgamento terá consequências permanentes, eternas. Jesus lhes diz: "Então [o Rei] lhes [dirá]: Eu lhes digo a verdade: O que vocês não fizeram a um destes menores, a mim não o fizeram. Estes partirão para o decepamento eterno; mas os justos, para a vida eterna" (Mt 25.45,46).