Por Carlos Vagner
Já dizia o poeta “Aviso aos navegantes, tem mais alguém aí? Só ouço o som da minha própria voz a repetir, S.O.S. Solidão!”. As relações humanas nem sempre são favoráveis, há embates, discordâncias de ideias, outras preferencias, e nisso está o mais intrínseco no ser humano, pois temos cada um de nós nossas idiossincrasias. Com o desenvolvimento da tecnologia e da modernidade, penso que boa parte dos humanos perderam a chance de cultivar uma boa saúde mental, compartilhando a presença, o toque, o olho no olho, o abraço, a resolução de uma indiferença a partir da relação direta com o outro.
A afetividade está se esvaindo, escorrendo pelas mãos e caindo ao chão e evaporando sem a percepção que estamos nos perdendo como humano, diante disso, preferimos o mundo virtual, onde nos escondemos atrás da máquina, emitimos nossas opiniões sem se importar com o outro humano, não queremos saber se vamos destruir a reputação, o caráter, a imagem, pois o que queremos é mostrar que temos razão, já disse alguém: “a internet deu voz aos idiotas” e acredito que sim, pois o idiota é aquele que olha só pra si mesmo, sem se importar com o outro. O desenvolvimento humano vem através das relações humanas, por isso a melhor coisa a se fazer é sair da solidão dos nossos sentimentos perversos e nos relacionarmos de modo humilde reconhecendo que somos errados tanto quanto aquele que nos feriu, o mais belo é a reconciliação, o perdão, a misericórdia e o amor. Ao invés de vim no virtual para vomitar nossas próprias justiças, voltemos a nos alimentar da afetividade humana.
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