quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Comentário Bíblico Mensal: Outubro/2019 - Capítulo 3 - Elias e os profetas de Baal




Comentarista: Maxwell Barbosa



Texto Bíblico Base: 1 Reis 18.31-39

31. E Elias tomou doze pedras, conforme ao número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome.
32. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
33. Então armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha.
34. E disse: Enchei de água quatro cântaros, e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez;
35. De maneira que a água corria ao redor do altar; e até o rego ele encheu de água.
36. Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas.
37. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração.
38. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!

Momento Interação

A história do declínio de Israel começa com Salomão. Ainda que seu pai, Davi, tivesse tentado servir ao Senhor e tivesse humildemente arrependido quando pecou, Salomão não permaneceu fiel. Apesar de todas as bênçãos que Deus lhe deu, ele seguiu suas centenas de esposas para longe do Senhor e para a idolatria. Quando Salomão morreu, Deus retirou dele a maior parte do reino e a deu a Jeroboão. Esta nova nação, que consistia das dez tribos do norte, foi chamada Israel. Deus disse a Jeroboão que o abençoaria e estabeleceria a sua como a família real, por muitas gerações, se ele fosse fiel e obediente ao Senhor. Mas Jeroboão não confiou em Deus. Ele não se voltou para o Senhor, mas se afastou dele. Estava tão preocupado com sua posição de poder em Israel que não queria permitir ao povo voltar a Jerusalém para suas festas religiosas anuais. Temia que o povo se decidisse a servir o filho de Salomão e não mais quisesse Jeroboão como rei. Para impedir o povo de sair de Israel, Jeroboão inventou um novo sistema religioso. Ele tomou emprestadas muitas idéias da religião verdadeira que Deus tinha estabelecido no Monte Sinai. Com seus bezerros de ouro, centros de adoração não autorizados e sacerdotes não levíticos, Jeroboão deu um grande passo afastando-se de Deus. Jeroboão não foi o pior dos reis de Israel. Deus destruiu sua família e a família de Baasa e permitiu que a família de Onri governasse Israel durante quatro gerações. O segundo rei da dinastia de Onri foi Acabe, que é descrito em 1 Reis 16.30 como pior do que todos os reis anteriores. Ele se casou com Jezabel, filha do rei idólatra de Sidom. Para agradar sua esposa, ele se esqueceu do Senhor. Construiu um templo com altar para a adoração de Baal. Sua esposa odiava os profetas do Senhor com tanta veemência que até tentou matar todos. Ela queria matar especialmente Elias. Isto acerca do desafio entre ele e os profetas de Baal veremos no estudo desta semana.

Introdução

O profeta Elias foi levantado por Deus no tempo mais turbulento da história da sua nação; com a morte do rei Salomão, em 931 antes de Cristo, o reino de Israel foi rasgado, foi dividido, uma grande cisão. Das 12 tribos, 10 seguiram à liderança cismática de Jeroboão I, formando o que nós chamamos de reino do norte, cuja capital veio a ser Samaria; este reino durou apenas 209 anos, 931 antes de Cristo a 722, quando a Assíria dominou este território e levou este povo para o cativeiro. Nesses 209 anos nós tivemos 19 reis em oito dinastias diferentes; e todos esses reis foram homens maus, ímpios, idólatras e perversos. O que é curioso é que, no tempo de Elias, está governando o pior rei de Israel, o rei acabe, que casou-se com uma mulher perversa, sanguinária, que impôs à força da baioneta o culto a Baal em Israel, e perseguiu, e matou os profetas de Deus.

I. Acabe confronta Elias

Nesse tempo de perseguição religiosa, de apostasia, de crise política, econômica e moral de Israel, é que Deus levanta não um partido político, não uma denominação religiosa, Deus levanta um homem, Deus levanta Elias. E Elias começa o seu ministério confrontando o rei Acabe lá no seu palácio, dizendo que Deus iria fechar as torneiras dos céus e não haveria chuva nem orvalho sobre a terra; desta forma, desbancando a falsa divindade Baal, a que o povo servia e adorava; porque Baal era considerado o padroeiro da prosperidade, se não houvesse chuva, então a credibilidade de Baal estaria completamente destruída. Depois que Elias prega a palavra de juízo ao rei e a sua nação, Deus manda Elias se esconder junto a fonte de Querite, no deserto, Deus leva o seu servo para esse deserto, para trabalhar nele, para então trabalhar através dele. Ali no deserto, na escola superior do Espírito Santo, Deus tratou da vida de Elias, isso porque Deus está mais interessado em quem você é do que no que você faz. E ali Elias precisou aprender a depender mais do provedor do que da provisão; quando Deus nos leva para o deserto, Deus não tem o propósito de nos destruir, mas de tonificar a musculatura da nossa alma. E depois que a fonte secou, porque ele bebia de uma fonte; Deus mandava carne e pão para ele, naquele local, onde ele estava escondido.

II. Elias e os profetas de Baal

Durante o período da seca profetizada poe Elias, a fome castigou Samaria. Nesse período Jezabel mandou matar os profetas do Senhor. Porém, havia um homem chamado Obadias, oficial de Acabe, que consegui esconder alguns profetas. Obadias também foi o responsável em intermediar um encontro entre Elias e Acabe.

Acabe culpava Elias da miséria em Israel, mas o profeta deixou claro que ele e sua família é que eram os verdadeiros culpados. Eles tinham pecado contra o Senhor, especialmente por causa da idolatria (1 Rs 18.17,18). Então o profeta Elias convocou todo Israel a comparecer no Monte Carmelo. Naquele lugar confrontaria os profetas de Baal sustentados por Jezabel. Os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá foram até o monte. Ali, dois sacrifícios seriam apresentados, um pelos pagãos e outro pelo profeta do Senhor. Ninguém poderia queimar os sacrifícios, pois o fogo deveria surgir de forma sobrenatural. O verdadeiro Deus seria aquele que queimasse o sacrifício. Os profetas de Baal fizeram tudo o que puderam, mas nada aconteceu. Elias então consertou o altar do Senhor que estava quebrado, e pediu que derramassem água sob o holocausto. O profeta Elias clamou ao Senhor, e Deus respondeu com fogo que consumiu o holocausto (1 Rs 18.23-38).

III. Só o Senhor é Deus!

Todo povo de Israel reconheceu que “Jeová é Deus”. Naquele dia os profetas de Baal foram mortos e uma grande chuva caiu sobre Israel. Havia chegado ao fim o período de seca conforme Elias havia anunciado (1 Rs 18.40,41). Nesse episódio também encontramos mais uma demonstração do poder de Deus na vida do profeta Elias. Ele foi capaz de correr à frente da carruagem de Acabe por todo o caminho até Jezreel. Isto representava uma distância de 30 a 35 quilômetros do local onde estavam.

De um lado, quatrocentos e cinquenta profetas de baal e mais quatrocentos da divindade pagã Aserá, estremecem. Do outro lado, Elias cheio do Espírito Santo, proclama que o tempo do arrependimento é chegado. No meio está o povo de Israel, confuso e nada responde. Após mais de três anos sem chover, em meio a seca devastadora que provocou uma fome jamais vista no reino do norte de Israel, e sob o comando do rei Acabe, com a convocação do profeta Elias, todo povo é congregado no monte Carmelo para este grande duelo. 

O Senhor não havia se esquecido de Israel, antes buscava resgatar os seus filhos, como um pai amoroso, como um pastor em busca de suas ovelhas perdidas. Ele permanecia fiel às suas promessas, ainda que o povo andasse em infidelidade, adorando a deuses estranhos, porém o Senhor em sua infinita graça e misericórdia apregoava através de Elias a necessidade urgente de arrependimento e de um novo pacto.

Conclusão

São tantos “profetas de baal” hoje em dia. São tantos apelos, convites fáceis para caminhos diversos que levam a perdição. Quantas vezes não somos seduzidos por estas ofertas chamativas e atraentes, que parecem até fazer sentido, mas são pecaminosas no final. E quando percebemos caímos presos nestas armadilhas espirituais, mas não sem dar vazão aos nossos próprios desejos. E é tão difícil levantar, sair do erro, negar a si mesmo. O que fazer? Por onde começar?

A restauração do altar [do hebraico מִזְבֵּ֫חַ mizbeach, ‘imolar’] falava da reparação das nossas atitudes, de uma mudança, de nova prática de vida onde a vontade de Deus pudesse reinar em nós. O altar é o nosso coração. Semelhantemente é preciso endireitar os nossos caminhos, e consertar o altar do Senhor, o nosso coração, por uma transformação interior, pela renovação do entendimento sobre o perdão a fé e o sacrifício vicário de Jesus.

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