Comentarista: Carlos Alberto Junior
1. Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
2. A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
4. Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?
6. E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz:E todos os anjos de Deus o adorem.
7. E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo.
8. Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.
9. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiuCom óleo de alegria mais do que a teus companheiros.
10. E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.
11. Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão,
12. E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão.
Momento Interação
Jesus Cristo realizou muitas obras, porém a obra suprema que Ele consumou foi a de morrer pelos pecados do mundo (Mt 1.21; Jo 1.29). O evento mais importante e a doutrina central do Cristianismo resume-se no seguinte versículo: “Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15.3). “Cristo morreu” é o evento, “por nossos pecados” é a doutrina. A morte expiatória de Cristo é o fato que caracteriza a religião cristã. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a Cruz, compreende a Cristo e a Bíblia! É essa característica singular do Evangelho que faz do Cristianismo a única religião que apresenta uma perfeita provisão para o grande problemas da humanidade: o pecado. Jesus é o autor da salvação eterna (Hb 5.9).
Introdução
O ponto central e o assunto mais importante de todos os fundamentos é a vida e a Obra de Jesus. Tudo na vida de um discípulo deriva do relacionamento e do conhecimento que tem da pessoa de Jesus. O objetivo de Deus para nós, como Igreja, é que cheguemos ao "pleno conhecimento do Filho de Deus" (Ef 4.13). Essa é uma jornada para toda a vida, que não pode se limitar apenas à compreensão do estudo abaixo, mas deve prosseguir mediante o estudo da Palavra e da iluminação do Espírito Santo. Jesus não disse que veio trazer uma verdade. Ele disse "Eu sou a verdade". Jesus não veio trazer simplesmente uma religião, nem uma filosofia, nem um conjunto de regras como código de conduta. Jesus veio trazer Ele mesmo. Ele é a ressurreição e a vida. Para receber esta vida temos que conhecê-lo devemos saber quem Ele é, de onde veio, o que Ele falou, o que Ele fez, onde Ele está, etc.
"Aquele que diz que está em Cristo, deve andar como Ele andou", como andaremos como Jesus andou, se não soubermos como foi a vida e a obra de Jesus? "Eu sou o caminho , a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", (Jo 14.6), Jesus é o único que nos leva ao Pai. Por isso devemos conhecê-lo e saber o que ele fez por nós. Esta proclamação que o evangelho faz da pessoa de Jesus, visa trazer fé aos nossos corações.
I. A Vinda de Cristo ao Mundo
Na verdade são duas as vindas do Messias preditas pelos profetas de Deus. Ambas as representações se contemplam, na verdade, em uma só pessoa. A vinda dupla do Messias é uma crença genuinamente judaica, podendo ser provada nos escritos dos profetas. A primeira fase de Sua vinda foi prevista pelo profeta Daniel e está relatada em Daniel .:24-27, que anuncia a vinda do Messias e Seu sacrifício expiatório, que deu fim ao antigo sistema araônico de purificação dos pecados. O profeta Daniel começa expondo o assunto da seguinte maneira: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade...” (Dn 9.24). Setenta semanas são 490 anos proféticos, e contando um dia profético como um ano (Nm 14.34; Ez 4.6), a contagem perfaz um período de 490 anos literais. O ponto de partida para a contagem das setenta semanas foi dado a conhecer pelo profeta Daniel: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém...” (Dn 9.25 - primeira parte).
A ordem para restaurar e para edificar Jerusalém deu-se através o decreto de Artaxerxes, rei da Pérsia, em 457 a.C.Segundo essa profecia, as primeiras 69 semanas (7+62=69), ou 483 anos proféticos (69 x 7= 483), deviam chegar até ao Messias, o Príncipe: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas;...” (Dn 9.25). A profecia cumpriu-se com exatidão. As 69 semanas (483 anos) deviam chegar ao ano do batismo de Jesus, ocorrido em 27 a.C – (457 a.C. + 483 anos = 27 a.C.).
No final dos 483 anos, em 27 a.C., restavam ainda uma semana, ou sete anos dos 490. A profecia determinava que algo deveria acontecer na metade daquela última semana profética: “Ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (Dn 9.27). Como as sessenta e nova semanas terminaram nos fins de 27 a.C, a metade da septuagésima semana ou os três anos e meio, terminariam perto do meado de 31 a.C. com a morte do Messias e por Sua morte fez cessar, ou pôs fim aos sacrifícios e oblações do santuário terrestre. Mais três anos e meio (a última parte da septuagésima semana) terminaria perto do fim de 34 a.C. Assim, mesmo após a morte e ascensão do Senhor, o Evangelho ainda seguiu, por três anos e meio, sendo pregado somente a Israel. Era mister cumprir os 3,5 anos restantes e concluir-se a septuagésima semana. Após o martírio de Estevão (34 a.C), a Congregação fundada por Jesus dispersou-se de Jerusalém e na pessoa de Cornélio, encerrou-se o ministério de pregação exclusiva aos judeus (At 8.1-4; 11.18,19; 13.46-48). Entendemos que a profecia das 70 semanas (490 anos) tinha como objetivo identificar a missão final do Messias na Sua primeira vinda e fazer conhecer ao povo de Israel sobre o tempo exato do início de Seu ministério. É uma profecia totalmente cumprida e concluída nos dias apostólicos.
II. A Vida Terrena de Cristo
Quando perguntamos: Por que a vida terrena do Senhor Jesus deve ser esudada? — é claro que esta questão implica e contém dentro de si mesma outras questões. Por exemplo: Por que foi necessário que Ele estivesse aqui por trinta e três anos? Novamente: Por que foi necessário que a maior parte do tempo fosse gasta numa vida privada, e, até onde sabemos, em segredo? Tentaremos responder essas e outras perguntas subsidiárias, até certo ponto, na medida em que prosseguimos.
A história humana, como tal, apela muito para a emoção, para a imaginação, mas ela não muda o caráter. Não importa quão fascinante, impressionante e comovente ela possa ser, se você apenas deixá-la lá, terá obtido muito pouco do significado real da vida terrena do Senhor Jesus. A vida terrena de nosso Senhor não foi para essas intenções. O registro de Sua vida não foi meramente para nos fornecer uma data e uma informação e uma matéria interessante sobre certo homem _ embora grande e maravilhosa _ que viveu há muito tempo atrás, em tal e tal parte do mundo, e disse e fez tal e tal coisa. Ele não veio para isso. Ele não esteve aqui para trinta e poucos anos, absolutamente.
Sua vida foi para mostrar não meramente que Ele era, em muitos aspectos, diferente dos outros homens, mas que Ele era uma ordem diferente de raça humana em relação ao resto. Até que você tenha reconhecido isto claramente, você não encontrou a chave para a vida terrena do Senhor Jesus. Ele encontrou alguns dos melhores tipos de homens de Seus dias, mas entre Ele e eles havia um grande abismo não havia passagem de um lado para o outro.
III. A Obra Terrena de Cristo
O período da vida terrena de Jesus corresponde aos seguintes acontecimentos; o nascimento de Jesus, a morte de Jesus, ressurreição de Jesus e a ascensão de Jesus. No século I, depois de Cristo o Império Romano controlava o mundo. Já Intelectualidade era exposta pela hegemonia da cultura grega. E a sociedade hebraica vivia sobre o domínio Romano, mas com uma esperança, a manifestação do Messias. Porém, por muito tempo Deus não tinha usado seus santos profetas, um silêncio de quatrocentos anos, conhecido como o período interbíblico, reinava no cenário religioso do judaísmo. A esperança era o surgimento do Messias, só que as profecias relatavam que anterior ao surgimento de Cristo, apareceria um que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus (Is 40.3). Esta voz (ou este profeta), foi considerado pelo próprio Jesus como: “entre os que de Mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista (Mt.11.11b). Isto mesmo João Batista filho de Zacarias e Isabel, primo do Senhor Jesus foi o cumprimento da profecia de Isaias 40. 3 , João fez declaração de Jesus ao descrevê-lo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). A declaração de João Batista faz parte das declarações humanas em que exaltam ao Senhor Jesus.
IV. A Mensagem do Evangelho de Cristo
Jesus Cristo veio “pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.14,15). Com a brevidade usual, Marcos expôs o que ele e outros escritores inspirados denominaram o evangelho do reino. Evangelho significa boa nova ou boa mensagem. O reino de Deus estava próximo. Sua vinda estava perto. Os mandamentos de Deus ordenam a todos que se arrependam e creiam nessa jubilosa mensagem.
Nunca houve uma mensagem tão acreditável. O poder miraculoso provava que Jesus falava a verdade; “trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou” (Mt 4.24). O poder sobre os demônios provou ser verdadeira a sua mensagem e anunciou poderosamente a chegada do reino. Acusado de expelir demônios pelo poder de Satanás, Jesus replicou que, se isso fosse verdadeiro, o reino de Satanás estava dividido, condenado à aniquilação. “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus”, ele disse, “certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mt 12.22-30). A vinda do reino de Deus era um golpe mortal em Satanás. A luta foi breve. Ainda que tudo parecesse perdido na cruz, a vitória foi arrebatada da morte quando Cristo ressuscitou. O reino veio! Essa boa nova ressoou em todos os cantos do globo e ainda oferece esperança a todos os pecadores.
Conclusão
Confessar Jesus como o "Cristo" significa que proclamamos que cremos que ele é o ungido de quem os profetas do Velho Testamento tinham profetizado. A palavra "Cristo" é a tradução grega da palavra hebraica "Messias". O eunuco estava dizendo que ele cria que Jesus era o cumprimento da profecia de Isaías. Isto significa que Jesus era aquele apontado por Deus para assumir o ofício real, sacerdotal, do Messias prometido. É necessário crer e querer confessar esta crença. Mas não é a mesma coisa que confessar Jesus como Senhor. Por exemplo, quando Pedro proclamou no Dia de Pentecostes que "... este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (At 2.36), ele estava dizendo que Deus fez de Jesus duas coisas diferentes: Senhor e Cristo.
Então, falando praticamente, o que afinal é envolvido em confessar Jesus como Senhor? Bem, obviamente a primeira coisa envolvida é falar de nossa aceitação de seu senhorio. Nosso texto de Romanos diz, "Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor..." (Rm 10.9). Mas isso não termina aqui. Somente começa aqui. Jesus, de fato, nem mesmo quer que façamos tal confissão se não estivermos querendo agir sobre ela. Ele não quer que o chamemos "Senhor" e "Mestre" se não queremos comprometer-nos a fazer as coisas que ele diz. Ele disse, "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lc 6.46). Em vez disso, nossos atos precisam condizer com nossas palavras: "E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Cl 3.17). Confessar o senhorio de Jesus com nossas bocas enquanto não submetemos nossas vidas a ele é inútil. Se ele é verdadeiramente nosso Senhor, então ele domina tanto nossas palavras como nossos atos.
Sugestão de Leitura da Semana: RIBEIRO, Anderson. A Mensagem de Cristo. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.
benção pura! só não aceita este evangelho quem esta endurecendo o coração!!
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