segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Salvação Sem O Evangelho?

Muitos de nós se dizem ser cristãos e salvos da escravidão do pecado. Mas, como podemos saber se estamos salvos? Alguns dizem que estão salvos porque a sua igreja ou líderes religiosos assim o dizem. Outros simplesmente se sentem salvos. Outros ainda, afirmam ter "encontrado Deus" da maneira deles.

O amplo leque de respostas poderia continuar indefinidamente, especialmente num mundo religioso onde um tema tão simples (como a salvação) é encoberto por confusão e desentendimento. A única maneira de podermos entrar em acordo uns com os outros, e principalmente, ter plena certeza dentro de nós mesmos, é achar e aceitar a resposta de Deus. Nós só podemos saber se estamos salvos quando tivermos obedecido o plano de Deus para nossa salvação. O plano e a certeza da salvação vêm somente através do evangelho de Jesus Cristo, as boas novas que nos mostram o caminho para a redenção.

Paulo disse: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Romanos 1:16). Ele continua através da carta a mostrar que os caminhos e os sentimentos dos homens não são verdadeiros guias para a salvação. Nada pode tirar o papel do evangelho no plano de Deus para a nossa salvação!

Reconhecendo que o evangelho é essencial para a nossa salvação exige que nós o estudemos. Revelando a sua vontade para nós no Novo Testamento, Deus nos deu "todas as cousas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pedro 1:3). Ele nos avisou dos perigos de aceitar ou proclamar quaisquer novos ou diferentes "evangelhos" (Gálatas 1:6-9). Deus revelou a sua vontade e enfatizou a sua importância. Compete a nós aprender e obedecê-la.

Nossos sentimentos não nos dão confiança segura da salvação. Paulo perseguiu violentamente o povo de Deus (Atos 22:4,5), entretanto, ele afirma que tinha agido "com toda a boa consciência" (Atos 23:1). Ele sentiu que estava fazendo a coisa certa. Ele era zeloso diante de Deus. Mas ele estava errado! Nós podemos pensar que estamos certos e demonstrar grande zelo e no entanto estar condenados diante de Deus. Nossos sentimentos não são o padrão com o qual medimos nossa condição diante de Deus.

As doutrinas dos professores humanos não nos fornecem a direção certa para a salvação. Os homens estão constantemente inventando e revisando seus planos para a redenção, conduzindo as pessoas para seguirem centenas de diferentes caminhos, todos os quais supostamente, se dirigem para o mesmo lugar. Não acredite nisso! O evangelho nunca nos diz que podemos seguir caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar. Ao contrário, ele diz que podemos chegar ao Pai somente através do Filho (João 14:6). Jesus disse que seremos julgados pelas suas palavras (João 12:48-49), não pelas doutrinas convenientes aos homens.

Para nos beneficiarmos do poder do evangelho, devemos seguir suas instruções. Devemos crer na mensagem que "Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (João 20:31). Devemos agir com base nesta fé, nos arrependendo dos nossos pecados e sendo batizados para a remissão deles (Atos 2:38). Qualquer um que nos oferecer um plano diferente está tentando nos oferecer salvação sem o evangelho!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Jesus e a sua maneira de lidar com as Pessoas

                                                                            
Um dos maiores momentos em que presenciamos o diálogo de Jesus com uma pessoa,claramente em nossa mente adentra a sua conversa com a mulher samaritana.
Naquela conversa vemos claramente como o Senhor tem um grande amor e uma grande preocupação para com uma pessoa, para se livrar do pecado,se regenerar,e entender que só ele é o nosso único e suficiente Salvador ( João 3.16 ) .Há muito que podia ser dito nesta conversa em decorrência de todo o capítulo,mas aqui abordaremos 3 pontos nesta conversa tão gloriosa,e tão maravilhosa para aquela samaritana e todo o povo daquela cidade.

1º Ponto : O Propósito de Jesus em frente aquela Samaritana ( João 4.6-7 ) :  Depois que  Jesus deixou a Judéia  para ir à Galiléia,teve cansaço,e nesse momento ele encontrou a samaritana e iniciou o diálogo. Vemos aqui o sentido e um propósito em frente aquela fonte. Vemos aqui que sempre Jesus tem um propósito em cada vida e não foi diferente  com aquela samaritana e não será contigo.

2º Ponto : Aquela mulher precisava conhecer Jesus : O Senhor Jesus  claramente sabendo o que ela precisava de um encontro com ela. Antes de todas as coisas,necessitamos ter um encontro com aquele que nos conhece.

3º Ponto : Jesus entende cada pessoa para poder trabalhar nela : Antes de mais nada,é preciso ressaltar que o foco de Jesus com aquela  mulher era a sua Salvação( João 4.10,14,23,24,25 ).
Ele sabe que ela precisava de moldagem espiritual em sua vida ,e quando o Senhor trabalhou em sua área espiritual,ela claramente entendeu que agora em sua vida,o Senhor é único e suficiente em sua vida ( João 4.42 ).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Não dirás falso testemunho

O NONO MANDAMENTO

Texto Básico: Êxodo 20.16;  Deuteronômio 5.20

 INTRODUÇÃO

O puritano Thomas Brooks (1608–1680) disse que “nós conhecemos os metais pelo som que produzem e os homens por aquilo que falam!”. Jesus disse que “a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34). As palavras que saem da boca de um homem são uma expressão bem clara de quem ele é de fato. Deus se preocupa muito com as palavras que saem da nossa boca, por isso nos deu o nono mandamento – “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”.
Uma das razões para a proibição do falso testemunho é que a justiça pressupõe a verdade. Se a justiça há de ser realizada em uma corte judicial, todos os fatos relevantes ao caso devem ser conhecidos, o que pressupõe que as testemunhas falem “a verdade, toda a verdade e nada além da verdade”. Justiça significa que o acusado tem direito à verdade, independentemente de sua culpa ou inocência. O oitavo e o nono mandamentos estão intimamente ligados: dizer falso testemunho é uma forma de furto; é reter o que é licitamente devido a alguém. Um princípio semelhante se aplica à difamação: causar dano à reputação de alguém é furtar-lhe uma preciosa possessão (Provérbios 22.1; Eclesiastes 7.1).

Obviamente, o nono mandamento não se restringe aos tribunais de justiça. Como o restante da Escritura torna abundantemente claro, dizer a verdade é um dever moral fundamental e ser honesto é uma virtude moral básica. Os justos são caracterizados pela veracidade – com efeito, eles “amam a verdade” (Zacarias 8.19) –, ao passo que os ímpios têm “lábios mentirosos” (Salmo 31.18; 120.2; Provérbios 10.18; 12.22; ver também Salmo 101.7; Provérbios 12.17; Jeremias 9.5; Oséias 4.1-2). Uma das maneiras pelas quais amamos o nosso próximo é falando-lhe a verdade (Efésios 4.15, 25).

Por que dizer a verdade é tão importante? Como sempre ocorre na ética cristã, a resposta é fundamentalmente teológica. Deus é “o Deus da verdade” (Isaías 65.16). A verdade é um atributo essencial de Deus e da sua Palavra (João 4.23-24; 14.17; 15.26; 16.13; 17.17; 2 Timóteo 2.15; Tito 1.2; 1 João 4.6; 5.6). Em contrates, mentir reflete o caráter de Satanás e daqueles que o seguem (João 8.44; 1 Timóteo 1.10; 1 João 2.22; Apocalipse 21.8). Uma vez que somos criados à imagem de Deus, planejados para refletir o seu caráter, devemos falar a verdade assim como Deus fala a verdade. O nono mandamento, não menos do que o sexto, se sustenta na doutrina da imago Dei.

Embora a maioria dos Dez Mandamentos seja apresentada de forma negativa (“Não...”), cada um tem tanto uma aplicação positiva quanto uma negativa; cada um contém um “faça” assim como um “não faça”. Guardar o nono mandamento não é meramente uma questão de evitar afirmações falsas. Como reconhece o Breve Catecismo de Westminster na P&R 77, o mandamento também exige que ativamente busquemos e promovamos a verdade em todas as nossas tratativas com os outros.

Promover a verdade envolve muito mais do que simplesmente fazer afirmações verdadeiras. É perfeitamente possível enganar alguém sem lhe dizer uma única falsidade. Se eu escrevesse um relatório sobre alguém e enfatizasse suas imperfeições e falhas, enquanto ignorasse quaisquer pontos de valor ou virtude, cada frase no relatório poderia muito bem ser verdadeira, mas, considerado no todo, ele não promoveria a verdade.

QUAL É O SIGNIFICADO DO NONO MANDAMENTO?

O nono mandamento é mais uma maneira de expressarmos amor ao nosso próximo; neste caso, preservando a sua honra por meio de nossas palavras. Isso fica claro nos catecismos reformados1 que interpretaram o mandamento como uma maneira de conservar e promover a verdade entre todos os homens. O Catecismo Maior de Westminster, por exemplo, traz uma bela definição de seu significado na resposta à pergunta 144:

… conservar e promover a verdade entre os homens e a boa reputação do nosso próximo, assim como a nossa; evidenciar e manter a verdade, e de coração, sincera, livre, clara e plenamente falar a verdade, somente a verdade, em questões de julgamento e justiça e em todas as coisas mais, quaisquer que sejam; considerar caridosamente os nossos semelhantes;

amar, desejar e ter regozijo pela sua boa reputação; entristecer-nos pelas suas fraquezas e encobri-las, e mostrar franco reconhecimento dos seus dons e graças; defender sua inocência; receber prontamente boas informações a seu respeito e rejeitar as que são maldizentes,

lisonjeadoras e caluniadoras; prezar e cuidar de nossa boa reputação e defendê-la quando for necessário; cumprir as promessas lícitas; empenhar e praticar tudo o que é verdadeiro, honesto, amável e de boa fama.

O nosso Deus é a Verdade (Jo 14.6) e ele “não pode mentir” (Tt 1.2), pois ele “não é homem para que minta” (Nm 23.19). Ele espera que, como seus filhos, a verdade flua de nossas bocas e não o engano. Assim como parte de um código simples e prático, divinamente estabelecido, a observância do nono mandamento contribuirá para a harmonia no convívio social.

Em resumo, ninguém deve causar dano ao próximo por meio de palavras proferidas por sua boca, antes, deve fazer uso de sua língua para falar o bem e a verdade para todos.

Numa época em que a confiança em figuras públicas está em crescente declínio, em que os meios de comunicação borram a linha entre notícia e publicidade, em que o termo spin se tornou lugar-comum e em que o pós-modernismo erodiu o próprio conceito de verdade, é imperativo que os cristãos se coloquem à parte da cultura ao redor, como um povo marcado pela honestidade, integridade e fidelidade. Devemos ser pessoas de palavra, precisamente porque somos o povo da Palavra.

Fontes: 
http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/841/Nao_Diras_Falso_Testemunho_Contra_o_Teu_Proximo

http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-nono-mandamento-nao-diras-falso-testemunho/



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Sétimo e Oitavo Mandamento

Sétimo Mandamento - Não Adulterarás (Êxodo 20:14)

 “Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” Mateus 5.28

Quando um membro comete o pecado de adultério contra o cônjuge geralmente é redigido no Livro da Ata da Assembleia Geral da igreja local, assim: "pecou contra o sétimo mandamento".
Adultério e sétimo mandamento tornaram-se sinônimos na maioria das igrejas. Com adultério, nos referimos ao relacionamento sexual de uma pessoa casada com outra casada ou solteira. Mas o sétimo mandamento tem uma particularidade no Antigo Testamento. Quando Deus o proferiu ao povo, a mulher tinha um papel bem diferente o da atual sociedade ocidental.
Era comum, em Israel, o homem adulterar com outra mulher, embora esta nunca fora a vontade de Deus para a humanidade. Pela dureza do coração humano, as mulheres eram preteridas por quaisquer desculpas: "Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na mão, e a despedirá da sua casa" (Dt 24.1). A expressão "achar coisa feia" foi responsável por muitas interpretações entre os sábios de Israel. O resultado: por mais absurdo dos motivos os judeus repudiavam as suas mulheres.

Na sociedade dos tempos antigos, as mulheres repudiadas tinham apenas dois destinos para sobreviverem: tornavam-se prostitutas ou mendicantes.

No Novo Testamento, Jesus retomou o ideal de Deus para a humanidade e denunciou a covardia dos homens de Israel, principalmente a dos religiosos, dizendo: "Ouviste o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela" (Mt 5.27,28). Note que a expressão "achar coisa feia", de Deuteronômio 24.1, perdeu todo o sentido agora. O nosso Senhor estava falando aos homens nestes termos: vocês não têm o direito de repudiar as suas mulheres para ficar com outras mais novas. Assim Jesus asseverou: "Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.4-6).
O adultério viola por completo o princípio de Deus para com os seres humanos. Os destinatários das palavras de Jesus eram os homens da sua época. Por quê? Ora, eles determinavam a vida das mulheres. Mas hoje, também, o mandamento fala como nunca e cada vez às mulheres mais independentes: Não adulterarás!
Revista ensinador Cristão. Editora CPAD Ano 16 - N° 61


COMENTÁRIO
O sétimo mandamento diz respeito à pureza sexual e à proteção da sagrada instituição da família, assim como o mandamento anterior fala sobre a proteção à vida.

Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que muitos já começam a ver a infidelidade conjugal como uma prática normal. Contudo, segundo a Palavra de Deus, o adultério é e continuará sendo pecado. Encontramos tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Cl 3.19). A princípio, a quebra do sétimo mandamento pode parecer doce e até prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv 5.4). Com a infidelidade vem a disfunção familiar. A disfunção é perigosa, é destrutiva para toda a família, para a igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral.


INTRODUÇÃO
O sétimo mandamento continua atual porque o mundo está às avessas, dizendo "não" a tudo aquilo que Deus diz "sim” na sua Palavra, e "sim" a tudo o que a Bíblia diz "não". O resultado é o caos na família e na sociedade. [1]

A atitude de Jesus em relação à mulher surpreendida em situação de adultério, como foi registrado em João 8.1-11, tem sido questionada com o argumento de que essa passagem está ausente do antigo e melhor manuscrito e, onde ela realmente aparece, suas interpretações são extremamente variadas. Entretanto, "está fora de qualquer dúvida que ela faz parte da tradição autêntica da igreja" (A. J. MacLeod, "John", NBC). O Senhor Jesus Cristo não foi conivente com o pecado da mulher, nem a condenou à morte por apedrejamento como seus acusadores haviam sugerido. "A verdade, que estava nele, repreendeu a mentira dos escribas e fariseus. A pureza que estava nele condenou a lascívia que estava nela" Mission and Message of Jesus, p. 795) e Ele disse à mulher que partisse e que não voltasse a pecar. [2]


I. O SÉTIMO MANDAMENTO
1. ABRANGÊNCIA.
O adultério é a relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é sua esposa e vice-versa. Para muitos, tal prática pode parecer normal, mas a Palavra de Deus declara: "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). Isso vai muito além da cópula extraconjugal. É a proibição de toda a forma de prostituição; é Deus dizendo "não" a todas as concupiscências desnaturais, imaginações e pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27, 28).

O quinto mandamento resguarda a vida familiar de ruptura interna. Mas aqui o sétimo mandamento requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e mulher. É isso o que Deus espera de todos os casais. Na verdade, são ideais provenientes da criação (Gn 2.24).  [1]


poliandria
Êxo 20.14. Não adulterarás.
A Lei permitia poligamia (talvez uma instituição social necessária à proteção de mulheres solteiras), mas jamais permitiu poliandria (caso em que uma mulher tem vários maridos simultaneamente). O fato de um homem ter relações sexuais com a esposa de outro homem era considerado um pecado hediondo tanto contra Deus como contra o homem, já bem antes da lei, ao tempo dos patriarcas (Gn 39:9). Talvez este mandamento esteja relacionado ao “furto” e à “cobiça” proibidos nos dois mandamentos seguintes, já que a esposa pertencia a outrem. [3]

2. OBJETIVO.
O objetivo deste mandamento é conservar a sacralidade da família que foi instituída por Deus por meio do casamento no jardim do Éden (Gn 2.18-24). A santidade desse relacionamento familiar deve ser mantida. Esta lei servia também para Israel manter a pureza sexual e evitar as práticas da cultura egípcia, de onde os israelitas saíram, e da cultura cananeia, para onde o povo se dirigia. Os preceitos pertinentes estão descritos com abundância de detalhes no sistema mosaico (Lv 18.6-30; 20.10-21).  [1]

O mandamento para se abster de cometer adultério (Ex 20.14) tem, em seu cerne, a proteção do relacionamento marital e da família oriunda deste; todavia, como o relacionamento sexual humano também serve metaforicamente para descrever o relacionamento de Israel com o Senhor, o mandamento tem ramificações que ultrapassam a mera relação interpessoal. Na esfera humana, essa estipulação, como a que ordena o devido respeito aos pais, é crucial por causa do papel da família na implementação do desígnio do Reino de Deus. O homem ou a mulher que traem seu parceiro — aquele sem o qual não está completo — contribuem para a ruptura do modelo hierárquico do domínio do Reino para o qual foram criados como seres complementares (cf. Gn 2.18). Por essa razão, o adultério não é apenas um ato privado e isolado; ele causa profundo efeito na comunidade imediata e até mesmo universal dos que constituem o Reino de Deus na terra. Se um homem ou mulher não consegue viver em fidelidade marital, que esperança podem ter para os compromissos do reino em outras esferas, incluindo os compromissos com o grande Rei mesmo?
Pelo fato de a aliança de Deus com Israel, às vezes, ser descrita como um casamento (cf. Is 54.5,6; Jr 3.14,20; 31.32; Ez 16.32; Os 2.16), a infidelidade nesse relacionamento, por parte de Israel, não era nada menos que adultério (cf. Os 4.15; 7.4; Jr 3.8; 5.7; 9.2; 13-27; Ez 6.9; 16.32; 23.37-45).25 Nesse caso, o outro parceiro são os ídolos e deuses das nações com os quais Israel flertava e para os quais, vez após outra, ela sucumbiu através de sua história. Jeremias registra o triste lamento do Senhor que pergunta: “Você viu o que fez Israel, a infiel? Subiu todo monte elevado e foi para debaixo de toda árvore verdejante para prostituir-se” (Jr 3.6). Contudo, Judá não era melhor e, depois de ver o comportamento adúltero de sua irmã, “também se prostituiu, sem temor algum. E por ter feito pouco caso da imoralidade, Judá contaminou a terra, cometendo adultério com ídolos de pedra e madeira” (v. 8,9).
O mandamento para evitar o adultério foi designado não só para manter a família humana e seu papel de manifestar os princípios do Reino intatos; mas também tinha relevância direta para o papel de Israel entre as nações como a semente por intermédio da qual Deus as abençoa. Uma Israel infiel não poderia realizar sua missão como reino de sacerdotes mais que uma esposa infiel poderia cumprir a sua como o instrumento sem o qual seu marido fica incompleto. [4]


poligamia
3. CONTEXTO.
A poligamia, como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e concubinas a ele subordinadas, era permitida na época do AT, mas proibida no NT (por exemplo, 1 Tm 3.2,12). Ela não envolvia o pecado do adultério.
Apesar das rigorosas proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido em diferentes épocas e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto cananeu de adoração aos Baalins, que incluía a prostituição "sagrada". Indicações de uma lassidão moral são encontradas em referências como Jó 24.15; 31.9; Provérbios 2.16-19; 7.5-22; Jeremias 23.10-14. O caso de Davi foi especialmente notório e deu aos inimigos de Deus ocasião para blasfemar (2 Sm 11.2-5; 12.14). Essa lassidão moral generalizada prevaleceu durante o NT e pode ser claramente observada em Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1 Coríntios 6.9; Gálatas 5.19; Hebreus 13.4 e em mais de 50 referências feitas no NT ao conceito de fornicação (porneia, porneuo, porne, pomos).  [2]


Il. INFIDELIDADE
1. ADULTÉRIO.
O verbo hebraico nã’ph, "adulterar, cometer adultério", não apresenta problema lingüístico neste mandamento, diferentemente do que pensam alguns expositores bíblicos. O termo aparece trinta e quatro vezes no Antigo Testamento, nove vezes em Jeremias, sete em Ezequiel, seis em Oseias, seis no Pentateuco e quatro na literatura sapiencial. O verbo ocorre no Decálogo, em Êxodo e em Deuteronômio como lo ’ tinã ’ph,'m "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). As outras quatro vezes aparece em Levítico, que traz de maneira clara e inconfundível a definição de adultério no contexto da época: "Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera" (Lv 20.10). Esse conceito é aprofundado no Novo Testamento. O cristianismo restaura a monogamia originalmente estabelecida pelo Criador, visto que a estrutura da sociedade do Antigo Testamento era polígama. A lei se aplica se o ato envolver uma mulher casada ou comprometida (Dt 22.22-26). Mas, se a mulher for solteira, o homem será obrigado a se casar com ela e nunca mais poderá se divorciar, além de pagar uma indenização ao pai da moça (Dt 22.28, 29). Na nova aliança, não há nada disso; o sétimo mandamento é adaptado à graça, e o assunto é levado à esfera espiritual e não jurídica ou legal (Jo 8.1-11). Os adúlteros contumazes e inveterados perdem o direito à vida eterna no céu (1 Co 6.10; Ef 5.5;Ap 22.15).

Os termos hebraicos para adultério são ni’uph, que só aparece duas vezes no Antigo Testamento (Jr 13.27; Ez 23.43) e na’ãphüph, que só aparece uma vez (Os 2.2 [4]). Essas três ocorrências estão no plural. A Septuaginta traduz as duas palavras por moicheia, o mesmo termo usado no Novo Testamento grego, onde só aparece três vezes (Mt 15.19; Mc 7.22; Jo 8.3).  [1]

2. SEXO ANTES DO CASAMENTO.
Virgem no Antigo Testamento
O termo hebraico bethulah, "virgem” é cognato do ugarítico btit, um termo, com frequência, usado como um dos títulos da deusa Anate. Em outras línguas também havia cognatos, como o acádico batultu e o no assírio, batussu. Esse era o termo específico para a ideia de “virgem intacta”, da mulher que não tivesse tido seu hímen violado em um primeiro contato sexual.
A virgindade é uma virtude na ordem da criação dos seres vivos, especialmente no caso da mulher, por três razões básicas:
a. a relação matrimonial precisava ser mantida inviolável, dentro do sistema de casamentos monógamos (um homem e uma mulher) (ver Êxo. 22).

b. O casamento de um homem com uma mulher virgem garantia a pureza da herança, que era fundamentalmente importante ao oficio sacerdotal de grupos específicos dentro da nação de Israel (ver Lev. 21:14).

c. A virgindade, por si mesma, era reputada como uma condição desejável (ver Est. 2:2). Esse ponto de vista é refletido até no Novo testamento, nos escritos paulinos, onde ele diz: “E assim quem casa a sua filha virgem faz bem; quem não a casa faz melhor” (1 Cor. 7:38).

De acordo com essa atitude judaica, a perda da virgindade deveria ocorrer dentro das relações matrimoniais. Qualquer perda de virgindade, por ato de violência, era duplamente lamentada (ver, por exemplo, II Sam. 13:13,14). Em Gênesis 24:16, encontramos um detalhe interessante. Lemos ali: “A moça era mui formosa de aparência, virgem, a quem nenhum homem havia possuído..." O detalhe é que além de Rebeca ser declarada virgem, foram acrescentadas as palavras a quem nenhum homem havia possuído, como segurança para se entender que não havia qualquer dúvida quanto à virgindade dela, embora ela fosse classificada como virgem (no hebraico, bethulah).

No Antigo Testamento, por várias vezes a palavra “virgens” era usada para indicar a comunidade das “virgens”, como representante de um estado ou nação.
Geralmente, as virgens formavam o grupo humano mais protegido e recluso da nação. E, por isso mesmo, a felicidade delas (ver Ct. 6:8), o escárnio com que fossem tratadas (ver II Reis 19:21; Is. 37:22) ou a miséria delas (ver Is. 46: 11) indicavam a rigidez e a segurança do povo a que pertenciam. Assim é que a posição de virgindade, por muitas vezes, é comparada com a pureza da adoração a Yahweh, por parte do povo de Israel. Esse conceito tem o seu devido reflexo no Novo Testamento, na idéia de que a Igreja é a pura Noiva de Cristo (A Igreja como Noiva Virgem). Por outro lado, a idolatria do povo de Israel, sempre que se manifestou, é retratada no Antigo Testamento como as raias da depravação sexual.

Virgem no Novo Testamento
Conforme já demos a entender, todos os ensinamentos acerca da virgindade e da moralidade, que há no Antigo Testamento, passam intactos e até são elaborados no Novo Testamento.
Em nenhuma das quinze ocorrências do termo grego párthenos, "virgem”, há qualquer menção a outra coisa senão a virgens. [5]

Se uma donzela não comprometida fosse dessa forma tratada com violência, aquele que dela abusou deve ser multado, o pai deve receber a multa, e, se ele e a donzela realmente consentiram, ele deve ser obrigado a se casar e jamais se divorciar dela, não importa o quanto ela estivesse abaixo do nível dele, e o quão desagradável ela pudesse ser para ele posteriormente, como Tamar foi para Amom depois que ele a possuiu à força, (2 Samuel 13 28,29). Isto servia para dissuadir os homens de práticas tão cruéis, que são desonras sobre as quais é necessário que leiamos e escrevamos. [6]

"Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra."  Salmos 119:9

Em Israel, os envolvidos em tal prática, desde que a mulher não fosse casada ou comprometida, não eram condenados à morte. A pena era menos rigorosa, mas o homem tinha de se casar com a moça, pagar uma indenização por danos morais ao pai da jovem e nunca mais se divorciar dela (Dt 22.28,29). Hoje, esse tipo de pecado requer aplicação de disciplina da Igreja, mas nem sempre o casamento deles é a solução.



3. FORNICAÇÃO.
O verbo hebraico zãnãh, "cometer fornicação, praticar prostituição", designa primariamente um relacionamento sexual fora de uma união formal. O particípio do verbo zãnãh é zonãh, e se refere à mulher que se entrega a tal prática. A isso comumente se chama "fornicação", mas se um dos envolvidos tiver já assumido união formal com outra pessoa este ato será considerado adultério. O verbo zãnãh e os substantivos derivados zenumm, zenut, e taznüt, "fornicação, prostituição", são sinônimos quase perfeitos. Zenüním aparece onze vezes (Gn 38.24; 2 Rs 9.22; Ez 23.11 [duas vezes]; 23.29; Os 1.2 [duas vezes]; 2.3[4], 4[6]; 4.12; 5.4; Na 3.4 [duas vezes]; zenüt ocorre nove vezes (Nm 14.33; Jr 3.2, 9; 13.27; Ez 23.27; 43.7, 9; Os 4.11; 6.10) e taznüt só aparece em dois capítulos de Ezequiel: no capítulo 16, nove vezes, e, no capítulo 23, onze vezes. A Septuaginta emprega o termo pornê,m "prostituta, meretriz".
O substantivo porneia e o verbo porneuõ aparecem na Bíblia para designar orgia (Nm 25.1; 1 Co 10.8), incesto (1 Co 5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia, às vezes, aparece junto com adultério e, outras vezes, como sinônimo, mas é um termo genérico e indica "prostituição, incastidade, fornicação, adultério, imoralidade, práticas homossexuais", ao passo que moicheia é usado especificamente para adultério e nunca se aplica à prostituição.
O Antigo Testamento emprega todos esses termos também de forma metafórica para descrever a apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu Deus. O profeta Ezequiel, no capítulo 16, descreve a apostasia de Israel como prostituição e revela a diferença entre nã ’ph e zãnãh.
A "meretriz", zonãh, substantivo derivado do verbo zãnãh, é a mulher que recebe pagamento por favores sexuais (Ez 16.31b). Esse conceito é reiterado nos versículos 33 e 34. A "mulher adúltera", é a que recebe estranhos em vez do marido (Ez 16.32). O Antigo Testamento nunca emprega naph para designar a prostituta profissional. Essa diferença é verificada em Provérbios, quando afirma que a zonãh é a mulher que se oferece por um pedaço de pão, "prostituta" (Pv 6.26), ao passo que no ’êph, "adúltera", é a mulher que tem marido mas se entrega a outro homem (Pv 6.32-34).

O sétimo mandamento inclui também a proibição da prática homossexual. É o próprio Deus quem chama o comportamento homossexual de abominação, e a lei aplica a pena de morte contra os que cometerem tal pecado (Lv 18.22; 20.13). Era a prática do culto cananeu que envolvia a chamada "prostituição sagrada" (1 Rs 24.24; 15.12). O sodomita e a rameira são colocados na mesma categoria (Dt 23.17). A prática é proibida em toda a Bíblia (Rm 1.24-28; 1 Tm 1.10), mas a nova aliança leva o assunto para a esfera espiritual, implicando a salvação e não a pena capital (1 Co 6.10). O ensino de Jesus é: "Vai-te e não peques mais" (Jo 8.11).

O apóstolo Paulo afirma que o poder do evangelho resultou em uma mudança desse estilo de vida especificamente na cidade de Corinto (1 Co 6.11). No Brasil, o homossexual que precisar de ajuda para abandonar esse estilo de vida não poderá contar com ajuda de psicólogos. Estes são autorizados a ajudar a quem deseja ser homossexual, mas são constantemente ameaçados pelas autoridades se ajudarem quem pretende abandonar tal prática. São leis iníquas como essas que afrontam a Deus e ameaçam os fundamentos da família. Jesus e Paulo estariam hoje em dificuldades diante da justiça brasileira.

O Senhor Jesus anunciou de antemão os dias de Sodoma e Gomorra para o fim dos tempos, antes da sua vinda (Lc 17.28-30). Atualmente, é grande a pressão das autoridades civis e da mídia contra a Igreja, pois elas estão institucionalizando a iniquidade como já tem acontecido em alguns países. Devemos tomar cuidado, pois o alvo desse movimento está mais além: cercear (depreciar) a liberdade religiosa. A solução é orar a Deus para que o Estado respeite nossas crenças, princípios e tradições, razão pela qual devemos respeitar o direito dos outros. É o mínimo que se espera num estado democrático de direito, pois os direitos de César terminam onde começam os de Deus (Mt 22.21; At 5.29).

Igreja não é Estado: a Igreja é regida pelo Espírito Santo por meio da Palavra de Deus, e o Estado é regido por sua constituição. Não somos um Estado teocrático nem é papel do cristão impor a Bíblia à legislação do país. "O mundo inteiro jaz no Maligno" (1 Jo 5.19, ARA). Nosso dever é pregar o evangelho para a salvação de toda a sorte de pecadores e não nos envolver em passeatas e manifestos (Mt 28.19, 20).  [1]


III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
1. ESTUPRO.
Dt 22.25-27 descrevem o caso de estupro de uma mulher que estava noiva, o que, sem dúvida, cobre o caso de uma mulher casada que foi estuprada, pois ambas as situações eram legalmente idênticas. Um campo era considerado um lugar onde, mais provavelmente, ocorreria um caso de estupro, pois, em uma cidade (vs.23), outras pessoas poderiam ouvir os gritos de socorro e acudir a mulher. Mas, no campo, a mulher poderia gritar à vontade, que ninguém a ouviria, e o ato de violação acabaria sendo consumado. O homem que fizesse tal coisa deveria ser executado, presumivelmente por meio de apedrejamento, tal como foi ordenado nos outros casos em foco (vss. 21 e 24). Ό estupro era considerado um crime tão sério quanto o assassinato, razão pela qual era punido com a morte” (Jack S. Deere, in loc.). Adam Clarke informa-nos que em seus dias (século XVIII), na Inglaterra, esse crime também era punido com a morte.

Dt 22.26,27 A mulher violentada não era considerada culpada, presumindo-se que ela tivesse feito tudo ao seu alcance para evitar o estuprador, e pelo menos tivesse gritado por socorro. Ela era uma vítima, tal como uma pessoa assassinada, não sendo culpada de crime algum. Este versículo classifica o estupro juntamente com o homicídio voluntário.
O Targum de Jonathan informa-nos que um homem podia divorciar-se de sua mulher que tivesse sido estuprada, sem a necessidade de nenhuma indagação. O noivo ou marido dela tinha esse direito.
“Privar uma mulher de sua castidade é como tirar a vida de um ser humano. Com base nessa passagem, Maimônides conclui que as impurezas sexuais, os incestos e os adultérios são idênticos ao homicídio” (John Gill, in loc.).  [7]

2. INCESTO.
Incesto. Todas as variedades de incesto requeriam a pena de morte (Lev. 20:11). Relações sexuais com a própria sogra ou com a mãe de uma concubina eram punidas com a execução na fogueira.
Irmão e irmã, sobrinho e tia, cunhado e cunhada são outros casos especificamente mencionados. Ver as referências abaixo, onde são mencionados os vários casos: Lev. 20:11,12,17; 19:21 e Dt.27:33. Entretanto, um homem podia casar-se com a viúva de um seu irmão. e até mesmo estava nessa obrigação, se seu irmão e aquela mulher não tivessem tido filhos.  [8]

I Cor 5.1 ss - A Igreja deve disciplinar o pecado flagrante entre seus membros. Tais pecados desenfreados podem polarizar e paralisar uma igreja. A correção, porém, nunca deve ser vingativa. Em vez disso, deve ser dada de modo que ajude a trazer a cura. Os crentes coríntios se recusaram a lidar com um pecado especifico naquela igreja: um homem estava tendo um relacionamento pecaminoso com sua madrasta. A igreja estava ignorando a situação; Paulo disse que ela tinha a responsabilidade de manter os padrões de moralidade encontrados nos mandamentos de Deus. O Senhor diz que não devemos julgar os outros. Mas também nos diz para não tolerarmos o pecado flagrante e voluntário, porque permiti-lo trará um efeito danoso sobre os demais crentes (5.6).

I Cor 5.5 - Entregar tal homem a Satanás significava excluí-lo da comunhão. Sem o apoio espiritual dos cristãos, esse homem seria abandonado a seu pecado e a Satanás. Talvez isso o levasse ao arrependimento. A expressão “para destruição da carne" [ou natureza pecaminosa] se refere à esperança de que a experiência o levaria a Deus que destruiria sua natureza pecaminosa pelo seu afastamento do pecado. A natureza pecaminosa poderia significar tanto seu coroo como sua carne. Essa tradução alternativa supõe que Satanás afligiria o pecador fisicamente, e isso o levaria a Deus. Expulsar alguém da igreja deve ser o último recurso de uma ação disciplinar. Não deve ser um ato de vingança, mas de amor, da mesma maneira que os pais castigam os filhos para corrigi-los e restaurá-los. O papel da igreja deve ser o de ajudar, nao magoando nem ofendendo, motivando as pessoas a se arrependerem de seus pecados e retornarem à comunhão. [9]


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Incesto — O crime de coabitação ou relacionamento sexual com familiares ou parentes, que é proibido na lei de Moisés (Lv 18.1-18). A lista apresentada por Moisés é precedida por uma advertência de que Israel não deveria entregar-se aos pecados dos egípcios a quem eles haviam acabado de deixar, ou dos cananeus para cuja terra Deus os estava trazendo. A lista dos relacionamentos proibidos inclui: mãe, madrasta, irmã ou meia-irmã, neta, filha de uma madrasta, uma tia de ambos os lados, a esposa de um tio por parte de pai, nora, cunhada, uma mulher e sua filha, ou neta, a irmã de uma esposa viva. Uma filha e uma irmã por parte de pai e mãe não são mencionados especificamente, uma vez que já são classificadas como ‘parenta da sua carne’ (v.6)”  (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.966).


3. BESTIALIDADE.
Um vocábulo que indica a prática de contato sexual entre seres humanos e outras formas de vida animal. O Antigo Testamento condena a prática, chamando-a de «abominação. (Lev. 18:23; Deu. 27:21). O épico de Gilgamés retrata Enkidu, o caçador de feras, a praticar atos sexuais com as feras. t;: possível que a expressão usada por Paulo em Rom. 1: 18-27, <>, inclua tais práticas antinaturais,
1. Práticas Modernas. O famoso relatório Kinsey, que estudou estatisticamente o comportamento sexual do povo norte-americano, afirma que entre quarenta e cinqüenta por cento dos varões daquele pais, que residem em áreas rurais, têm contatos sexuais ocasionais, não-habituaís, com animais das fazendas.
Entre as mulheres. a porcentagem é menor que dois por cento. Nas cidades, a porcentagem de varões envolvidos na prática cai para cerca de quatro por cento. Tal prática é proibida por lei em 49 dos 50 estados norte-americanos. Se fôssemos fazer um estudo semelhante no Brasil, provavelmente as taxas encontradas não seriam muito diferentes disso.
2. A Moralidade Cristã. A Igreja cristã sempre assumiu a posição do Antigo Testamento, condenando tal prática. Os psicólogos afirmam que o senso de culpa que os culpados adquirem é algo muito injurioso ao bem-estar e a tranqüilidade deles.
3. Um uso sinônimo do termo «bestialidade» indica qualquer ato cruel, degradante e vil, ,praticado por indivíduos que agem como se fossem irracionais. (H PRI WA)  [10]

A punição para quem praticasse sexo com animais era a execução capital. Ver Lev. 20.15,16 e Êx. 22.19. O método de execução mais provável era por apedrejamento, quer o culpado fosse homem, quer fosse mulher. Esse pecado repelente é chamado aqui de confusão, ou seja, uma desordem na natureza. Hilchot issure Biah, c. 1 see. 16 da Mishnah comenta sobre esse preceito bíblico. John Gill adjetivou esse ato por uma série de descrições negativas: detestável, chocante, horrível, espantoso.
A despeito da repulsa que esse ato provoca na maioria das pessoas, sempre foi uma prática popular. [7]


IV. O ENSINO DE JESUS
1. O SÉTIMO MANDAMENTO NOS EVANGELHOS.
O Senhor Jesus, no Sermão do Monte, depois de falar sobre o sexto mandamento, seguiu a mesma ordem do Decálogo, mencionando a proteção da vida e a preservação da família. Ele (JESUS) reiterou o que Deus disse no princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio Deus (Mt 19.4-6).
"Não adulterarás" é citado no Sermão do Monte e para o moço rico (Mt 5.27; 19.18; Mc 10.19; Lc 18.20). Jesus corrigiu com autoridade e muita propriedade o pensamento equivocado dos líderes religiosos dos seus dias. Os escribas e fariseus haviam reduzido o mandamento "Não adulterarás” ao próprio ato físico e, desconhecendo o espírito da lei, apegavam-se à letra da lei (2 Co 3.6). Assim, como é possível cometer assassinato sem o ato concreto, mas apenas com a cólera ou palavras insultuosas, da mesma forma é possível cometer adultério só no pensamento. Parece que os rabis daquela época não davam a devida atenção ao décimo mandamento que ordena não cobiçar a mulher do próximo. [1]



2. O PROBLEMA DOS ESCRIBAS E FARISEUS.
O adultério começa na mente contaminada pela cobiça e termina no corpo pela prática física (Mt 15.34; Tg 1.15). O ensino de Jesus é mais profundo e vai à raiz do problema. Ele disse que nem é preciso o homem se deitar com uma mulher para cometer adultério; basta olhar e cobiçar uma mulher que não seja sua esposa, e já cometeu adultério com ela (Mt 5.28). É o adultério da mente que é consumado no corpo; não se restringe somente à prática do ato, mas também ao pensamento. E a sanção contra o referido pecado é de caráter espiritual e se distingue do sistema mosaico. [1]

3. A CONCUPISCÊNCIA.
Não é proibido olhar para uma mulher e vice-versa, pois há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de Deus, desde que dentro do casamento, nunca fora dele. A Palavra de Deus ressalta: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hb 13.4). O termo grego para "venerado" é tímios,112 "honrado". A Versão Almeida Atualizada traduz por: "Digno de honra"; e a Tradução Brasileira por: "Seja honrado". Que os votos de fidelidade do casamento sejam mantidos e da mesma maneira seja puro o relacionamento matrimonial. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas também para o prazer e a felicidade dos seres humanos. Jesus não está tratando disso, não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O ensino dele é que qualquer prática imoral no ato é igualmente condenada no olhar, no pensamento e na imaginação (Mt 5.27). Jesus disse que os adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19).
Cabe aqui uma breve reflexão sobre o divórcio. Trata-se de um dos temas mais polêmicos da Igreja. Essas controvérsias já existiam mesmo antes do nascimento de Jesus. O divórcio na lei de Moisés previa novas núpcias, e a base para a sua legitimidade nunca ficou clara no Antigo Testamento:
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem... (Dt 24.1,2).
O "escrito de repúdio" significa "termo de divórcio" (ARA). A mulher não era considerada adúltera se contraísse novo casamento, mesmo tendo o seu primeiro marido encontrado nela "coisa feia". Não se sabia o que a lei queria dizer com tal expressão "coisa feia" ou "indecente" (ARA). Havia muita discussão entre as principais escolas rabínicas no período de Herodes, o Grande, Hillel e Shammai. O primeiro era liberal, e o segundo, conservador. Para Hillel e seus seguidores, "coisa feia" era qualquer coisa que o marido considerasse como tal. Mas, para Shammai e seus discípulos, o termo se referia aos pecados sexuais.
Os fariseus levaram o assunto a Jesus. Eles não perguntaram sobre o divórcio, mas sobre as bases para a sua legitimidade: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?" (Mt 19.3). Essa era a escola de Hillel. Os fariseus queriam saber qual escola Jesus apoiava. Mas o Senhor Jesus se dirigiu à Palavra. O casamento é indissolúvel, foi a sua conclusão sobre Gênesis 2.24, "o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.6). O que fazer com o mandamento de Moisés?, perguntaram a Jesus (Mt 19.7). Moisés não deu esse mandamento; era uma interpretação precipitada, pois uma leitura cuidadosa em Deuteronômio 24.1-4 mostra que não se trata de uma ordem. Por isso, Jesus disse que Moisés "permitiu", e isso "por causa da dureza do vosso coração" (Mt 19.8). Deus só permitiu o divórcio por causa do pecado humano; portanto, trata-se de um instituto contrário à vontade de Deus. A Bíblia não ensina, não encoraja, não aconselha nem incentiva o divórcio. É um remédio extremamente amargo para uma solução inglória.

Quando o Senhor Jesus fez menção do divórcio no Sermão do Monte, referia-se ao mencionado em Moisés (Dt 24.1-4) e deixou claro que a única base que pode legitimar o divórcio é a infidelidade conjugal: "Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32) e fraseologia similar (Mt 19.9). A prostituição é a "coisa feia" que ninguém sabia, talvez porque tal pecado podia implicar na pena capital. Mas agora tudo se esclarece e a "coisa feia" vale também para o homem.

O apóstolo Paulo acrescentou mais um elemento que pode legitimar o abandono: "Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz" (1 Co 7.15). A NTLH emprega "quiser o divórcio" no lugar de "se apartar". A voz do verbo grego mostra que a iniciativa é da parte incrédula que se aparta. Assim, a deserção deve ser considerada se for por causa da fé cristã e por iniciativa do cônjuge descrente.

Entendemos, portanto, como divórcio a dissolução do vínculo matrimonial por infidelidade conjugal, que viola a instrução divina de "uma só carne" (Gn 2.24; Mt 19.5) ou, por deserção, que viola a instrução de "apegar-se" (Gn 2.24). Em qualquer dessas duas situações, o cônjuge inocente tem direito a novas núpcias.
Deus é sábio e perfeito. Ele conhece todas as coisas, pois é onisciente. "Deus é amor" (1 Jo 4.8) e deseja o bem-estar de todas as pessoas. Somente ele sabe o que é bom e salutar para a vida humana. É insensatez confiar o destino eterno à lógica e à razão, pois a Bíblia é a Palavra de Deus, o manual divino do fabricante para todos os seres humanos. A vontade de Deus resumida no sétimo mandamento diz respeito à castidade do corpo e da mente, visando a preservação do casamento de um só homem com uma só mulher (1 Ts 4.3-7). A felicidade humana está em se deleitar em Deus. [1]

CONCUPISCÊNCIA
Precisamos levar em conta três palavras hebraicas e quatro palavras gregas, a saber:
1. Nephesh, «alma», «respiração», «desejo». Essa palavra hebraica é de ocorrência comum, mas com o sentido de «concupiscência» aparece somente por duas vezes: Ex. 15:9; Sl. 78:18.

2. Sheriruth, «teimosia», «inimizade», «imaginação». Palavra hebraica usada por dez vezes, embora apenas por uma vez com o sentido de «concupiscência»: Sl. 81:12.

3. Taavah, «objeto de desejo». Palavra hebraica usada por quinze vezes. Por exemplo: Sl. 78:29,30; 112:10; Pv. 10:24; 21:15; Is. 26:8.

4. Epithumía, «desejo forte», «concupiscência». Palavra grega usada por trinta e sete vezes. Alguns exemplos são: Marcos 4:19; Lucas 22:15; João 8:44; Rm. 1:24; Gl. 5:16,24; Ef. 2:3; Fil. 1:23; Col.3:5.

5. Hedoné, «prazer», «doçura». Palavra grega usada por cinco vezes: Lucas 8:14; Tito 3:3; Tiago 4:1,3; II Pedro 2:13. E desse termo que nos vem o vocábulo português «hedonismo»

6. Óreksis, «desejo ansioso». Palavra grega usada por somente uma vez: Rm. 1:27.

7. Páthos, «sofrimento», «afeto». Palavra grega usada por três vezes: Rm. 1:26; Col. 3:5; I Ts. 4:5.
O pecado da concupiscência é combatido no Decálogo de várias maneiras. Os pecados sexuais são proibidos pelo sétimo mandamento (Ex. 20:14), e a cobiça de todas as formas é proibida em Êxodo 20:17. Porém, nenhuma outra atitude e ação é mais comum entre os homens do que a concupiscência e a cobiça. Isso harmoniza-se bem com a natureza basicamente egoísta do homem. Todavia, há palavras hebraicas e gregas que podem ser usadas em sentido negativo ou em sentido positivo. Quanto ao termo grego epithumía, tão importante no Novo Testamento, ele é usado em sentido positivo em Lc. 22:15 e I Ts. 2:17. Assim, Jesus desejou comer a páscoa com os seus discípulos; e Paulo tinha o grande desejo de visitar os crentes de Tessalônica. Mas o sentido negativo é muito mais freqüente no Novo Testamento. Os pagãos tinham desejos impuros, que os corrompiam (Rm. 1:24). Os jovens mostram a tendência de experimentar os desejos pecaminosos. Por esse motivo, Timóteo foi aconselhado a evitar as paixões da juventude (II Tm. 2:22). Paixões e maus desejos precisam ser mortificados pelos crentes (Cl. 3:5). As concupiscências carnais precisam ser evitadas (I Pedro 2:11). Esses desejos distorcidos produzem toda a espécie de males e corrupções neste mundo (II Pedro 1:4; 2:10) que impedem o desenvolvimento da alma.

Os estóicos* procuravam anular os desejos, mostrando que o indivíduo cai em um ciclo louco por causa dos mesmos. Primeiramente, a pessoa deseja; então obtém aquilo que quer; tendo obtido o que quer, deseja algo mais e quanto mais deseja, mais obtém, e mais deseja, ad infinitum. O resultado final desse ciclo vicioso é a frustração, porquanto tal ciclo não pode ser interrompido, e nem satisfaz, realmente. O estoicismo recomendava a apatia, a fim de substituir os desejos. Mas o cristianismo recomenda o cultivo de desejos espirituais, em substituição aos desejos carnais. [10]

*Ao contrário dos Hedonistas, estóicos não são filósofos, metafísicos, mas pragmatistas, moralistas, inteiramente absorvidos na prática, na ética.

CONCLUSÃO
Cremos que Deus sabe o que é certo e o que é errado para a vida humana. A Bíblia é o manual divino do fabricante e é loucura querer ir contra Ele. A sanção contra os que violarem o sétimo mandamento, na fé cristã, não vai além da disciplina da Igreja e, em alguns casos, o caos na família. Mas o julgamento divino é tão certo quanto a sucessão dos dias e das noites, e a única salvação é Jesus (At 16.31; 17.31).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Senhor Jesus estendeu a culpa pelo adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28). Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a relação sexual entre pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra grega porneia, uniformemente traduzida como ‘fornicação’, inclui toda lascívia e irregularidade sexual” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ. CPAD, 2010, p.35).



Oitavo Mandamento - Não Furtarás (Êxodo 20:15)
O Oitavo Mandamento não nos proíbe apenas de retirar algo de outra pessoa; ele exige também uma justa administração e divisão dos bens da terra, isto é, a regulação da propriedade privada e da distribuição dos rendimentos do trabalho humano. Também é denunciada, nesse mandamento, a injusta repartição das matérias-primas.

A Igreja encontra fundamentada neste mandamento também a sua doutrina social, que compreende o reto agir na atividade econômica e na vida social e política, o direito e o dever do trabalho humano, a justiça e a solidariedade entre as nações, o amor aos pobres.

Desta forma, o Catecismo da Igreja Católica afirma que esse mandamento prescreve o respeito aos bens alheios com a prática da justiça e da caridade, da temperança e da solidariedade. Em particular, exige o respeito das promessas e dos contratos estipulados; a reparação da injustiça cometida e a restituição do mal feito; bem como o respeito pela integridade da criação com o uso prudente e moderado dos recursos minerais, vegetais e animais existentes no universo, com especial atenção para com as espécies ameaçadas de extinção.

O Oitavo Mandamento, antes de mais, proíbe o furto, que é a usurpação do bem alheio contra a razoável vontade do seu proprietário. É o que também sucede no pagamento de salários injustos; na especulação sobre o valor dos bens para obter vantagens com prejuízo para os outros; na falsificação de cheques ou faturas. Proíbe, além disso, cometer fraudes fiscais ou comerciais, causar um dano às propriedades privadas ou públicas. Proíbe também a usura, a corrupção, o abuso privado dos bens sociais, os trabalhos culpavelmente mal feitos e o esbanjamento.
 furto também diz respeito aos bens imateriais. Esse tipo de pecado começa, por exemplo, quando copiamos alguém na escola, baixamos ilegalmente conteúdos da internet, fazemos fotocópias ilegais ou cópias piratas dos mais diversos tipos. O vandalismo e a danificação intencional do equipamento ou patrimônio público são formas de roubo e também devem ser reparados, afirma o Youcat – Catecismo Jovem (429).

A Igreja afirma que, tendo em vista que as pessoas são filhas de Deus, detentoras de uma dignidade única, é dever da doutrina social da Igreja interferir-se nas relações humanas, dando diretrizes a respeito da política, economia, ciências, entre outros, quando a dignidade delas é ameaçada. Assim, a Igreja emite um juízo moral em matéria econômica e social quando isso é exigido pelos direitos fundamentais da pessoa, do bem comum ou da salvação das almas. Pois todas estas relações sociais devem ter o homem como seu autor, centro e fim.

Portanto, todo homem tem o dever e o direito a um trabalho, por meio do qual ele colabora com Deus criador, pois, ao trabalhar com empenho e competência, a pessoa põe em ação capacidades inscritas na sua natureza, exalta os dons do Criador e os talentos recebidos, sustenta-se a si e aos seus familiares, serve a comunidade humana. Além disso, com a graça de Deus, o trabalho pode ser meio de santificação e de colaboração com Cristo para a salvação dos outros.

Os trabalhadores devem realizar o seu trabalho, com consciência, competência e dedicação, procurando resolver, com o diálogo, eventuais controvérsias. O recurso à greve, quando esta não é violenta, é moralmente legítimo ao se apresentar como instrumento necessário em vista dum benefício proporcionado e tendo em conta o bem comum. Compete ao Estado fornecer a segurança das garantias das liberdades individuais e da propriedade, para além duma moeda estável e de serviços públicos eficientes; compete-lhe ainda zelar e orientar o exercício dos direitos humanos no setor econômico. A sociedade deve ajudar os cidadãos a encontrar trabalho, conforme as circunstâncias.

No plano internacional, todas as nações e instituições devem atuar na solidariedade e na subsidiariedade, com vista a eliminar, ou pelo menos reduzir, a miséria, a desigualdade dos recursos e dos meios econômicos, as injustiças econômicas e sociais, a exploração das pessoas, a acumulação da dívida dos países pobres, os mecanismos perversos que criam obstáculos ao progresso dos países menos desenvolvidos.

O homem é autor, centro e fim de toda a vida econômica e social, sendo assim, o ponto central das questões sociais, tratadas no Sétimo Mandamento, para que os bens criados por Deus para todos, de fato, cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da caridade.

FONTES: http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2015/02/7-mandamento-nao-adulteraras.html
http://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-setimo-mandamento-nao-roubar/
PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ. CPAD, 2010, p.35

Revista ensinador Cristão. Editora CPAD Ano 16 - N° 61


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

De Qual Igreja Você É?

Descobrindo a Igreja do Primeiro Século
 
Atos 11:19-26
Há dois mil anos, quando os apóstolos começaram a pregar o evangelho do Senhor pelo mundo inteiro, não existia uma variedade de "igrejas", denominações e seitas, todas com as suas doutrinas e métodos para ganhar discípulos. De fato, Jesus e os seus apóstolos ensinaram haver uma só igreja, a qual é o corpo de Jesus, ele mesmo sendo o cabeça (veja Mateus 16:18; Efésios 1:22-23, 4:4, 5:22-23; Colossenses 1:18). Portanto, quando pessoas se convertiam, ninguém lhes perguntava, "de qual igreja você é?" - pois era óbvio que pertenciam àquela única igreja que Cristo mesmo edificou.
Muitos hoje dizem estar procurando "a igreja certa". Para alguns isto quer dizer simplesmente um lugar onde possam se sentir bem ou confortáveis, apaziguando suas consciências com atos externos de "adoração" a Deus. Porém, para os mais honestos, esta procura é uma busca verdadeira para fazer parte da "...nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9-10).
Com o intuito honesto de descobrir a igreja edificada por Cristo, vamos viajar dois mil anos atrás para a cidade de Antioquia da Síria, onde estava chegando pela primeira vez a pregação do evangelho de Jesus. Ao lermos este relato do Espírito Santo sobre a conversão das pessoas desta cidade, prestemos bem atenção ao que aconteceu, e façamos a pergunta, "de qual igreja eram estas pessoas?"
O que aconteceu em Antioquia? (Atos 11:19-20)
Depois que Estêvão foi morto em Jerusalém por pregar o evangelho (veja Atos 7:51 - 8:4), os cristãos que ali moravam se espalharam pelas regiões ao redor, levando a palavra do Senhor para lugares onde ainda não havia sido pregada. No início estes discípulos pregavam somente aos judeus, porém alguns que eram naturais de lugares entre os gentios ("gregos") logo começaram também a pregar aos não-judeus.
O que, exatamente, estes discípulos pregavam? Versículo 19 diz que se espalharam "anunciando...a palavra", e versículo 20 nos ensina que estavam "anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus". Este fato é simples e importante demais para o ignorarmos - os que saíram de Jerusalém pregavam somente a palavra, o evangelho do Senhor Jesus. Mostrando este mesmo padrão em seu ensinamento, o apóstolo Paulo disse: "decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado" (1 Coríntios 2:2).
Qual o resultado da pregação da palavra do Senhor? (Atos 11:21-24)
A Bíblia nos afirma que ouvir a palavra é suficiente para produzir fé em pessoas a fim de salvá-las. O apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê..." e "...assim, a vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Romanos 1:16; 10:17). Pessoas que verdadeiramente querem servir a Deus junto ao povo dele não precisam ouvir de milagres ou promessas de bênçãos materiais, porém responderão com fé à simples pregação da palavra de Cristo. Vejamos o que aconteceu em Antioquia quando as pessoas responderam com fé:
Conversão ao Senhor. Quando as pessoas honestas de Antioquia ouviram o evangelho, "crendo, se converteram ao Senhor" (Atos 11:21). Pregar o evangelho de Jesus resulta na conversão de pessoas a ele, o Senhor!
Ninguém na Bíblia jamais foi convertido à igreja. Porém, muitos hoje são. Basta ouvir uma conversa entre dois crentes, e logo alguém dirá algo assim: "Você sabia que fulano-de-tal saiu da igreja?" ou "Graças a Deus que depois de tanto tempo desviado eu voltei para a igreja!" Expressões assim mostram pessoas convertidas à igreja e não ao Senhor. O problema é que muitos que se chamam "evangelistas" saem pelas ruas anunciando muitas coisas - a igreja, o pastor, teologia, promessas de curas ou de bênçãos materiais, expulsão de demônios, etc. - mas pouca gente parece ter interesse pela pregação da palavra. O resultado disso é pessoas convertidas a estas coisas, e não ao Senhor. Para fazer parte da igreja que pertence ao Senhor, é necessário ouvir o evangelho, a palavra que fala do Senhor, para que sejamos convertidos a ele.
Firmeza no Senhor. Boas notícias correm rapidamente, e logo a igreja em Jerusalém ficou sabendo da conversão das pessoas em Antioquia (Atos 11:22). A linguagem que descreve a igreja em Jerusalém deve chamar nossa cuidadosa atenção. Por exemplo, ela tem "ouvidos". Também, ao mesmo tempo ela é singular - "a igreja" - e plural - "enviaram Barnabé". O que aprendemos com isto? A palavra "igreja" na Bíblia não descreve um prédio ou uma organização (denominação), e sim pessoas. A igreja em Jerusalém simplesmente era pessoas convertidas ao Senhor que ouviram da conversão de outros e mandaram ajuda na pessoa de Barnabé.
Quando Barnabé chegou em Antioquia, ele ficou alegre ao ver a graça de Deus entre estes novos convertidos (Atos 11:23). Como é possível ver a graça de Deus? O apóstolo Paulo escreveu: "a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus..." (Tito 2:11-13). O que Barnabé viu em Antioquia eram pessoas que manifestavam vidas transformadas pela graça de Deus. Sua resposta era de exortar "a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor" (Atos 11:23).
Muitos têm orgulho de dizer que permanecerão sempre firmes na igreja. Vamos lembrar, porém, que a igreja é pessoas, e pessoas, mesmo boas, podem errar. Seria tolice permanecer firme em pessoas se estas não estão firmes no Senhor! Porém, quem permanece firme no Senhor não cairá mesmo se toda a igreja e os pastores caírem, pois seguirá aquele que é o verdadeiro "bom pastor" (veja João 10:27-28).
União ao Senhor. Por causa da pregação do evangelho por Barnabé e outros em Antioquia, "muita gente se uniu ao Senhor" (Atos 11:24). De fato, o resultado de pessoas ouvindo o evangelho do Senhor, se convertendo ao Senhor, e permanecendo no Senhor sempre será pessoas unidas ao Senhor. Este é o ponto da conversão - Deus nos oferece paz e reconciliação em Cristo para que possamos ser unidos a ele para eternidade (veja 2 Coríntios 5:18-21; João 14:1-3)!
De qual igreja eram estas pessoas? (Atos 11:25-26)
Infelizmente, o padrão que vemos no mundo religioso hoje é bem diferente do que vimos em Antioquia. Hoje, pessoas pregam a igreja, se convertem à igreja, permanecem na igreja, e se unem à igreja. Porém, o foco de Barnabé e dos outros discípulos que espalhavam a palavra nunca era a igreja, e sim era sempre o Senhor! E o que acontece quando pessoas respondem à pregação do Senhor? "Por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão" (Atos 11:26). Ninguém pregou a igreja, mas mesmo assim o resultado da pregação foi uma igreja em Antioquia que estava ativamente ensinando a outros!
Permanece, portanto, a nossa pergunta - "de qual igreja eram estas pessoas?" Era Católica? Batista? Presbiteriana? Mórmon? Não! Para ser uma dessas igrejas, teria sido necessário pregar e converter pessoas à doutrina de uma delas. Era uma filiada da igreja de Jerusalém? Também não! Ninguém pregou a igreja de Jerusalém, embora todos tivessem saído de lá! A doutrina não era de Jerusalém, e sim do Senhor! Então, qual igreja era? Basta dizer que era a igreja do Senhor (pois, pertence a ele!) que se reunia na cidade de Antioquia (veja Romanos 16:1; 1 Coríntios 1:2; 1 Tessalonicenses 1:1; etc.).
E como foram chamados os membros desta igreja? Católicos? Batistas? Presbiterianos? Mórmons? Também não! "Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos" (Atos 11:26). Sendo pessoas que ouviram a palavra do Senhor Jesus Cristo, se converteram ao Senhor Jesus Cristo, permaneceram no Senhor Jesus Cristo, e se uniram ao Senhor Jesus Cristo, faz perfeito sentido eles terem sido chamados pelo título dele - "cristãos". Estes não conheceram nenhuma doutrina humana para que fossem chamados por nomes e métodos humanos. Estes seguiram e serviram a Cristo.
É possível ter uma igreja igual à de Antioquia hoje?
O problema não se resolve em ter uma igreja igual à de Antioquia, mas em ser uma igual. Afirmamos que isto não é somente possível, mas é essencial, pois sendo qualquer outra coisa traz a condenação de Deus (veja 2 João 9-11)! Como conseguiremos isto? A resposta é simples - faremos da mesma forma que os irmãos no primeiro século o fizeram. Deixemos de procurar igrejas e filiações com denominações e doutrinas humanas, procurando em vez disso o Senhor através da palavra dele! Ao ouvir o simples evangelho, pessoas honestas se converterão, permanecerão firmes, e se unirão ao Senhor. Quando se reunirem em um só lugar para adorar o Senhor juntas, mesmo se forem só duas ou três pessoas, já serão uma igreja (veja Mateus 18:20). Qual igreja serão? A igreja edificada pelo Senhor, ele mesmo sendo a cabeça.
De qual igreja você é?

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O quinto e o sexto mandamento

O quinto mandamento: Honrarás Pai e Mãe


A palavra grega para honra significa reverenciar, estimar e valorizar. Honrar é dar respeito não apenas pelo mérito, mas pela posição. Por exemplo, algumas pessoas podem não concordar com as decisões de seu presidente, mas ainda devem respeitar sua posição como líder de seu país. Semelhantemente, filhos de todas as idades devem honrar seus pais, quer seus pais “mereçam” ou não.

Deus nos exorta a honrar nosso pai e mãe. Ele tanto valoriza honrar aos pais que incluiu esse princípio nos 10 mandamentos (Êxodo 20:12) e novamente no Novo Testamento: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Efésios 6:1-3).

Durante a época do Velho Testamento, falar mal contra os pais ou rebelar-se contra as suas instruções resultava em punição capital (Êxodo 21:15-17; Mateus 15:14)! Enquanto aqueles que honram seus pais são abençoados (Jeremias 35:18-19), uma característica daqueles com uma “mente corrompida” e daqueles que não agradam a Deus nos últimos dias é desobediência aos pais (Romanos 1:30; 2 Timóteo 3:2).

Salomão, o homem mais sábio que já existiu, encorajou os filhos a respeitarem seus pais (Provérbios 1:8; 13:1; 30:17). Apesar de que talvez não estejamos mais sob sua autoridade, não podemos ignorar o comando de Deus de honrar nossos pais. Até Jesus, Deus Filho, submeteu-se aos Seu pais terrenos e ao seu Pai Celestial (Mateus 26:39; Lucas 2:51). Ao seguir o exemplo de Cristo, como Cristãos devemos tratar nossos pais da mesma forma reverencial com a qual nos aproximaríamos de nosso Pai Celestial (Hebreus 12:9; Malaquias 1:6).

É bem claro que somos comandados a honrar nossos pais, mas como? Honre-os tanto com suas ações como com suas atitudes (Marcos 7:6). Honre seus desejos, tanto os que eles já expressaram quanto os que não expressaram verbalmente. “O filho sábio {ouve} a correção do pai, mas o escarnecedor não ouve a repreensão” (Provérbios 13:1).

Em Mateus 15:3-9, Jesus relembrou os fariseus do comando de Deus de honrar seu pai e sua mãe. Eles estavam obedecendo a letra da lei, mas tinham adicionado as suas próprias tradições, as quais em essência rejeitavam esse comando. Enquanto honravam seus pais em palavras, suas ações provavam o verdadeiro motivo do seu coração. Honrar é mais do que da boca pra fora. A palavra honra nessa passagem é um verbo e, como tal, exige uma escolha/ação correta.

Honrar traz consigo a idéia de dar glória a alguém. 1 Coríntios 10:31 nos diz que qualquer coisa que façamos deve ser feita para a glória de Deus. Devemos procurar honrar nossos pais da mesma forma que Cristãos tentam trazer glória a Deus – em nossos pensamentos, palavras e ações.

A palavra grega "hypakouo" significa obedecer, escutar, prestar atenção. Para uma criança pequena, obedecer os pais vai lado a lado com honrá-los. Isso inclui escutar, prestar atenção e submeter-se à sua autoridade. Depois que a criança cresce, a obediência que aprenderam ainda pequenos vai ajudá-los a honrar outras autoridades, tais como o governo, polícia e patrões.

Enquanto devemos honrar nossos pais, isso não significa imitar os que não honram a Deus (Exequiel 20:18-19). O que devemos fazer se nossos pais nos pedem a fazer algo errado? Neste caso, devemos obedecer a Deus, e não aos homens (Atos 5:28).

O comando de honrar aos pais é o único comando com uma promessa: “...para que te vá bem” (Efésios 6:3). Honra gera honra. Deus não vai honrar aqueles que não obedecem Seu comando de honrar seus pais. Se desejamos agradar a Deus e ser abençoado, devemos honrar nossos pais. Honrar não é fácil, não é sempre divertido, e com certeza não é possível apenas com nossas próprias forças. No entanto, honra é um caminho certo ao nosso propósito de vida: glorificar a Deus. “Vós, filhos, obedecei em tudo a {vossos} pais, porque isto é agradável ao Senhor” (Colossenses 3:20).





O sexto mandamento: Não matarás


Só Deus é dono da vida humana. Os homens devem respeitá-la.Matar voluntariamente um ser humano inocente é pecado, quer seja por homicídio, suicídio, eutanásia, violência, guerra injusta ou aborto, ainda que o cadáver seja muito pequeno.

É também pecado contra o quinto mandamento: odiar, guardar rancor, inimizade, desejar o mal, insultar, olhar com maus olhos e escandalizar.

O próprio do cristão é amar, porque Deus é amor. Se aprendemos a amar, não nos custará perdoar de coração quando alguém nos ofende. Isto não impede o direito e o dever da pessoas e da sociedade à legítima defesa. Por isso, as legítimas autoridades podem impor justas penas aos agressores e inclusive, recorrer á pena de morte em caso de extrema gravidade, esgotados todos os meios incruentos que seriam mais conformes com a dignidade da pessoa humana.

O que nos manda o quinto mandamento da Lei de Deus?

Nos manda amar e respeitar a vida humana, desde o momento da concepção até o seu término natural, porque a pessoa humana foi amada por Deus por si mesma, por tê-la feito a sua imagem e semelhança.

Quem peca contra si mesmo, segundo o quinto mandamento?

Peca contra si mesmo, quem tira a própria vida através do suicídio ou se mutila, quem põe em perigo sua vida sem necessidade, quem se embriaga ou se droga e quem por desesperação deseja a própria morte.

O aborto é pecado grave?

Sim, o aborto é um pecado grave porque trata-se de um crime, já que consiste em matar a uma pessoa inocente, ainda que o cadáver seja muito pequeno.

A eutanásia é pecado?

Sim, a eutanásia é pecado grave porque, definitivamente, é matar uma pessoa.

O que é o escândalo?

O escândalo é toda palavra, ato ou omissão que incita a outros a pecar.

Fontes: http://www.gotquestions.org/Portugues/honrar-pai-mae.html
http://www.acidigital.com/catecismo/5man.htm

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Terceiro e quarto mandamento

Terceiro Mandamento

"Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20:7, ACF).

Nos proíbe aqui abusar de seu santo e sagrado Nome nos juramentos para confirmar coisas vãs ou mentiras, pois os juramentos não devem servir-nos para prazer ou deleite, senão para uma justa necessidade quando se trata de manter a glória do Senhor ou quando é necessário afirmar algo que serve para edificação.

E proíbe terminantemente que maculemos no mínimo seu santo e sagrado Nome; ao contrário, devemos tomar este Nome com reverência e com toda dignidade, segundo o exige sua santidade, trate-se de um juramento que nós pronunciemos, ou de qualquer coisa que nos propomos perante Ele. E já que o principal uso que devemos realizar deste Nome é invocá-lo, aprendemos que classe de invocação é a que aqui nos ordena. Finalmente, anuncia neste mandamento um castigo, com o fim que aqueles que profanem com injúrias e outras blasfêmias a santidade de seu Nome, não acreditem que poderão escapar de sua vingança.

Quarto Mandamento

"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou" (Êx 20:8-11, ACF).

Vemos que promulgou este mandamento por três motivos: Primeiro, porque o Senhor quis, por meio do repouso do sétimo dia, dar a entender ao povo de Israel o repouso espiritual no qual devem os fiéis abandonar suas próprias obras para que o Senhor opere neles. Em segundo lugar, quis que existisse um dia ordenado para reunir-se, para escutar sua Lei e tomar parte em seu culto. Em terceiro lugar, quis que aos servos e a os que vivem sob o domínio de outro lhes fosse concedido um dia de repouso para poder descansar de seu trabalho. Mas isto é uma consequência, antes que uma razão principal.

Em quanto ao primeiro motivo, não há dúvida alguma de que cessou com Cristo: pois Ele é a Verdade com cuja presença desaparecem todas as figuras, e é o Corpo com cuja vinda se esvaecem todas as sombras. Pelo qual são Paulo afirma que o sábado era "a sombra do porvir". Do resto, declara a mesma verdade quando, no capítulo 6 da carta aos Romanos, nos ensina que fomos sepultados com Cristo, a fim de que por sua morte morramos à corrupção de nossa carne. E isso não se efetua num só dia, senão ao longo de toda nossa vida até que, mortos inteiramente a nós mesmos, sejamos transbordados da vida de Deus. portanto deve estar muito longe do cristão a observação supersticiosa dos dias.

Mas como os dois últimos motivos não podem contar-se entre as sombras antigas senão que se referem por igual a todas as épocas, apesar de ter sido ab-rogado o sábado, ainda tem vigência entre nós o que escolhamos alguns dias para escutar a Palavra de Deus, para romper o pão místico na Ceia e para orar publicamente. Pois somos tão fracos que é impossível reunir tais assembleias todos os dias. Também é necessário que os servos e os operários possam repor-se de seu trabalho.

Por isso foi abolido o dia observado pelos judeus —o qual era útil para desarraigar a superstição—, e se destinou a esta prática um outro dia —o qual era necessário para manter e conservar a ordem e a paz na Igreja. Se, pois, aos judeus se deu a verdade em figura, a nós se nos revela esta mesma verdade sem nenhuma sombra: Primeiramente, para que consideremos toda nossa vida um "sábado", quer dizer, repouso contínuo de nossas obras, para que o Senhor opere em nós por meio de seu Espírito. Em segundo lugar, para que mantenhamos a ordem legítima da Igreja, com o fim de escutar a Palavra de Deus, receber os Sacramentos e orar publicamente. Em terceiro lugar, para que não oprimamos desumanamente com o trabalho aos que nos estão sujeitos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

TEXTO (ÊXODO 20.1-2)

1. Então, falou Deus todas estas palavras: 2. Eu sou o SENHOR, teu Deus, que tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

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      INTRODUÇÃO

Os Dez Mandamentos são uma passagem das Escrituras muito bem conhecida. É interessante que mesmo descrentes são capazes de citar alguns senão todos os mandamentos. Não obstante, os Dez Mandamentos são extremamente negligenciados e desprezados em um mundo corrompido e avesso a tudo aquilo que pertence a Deus. Familiaridade com os Dez Mandamentos não significa amor pelos mesmos ou disposição para cumpri-los. Mesmo na igreja a familiaridade com os Dez Mandamentos tem os seus perigos: “Familiaridade, por outro lado, tem suas desvantagens, visto que as pessoas tendem a ignorar aquilo que elas acreditam que entendem”.[1] Um exemplo disso, queridos irmãos, é o fato de que quando pensamos nos Dez Mandamentos, dificilmente entendemos que essa pequena introdução faz parte dos mesmos. E mais, dificilmente entendemos que compreender essa pequena introdução é de grande importância para podermos obter o correto entendimento dos Dez Mandamentos e, assim, sermos abençoados. Por qual razão os dois primeiros versos dos Dez Mandamentos são importantes?

Hoje consideraremos apenas o primeiro versículo de Êxodo 20, e veremos o fundamento da real importância dos Dez Mandamentos.

ELUCIDAÇÃO

O povo estava ao pé do Monte Sinai. Ele tinha acabado de experimentar o poderoso livramento da parte do Senhor. O propósito de Deus era que o povo, ao ser liberto do Egito, o adorasse e o servisse no deserto: “Dirás a Faraó: Assim diz o SENHOR: Israel é meu filho, meu primogênito. Digo-te, pois: deixa ir meu filho, para que me sirva; mas, se recusares deixa-lo ir, eis que eu matarei teu filho, teu primogênito” (Êxodo 4.23). Então, uma fez fora do Egito, o povo deveria se preparar para servir ao Senhor. Pecador como era, o povo não poderia se aproximar do Senhor de qualquer forma. Ele não poderia servir a Deus como bem entendesse, como bem quisesse. Era necessário que o Senhor fornecesse algumas diretrizes, mandamentos específicos para que o povo soubesse exatamente como deveria andar na presença de Deus.

E assim tem início o texto que lemos.

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  EXPOSIÇÃO DA PASSAGEM
VERSÍCULO 1: “Então, falou Deus todas estas palavras”.

Irmãos, essas palavras são de grande importância. Elas “claramente indicam a origem divina da Lei”.[2] Thomas Watson afirma que, essas palavras são como o “som de uma trombeta antes de uma solene proclamação. Em outras partes da Bíblia é dito que elas foram proferidas pelas bocas de santos profetas (Lucas 1.70), mas aqui Deus em pessoa é quem fala”.[3] “Enquanto as Escrituras subsequentes atribuem a autoria da Lei a Moisés (Êx 24.4; Jo 1.45), seu prólogo nos diz que o seu autor último é Deus”.[4]

A implicação clara, meus amados irmãos, é que devemos encarar os mandamentos divinos com a máxima seriedade. Aqui, Deus não se utilizou da instrumentalidade de seus servos, os profetas. O próprio Deus, condescendendo à nossa pequenez, falou, proferiu o conteúdo dos seus santos mandamentos. Ao considerarmos os Dez Mandamentos, lembremos que o seu Autor os proferiu imbuídos de dois requisitos essenciais:

(1) Ele falou com sabedoria. Como afirmou Jó: “Ele é sábio de coração” (9.4). Deus possui o monopólio da sabedoria.[5]

(2) Ele também falou com autoridade. Deus possui o supremo poder em sua mão. É Deus quem dá aos homens a vida. E Aquele que dá aos homens as suas vidas tem o direito de exigir que eles andem de acordo com suas leis.

Irmãos, se Deus falou essas palavras, então devemos atender a elas com reverência. Cada palavra da lei moral é um oráculo do céu. O próprio Deus é o pregador, que convoca à obediência. O nosso texto diz: “Então, falou Deus todas estas palavras”. Irmãos, com que veneração devemos atender ao que o Senhor diz! Com que respeito e reverência devemos atender aos Dez Mandamentos!

Outra implicação, é que já que o Senhor falou todas as palavras aqui contidas, devemos lembra-las sempre. De fato, querido, tudo o que Deus falou nas Sagradas Escrituras é digno de ser lembrado. As palavras de Deus possuem um peso enorme para a nossa salvação: “Porque esta palavra não é para vós outros coisa vã; antes, é a vossa vida” (Deuteronômio 32.47). Nosso coração deve ser como a arca, dentro da qual ficavam as duas tábuas com os Dez Mandamentos. Devemos mantê-los guardados aqui dentro do nosso coração.

Uma terceira implicação, é que já que os Dez Mandamentos foram proferidos diretamente pelo Senhor, devemos acreditar em cada um deles. Devemos ver o nome de Deus em cada mandamento. Irmãos, se Deus falou cada uma destas palavras, então, devemos dar crédito a cada uma delas. O grande erro de Eva foi dar mais crédito às palavras da serpente do que à Palavra de Deus. Incredulidade enfraquece a virtude da Palavra de Deus e a torna abortiva em nossas vidas. De nada adianta ouvir a Palavra e não crer que ela tem a sua origem diretamente dos céus.

Irmãos, se Deus falou todas estas palavras, então, devemos amá-las. Devemos ter o mesmo sentimento que houve no salmista Davi: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia!” (Salmo 119.97); “Considera em quanto amo os teus preceitos...” (Salmo 119.159). Irmãos, a lei moral é a cópia da vontade de Deus. Ela é o nosso diretório espiritual, que nos mostra o que fazer para que os pecados sejam evitados, e quais deveres devem ser cumpridos. "Os Dez Mandamentos são como uma corrente de pérolas para nos adornar; eles são o nosso tesouro para nos enriquecer, pois eles são mais preciosos que as especiarias da terra e as rochas de diamantes”.[6] Davi expressou essa verdade: “Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata” (Salmo 119.72).

Por fim, queridos irmãos, se Deus falou todas estas palavras, então, cada uma delas deve ser obedecida. Quando um rei fala, a sua palavra exige lealdade. Assim, muito maior lealdade é exigida quando Deus fala. As suas palavras devem ser prontamente obedecidas. Ele não deseja que obedeçamos apenas a alguns de seus mandamentos. Cada palavra falada por Ele exige obediência.

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  CONCLUSÃO
Quero concluir, meus amados irmãos, depois de termos ouvido sobre as implicações do primeiro versículo de Êxodo 20, refletindo com os irmãos a respeito de uma pergunta simples: “Quem pode obedecer a todos os mandamentos de Deus?”[7] Irmãos, obedecer à lei perfeitamente, no sentido jurídico, ninguém pode, ninguém é capaz. O pecado cortou a nossa capacidade de obediência perfeita aos mandamentos de Deus. O pecado despedaçou a nossa justiça original, onde a nossa capacidade repousava. Porém, em um verdadeiro sentido, por causa do evangelho, podemos obedecer à lei moral, como prova da nossa aceitação por parte do Senhor. A obediência do evangelho consiste em um esforço real por observar toda a lei moral: “Espero, SENHOR, na tua salvação e cumpro os teus mandamentos” (Salmo 119.166). Porque Davi cria na salvação, ele encontrava disposição para obedecer à lei moral. Isso não quer dizer que sejamos capazes de fazer tudo aquilo que nos é exigido. Significa, antes, que devemos fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance para obedecermos às palavras faladas pelo Senhor na sua santa Lei.



Fontes:http://www.cristaoreformado.com/2012/03/introducao-ao-estudo-dos-os-dez.html

Os Dez Mandamentos:Valores divinos para uma sociedade em constante mudança.Soares,Esequias.Cpad,2015


http://www.jesussite.com.br/artigos/contradicoes_txt.asp?Cod=8

Introdução aos Dez Mandamentos

                                                                               

Meus amados e queridos irmãos que nos acompanham neste blog. Eu saúdo à todos com a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Neste mês de Fevereiro estudaremos à fundo um dos maiores temas da Palavra de Deus
Os Dez Mandamentos - Valores Divinos para uma Sociedade.
E hoje iremos iniciar com o primeiro mandamento: Não Terás outros deuses diante de Mim        (Êxodo 20:3) e o segundo : Não farás para ti imagem de escultura,nem semelhança alguma que há nos céus,na terra,e debaixo da terra,nem nas águas debaixo da terra (Êxodo 20:4).
O link para os vídeos no canal do YouTube estarão disponíveis disponíveis aqui embaixo para acessar por completo o tema deste estudo. assim como hoje estará disponível aqui no blog.
Que o Senhor Deus os Abençoe grandemente a sua vida,Amém!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Perigo de não conhecer as Escrituras

Em Mateus 22:29, o Senhor Jesus menciona que os Saduceus (um grupo nos tempos de Jesus,que afirmavam que não havia ressureição) erraram na declaração deles, pois ´´não conhecia as Escrituras,nem o Poder de Deus``.
Este é um grande ponto em que devemos entender o motivo de Jesus ter afirmado esta posição aos Saduceus.

1º Ponto: A Intenção deles era com a preocupação terrena pessoal.
Mateus 22:23 menciona que eles diziam não haver  ressureição,portanto,claramente,o assunto perguntado ao Senhor Jesus,não tinha caráter espirtual mas ainda terreno,ainda que mencionado a ressureição por eles,não tinham  como objetivo conhecer o Poder de Deus.

2ºPonto: Uso da Lei Moisés de forma incorreta.
Moisés mencionou sobre a Lei de suscitar descendência (Deuteronômio 22:5).O perigo estava na forma como foi colocado a Jesus,a mistura de uma siutação terrena com a espiritual.Carne e sangue não pode herdar o Reino dos Céus (1 Coríntios 15:50),Assuntos espirituais não se misturam com assuntos terrenos.Esse é um grande erro.

3º Ponto: Conhecendo as Escrituras e o Poder de Deus.
O Senhor Jesus menciona claramente que eles erram por não conhecerem 2 prioridades importantes em nossas vidas. As Escrituras e o Poder de Deus. A meditação na Palavra de Deus é de prioridade fundamental em nossas vidas. Por ela,se conhece o Poder de Deus,de forma clara,transparente,limpa,pura e Santa.

Que possamos estar sempre buscando conhecer as Escrituas e o Poder de Deus para que não entremos no caminho do erro.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Estudo do mês de Fevereiro


                                                    
Meus amados e queridos irmãos,é com grande alegria que venho cumprimentar à todos com a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Neste mês de Fevereiro,o estudo que será tratado aqui será sobre os 10 mandamentos,tendo como base na Palavra de Deus em êxodo 20.

Abordaremos todas as questões que serão enfatizadas aqui dentro do tema proposto neste blog

O estudo ficará disponível á partir desta sexta-feira às 10:00 hrs.
Que o Senhor Deus os Abençoe no nome do Senhor Jesus!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Temor de microcefalia pode gerar “explosão” de abortos no Brasil

“A gente precisa separar a religião das decisões políticas”, pede dirigente da OMS

Reportagens da Folha de São Paulo e da revista Época mostraram esta semana como o número de abortos no Brasil está aumentando drasticamente por temores de microcefalia.
O vírus zika tem uma relação ainda não comprovada com a microcefalia. Mesmo assim, a médica obstetra brasileira Suzanne Serruya –  chefe da área que estuda o assunto dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS) – defende o “aborto preventivo”.
Ela afirma que deseja fomentar, entre governos e órgãos multinacionais, as pesquisas e políticas públicas adequadas no combate ao zika.
Ela não mede palavras: “Os casos de zika vão pressionar o debate sobre os direitos reprodutivos. A interrupção da gravidez, em qualquer situação, é uma decisão da mulher… Enfrentar a discussão do aborto é inevitável, com tudo que ela traz.  A gente precisa separar a religião das decisões políticas. Estados não laicos são extremamente desfavoráveis à mulher. A interrupção da gestação é uma questão de saúde pública, envolve morte materna”.
A reportagem da Folha mostra que o temor que a criança desenvolva uma má-formação está influenciando decisivamente mães a realizarem aborto. Ainda que não tenham certeza que os filhos nasceriam com microcefalia. Mesmo com venda proibida no país, o misoprostol (Citotec) tem sido aplicado pelos médicos.
O infectologista Artur Timerman, de São Paulo, afirma que o simples risco de o bebê desenvolver microcefalia está levando as mães pela decisão de abortar. O mesmo é dito pela ginecologista Ana (que prefere não dar o sobrenome), do Nordeste do país e o infectologista Roberto Badaró, da Bahia.
Esses numerosos “abortos preventivos” ocorrem pelo medo das possíveis consequências do zika ao feto, que incluem “repercussões neurológicas, cegueira, surdez, sem perspectiva de cura ou melhora”, explica o obstetra Thomas Gollop, professor da USP.
A lei no Brasil permite o aborto apenas em casos de estupro, risco de vida da mãe e quando o feto é anencéfalo. Por isso, Paulo Leão, procurador do Estado no Rio e membro do movimento Brasil sem Aborto, afirma que realizar esses abortos por temos de microcefalia ou outra má-formação é “eugenia” (seleção da espécie).
Atualmente, os casos de microcefalia que supostamente estão associados ao vírus da zika chegam a 3.448. Aproveitando o temor de uma epidemia, um grupo de advogados, acadêmicos e ativistas vai procurar o Supremo Tribunal Federal, pedindo o direito ao aborto quando há má-formação.
Eles acreditam que têm chance, pois é o mesmo grupo que entrou com a ação pedindo permissão para interrupção da gravidez de anencéfalos, acatada pelo STF em 2012.
Um dos pontos contras desse pedido é que o diagnóstico da microcefalia é tardio, diferentemente do da anencefalia, feito a partir da 12ª semana de gestação. Em geral, os casos de microcefalia associados ao zika foram constatados na 28ª semana de gravidez, com desvio padrão de cinco semanas (para mais ou menos). Ou seja, os bebês já estão totalmente formados.
Pelo que se desenha e pela ineficácia do governo de Dilma, que não apresentou soluções, chegando a declarar que havia “pedido a batalha para o mosquito”, parece inevitável uma explosão no número de abortos no país. Ou pior, usando as epidemias atuais, os abortistas conseguirão regulamentar o aborto no país, a revelia da constituição.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

É pecado julgar?

                                                                                    


Jesus disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1). Este versículo é citado por muitas pessoas para condenar qualquer pessoa que critica as doutrinas ou práticas religiosas de outros. Ironicamente, as pessoas que assim usam o texto não percebem que estão julgando a outra pessoa culpada de desobedecer esta proibição! É pecado julgar? Como é que devemos entender essas palavras de Jesus?


Jesus condena o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar o ponto. Uma pessoa está sofrendo por causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros. Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais graves.

Jesus condena a atitude negativa do censor. Algumas pessoas vivem para criticar, sempre procurando e destacando as falhas dos outros. Tais pessoas convidam outros a ser críticos, também. Quando condenamos as pequenas falhas de outros, eles terão motivo para nos condenar (considere o exemplo do servo que não perdoou o outro, Mateus 18:23-35).

Jesus não condena a avaliação dos outros. Mateus 7 mostra claramente que Jesus não está condenando a avaliação dos outros. Temos que discernir entre o certo e o errado, e entre as pessoas que praticam as coisas de Deus e as que andam no erro. No versículo 6, Jesus exige o julgamento de pessoas que ouvem o evangelho, e a rejeição dos "porcos" e "cães". Do versículo 15 ao 20, ele ensina sobre o julgamento de professores pelos frutos (veja Mateus 16:6,11-12).

Paulo exige o julgamento. Não é o bastante dizer que o servo de Cristo pode julgar. O discípulo de Jesus é obrigado a julgar! Às vezes, alguém na igreja terá que julgar outros irmãos para resolver problemas (1 Coríntios 6:1-5). Em geral, todos nós temos que julgar todas as coisas, retendo o bem e rejeitando o mal (1 Tessalonicenses 5:21-22). Para discernir entre essas coisas, é necessário crescer espiritualmente (Hebreus 5:12-14). As pessoas incapazes de julgar continuam como crianças, como pessoas carnais (1 Coríntios 3:1).

O propósito do julgamento que Deus exige de nós não é para condenar ninguém ao castigo, mas para evitar o pecado e ajudar outros, também, ficarem livres do mal.