quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2020 - Capítulo 5 - Eliseu - Referencial de Conduta Cristã

 




Comentarista: Leonardo Pereira



Texto Bíblico Base Semanal: Marcos 13.33-37

33. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.
34. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.
35. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
36. Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
37. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.

Momento Interação

Prezados estudantes da Palavra de Deus, chegamos ao final de mais um Comentário Bíblico Mensal e consequentemente, ao final de mais um. Estudamos diferentes temáticas e com diversas análises e observações. O crescimento espiritual e bíblico tem como fundamento na busca de mais intimidade com o Senhor, e pela constante pesquisa,  e intensa dedicação às Sagradas Escrituras. Assim haverá o crescimento na graça que há em Cristo Jesus e a maturidade espiritual que precisamos para a nossa perseverança até o fim. Encontramo-nos em um mundo repleto pelo relativismo, pragmatismo e ecumenismo. Os referencias dos cristãos ver se perdendo aos poucos com o acúmulo dos referencias no mundo. A Bíblia mostra uma galeria de heróis da fé que foram até o fim, ainda que com lágrimas e dores. Estes referenciais precisamos ser para que a próxima tenham pessoas em que possam se espelhar. Deus vos abençoe e até o próximo ano.

Introdução

Neste último capítulo estudaremos sobre o referencia de Eliseu como modelo de conduta cristã para os nosso dias. Ao estudarmos a sua vida e o seu ministério de poder em palavras e de milagres, compreenderemos a suma importância da intimidade que devemos ter com o Senhor e nos afastarmos do mundo. O mundo passará com tudo que nele há, mas as suas palavras e a sua preciosas presença sempre permanecerá para com os seus (Mt 28.20). Observemos sobre como ao observarmos a vida do profeta Eliseu, encontraremos preciosas lições para uma vida de um verdadeiro cristão em Cristo Jesus.

I. Eliseu - Um Autêntico Homem de Deus

O exemplo do profeta Eliseu como um genuíno homem de Deus é ingável diante da sua história relata na Palavra do Senhor. Desde antes de suceder a Elias, percebemos a sua importância com que conduz a sua vida e sua caminhada com o Senhor com integridade e com fidelidade. Eliseu passa-nos o modelo em como os verdadeiros servos do Senhor devem se portar em meio a tempos difíceis e trabalhosos dando o seu testemunho diante de Deus e dos homems.

1. O testemunho diante dos filhos dos profetas. Seu testemunho diante dos profetas não mudou mesmo depois de ele suceder a Elias. Com o profeta Elias, Eliseu o acompanhava em seu ministério profético e o servia fielmente (1 Rs 19.19-21). Após a ascensão do profeta Elias, Eliseu deveria confirmar o seu ministério profético aos filhos dos profetas, e a separação das águas do Jordão foi a confirmação que o Senhor concedeu ao seu profeta para mostra a Israel que aquele é o sucessor de Elias: "Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra" (2 Rs 2.15). O seu testemunho profético aos filhos dos profetas permaneceu fiel não se ensoberbecendo nem mesmo se considerando superior, mas um servo do Senhor realizando a vontade do altíssimo.

2. O testemunho diante da mulher sunamita. Ao se deparar com a mulher sunamita, Eliseu sempre se detinha em sua casa para se alimentar do pão que a mulher lhe oferecia. Seu testemunho era de tal maneira ilibada que a própria mulher disse ao seu marido que ele realmente era um homem de Deus: "Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus" (2 Rs 4.8,9). Seja pelas ruas ou em casa de pessoas da nação, Eliseu mostra que a sua personalidade não muda seja em lugares remotos ou entre os seus patrícios.

3. O testemunho diante dos três reis. A guerra entre Moabe contra Edom, Israel e Judá estava para haver início, e sem a terem quem recorrer, Josafá avisa aos reis de Israel e de Edom que tinha uma pessoa com quem eles poderiam contar, e os ajudariam naquela batalha como profeta do Senhor. Josafá passa aos dois reis a biografia irrepreensível de Eliseu com detalhes da sua ética e de sua moral: "E disse Jeosafá: Não há aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao Senhor por ele? Então respondeu um dos servos do rei de Israel, dizendo: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias. E disse Jeosafá: Está com ele a palavra do Senhor. Então o rei de Israel, Jeosafá, e o rei de Edom desceram a ter com ele" (2 Rs 3.11,12). O rei Josafá passa para os outros reis o testemunho de Eliseu em sua casa e em seu ministério. A vida e a integridade de Eliseu com o decorrer do tempo não teve variações nem mudanças. Buscou fazer apenas uma coisa só: cumprir somente a vontade do Senhor.

II. Eliseu - Um Autêntico Ministro da Palavra

A Palavra de Deus é a nossa regra de fé e prática. É a palavra do Senhor que nos guia e direciona os nosso caminhos. Através do tempo, o Senhor utilizou homens e mulheres que ministravam somente aquilo que deveria ser dito da parte do Senhor, nem uma palavra mais, nem uma palavra a menos. Por isso, observamos que somente os verdadeiros ministros da Palavra de Deus foram usados em fidelidade e integridade para com o Deus Vivo. Eliseu foi um destes importantes ministros da mensagem divina ao povo.

1. A Palavra de Deus é a Verdade. Eliseu em seu ministério profético falava somente aquilo que o Senhor lhe permitia. A sua vida era orientada pela Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Eliseu ministrava ao povo com poder e fé não as suas palavras, mas a Palavra do Senhor. O compromisso de Eliseu era com a Palavra de Deus e o Senhor velava para a cumprir (Jr 1.2). Pela vida de Eliseu, entendemos que a vida de um profeta e de um ministro da palavra do evangelho é o compromisso fiel com a Palavra de Deus. Devemos dizer somente aquilo que nos consta da parte do Senhor em sua mensagem nas Escrituras, e não em nossas palavras pois quem nos guia e orienta a ministrarmos a mensagem divina é o Espírito Santo de Deus (Lc 12.8-12).

2. A Falsa Mensagem dos Falsos Ministros. O Senhor Jesus nos informou que nos últimos dias, se levantarão muitos falsos profetas e muitos que se autoproclamaram o próprio Cristo (Mt 24.4,5,11). Paulo falando a Timóteo disse "que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência" (1 Tm 4.1,2). Muitos virão com uma falsa mensagem de um outro evangelho dizendo ser a verdadeira mensagem. Por conta disso, percebemos o acúmulo no Brasil e no mundo de falsos mestres e falsos profetas que se intitulam representantes de Jesus na terra. Assim como nos tempos do Antigo Testamento, em que haviam os profetas de Baal à serviço de Acabe e de Jorão, seu filho, muitos falsos mestres e profetas se encontram a serviço de Satanás, e devemos combater estes falsos ministros do evangelho com o verdadeiro evangelho (Jo 14.1-6).

3. Eliseu - um referencial no ministério da Palavra. Eliseu proclamava a mesma mensagem toda vez que saíam as palavras da sua boca: "Assim diz o Senhor...". Muitos falsos mestres e falsos profetas se infiltram no meio do povo de Deus travestidos de homens fiéis na mensagem divina, mas que no fim demonstram serem disseminadores e heresias e de modismos. Assim como Eliseu e os profetas fizeram, devemos nós enfatizarmos que o Senhor não tem compromisso com as nossas palavras. Deus apenas tem o compromisso com a sua Palavra.

III. Eliseu- Um Autêntico Profeta do Senhor

O ministério de Eliseu como profeta do Senhor em Israel é inquestionável tanto pelas suas palavras quanto pelas suas obras maravilhosas em prol da nação no poder do espírito de Deus. A autenticidade do profeta jamais foi questionada através dos tempos, ainda que existam céticos duvidando dos feitos do santo homem de Deus. Eliseu demonstra em seu ministério a importância da sua responsabilidade como profeta no poder de Deus, para cumprir os desígnios do Senhor.

1. Profeta Aprovado. A aprovação do ministério de Eliseu não foi de Elias, nem dos filhos dos profetas ou da própria nação. Quem testificou que Eliseu era um profeta foi o Senhor quem o elegeu para tal responsabilidade a a partir de Elias (1 Rs 19.16). Deus colocou Eliseu no lugar de Elias mostrando desde o Jordão aonde iniciou o seu ministério, até a presença dos reis, que o Senhor escolhera como um grande profeta para ministrar a nação sobre o caminho que eles devessem seguir.

2. Um Ministério Profético de Excelência. É completamente indiscutível que o ministério de Eliseu foi sobremaneira mais excelente que o de Elias. Literalmente em sua forma dobrada, o seu ministério foi mais longínquos com mais sinais e manifestações poderosas do Senhor perante as nações e os reis. Muitos milagres foram realizados pelas mãos de Eliseu, bem como ministrou a muitas pessoas, sempre afirmando que quem realizava tais ações era o Deus Vivo e Verdadeiro (At 17.31).

IV. Eliseu - Referência para os Nossos Dias

Eliseu é um dos grandes heróis da fé com uma lista de feitos sublimes no poder do Senhor. É um dos homens dos quais o mundo não era digno. Sem exemplo de fé e de fidelidade ao Senhor se torna uma grande referência para os dias atuais, em que se encontram turbulentos e trabalhosos para os discípulos de Cristo Jesus.

1. Eliseu - Um homem de intimidade com Deus. Eliseu é para nós exemplo de intimidade com o Senhor. Não fazia uma atitude sequer sem a presença ou a bênção de Deus. Tudo em sua vida era uma conformidade com o Altíssimo. Em tempos bastante difíceis, necessitamos de uma busca por uma intimidade com o Senhor. A falta de intimidade afasta-nos do Senhor, fazendo-nos sermos áridos em nosso ser e viver. Só podemos obter uma vida como um manancial na plena presença gloriosa de Deus de forma constante. A intimidade de um cristão com o Senhor é uma vida voltada para os planos de Deus em conformidade e novidade de vida.

2. Eliseu - Um referencial de fidelidade com Deus. Fidelidade é lealdade incondicional ao Deus Vivo. É um compromisso único, no qual a pessoa deve levar até o fim, como o Senhor o faz. Se há uma crise pela qual passamos nos dias atuais, é a falta de fidelidade, conforme disse Cristo: "Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào" (Mt 24.10). Devemos ser fiéis aquele que nos prometeu que voltará para buscar a sua amada Igreja.

Conclusão

O profeta Eliseu é um exemplo a ser seguido para os cristãos de nosso tempo. Ainda falho como homem, buscou ele se portar de maneira que agradasse a Deus, se santificando e vivendo uma vida a qual o Senhor obteria prazer nele. Em tempos de dificuldades, o Senhor sempre levantou e sempre levantará, homens e mulheres fiéis em sua mensagem e em suas obras, buscando somente glorificar o seu Nome e engrandecendo-o. Assim como Eliseu, busquemos cada vez mais a presença de Deus conforme se encontra no Livro de Neemias: "Só tu és Senhor; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora. Tu és o Senhor, o Deus, que elegeste a Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão" (Ne 9.6,7).



Sugestão de Leitura da Semana: ROGÉRIO, Marcos. Credo & Conduta. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

A Real Ênfase do Natal - Um Presente de Deus

 


Por Leonardo Pereira,


O natal durante muito tempo é e continua sendo, um grande símbolo de comemorações com presente, com alegrias e um período de um forte vínculo familiar. Esta festa que antecede o final de um ano é caracterizado pelo marketing e pelos eventos como um momento de festejar a data, mas não o real propósito da data. Figuras como o Papai Noel e filmes e séries retratando o Natal adentraram-se nos lares e fazem-se presente com um pinheiro, símbolo da árvore de natal aonde enfeita-se toda a árvore e embaixo dela, colocam-se os presentes para as crianças e os demais familiares. Realmente, é muito bonito nesta data poder presenciar famílias e amigos comemorando e festejando durante um ano de lutas e de intensas provações. Longe de aqui neste artigo desafazer o maravilhoso espírito do Natal ou mesmo ser totalmente crítico aos que comemoram e mantém as tradições familiares. Meu propósito com este artigo é apresentarmos o verdadeiro Natal Bíblico, para além dos marketings e das figuras que "buscam" obter para sí o símbolo do Natal. Nesta data tão festejada e comemorada, pretendo aqui trazer aos leitores um panorama bíblico do Natal e um pouco da história que ele representa, à luz das Escrituras Sagradas, para nosso entendimento e para a glória do Senhor. Primeiramente detalhemos alguns princípios acerca do Natal.

O Início das Festividades

A origem da comemoração natalina se deu historicamente a partir do século IV, quando a Igreja Católica Romana instituiu esta comemoração, e daí se expandiu ao protestantismo, e ao resto do mundo. Pelo exame da Bíblia é muito difícil precisar que Jesus nasceu em dezembro! Lucas 2:8 diz: Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam os seus rebanhos, durante as vigílias da noite. Dezembro é tempo de inverno naquela região. Costuma chover e nevar na região da Palestina, assim, os pastores não poderiam permanecer ao ar livre nos campos durante as vigílias da noite. Naquela região, as primeiras chuvas costumam chegar nos meses de outubro e novembro. Durante o inverno os pastores recolhem e guardam as ovelhas no aprisco... Eles só permanecem guardando as ovelhas ao ar livre durante o verão! Mas existem outras teorias a respeito do nascimento por exemplo:

  1. 25 de março – seria a data do nascimento ou da anunciação do nascimento;
  2. 06 de janeiro também é considerada, por alguns, como a data do nascimento, mas a maioria comemora a Epifania (Batismo de Cristo). Perceba se a anunciação foi 25 de março o nascimento deverá ser 25 de dezembro (9 meses de gestação).

A Origem do dia 25 de Dezembro

Muitos creem que a data de 25 de dezembro foi retirada de uma comemoração pagã relacionada com o Solstício de inverno (Época em que o Sol, tendo-se afastado o mais possível do equador, parece deter-se e estacionar durante alguns dias, antes de voltar a aproximar-se de novo do equador), entre 17 e 21 de dezembro. Baseado nesse solstício, toda civilização que estudavam os astros adotaram a adoração ao sol ou ao seu “deus” mais ilustre nesta data. Notadamente em Roma existia o “Nascimento do Sol Invicto” celebrando o “Novo Sol”. Essas festividades pagãs eram muito populares e, segundo alguns, foram sincretizadas para o cristianismo por Constantino, pois depois da conversão do imperador romano ao cristianismo, a população não queria abandonar esse costume. 

Assim eles relacionaram Cristo com o “deus-sol”. Note que sincretismos é coisa comum na historia, perceba o da Bahia, na qual cada “santo católico” possui um similar nos cultos africanos, da mesma forma os deuses romanos se sincretizaram com os santos católicos. É percebida varias semelhanças, por exemplo entre Mercúrio e Santo Antonio, também no culto prestado a ambos, além das atribuições de funções a cada deus/santo, um é responsável pela cabeça, outro pela mão, outro pelo parto, etc. Até mesmo a questão dos ex-votos na qual os fiéis depositam pedaços do corpo humano de cera, já era costume dos gregos e romanos. Já outros crêem justamente o contrário. Que a data 25 de dezembro já era comemorada pelos cristãos primitivos, e um imperador romano, para enfraquecer a fé cristã, colocou a festa do “Nascimento do Sol Invicto” para certamente, enfraquecer esta data.

A Árvore de Natal e os Presentes

Mais uma vez alguns crêem que a origem da árvore de natal vem de Lutero, que quis relacionar com o céu, outros crêem que a origem da árvore de Natal vem da antiga Babilônia, de Ninrode, neto de Cão, filho de Noé. Segundo a qual a árvore representa o próprio Nirode redivivo, e que em determinado período, seu espírito se apossava da árvore. Realmente existem em muitas culturas, os cultos as árvores e animais também. Entre os druidas, o carvalho era sagrado, entre os egípcios as palmeiras, em Roma era o Abeto, que era decorado com cerejas durante a Saturnália, inclusive o “santo daime” que é uma droga usada por seitas latinas atuais, etc.

Já o costume de dar presente vem dos Reis Magos, na qual eles trouxeram presentes para Jesus, E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra (Mt 2.11). Ou ainda, como alguns acreditam, de um costume pagão atribuído a Odim, deus nórdico, na qual Odim dava presente a seus adoradores através de uma árvore.

O “Papai Noel” e a prática de dar presentes as escondidas

O nome “Papai Noel” é uma corruptela do nome “São Nicolau”, um bispo romano que viveu no século V. São Nicolau, bispo de Mira, um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro… A lenda de suas dádivas oferecidas as escondidas, de dotes, às três filhas de um cidadão empobrecido. Daí teria surgido a prática de se dar presentes “as escondidas” no dia de São Nicolau (6 de dezembro). Mais tarde essa data fundiu-se com o “Dia de Natal” (25 de dezembro), passando a se adotar também no natal essa prática de se dar presentes “às escondidas”, como o fazia o Saint Klaus (o velho Noel!). Então surgiu daí a tradição de se colocar os presentes às escondidas junto às árvores de natal! Também a imagem de Papai Noel que conhecemos foi criado pela Coca-cola em uma de suas propagandas, há mais ou menos 150 anos atrás.

Velas e luzes

O Uso de velas é um ritual de dedicação aos deuses ancestrais. A vela acendida está fazendo renascer o ritual dos solstícios, que mantêm vivo o sol, ou ainda iluminando as almas no mundo do além túmulo. Não tem nenhuma relação com o candelabro judaico (ou Menorah).

Presépio

O presépio não precisaria nem explicar o que é, é uma representação do nascimento de Jesus, porém a Bíblia manda não fazer imagens de esculturas, nem representações de nada no Céu ou na terra. Então alguns acreditam ser este um altar a Baal, consagrado desde a antiga babilônia. E um estímulo à idolatria! Em Êxodo 20.1-6, temos: "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos".

O que a Bíblia diz sobre o Natal?

O Natal não é mencionado nenhuma vez nas Escrituras. Todos os anos, em todo o mundo, algumas pessoas guardam o dia escolhido pelos homens para comemorar o nascimento de Jesus. Algumas pessoas o guardam como um dia santo especial, enquanto muitas outras fizeram dele um tempo de comercialização, de interesses egoístas. As modernas comemorações do Natal têm pouco a ver com os fatos da Bíblia. A Bíblia não revela a data do nascimento de Cristo, nem mesmo o número de magos que o visitaram em Belém. As Escrituras não autorizam uma comemoração especial na igreja, nem um dia santo para comemorar o nascimento de Jesus. Evidentemente, a Bíblia não dá aprovação ao materialismo egoísta, tão comum nessa época do ano.

Mas Jesus nasceu, e por um motivo muito bom. Ele veio para salvar-nos do pecado (1 Tm 2.6).  Ele é o Rei, não só dos judeus, mas de todos os homens (Mt 28.18-20). Sua grande vitória veio, não com seu nascimento, mas com sua morte e ressurreição. Esta é a vitória que o faz nosso Redentor, digno de honra e adoração (Ap 5.8-14). Hoje, precisamos imitar os magos, que procuraram tão esforçadamente encontrar Jesus. Não podemos nos contentar com as crenças tradicionais, as doutrinas humanas, ou os dogmas das igrejas. Temos que examinar as Escrituras (At 17.11). Temos que aceitar o que é certo e rejeitar o que é errado (1 Ts 5.21,22). Temos que estar certos de que Jesus veio a esta Terra uma vez, e que ele voltará para chamar-nos ao julgamento (At 17.30,31;  2 Co 5.9,10).

O Verdadeiro Significado do Natal para os Cristãos 

O Natal é quando celebramos o nascimento de Cristo. Deus enviou seu filho, Jesus, ao mundo. Seu nascimento trouxe grande alegria! Os pastores de Belém, os três reis magos e anjos compartilharam a emoção de conhecer o Salvador. Eles sabiam que este não era um bebê comum. Os profetas haviam falado sobre Ele, centenas de anos antes. A estrela de Belém foi enviada apenas para marcar o caminho para aqueles que estavam procurando por essa criança especial. O Evangelista Lucas descreve os eventos que seguiram este acontecimento magnífico: "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens" (Lc 2.10-14).

O Verdadeiro Significado do Natal

Por que o Natal? Por que Deus enviou Seu filho a este mundo? Ele nos enviou Jesus para que um dia, Ele crescesse e se tornasse a parte mais importante da história da humanidade. Sua vida em verdade e amor trouxe salvação e esperança a todos nós. Sem Jesus, morreríamos em nossos pecados. Jesus nasceu para pagar o preço exigido por Deus, para que pudéssemos ser perdoados. A Bíblia diz que todos pecaram. Todos nós nascemos com uma natureza pecaminosa. Fazemos coisas que não agradam a Deus. Através dos pecados de Adão e Eva, todos nós herdamos essa natureza inclinada ao mal. Precisamos que isso seja controlado. O único caminho é através de Jesus. Jesus veio para que Ele pudesse morrer na cruz por nossos pecados. Se acreditarmos que Jesus morreu em nosso lugar, podemos pedir que Ele venha ao nosso coração e nos perdoe: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 Jo 1.9). Nós podemos realmente ser felizes no Natal! Não importa o que aconteça, podemos saber que somos os Seus filhos. Nós nos tornamos filhos e filhas de Deus.

Conclusão

Na época do Natal, quando muitas pessoas mostram uma religião superficial e falam sobre um Jesus desconhecido para elas, nós devemos lembrar que é possível ser só cristãos, seguidores de Jesus. Não devemos ensinar ou defender doutrinas de homens. Temos que simplesmente seguir a Jesus e encorajar outros a fazerem a mesma coisa. Que possamos adorar a Cristo de acordo com a vontade dele!


Referências:

AGUIAR, Rubens Silva. O Natal e os Cristãos Evangélicos. Artigo publicado em: http://www.jacuipenoticias.com/religiao/dezembro/natal.htm. Consulta dia: 19/12/2020.

ALLAN, Dennis. O que a Bíblia diz sobre o Natal? Artigo publicado em: https://estudosdabiblia.net/bd412.htm. Consulta dia: 19/12/2020.

SILVA, Isael. O Verdadeiro Significado do Natal para Cristãos e Evangélicos. Artigo publicado em: https://brasilgospel.club/jesus/nascimento/o-verdadeiro-significado-do-natal/. Consulta dia: 19/12/2020.


Comentário Bíblico Mensal:Dezembro/2020 - Capítulo 4 - O Legado de Eliseu

 


Comentarista: Leonardo Pereira



Texto Bíblico Base Semanal: 2 Reis 13.20-25

20. Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano.
21. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés.
22. E Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
23. Porém o Senhor teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e tornou-se para eles por amor da sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó, e não os quis destruir, e não os lançou ainda da sua presença.
24. E morreu Hazael, rei da Síria e Ben-Hadade, seu filho, reinou em seu lugar.
25. E Jeoás, filho de Jeoacaz, tornou a tomar as cidades das mãos de Ben-Hadade, que ele tinha tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes Jeoás o feriu, e recuperou as cidades de Israel.

Momento Interação

A vida do profeta do Senhor é a vida de seu ministério. A vida de Eliseu é uma belíssima biografia do seu legado para as próximas gerações; mais especificamente para o Corpo de Cristo. Suas ações, palavras, atitudes nos levam a uma compreensão mais séria e objetiva ao ministério profético constado na Palavra de Deus. Que em nossa observação na vida deste profeta, nos leve a um compromisso mais sério com o nosso Deus, em nossos ministério aonde quer que nós estejamos. Bons Estudos!

Introdução

Os desafios na vida de alguém importante e do seu legado para as próximas gerações sevem de consolo, paciência e encorajamento para enfrentar as grandes questões da vida, principalmente o fortalecimento espiritual que obtemos sobre os grandes homens de Deus nas Escrituras Sagradas. A vida de um verdadeiro profeta é o legado de fé, coragem e esperança que passam para os que ficam vivos a certeza da atuação divina enquanto eles estiveram na terra. A morte para um homem de Deus não é o fim de uma vida em túnel vazio, mas da certeza de quem em que se crê e que tem a absoluta certeza que guardará os depósitos daqueles que foram fiéis até o fim. Assim também foi a vida e o ministério de Elias. Neste capítulo, estudaremos sobre os momentos finais de Eliseu e como em seu tempo de vida e ministério, se prosseguia em atuar como profeta, inspirando-nos a acrescentarmos cada vez mais a nossa fé na presença do Senhor, de modo  a dedicar-se ainda em idade avançada, para glorificá-lo diante de toda a nação de Israel e deixar um legado de fé para as próximas gerações.

I. O Adoecimento de Eliseu

Durante o nosso tempo de vida, passamos por situações complicadas que muitas vez nos impossibilitam de realizarmos as nossas tarefas. Uma destas complicações é o adoecimento. A incapacitação do corpo, em muitos momentos deixando-nos às portas da morte, deixam os mais íntimos ao nosso redor tristes e aos adoecidos, preocupados sobre a sua condição de vida. Eliseu, ainda que realizara grandes milagres e um ministério prodigioso em Israel, ficou também adoecido e isto se acometeu ao fim do seu ministério.

1. Eliseu em hiato durante o ministério profético. Encontra-se um hiato entre um período do ministério de Eliseu. Entre os capítulos 10 à 13 do livro de 2 Reis. Encontra-se um espaço de aproximadamento 52 anos em que os eventos que acontecem em paralelo nas nações tem a sua continuidade sem a menção do profeta do Senhor. Isto não significa que Eliseu abandonou o seu ministério ou que ele esteve inerte todo este tempo. Quer em hiato ou em aparições, Eliseu indubitavelmente continuou a executar o seu ministério em confiança do Senhor. O profeta de Abel-Meolá nos ensina que o mais importante é que estejamos realizando a obra de Deus para a sua própria glória, e não para satisfazer os interesses próprios.

2. O adoecimento do profeta Eliseu. Homens de Deus ainda passam por privações e por dificuldades na terra (cf. Jo 16.33; 2 Tm 3.12), e Eliseu já em idade avançada estava agora passando por este momento. O adoecimento de Eliseu foi acometida em algum momento estando ele já idoso fazendo ele logo em seguida falecer (2 Rs 13.14a). A Bíblia Sagrada não nos informa de modo específico qual era a doença ou em que momento ele veio adqurí-la. O que sabemos é que a sua fé não o impediu de continuar até o fim o seu ministério. A vida de um homem de Deus é a vida do seu ministério. Fiel ainda em circunstâncias críticas, Eliseu possuía a convicção que aquela doença não viria a impedí-lo de prosseguir em sua caminhada de intimidade com o Senhor.

3. As dificuldades dos servos do Senhor. A chamada Teologia da Prosperidade ensina que sempre seremos prósperos em todas as áreas da vida, e que se uma pessoa tiver passando por muitas dificuldades e/ou acometidos de enfermidades é porque tal pessoa não tem fé ou está em pecado. O profeta Elias em seu estado terminal mostra-nos que tal ensino não tem fundamento para se permanecer. Homens e mulheres de Deus que são idôneos e fiéis ao longo da história bíblica mostra que estas situações estão em condições de acontecer com qualquer um, rico ou pobre, alto ou baixo, brasileiro ou estrangeiro, estamos todos condicionados a passarmos por isto de acordo com Jesus Cristo (Jo 16.33). Podemos ver pelas Escrituras Sagradas que muitos passaram por dificuldes tais como a mulher Sunamita (2 Rs 4.8-37), Jó (Jó 1-2), Paulo (2 Co 11.24-28), Timóteo (1 Tm 5.23), e o próprio Eliseu. Assim, sabemos que as dificuldes nos sobrevêm, mas sabemos também que o nosso Redentor Vive (cf. Jó 19.25).

II. A Continuidade do seu Ministério Profético

Eliseu se propôs em fazer o máximo que ele podia. Utilizou toda a sua vida para Deus até o seu último instante da melhor maneira possível. Assim como seu antecessor, Elias, o profeta israelita, toda a sua vida foi voltada para a Obra de Deus e o Deus da Obra. Em Eliseu, encontramos a essência de um verdadeiro servo do Senhor, que ainda em condições de dificuldes, sabe-se que a sua vida pertence a Deus para ser utilizada da melhor maneira possível, vivendo para Ele.

1. Eliseu na companhia do rei de Israel. Eliseu se encontrava doente. A sua condição era dificultosa e em meio a esta situação, aparece-lhe o rei de Israel, Jeoás, que lhe vem ao seu encontro. Jeoás logo no momento em que chega ao local que estava Eliseu, lamenta de modo a chorar pela condição do profeta: "E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, o carro de Israel, e seus cavaleiros!" (2 Rs 13.14). Eliseu era uma pessoa bastante respeitada por muitos e Jeoás tinha muita estima por ele. A morte de Eliseu se acometeria de um grande crise moral e espiritual na nação, carente de homens no espírito de Elias, na unção do Senhor Deus.

2. A missão de Jeóas. Eliseu passou-lhe uma missão a Jeoás que era de ferir a terra dos siros até que se consumissem. A flecha deveria ser disparada com o objetivo de acabar com aquela nação que guerreava com os israelitas: "E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas. Então disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as do rei. E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do Senhor é a flecha do livramento contra os sírios; porque ferirás os sírios; em Afeque, até os consumir" (2 Rs 13.15-17). Infelizmente, Jeoás não concluiu a tarefa por completo e com isso, não os consumiria. Os afligiriam apenas três vezes mas não os exterminariam, dando prosseguimento a guerra de um longo tempo. 

III. A Morte de Eliseu

Chega o momento da partida de um grande homem de Deus. Eliseu não encerra o seu ministério profético como um velho profeta ou como um homem à semelhança de muitos. Ele o conclui da mesma maneira que o começo, fiel ao Senhor e zeloso em obdecer o seu chamado. Ainda em sua morte, Eliseu opera maravilhas para o conhecimento de toda Israel e para memória sua para a posteridade. O grande homem de Deus parte deste como uma poderosa voz profética, com um legado poderoso de conversão de Israel por meio de palavras e obras no poder do Senhor. 

1. A morte de Eliseu. Chegou o fim de uma vida que foi aproveitada a máximo pelo profeta para o seu Senhor. Eliseu morre não como um anônimo ou como uma pessoa famosa, mas morre como um verdadeiro servo de Deus, que levou até o final de sua vida os valores que adquiriu desde a saída da sua terra natal até o seu falecimento. Eliseu morreu mas as suas obras e o seu testemunho seguirão para sempre através das páginas da Palavra de Deus. A morte de um justo não é um fim de uma vida, muito menos um vazio pois em Cristo está a nossa esperança "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8,9).

2. A ressureição de um homem morto. As Escrituras nos informa que ainda mesmo que morto, Eliseu foi capaz de realizar milagres sobrenaturais. Foi jogado um morto dentro do tumulo de Eliseu, e fugiram. Olhando o fato acontecido, a ressurreição de um morto a partir do túmulo do profeta mostra a sua importância de que o Senhor é o Deus de vivos, e não de mortos. Segue-em Eliseu as palavras de Jesus que prefiguram o seu ministério futuro: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" (cf. Jo 11.25). 

3. A ação divina por intermédio de Eliseu. O milagre da ressureição de um morto no túmulo de Eliseu mostra o pleno controle do Senhor sobre todas as coisas. Eliseu sabia que não era ele quem realizava tais sinais, mas o Senhor através nele. Eliseu sabia que era um poderoso instrumento usado nas mãos de Deus. Em seu ministério, o Senhor lhe usou para dar vidas às águas, ao filho da Sunamita e ainda mesmo que morto, deste vida a um morto que caiu em seu túmulo. Na vida de Eliseu compreendemos o falar do apóstolo Paulo ao expressa a grandiosidade do Senhor: "Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef 3.20).

IV. O Legado de Eliseu

A vida do profeta Eliseu é uma vida de aprendizado, a biografia de um autêntico servo do Senhor, é o ministério de um santo homem de Deus, é um referência daqueles que se espelham em serem íntimos para com o Deus Verdadeiro. Eliseu deixa-nos um belíssimo legado em todos os aspectos de sua vida. Um modelo de como podemos relacionarmos com o Senhor e prosseguir na caminhada cristã. No profeta de Abel-Meolá observamos e encontramos uma visão da perspectiva cristã que devemos adquirir à fim de enfrentarmos os tempos trabalhosos e sermos fiéis até o fim (Mt 24.15).

1. O Legado Ético. A ética em todos os momentos se encontrava na vida e no ministério de Eliseu. A ciência define a ética como: “um grupo de princípios morais, no mais, o estudo da moralidade”. Portanto, Ética Cristã pode ser definida como os princípios que são derivados da fé Cristã e pelos quais agimos. Eliseu tinha princípios seguindo-os restritamente em sua vida como alvo principal de vida. Eliseu vivia para Deus e com Deus. Devemos hoje buscarmos a ética cristã como tendo regendo nossas vidas, princípios bíblicos a seguirmos, com o fez Eliseu enquanto em vida.

2. O Legado Moral. A moral deve fazer parte da vida de todo cristão. Moral é a condição de irrepreensibilidade e de integridade que se encontra em um pessoa exemplar, responsável e ética. A moral sempre fez parte da vida de Eliseu, seja entre o povo, entre uma família, ou entre os reis. Podemos perceber a sua moral na forma quando se refere à todos eles ou quando realiza uma determinada função pelo Senhor. A falta de moral e de exemplos na nação tem causado inúmeros problemas para a igreja, principalmente o aumento da incredulidade entre muitos e o esfriamento do amor. Uma vida e ministério com moral é uma vida e ministério com extrema confiança para com os homens e principalmente, para com o Senhor.

3. O Legado Espiritual. O maior legado que Eliseu deixou para os que hoje acompanham o seu ministério pela Palavra de Deus, seja o seu legado espiritual. Eliseu presenciou e realizou sinais e maravilhas em Israel através da manifestação poderosa do poder de Deus. Mortos ressuscitaram, águas ficaram sãs, saciou a fome de muitos e restaurou a vida de uma viúva, entre muitos outros sinais e maravilhas. O que Eliseu nos deixa não é somente o seu ministério de milagres e de sinais, mas principalmente, um ministério de intimidade com o Senhor. Não fora sua fidelidade e seu compromisso com Deus, Eliseu não seria o homem que ele foi. Por isso, tinha plena consciência ele que se achegando mais ao seu Senhor, o próprio Deus se achegaria cada vez mais á ele. 

Conclusão

Eliseu foi um dos grandes heróis da fé. Em seu ministério de porção dobrada do espírito de Elias, realizou milagres sublimes através de Israel. Todos estes sinais eram em prol da nação para que cresse no Deus Vivo e assim, se voltariam para Ele. Percebemos que infelizmente não foi isto o que aconteceu. Contudo, o seu ministério é um exemplo de fé, de coragem e de esperança para as próximas gerações estivessem compromissados com o Deus Vivo, para realizar e cumprir a sua vontade, para a sua honra e sua glória. Uma vida vivida ao máximo para o Senhor é uma vida que realmente se vale a pena desfrutar. Ainda que Israel não se convertesse aos caminhos do Senhor, a manifestação poderosa do Senhor foi realizada ali por intermédio do profeta da cidade de Abel-Meolá para entenderem que o Deus de Eliseu é verdadeiramente o Deus de Israel.



Sugestão de Leitura da Semana: SILVA, Oliveira. Arautos de Deus. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2020 - Capítulo 3 - Os Milagres de Eliseu

 



Comentarista: Leonardo Pereira



Texto Bíblico Base Semanal: 2 Reis 4.1-7

1. E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.
2. E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3. Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.
4. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.
5. Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia.
6. E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite parou.
7. Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

Momento Interação

Prezado estudante da Palavra de Deus. Com o objetivo de nos aprofundarmos nos estudos do profeta Eliseu e do seu ministério, é muito benéfico para os irmãos se encontrar em mãos neste estudo com um atlas bíblico e também com um comentário bíblico acerca do Antigo Testamento. Recomendamos a todos que estivessem além do livro de apoio deste mês, adquirissem também o Comentário Bíblico Evangelho Avivado - Volume 1 - Antigo Testamento, editado pelo Evangelho Avivado, para obterem maiores informações sobre este homem de Deus e o contexto em que se encontrava Israel bem como registrados no Antigo Testamento. Bons Estudos à todos! 

Introdução

Uma das características pelas quais Eliseu é um dos profetas mais conhecidos pelos leitores das Sagradas Escrituras é também pelo seu ministério de milagres. Sinais e maravilhas de modo extraordinário ocorre na nação em seu período como profeta, e ficam estes relatos maravilhosos hoje, para  o nosso fortalecimento espiritual da nossa fé e esperança no Cristo da Glória. Todos os milagres de Eliseu nos apontam especificamente para Cristo Jesus, e hoje temos a oportunidade de compreender que o Deus que atuou nos dias de Eliseu, atua hoje em nossos dias (Ml 3.6), e que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente (Hb 13.8), presente sempre em nossas vidas (Mt 28.20). 

I. Milagres na Natureza

O ministério profético de Eliseu foi um ministério repleto de milagres, sinais e maravilhas porque Deus era com ele. Podemos perceber observar melhor os feitos do profeta israelita se o observarmos de uma maneira dinâmica no que se refere aos acontecimentos enquanto ele era profeta na nação. Há vários tipos de milagres no ministério de Eliseu e por isso, veremos estas variações dos milagres nos tópicos à seguir. Primeiramente, veremos os milagres que Eliseu realizou na natureza, no ambiente de Israel.

1. Abriu o rio Jordão com a capa do profeta Elias (2 Rs 2.14).  A força de Eliseu para realizar milagres e anunciar acontecimentos sobrenaturais vem da porção dobrada do Espírito de Deus através do profeta Elias. Seu primeiro milagre foi em seguida que Elias subiu aos céus em um carro de fogo. Eliseu ficou com sua capa e fez seu primeiro milagre dividindo as águas do rio Jordão e passando no meio dele a pé enxuto.

2. Sarou as águas de Jericó (2 Rs 2.22,23). Alguns homens da cidade de Jericó chegaram a Eliseu dizendo que havia um problema na cidade: as águas de Jericó eram impróprias para beber e para o cultivo ali naquela localidade. Eliseu pede para que tragam sal em um prato novo jogando-o nas águas da cidade e as purificando, tirando delas a morte e a impureza existentes ali.

3. Providenciou água a três reis e seus exércitos (2 Rs 3.15-20). A partir do momento em que o tangedor tocava uma música, veio o poder do Senhor sobre Eliseu, ministrando uma palavra aos reis sobre a realização de aberturas de vales e covas, pois ali, encontraria águas para saciarem a sua sede e de seus exércitos para o combate contra o os moabitas. Os reis foram vitoriosos na batalha pelas mãos poderosas do Senhor que lhes deu o necessário para se prepararem para o combate, e o mais importante, a vitória aos reis (cf. 2 Rs 3.21-27).

II. Milagres Pessoais

Os milagres pessoais são aquelas realizações sobrenaturais do Senhor à pessoas e as nações. São os milagres dos quais podemos ver a plena atuação do Senhor nosso Deus naquele momento específico. A Bíblia não nos autoriza à repetirmos tais sinais e maravilhas para os nosso tempo. Estes milagres nos fortalecem a fé e a confiança naquele que é o Deus que nos provê.

1. Amaldiçoou os 42 adolescentes malcriados (2 Rs 2.23,24). Quando Eliseu foi abordado por esse grupo no caminho, provavelmente em uma área deserta e de mata – pois a Bíblia relata que as ursas saíram do meio de um bosque – o grupo o hostilizou dizendo o seguinte: “uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo! Sobe, calvo” (2 Rs 2.23). A expressão “sobe, calvo” não quer dizer apenas uma zombaria por Eliseu ser careca. A palavra “sobe” empregada por aquele grupo, zomba do ministério profético de Eliseu, fazendo uma comparação injusta com o profeta Elias que “subiu” ao céu em um redemoinho (cf. 2 Rs 2.1-11). Em outras palavras, aqueles jovens estavam zombando da autoridade profética de Eliseu. E é nesse momento que Deus intervém: “então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles (2 Rs 2.23). A ofensiva dessas duas ursas conteve o ânimo maligno desse grupo de jovens ímpios.

2. Multiplicou o azeite da viúva (2 Rs 4.6,7). Neste acontecimento sobre o azeite da viúva de Sarepta, há coisas muito importantes a serem aprendidas. Vemos Eliseu aqui, a princípio sem saber o que fazer para ajudar aquela mulher: “Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer?”. Embora não soubesse como resolver o seu problema, Eliseu sabia quem poderia fazê-lo; e certamente enquanto falava com ela, orava a Deus, que lhe deu a direção: “Dize-me que é o que tens em casa”! O Senhor sabe todas as coisas, e tem tudo sob seu controle, E só temos que recorrer a Ele e seguir fielmente suas instruções. A direção dada por Deus a Eliseu foi exatamente a seguinte: “Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas. Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia” (2 Rs 4.3,4). 

3. Fez flutuar um machado (2 Rs 6.6,7). O profeta Eliseu que tinha um tipo de Escola de Profetas possuía vários discípulos. Num belo dia, eles chegaram ao profeta e falaram da necessidade de ampliação de suas moradias, que era uma espécie de habitação de filhos dos profetas na época. Sem o seu principal instrumento, o trabalhador fica impossibilitado continuar. Ele lamentou muito porque o seu machado era emprestado. Eliseu e seus discípulos vão buscar a madeira para a ampliação, mas o machado de um deles cai na água. O profeta entra em ação e opera um grande milagre através do poder de Deus em sua vida. Eliseu cortou um pedaço de pau e fez o machado flutuar. Mostra que o poder de Deus estava na vida de Eliseu. Ele era um grande homem de Deus, um grande profeta. Como Grande Homem de Deus, ele operou um grande milagre, devolvendo o instrumento de trabalho daquele discípulo. Hoje, grandes homens de Deus podem operar milagres devolvendo a presença de Deus à pessoa.

4. Curou Naamã da lepra (2 Rs 5.14). A cura da lepra de Naamã com sete mergulhos no Jordão, traz um lindo ensinamento sobre o poder da humildade e da obediência à palavra de Deus. Naamã apesar de ser um estrangeiro, gentio sem conhecimento do Deus de Israel, creu na pequena, mas poderosa palavra de uma jovem escrava. E tudo é possível àquele que crer. Naamã, o Arameu, foi um general do exército sírio, quando Ben-Hadade II era rei da Síria (860–842 a.C.). Em 2 reis 5., encontramos a sua descrição de sua personalidade, sua honra e sua habilidade no combate. A jovem israelita que foi feita escrava da mulher de Naamã, é um exemplo de fé e confiança no Senhor. Mas a jovem Israelita, ensinada nos caminhos do Senhor, guardou a palavra em seu coração. E não hesitou em lançar uma pequena semente, como a de uma semente de mostarda, enquanto cuidava dos afazeres domésticos da casa da mulher de Naamã. Naamã esperava ter que fazer alguma coisa complicada, seguir alguma prescrição difícil, entretanto ele sai da casa de Eliseu com apenas uma simples palavra de obediência. Bastava somente a obediência à palavra de Deus. Era preciso humildade e quebrantamento de toda altivez de um homem acostumado a dar ordens e a comandar exércitos numerosos, a se submeter aos sete mergulhos do rio Jordão. Juntamente com a obediência à palavra de Deus, performaram um lindo milagre, Naamã foi limpo e restaurado, pôde reconhecer que não há outro Deus como o Deus de Israel.

III. Milagres Salvíficos

A declaração de Hebreus 11.1, que “A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver” (NTLH), não é bem uma definição de fé, mas uma descrição do seu poder. Refere-se mais a função da fé do que à sua essência. Percebemos que alguns dos milagres do homem de Deus foram realizados com o propósito de dar livraementos aos povos e a as nações. Deus é grandioso por atuar em todas as áreas, quer nós vejamos, quer não.

1. Ressuscitou o filho da Sunamita (2 Rs 4.19-35). Certo dia o filho da mulher Sunamita começou a se queixar de dor de cabeça e veio a falecer. A mulher o levou para a cama onde dormia Eliseu. Ela ajeitou suas coisas e saiu atrás do profeta que se encontrava no monte, ela se ajoelhou e disse: "Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?" (2 Rs 4.28). Eliseu desceu para casa da mulher e ao chegar deitou-se sobre o menino duas vezes e orou ao Senhor. O menino reviveu e ele entregou a sua mãe: "E entrou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu" (2 Rs 4.37).

2. Tirou a morte da panela envenenada (2 Rs 4.41). A Bíblia diz que estando o profeta Eliseu em outras localidades, retornou certo dia a Gilgal, e encontrou ali pessoas com muita fome. Os filhos dos profetas se assentaram diante dele. Então disse o profeta milagroso a um deles: Põe a panela ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas". Só que o rapaz, mesmo assim, colheu da videira a sua capa cheia de colocíntidas. A Bíblia diz que ele não sabia que essa planta era venenosa. O rapaz retornou do campo, cortou a erva em pedaços e os colocou na panela. Esta já estava com água fervendo no fogo. Nenhum dos homens sabia o que estava dentro da panela fumegante, além da água. Portanto, os moços tiraram do caldo fumegante da panela para dar de comer aos homens. Todavia, quando os homens começaram a comer daquele caldo, descobriram que era venenoso e clamaram ao profeta Eliseu. Eliseu, no entanto, sem se afligir, diz a um de seus moços para trazer farinha. E profeta a colocou na panela tirando daquela panela o veneno que ali continha.

3. A multiplicação dos 20 pães para 100 homens (2 Rs 4.42-44). Esse é um dos milagres de multiplicação de pães que existe na Bíblia. A mensagem básica é que Deus alimenta seu povo, como fez já desde o Êxodo, com o maná, no deserto e, definitivamente, com Cristo, que é o pão para a vida eterna. A multiplicação mais conhecida, obviamente, é aquela feita por Jesus (Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-15), e outra em Mateus 15.29-39 (cf. Mc 8.1-10). No episódio de Eliseu, o discípulo de Elias, é importante notar três aspectos, que poderiam servir de elementos para a reflexão: um homem de Baal-Salisa - poderia ser alguém fora do contexto hebraico, pois "Baal" era um deus pagão traz pães de primícias: as primícias são de Deus, e embora dados ao profeta, ele distribuiu para as pessoas que tinham fome.

4. Devolveu a visão (2 Rs 6.20). Eliseu, um profeta de Deus, encontrou-se em uma situação muito complicada depois de dar conselhos valiosos para o exército de Israel. O rei da Síria decidiu tomar Eliseu como um prisioneiro e enviou um exército para a cidade onde o profeta estava hospedado. Sob o manto da escuridão, os guerreiros sírias cercaram a cidade. Quando o servo de Eliseu acordou no início da manhã para começar a sua rotina habitual, ele encontrou-se com vista sobre um exército de sírios. Ele clamou ao seu senhor em pânico, dizendo: “O que vamos fazer?” Para Eliseu, a escolha era clara, e sua resposta ao seu servo era simples e cheia de fé. “Não tenha medo, para aqueles que estão conosco são mais do que os que estão com eles” (2 Rs 6.16) Esta teria sido uma resposta difícil de aceitar como servo, ele olhou para a parede de inimigos, eriçada de lanças e escudos. O servo certamente não viu ninguém prontos e dispostos a lutar ao seu lado. Mas Eliseu viu a situação de uma maneira completamente diferente. Ele falou com o Senhor como seu servo, dizendo: “Senhor, eu oro, abra seus olhos, para que veja” (2 Rs 6.17). De repente, o servo foi capaz de ver com os mesmos olhos iluminados como Eliseu. As colinas ao redor da cidade não estavam vazias … um poderoso exército de cavalos e carros de fogo ficou na espera, enviados pelo Senhor para proteger seu profeta!

5. Depois de morto ressuscitou um defunto jogado dentro de sua sepultura (2 Rs 13.21). A fantástica história do defunto (profeta Eliseu) que ressuscitou outro defunto pertencem as legendárias histórias dos reis de Israel e lembrada até os dias de hoje nas páginas da Bíblia como um grande sinal do poder de Deus em prol ao seu povo. Com o texto bíblico tudo está mais claro, foi jogado o morto dentro do tumulo de Eliseu, e fugiram. Olhando o fato acontecido, ressurreição de um morto, milagre atribuído ao profeta Eliseu, mostra a importância que Eliseu, tem tanto na casa real, profetizando ao rei e seus súditos, como junto com o povo, com o qual convivia, anunciando a intervenção divina em favor de seu povo. Muito autores fazem ligação de Eliseu, e seus milagres, a Jesus e seus milagres. Estes foram utilizados, para que o povo que o acompanhava abrisse seu coração a fé, e ao crer, na força divina que estavam em Jesus ou no profeta Eliseu.

IV. Milagres Nacionais

Eliseu também realizou milagres nacionais. Não somente Israel como Judá e até Edom viram a gloriosa mão de Deus em favor da sua nação e de outras também. Eliseu nos mostra que o Senhor se encontra no comando das nações e que Ele rege de maneira soberana sobre tudo e sobre todos. Bendizemos ao Senhor por sabermos que todas as nossas vidas se encontram nas mais poderosas mãos pois "O conselho do Senhor permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração. Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança. O Senhor olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens" (Sl 33.11-13).

1. O livramento de Judá, Israel e Edom. O rei Jorão, filho de Acabe, convida Josafá, rei de Judá, e o rei de Edom, para pelejarem contra Mesa, rei dos moabitas, que havia se rebelado.  Eliseu repreende a Jorão, e em consideração ao rei Josafá, pediu um tangedor e começou a louvar, buscando uma orientação do Senhor para aquela necessidade. O Senhor então mandou que todos cavassem várias covas no vale onde estavam e esperassem. Na ocasião não havia vento nem chuva, mas o Senhor disse que todas as covas se encheriam de água, para que eles não morressem de sede. O senhor também prometeu vitória sobre os moabitas.

2. Profetizou o fim da fome na Samaria, a qual também ficou livre da investida dos sírios (2 Rs 6.18). Tudo o que o rei planejava em secreto – provavelmente Ben-Hadade II - com seus generais para atacarem Israel, Eliseu avisava com antecedência os passos dos sírios e eles eram surpreendidos e derrotados. Isso foi virando uma constância a ponto do rei suspeitar de traição entre eles e ficou muito zangado. Até que aparece um de seus servos e fala sobre Eliseu e sua capacidade profética de saber o que o rei da Síria planejava antes de acontecer. Sua estratégia então mudou. Ao invés de ir contra Israel, enviou suas tropas para apanharem um homem. Ao chegarem no meio de Samaria, Eliseu novamente pede ao Senhor que lhes abram os olhos e eles perceberam que estavam no meio de Samaria e que poderia ser esse o fim deles. O próprio rei de Israel perguntou para Eliseu se era para destruí-los, mas Eliseu aponta-lhes outro caminho. Não era para destruí-los, mas para alimentá-los e deixa-los partir. Seu conselho de misericórdia para com os sírios capturados por Eliseu resultou no fim dos ataques da Síria e territórios israelitas.

Conclusão

Em nenhum momento Eliseu ensoberbeceu-se do dom que havia nele, e nem deixou transparecer que se tratava de algo que ele conseguia manipular através do domínio de alguma técnica. Não há dúvida nenhuma que em todos os milagres realizados estavam a unção de Deus.



Sugestão de Leitura da Semana: RIBEIRO, Anderson. A Mensagem de Cristo. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.




segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Jesus Cristo pelos Evangelhos - Vida, Obra e Salvação para a Humanidade




Por Leonardo Pereira,



Nenhuma pessoa ou história foi tão contada através dos séculos como a vida e a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele é a pessoa mais importante do mundo, em todos os aspectos de nossas vidas. Em qualquer momento de nossa trajetória de vida, iremos nos deparar com Ele, seja através de um testemunho pessoal, seja por intermédio de muitos pessoas que o citam com extrema frequência, ou principalmente, por meio das Escrituras Sagradas, pois é nela que nós encontramos um compêndio sublime e maravilhoso sobre a vida e a obra do Rabino da Galiléia, o Rei dos Judeus, o Senhor dos Senhores. Em cada um dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), encontraremos um mesmo Cristo através de quatro perspectivas diferentes, o que é maravilhoso pois os autores inspirados pelo Espírito Santo registraram como é o Mestre da Glória à nós, não como uma autobiografia ou mesmo como reflexão de uma vida apenas voltada para o período terreno em que vivemos. Durante o decorrer da história humana, vários líderes religiosos tiveram seus feitos registrados por seguidores e admiradores de seu trabalho que se prosseguem até o dia de hoje, é verdade. No entanto, não é este o caso dos Evangelhos. Todas as quatro obras apresentam Jesus Cristo como Ele o é (Hb 13.8). Seus relatos são verídicos, seu ministério se decorre em nossos dias, com poder, glória e majestade. O que lemos através de seus autores que deram suas vidas em prol de Jesus Cristo, nós testificamos que é verdadeiro, e isto, nenhum líder religioso ou mesmo seus seguidores de diversas seitas, grupos ou religiões podem se comparar ou mesmo tentar apagar a história da Igreja fundada pelo próprio Unigênito do Pai. Este é o Cristo que nós conhecemos, o Cristo dos Evangelhos!

O Cristo dos Evangelhos

Os evangelhos foram escritos em determinados momentos do avanço da Igreja com o intuito de registrar a mensagem de Cristo Jesus e a sua obra salvífica na Cruz do Calvário à todos que o amam e o buscam conhecê-lo e prosseguir em conhecê-lo. Cada um dos evangelistas escreveram os evangelhos com uma linguagem diferente, com uma perspectiva diferente, com objetivos diferentes. Cremos firmemente serem estas quatro obras inspiradas pelo Espírito (2 Pe 1.21), pois suas mensagens, ainda que fossem escritas por pessoas diferentes, se complementam de modo à encontramos em cada uma delas, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo como sendo Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus, prometido por Deus no Éden, prenunciado pelos profetas do Antigo Testamento, confirmado por João Batista em sua mensagem no deserto, autenticado pela Trindade no Jordão, ratificado por suas palavras e obras, e sendo fiel até o fim em prol do Pai Celeste ao nos salvar do pecado e da condenação eterna (Jo 3.16,17). O Cristo dos Evangelhos é o Supremo Autor da Vida, a Videira Verdadeira, a Luz do Mundo, o Caminho, a Verdade, o Início, Meio e Fim de Todas as Coisas. Mateus o apresenta como o Rei dos Judeus. Marcos o apresenta como o Servo Sofredor. Lucas o apresenta como o Filho do Homem e João o apresenta como o Filho de Deus. Todos os quatro evangelhos se condensam em um única obra perfeita, exclusiva e completa, para dizer à toda humanidade a mensagem de Jesus Cristo: se arrepender de nossos pecados pois é chegado o Reino de Deus.

Devemos Meditar nos Evangelhos

Nos Evangelhos, possuímos ali uma clareza muito maior acerca da pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Encontramos ali nos evangelhos a sua genealogia, a sua infância, o seu ministério, o discipulado ao povo que se ajuntavam próximo a Ele, a sua reunião com seus discípulos, seus ensinamentos e a sua obra vicária. As quatro obras se complementam em um verdadeiro e profundo compilado ministerial de Cristo Jesus. Porém, é importante ser citado aqui também que nem todas as obras de Jesus Cristo encontram-se nos evangelhos. Conforme dito anteriormente, as quatro obras dos evangelistas foram escritas por pessoas diferentes, em localidades diferentes, com perspectivas diferentes, o que nos garantem uma visão muito maior e mais ampla acerca do ministério de Jesus. O apóstolo João ao finalizar a sua obra reitera os seus objetivos ao escrevê-la e quanto mais o Senhor fizeram durante o seu ministério terreno: "Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém" (Jo 21.24,25).

Oração e Sabedoria na Meditação dos Evangelhos

Ao ler os Evangelhos, rogue ao Senhor que lhe conceda graça e sabedoria para meditar em cada capítulo, cada versículo. Leia-o não somente exegeticamente, mas devocionalmente também. Desfrute da companhia de Cristo ao meditar nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Busque ao Senhor em oração para que lhe sejam abertas as janelas dos Evangelhos, que lhe seja revelado (a) à você, o Cristo da Glória, que morreu, mas ressuscitou e que reina pelos Séculos dos Séculos. Este é verdadeiramente o Cristo dos Evangelhos. O Cristo dos Evangelhos é o Cristo que se apresenta como Rei dos Judeus, descendente de Abraão, de Davi. O Cristo dos Evangelhos é o Cristo que se apresenta como Servo Sofredor diante dos homens e de Deus, que está presente e vivenciando a situação moral e espiritual do seu povo pessoalmente em nossos dias.  O Cristo dos Evangelhos é o Cristo que se apresenta como Filho do Homem, Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus, que sente assim como nós as limitações humanas, mas que sempre busca cumprir a vontade do Pai. O Cristo dos Evangelhos é o Cristo que verdadeiramente é o Filho de Deus, pois "Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens" (Jo 1.2-4).


Referências:

Bíblia Sagrada. Almeida Revista e Corrigida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

CAMPOS, Ygor. Panorama Bíblico Volume 5 - Evangelhos e Atos. São Paulo: Evangelho Avivado, 2017.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio - Séc. XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

GONÇALVES, Matheus. O Evangelho do Médico Amado. São Paulo: Evangelho Avivado, 2019.

MOTYER, Alec. O Antigo Testamento - Entenda sua Mensagem. São Paulo: Shedd Publicações, 2010.

PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia - Livro por Livro. São Paulo: Editora Vida - 2ª Edição, 2006.




domingo, 13 de dezembro de 2020

Como confiar em Deus


 

O Salmo 46 ensina o cristão a confiar em Deus em meios as tempestades da vida. Lutero fez o hino “Castelo Forte” com base nele. Podemos perceber que, além de o Salmo ensinar a confiar em Deus, ele também direciona há uma vida de gratidão ao Senhor.


Nesse texto, extrairemos algumas lições que esse precioso Salmo tem a nos instruir como podemos depositar nossa confiança em Deus.


Deus é o nosso refúgio e fortaleza


Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações (Sl 46:1).


Primeiramente, o cristão deve entender que Deus é a sua proteção em meio as tribulações da vida. Além disso, ele tem que confiar que o Senhor é o seu socorro bem presente nas aflições, como disse o salmista: “não temeremos ainda que à terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares (Sl46:2)”. Por que o cristão não deve temer? Porque Deus é o seu refúgio e fortaleza, o Senhor cuida do seu povo e é bondoso com ele. Portanto, confie no Senhor.

Deus ajuda o seu povo


Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã (Sl 46:4,5).


Segundo, o cristão deve entender que a presença de Deus estar no meio de seu povo. Nada pode abalar o povo de Deus, pois o Senhor o guarda de todo o mal, Jesus mesmo assegurou: “estou com vocês todos os dias e até o fim dos tempos (Mt 28.19).” Além do mais, o Salmo demonstra que Deus “ajudará desde o amanhecer.” O Senhor ajuda o seu povo a vencer as batalhas da vida, fortalecendo em tempo de crise e de desanimo. Dessa forma, o crente precisa olhar para o alto, isto é, para o Senhor porque é dEle que vem o auxílio.


As obras de Deus


Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou na terra (Sl 46:8).


Terceiro, o cristão deve olhar para as obras do Senhor. Olhar para as obras do Senhor é voltarmos para a palavra de Deus, contemplar os feitos poderosos que o Senhor realizou no passado e que continua no presente. Isso elevará a mentalidade do cristão a confiar mais em Deus, principalmente entendendo os seus atributos, compreendendo o quão grande é o Senhor e poderoso em toda terra. Ademais, devemos nos aquietar e saber que o Senhor é Deus, ou seja, confiar que Ele luta em favor do seu povo amado.


Conclusão

Em síntese, essas são lições que podemos tirar desse salmo. Deus é o nosso refúgio em meios as tribulações. Deus ajuda o seu povo com a presença do Espírito Santo na vida do cristão. Precisamos olhar para as obras de Deus por meio da sua Palavra para elevar nossa confiança a cada dia mais nEle.


Sidney Muniz

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Comentário Bíblico Mensal: Dezembro/2021 - Capítulo 2 - Eliseu - O Sucessor de Elias

 


Comentarista: Leonardo Pereira


Texto Bíblico Base Semanal: 2 Reis 2.9-15

9. Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.

10. E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará.

11. E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.

12. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.

13. Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, parou à margem do Jordão.

14. E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o Senhor Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram de um ao outro lado; e Eliseu passou.

15. Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra.

Momento Interação

O ministério profético de Eliseu se decorre em muitas etapas de sua vida a partir  do seu chamado, chegando até ao arrebatamento do profeta Elias aos céus. Durante este período, houve muitos momentos pelos quais ele passou sendo ele preparado no poder do Senhor para uma preciosa missão em Israel confirmando o seu ministério profético. A atuação do Senhor em seu ministério e em sua vida traz para nós um amadurecimento espiritual de fé e de virtude para todo o seu povo. Bons Estudos!

Introdução

Neste capítulo, estudaremos acerca do começo do ministério profético de Eliseu. Logo após que Eliseu foi arrebatado, Eliseu iniciou o seu ministério profético e momentos importantes da trajetória do profeta de Abel-Meolá adquirimos em nossas vidas a medida que nos aprofundamos na vida e no ministério deste grande homem de Deus. Eliseu, com decorrer de seu ministério, percebemos o que Deus faz na vida daquele que busca verdadeiramente à Ele, e faz de uma pessoa, um poderoso instrumento em suas mãos para a sua honra e glória. Assim como Deus usou a Elias, neste estudo compreenderemos que Deus utiliza os seus servos de modo extraordinário.

I. O Início do Ministério Profético de Eliseu

Agora como profeta do Senhor em toda Israel, Eliseu começa o seu ministério com alguns momentos impressionantes que confirmam cada vez mais o seu ministério. Para o povo, muitas ações divinas por intermédio de Eliseu são provas indiscutíveis de que Deus tem mostrado à muitos, sinais e maravilhas para perseverarem na fé. Eliseu como profeta de Deus  e no poder de Deus é o seu representante em uma nação com constantes mudanças que carecem da palavra e do poder de Deus.

1. Os acompanhantes de Eliseu. O Senhor em todos os momentos envia a sua poderosa provisão aos seus obreiros, e não foi diferente com o profeta Eliseu. Logo após o início do seu ministério profético, Eliseu recebe a palavra dos filhos dos profetas que o rogam que lhe acompanhassem por temerem que uma situação similar a de Elias acontecesse com Eliseu (1 Rs 2.16b). Eles insistiram em muito para acompanharem o homem de Deus até que eles o encontraram e prosseguiram com ele, ainda que com ressalvas de Eliseu (1 Rs 2.17,18). O ministério profético sempre contará com o auxílio de Deus e com a sua poderosa provisão. Deus sempre enviará o seu socorro e seu auxílio nos momentos mais variados. O Deus que proveu auxiliares para acompanharem ao profeta Eliseu, é o mesmo que sempre proverá as nossas necessidades (Sl 46.1; 90.1).

2. O Milagre das Águas de Jericó. Precisamos de água para sobreviver. A água é formada e Hidrogênio e de Oxigênio. Ela sacia a nossa sede e refresca o nosso ser. O corpo humano é composto de 80% de água, e sem água, morreríamos pois ela é que mantém ativa a nossa estrutura física. Eliseu quando chegou a Jericó, foi consultado por homens que disseram que ali é um bom lugar para habitar, porém havia um problema que tornava o local inabitável: as águas eram más e a terra era estéril (1 Rs 2.19). Eliseu pela Palavra do Senhor e do seu poder, realiza ali o milagre das águas de Jericó, tornando-as próprias para beber e para outras funções, tirando dela a morte e a esterilidade (1 Rs 2.21). Pela Palavra do Senhor, aquelas águas foram purificadas e se tornaram abençoadas para a Cidade de Jericó. A Palavra do Senhor é vida e flui como rios de águas vivas (Jo 4.10). O Senhor é o manancial da vida (Jr 17.13), pois a nossa alma tem sede de Deus (Sl 42.1; Is 55.1; Jr 2.13; Zc 13.1), o único capaz de saciar completamente o desejo de nossas almas (Jo 4.13,14).

3. Deus está com Eliseu. O Senhor Deus de Israel se encontra em palavras a ações com na pessoa do profeta Eliseu. Observamos que a cada instante a confirmação do seu ministério profético em Israel falando somente em nome de Deus e cumprindo somente a vontade de Deus. Eliseu verdadeiramente é um profeta do Senhor. Seu ministério é ilibado, sua índole é inquestionável e o Deus à quem ele serve mostra em obras e palavras aos israelitas que realmente o profeta de Abel-Meolá é o sucessor do profeta Elias. Ainda que sejamos falhos e percorramos um caminhar difícil aqui nesta terra (1 Jo 2.14,15), jamais devemos nos esquecer que aquele que nos conduz, é o mesmo que conduziu a vida e o ministério de Eliseu. Busquemos servir ao Senhor e a executar a sua gloriosa vontade (Sl 72.1-8).

II. A Autentificação do Ministério Profético de Eliseu ao Povo

A autentificação do ministério profético não é tão aceito como o ministério evangelístico. Havia muitos perigos de um falso profeta buscar se infiltrar no meio do povo para enganar a muitos com as suas falsas mensagens e ações. Contudo, o ministério de Eliseu foi ratificado pelo Senhor e confirmado pelos filhos dos profetas que viram as obras e palavras logo após ao arrebatamento de Elias aos céus. Com a continuidade, Eliseu vem mostrando a atuação divina em Israel através dele e nele para a honra e glória do Senhor.

1. A situação de Israel na época de Eliseu. Acabe foi o rei mais ímpio de Israel superando em maldade e apostasia mais do que os seus anteriores. Da sua casa ímpia para a nação israelita, intentava fazer o mal sempre contra o Senhor e buscar irritá-lo cada vez mais. Após a sua morte, seu filho Acazias assumiu o trono da nação ficando pouco tempo, por um período de dois anos. A semelhança de seu pai, executou um reinado ímpio e por conta de suas maldades, morreu após uma perda de cem homens em um confronto contra o profeta Elias. Após a morte de Acazias, Jorão filho de Acabe, assume o trono de Israel seguindo os exemplos de seu pai e de seu irmão, não tanta quanto estes (2 Rs 3.2), mas não se voltando para os caminhos do Senhor. 

2. Conflitos entre as nações. Neste tempo, surge um forte conflito entre Moabe e os reis de Israel, de Judá e de Edom. Neste momento, por indicação de Josafá, rei de Judá, haveriam eles a necessidade de os três consultarem a um verdadeiro profeta do Senhor. Este homem era Eliseu, discípulo de Elias e agora, profeta do Senhor em Israel (2 Rs 3.11,12). Em meio a conflitos, homens e mulheres de Deus são usados nas mãos do Senhor para  o cumprimento da sua obra. Eles foram a pessoa certa no momento certo. Os reis foram em direção de um profeta do Senhor a fim de que não Eliseu, mas o próprio Senhor no seu Espírito, os guiassem prudentemente em meio aquela crise entre as nações.

3. Eliseu e o rei de Israel. O conflito entre Eliseu e Jorão era visível. Não fosse a presença de Josafá, o profeta de Deus não receberia os reis de Israel e de Edom. Estes dois reis eram ímpios e não tinham nenhum compromisso com Deus Todo-Poderoso. Eliseu como profeta autêntico não iria se envolver em questões das quais não há ali a presença do Senhor para glorificá-lo. Diferentemente de Josafá, Jorão estava pensando no seu reino e somente por isso buscou Eliseu. Aonde se encontra os interesse pessoais e não a glória do Senhor, ali não se faz presente Deus. Seguindo o caminho ímpio da casa de Acabe, Jorão não se converteu diante da situação e a busca por um profeta do Senhor era somente para salvar o seu reino e a sua posição (2 Rs 3.13). Deus não se compraz no interesse próprio, fruto de muitos males ao redor do mundo desde os tempos bíblicos (cf. Gn 4.4-8; Nm 16.1-50; Js 7.1-26; Mt 6.43-48; 24.10,12; Jo 6.25-27; Fp 1.27-29). 

4. O livramento do Senhor às nações. Elias ministrando a Palavra de Deus aos reis sobre o que deveriam fazer é detalhista e específico, falando somente o que o Senhor lhe permitiu falar. Com todas as ações feitas, a batalha se realizou com a vitória dos três reis contra o rei dos Moabitas (cf. 2 Rs 3.20-27). Eliseu diante do povo e diante dos reis é confirmado com o profeta do Senhor, falando somente o que o Senhor lhe ordena falar, indo aonde o Senhor lhe ordena ir, e fazendo o que o Senhor lhe ordena fazer. Eliseu no Espírito do Senhor, salva os três reis e os seus reinos. Ainda que dos três reis, dois não se encontravam nos caminhos de Deus, misericordiosamente para com a promessa à Abraão (Gn 12.1-3) o Criador poupa os reinos e demonstra a sua benignidade não tem fim (Sl 136.1) e que a sua fidelidade, um dos seus atributos, é imutável: "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).

III. Deus Confirma os seus Ministros da Palavra

Eliseu nos mostra que um profeta do Senhor é aquele que o serve e cumpre plenamente a sua vontade. Ele tem prazer, coragem e dedicação para levar à frente o seu ministério profético na vontade de Deus. Indo além das críticas e das dúvidas, o discípulo de Eliseu demonstra sabedoria e integridade em seu ministério. Em tempos tão conflituosos entre o ministério profético, da palavra, do ensino e do ministério evangelístico, observamos que ao olhar para estes homens de Deus que antes da vinda do Senhor, nos eram intermediários como boca de Deus na terra, as suas confirmações como homens do Senhor nos serve de exemplo para que nos tornemos o sal da terra e a luz do mundo.

1. O Ministério da Palavra. A Palavra é a plena autoridade da mensagem e a autoridade do mensageiro. Não é o mensageiro mais importante que a Palavra de Deus; é a Palavra de Deus mais importante que o mensageiro. Devemos ministrar a Palavra do Senhor e não as nossas próprias palavras. Conhecemos os verdadeiros ministros da mensagem do Altíssimo quando eles estão falando aquilo que é de Deus e não de suas próprias mentes e corações. O perigo em nossos dias é que o que está sendo ministrado aos povos não é a Palavra do Senhor, mas mensagens desprovidas de conteúdo bíblico e espiritual do Senhor da Glória. Como autênticos ministros da Palavra do Senhor devemos cumprir o Ide do Senhor de ensinar as suas palavras, a sua mensagem (Mt 28.19). O compromisso que devemos obter é somente com a Palavra do Senhor, que rege as nossas vidas, e que nos instrui com toda sabedoria e crescimento espiritual que provém de Deus.

2. O Ministério do Discipulado. Eliseu passou por um período de discipulado com o profeta Elias. Em atenção as ações do seu mentor, Eliseu cresceu em sabedoria e maturidade para quando fosse ele, o próximo profeta do Senhor em Israel, Deus atuaria em seu ministério confirmando ainda mais a sua trajetória diante do povo. Atualmente encontramos uma banalização no ministério do discipulado, do qual, muitos não se encontram preparados devido a falta de preparo de muitos líderes que estão no comando de seminários e muitas igrejas. Para um discipulado poderoso na presença do Senhor, devemos ter igrejas firmes e líderes firmes com o intuito de passar às próximas gerações, maturidade, sabedorias e qualidades dignas para serem vozes proféticas na nação como o foi Eliseu.

3. Integridade e Moralidade. Uma das graves crises as quais encontramos em nosso tempo, e em evidência na nação brasileira são as crises de integridade e de moralidade. Integridade é a qualidade de se manter em justiça (ser justo, imparcial) e corretividade (ser correto); é não se corromper com os conceitos do mundo e do pecado. É não caminhar por estradas das quais o Senhor não se encontra no caminho. Moralidade é a condição de uma pessoa ser moral, ou seja, exemplar em sua conduta como um referencial para muitos irmãos em Cristo, especialmente para as próximas gerações. A falta destas qualidades nas igrejas evangélicas brasileira, especialmente nas lideranças tem deixado rastros de pecaminosidade e de muitas dores para os crentes fiéis, bem como de falta de exemplos, de modelos para se seguir. Ambas as qualidades são próprias para que o ministro da Palavra do Senhor possa estar com seu alvo voltado para o que o Criador lhe revelar aos cristãos que almejam a verdade revelada nas Escrituras, e em evidência no ministro da mensagem divina.

4. Fidelidade com o que o Senhor nos confiou. A fidelidade é um dos atributos de Deus, os quais se expressam pelas Escrituras Sagradas com sublime poesia do salmista o exaltando: "A tua misericórdia, Senhor, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens" (Sl 36.5). Fidelidade é a observância de fé devida, é uma lealdade indissolúvel, incorruptível e inegociável. Devemos ser fiéis ao Senhor com tudo aquilo que tem feito à nós e o que Ele fez por nós. Esmeremo-nos com bons despenseiros das responsabilidades que Deus tem nos confiado para que o recebamos em honras para sua glória: "Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim" (Lc 12.43).

Conclusão

O ministério profético de Eliseu foi sendo confirmado com suas palavras e ações. Desde o Jordão seguindo até Jericó e Samaria, o profeta mostra as nações que Deus é o Supremo Criador e Mantenedor de Todas as Coisas. A fidelidade de Eliseu ao Senhor é inquestionável, ainda que com ressalvas de muitos o acompanharem, os filhos dos profetas sabem que se encontra na nação um verdadeiro homem de Deus que cuida da nação israelita com muito esmero, integridade e sinceridade. Assim como o Eliseu, cuidemos nós dos ministérios aos quais o Senhor tem nos confiado, e vigiemos para que não ocorra de entrarmos em um juízo pela apostasia e pela infidelidade à Ele: "E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá" (Lc 12.47,48). 


Sugestão de Leitura da Semana: SILVA, Oliveira. Arautos de Deus. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.