domingo, 25 de novembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Novembro/2018 - Capítulo 4 - As Ilustrações pelas Parábolas ao Fim dos Tempos




Comentarista: Carlos Vagner



Texto Bíblico Base Semanal:Mateus 25.1-13

1. Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
3. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
6. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
7. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
8. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
9. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
10. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
12. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
13. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.

Momento Interação

As parábolas que o Senhor Jesus Cristo ilustrou aos Seus discípulos servem de modo à nos deixar preparados para o que vem até nós. Um dos pontos fundamentais do Sermão Profético é acerca da preparação dos que são fiéis à Ele. A preparação é fundamental em todos os momentos e em todas as circunstâncias. A preparação nos mostra quem somos perante o Senhor e perante aos homens. Estejamos vigilante e preparados quando o Senhor da Seara vier. Bons Estudos!

Introdução

Existem 39 parábolas contadas por Jesus registradas nos Evangelhos. A Parábola dos Talentos é contada exclusivamente por Mateus, sendo incluída também neste capítulo a Parábola das Dez  Virgens (Mt 25.1-13). Ambas as parábolas nos ensinam que os servos do Senhor devem ser fiéis administradores do que lhes foi confiado até ao dia do ajustes de contas. Ensina também que devemos estar ocupados até a volta do Senhor.

I. A Parábola das Dez Virgens

A Parábola das Dez Virgens é uma das parábolas de Jesus mais conhecidas pelos cristãos. Embora seja tema de muitos sermões, sem dúvida ela é uma das parábolas mais difíceis de interpretar. A Parábola das Dez Virgens está posicionada no Evangelho de Mateus imediatamente após o Sermão Escatológico de Jesus. Na última parte do sermão (capítulo 24), Jesus faz um alerta sobre a separação entre os bons e os maus (santos e ímpios) que haverá por ocasião de sua repentina vinda. Já no capítulo 25, tal separação é ainda mais detalhada em três parábolas: a Parábolas das Dez Virgens (Mt  25.1-13), a Parábola dos Talentos (Mt 25.14-30) e a Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes (Mt  25.31-46). Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico da época nessa parábola. Era costume que o noivo fosse, acompanhado de seus amigos, tarde da noite, à casa da noiva. Lá, a noiva o esperava com suas damas de honra (as virgens), que, ao serem avisadas da aproximação do esposo, deviam sair com suas lâmpadas para iluminar o caminho do noivo até a casa, onde haveria a celebração das núpcias.

Sobre a escolha do número de dez virgens, acredita-se que, geralmente, esse cerimonial era composto por dez damas, isso pelo fato de que as formalidades judaicas eram realizadas com o comparecimento de ao menos dez pessoas, ou seja, a quantidade de “dez” era significativa em certas ocasiões.

Ao longo dos anos, grandes teólogos aplicaram interpretações diferentes sobre a Parábola das Dez Virgens. Todos concordam que o Noivo é Cristo. Sobre o direcionamento da parábola, alguns defendem que ela se aplica exclusivamente aos judeus, enquanto outros acreditam que ela se refira a todos os que professam a fé cristã (verdadeiros e nominais). O principal argumento utilizado por quem defende a aplicação exclusiva aos judeus, é que a Igreja é a noiva e não as madrinhas. Também defendem que a voz que anuncia o Noivo é a voz dos profetas que proclamaram que o Messias viria. Sob este aspecto as virgens loucas são os judeus que acreditavam que sua religiosidade seria suficiente e não se prepararam para Ele, enquanto as prudentes seriam os judeus que reconheceram que Jesus é o Cristo e, estes, pertencem então aos remanescentes que serão salvos (Rm 9.27). Ainda dentro da linha que defende ser esta uma parábola direcionada ao povo judeu, estão os que acreditam que essa parábola será cumprida durante o período de Grande Tribulação, após um arrebatamento secreto da Igreja, onde haverá “ausência” do Noivo que estará nas bodas juntamente com a noiva (Igreja). Dentre os que defendem que a parábola se aplica aos cristãos, existe uma grande variação de interpretação que basicamente divergem entre si sobre o que representa os elementos principais da parábola. Por exemplo: alguns acreditam que as virgens loucas são verdadeiros cristãos que perdem a salvação pela apostasia, enquanto outros defendem que não se trata de cristãos verdadeiros, mas de crentes nominais.

A figura do azeite também é discutida, sendo que há os que acreditam representar o Espírito Santo, outros o amor e ainda outros a Graça de Deus. O sono que acometeu as virgens, para alguns se trata da morte física, para outros momentos de fraqueza espiritual, e ainda outros, defendem que o sono representa simplesmente a demora da volta de Cristo provando os que o esperam.

II. A Parábola dos Dez Talentos

Jesus ilustra a história de um homem, provavelmente rico, que se ausentando de seu país, chama alguns de seus servos e lhes dá talentos para que administrem enquanto estiver fora. Cada um desses homens recebeu uma quantidade. Aquele senhor, depois de muito tempo, volta e resolve acertar contas com os três homens que estavam incumbidos de administrar suas riquezas. Dois deles administraram muito bem, porém, aquele que recebeu menos foi duramente criticado e punido, pois não fez aquele talento que recebeu render durante todo aquele tempo.

Em um primeiro momento, a primeira coisa a esclarecer sobre essa parábola é que o “talento” que é mencionado aqui nada tem a ver com “talento” no sentido de dons e capacidades. O talento era uma espécie de peça de ouro ou de prata que era muito valiosa. Estima-se, fazendo uma comparação com os dias de hoje, que se um diarista ganhasse dez reais por dia de trabalho, um talento de prata valeria algo em torno de 60.000 reais. Apesar desse talento mencionado no texto ser dinheiro, creio que podemos, na interpretação do ensino dessa história, entendermos que Jesus Cristo é esse senhor da parábola e que Ele nos dá muitas coisas valiosas (dons, capacidades, possibilidades, oportunidades, etc, etc) para usarmos e multiplicarmos em nossa vida e, principalmente, para o Seu reino.

III. O Propósito destas Parábolas

Podemos tirar muitas lições da Parábola dos Dez Talentos:

Deus nos dá talentos conforme a nossa capacidade: Na parábola, os três homens ganham quantidades diferentes de talentos (e responsabilidades) segundo as suas capacidades. “A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu” (Mt 25.15). O interessante é que ninguém recebeu pouco. Apesar de talentos diferentes, todos receberam talentos. Mesmo o que recebeu apenas um talento, recebeu algo precioso e de muito valor e podia fazer esse talento frutificar!

Deus deseja que multipliquemos os talentos que nos dá: No acerto de contas vemos que aquele senhor se alegra com os servos que multiplicaram o talento que receberam, sem distinção. O que recebeu menos foi honrado do mesmo jeito que o que recebeu mais. O que o senhor viu foi a fidelidade no uso daqueles talentos: “Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.20-21).

Deus nos cobrará pelo que fizermos com os talentos: Todos os três homens que receberam talentos foram cobrados pelo que fizeram com eles. Receber talentos é também receber responsabilidades. O último, apesar de ter apenas conservado o seu talento, recebeu dura cobrança por não tê-lo multiplicado. O senhor foi severo com ele, tirando dele aquele talento: “Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? (…) Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez” (Mt 25.26, 28).

Lições da Parábola das Dez Virgens:

Seja qual for a interpretação adotada nessa parábola, tais verdades não podem ser negadas:

Todas eram virgens: historicamente a virgindade sempre esteve relacionada à religiosidade e ao sagrado. Na parábola tanto as prudentes quanto as loucas eram virgens. Isso não significa que alguns perderão a salvação, mas que alguns nunca a tiveram. As virgens loucas em nenhum momento foram prudentes, e as prudentes em nenhum momento se tornaram loucas. A parábola começa e termina com cinco prudentes e cinco loucas. Se aqui a virgindade se refere à religiosidade, claramente podemos perceber então que tal religiosidade não poderá salvar ninguém. Não basta ser virgem, é preciso ter o azeite. As loucas eram virgens, tinham lâmpadas, mas saíram sem o azeite (Mt  25.3).

As aparências enganam: as dez eram virgens, possuíam lâmpadas e, pelo que o versículo 8 nos diz, saíram ao encontro do esposo com as lâmpadas acessas. Nesse momento talvez fosse praticamente impossível humanamente separá-las, pois aparentemente eram idênticas. Realmente é muito difícil conseguir separar alguns crentes nominais dos crentes verdadeiros. Eles frequentam as mesmas igrejas, ouvem os mesmos sermões e cantam os mesmos louvores. Alguns se destacam e acabam fazendo grandes prodígios. Eles oram fervorosamente, pregam eloquentemente, curam doentes, expulsam demônios e dizem levar o nome de Cristo. Eles enganam os homens, mas não enganam a Deus. Curiosamente na Parábola das Dez Virgens (vs. 12) Jesus usa praticamente a mesma expressão que Ele já havia utilizado em Mateus 7, “[…] Nunca vos conheci; apartai-vos de mim […]” (Mt 7.23). Nosso Deus é justo, e naquele dia não haverá intruso (cf. Mt 22.1-14).

As lâmpadas apagaram: se por um lado inicialmente é muito difícil perceber quem são os prudentes e quem são os insensatos, há um momento em que essa diferença se torna duramente visível: ao apagar das lâmpadas. O cristão nominal, com sua fé histórica, não conseguirá manter sua lâmpada acessa no momento em que o Noivo vier. Sua hipocrisia, sua religiosidade e sua aparência podem até iluminar o caminho de sua vida por um tempo, e de maneira tal que há quem o siga. Quando olhamos para a lua durante a noite ficamos admirados por sua luz, mas logo de manhã a verdade de que ela não possui luz alguma vem à tona. Ela reflete uma luz que não é dela. A fé histórica é assim, brilha por um tempo, mas nunca terá o brilho definitivo da verdadeira fé salvadora.

O azeite é pessoal: como já dissemos, nesse ponto os estudiosos defendem significados diferentes para a figura do azeite, porém seja a Graça de Deus ou a presença do Espírito Santo, ambos os significados são insubstituíveis, indivisíveis e notórios na vida do verdadeiro salvo em Cristo Jesus. Quando a Graça de Deus alcança o pecador ele é regenerado pelo Espírito Santo e passa conhecer a fé salvadora. Esse azeite não se pode dividir, é pessoal, suficiente apenas para os prudentes.

O azeite não pode ser obtido por esforço humano: talvez as virgens loucas da parábola não levaram consigo azeite porque acharam que o noivo viria rapidamente. Quando perceberam que o noivo tardou em vir, então desesperadamente tentaram comprar o azeite que lhes faltava. A parábola termina com as virgens loucas batendo à porta do Noivo, e sendo por Ele rejeitadas. Pode ser que elas queriam mostrar que se “esforçaram” para estarem ali, correram em busca de azeite para que pudessem participar das bodas, mas seus esforços nada puderam fazer por elas.

A prudência e a vigilância: muitos pregadores de maneira equivocada pregam apenas que as virgens loucas dormiram, mas as prudentes também dormiram. Como vimos anteriormente, existem diferentes opiniões sobre a natureza desse sono, mas uma coisa é certa: o sono não foi o sinal de loucura, ou seja, as virgens prudentes não passaram a ser loucas pelo fato de terem dormido. Isso quer dizer que a prudência não está relacionada ao sono, mas ao fato de ter ou não o azeite, isto é, ser prudente e estar preparado é possuir o azeite. A lição principal dessa parábola é o mandamento de “vigiar”. A vigilância prudente é aquela que nos prepara para uma longa espera. É fácil esperar pouco tempo. Na fila de um banco, quando o tempo de atendimento é curto, todos permanecem esperando, mas quando a fila é imensa e demorada muitos desistem. A demora da volta de Cristo separa os prudentes dos loucos, os sábios dos tolos. Precisamos ser zelosos todo o tempo de nossas vidas. O zelo temporário pela volta de Cristo não serve para nada. Precisamos estar prontos, e isso pode significar uma longa espera. Algumas pessoas acham que vigiar é esperar pela volta de Cristo a qualquer momento, mas na verdade vigiar é estar preparado para a volta dEle a todo tempo. Isso até parece ser a mesma coisa, mas acredite, não é. Essa parábola nos ensina tal diferença, as virgens néscias esperaram o Noivo a qualquer momento, mas apenas as prudentes esperaram a todo tempo. Elas tinham o azeite, elas estavam preparadas para uma longa espera, elas vigiaram.





sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Novembro/2018 - Capítulo 3 - Sinais da Vinda do Senhor Jesus




Comentarista: Carlos Vagner



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 24.42-51

42. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
43. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
44. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.
45. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
46. Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.
47. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
48. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;
49. E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios,
50. Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,
51. E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

Momento Interação

Os sinais da volta do Senhor Jesus Cristo à cada dia são mais evidentes em todo o mundo. Diversos sinais estão sendo manifestados. Sinais na área religiosa. Sinais na área social, ética e moral e outros diversos sinais que mostram que a vinda do Messias está muito perto. É tempo de nos prepararmos para estarmos com o Senhor. É tempo de mais consagração, mais fidelidade, mais compromisso com as coisas de Deus, pois o Rei está voltando!

Introdução

Praticamente todos os dias, ouvimos algum anúncio de profecias ou cálculos para determinar o tempo do fim do mundo. Alguns acreditam que uma profecia dos maias indica o fim do mundo ou a volta de um deus ainda este ano. Mas nestes artigos sobre a Bíblia, nunca temos nos preocupado com profecias pagãs ou cálculos baseados em astrologia, pois tais “revelações” não têm nada a ver com a mensagem das Escrituras.

Limitando o assunto aos ensinamentos bíblicos, será que estamos vendo sinais que mostram a volta iminente de Jesus? Muitos afirmam que sim. Praticamente todas as pessoas que têm algum interesse na Bíblia já ouviram alguém falar sobre sinais da volta de Cristo. Frequentemente, ouvimos referências às palavras de Jesus em Mateus 24 (especialmente às dos versículos do 4 ao 14). Entre os sinais que ele apresentou destacam-se: a presença de falsos cristos, guerras, fomes, terremotos e perseguições. As pessoas que dizem que estamos nos dias finais geralmente citam estes sinais e mostram nas manchetes atuais exemplos de todas estas coisas. Neste capítulo trataremos deste assunto a luz da Palavra de Deus.

I. Sinais nos Céus  

O que parecia distante, até mesmo para muitos cristãos, está cada dia mais perto. Mais do que nunca, a igreja deve estar preparada para o Arrebatamento e a Volta de Cristo. Catástrofes, crises e toda a criação estão emitindo sinais claros de que este dia não tardará, conforme descreve o evangelho segundo Lucas: “e haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia das nações em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Os homens desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto os poderes do céu serão abalados. Então verão vir o Filho do homem em uma nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.25-28). Nesta passagem, Jesus fala das características que irão marcar a sua vinda, inclusive fenômenos da natureza sinalizados pelo sol, lua e estrelas. Se nos atentarmos à lua e lembrarmos que no próximo dia 27 de setembro teremos uma Lua de sangue, estaremos mais atentos ao que para nós cristãos significam sinais proféticos. Os livros de Joel, Apocalipse também mencionam o fenômeno: “Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor”  (Jl 2.30-31); “O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue”  (Ap 6.12).

Estamos vivendo momentos Proféticos que nos leva a ficar alertas e com grandes expectativas quanto ao Arrebatamento da Igreja e a Volta de Jesus.  No dia 27 de setembro de 2015, astrólogos e teólogos de todo o mundo estarão esperando o último eclipse total da Lua, a "Lua de Sangue", que ocorreu em uma sequência conhecida como tétrade.

II. Exortação à Vigilância 

O Novo Testamento menciona a palavra “vigiar” para a volta do Senhor cerca de 50 vezes. Vigilância por parte de um cristão indica fé. Ele crê que o seu Senhor está voltando. Portanto ele está vigiando e esperando. Vigilância indica estar preparado para sua vinda (2 Pd 3.12). Jesus Cristo voltará com certeza! Jamais duvide disto em seu coração meu querido irmão, tenha fé, não ligue para os que questionam a demora na Sua volta, mantenha-se firme e temente a Ele, pois Ele é Fiel e cumpre todas as Suas promessas.

Apesar da indústria bilionária de produzir livros e filmes sobre o fim do mundo, o próprio Jesus disse que não haveria sinais para marcar a data. Ele e seus apóstolos ensinaram sobre a importância de vigilância constante, pois sua vinda será como um ladrão de noite, sem aviso: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt  24.42-44; cf. 1 Ts 5.2; 2 Pe 3.10). Esses especialistas em mentiras que distorcem a mensagem bíblica para vender seus livros sensacionalistas gostam de se apresentar como conhecedores das Escrituras. Mas se fossem estudiosos reverentes, não dariam crédito às palavras do próprio Jesus Cristo? Em vez de olhar para o sol, a lua e as manchetes dos jornais, estariam buscando viver conforme a vontade do Senhor, prontos para a chegada dele como ladrão de noite. Naquele glorioso Dia, que todos nós possamos dizer: Amém! Vem, Senhor Jesus!

III. Sendo um Servo Fiel

A parábola de Mateus 24.45-51 e de Lucas 12.41-46, trata do senhor de uma casa que precisa se ausentar por um período de tempo não especificado. Ele faz seus planos e em seguida chama um de seus servos que ele acredita teria condições de administrar a casa durante sua ausência. O senhor entrega a casa e os outros servos aos cuidados desse um em que ele confiava. Ele devia alimentar seus companheiros e demonstrar toda sua fidelidade e prudência no cuidado de tudo. A recompensa pela fidelidade seria receber uma responsabilidade ainda maior: a de administrar todos os bens do seu senhor.

Esse bom servo é sempre fiel à sua palavra. Os outros conservos podem confiar nele. Além disso, ele é inteligente o suficiente para antecipar problemas e dificuldades e agir para resolvê-las antes que se tornem incontroláveis. Quando o senhor regressa de sua viagem ele ouve as palavras elogiosas de todos os outros servos de como o responsável havia cuidado bem de tudo. Como resultado o senhor promove esse servo para administrador geral de todos os seus bens. O servo havia passado no teste que lhe fora aplicado pelo senhor.

O servo infiel já é outra história, completamente diferente. Todas as vezes que um senhor coloca alguém como responsável pela sua casa, ele espera que esse servo se comporte de modo adequado e coerente com as responsabilidades que tem. Mas, infelizmente, a natureza humana, nem sempre é confiável. E uma posição de comando pode trazer para fora muitas características indesejáveis em um servo do senhor. Note que tais características já se encontravam dentro daquele indivíduo. Elas não se manifestavam porque o servo não ocupava uma posição de liderança. Mas a partir do momento em que isso aconteceu, as mesmas afloraram de modo incontrolável.

Existem muitas pessoas assim. Elas aparentam uma serenidade e confiança enquanto não ocupam posições de liderança. Seus sentimentos mais terríveis estão bem escondidos por baixo de camadas de gentileza e dedicação. Mas quando são guindados à posição de comando, logo demonstram seu verdadeiro caráter. São pessoas traiçoeira, ardilosas e, muitas vezes, cruéis. Temos certeza que muitos leitores sabem do que estamos falando e outro tanto deve ter experimentado na própria pele a dor infligida por esses verdadeiros lobos em peles de cordeiro.

Sem se preocupar com o dia da volta do seu senhor, esse indivíduo não hesita em usar todo poder e força que lhe foram confiados para servir seus conservos, para prejudicá-los e feri-los. São homens totalmente sem caráter. Que se regozijam em explorar a simplicidade dos outros. Eles imaginam o dia da confrontação nunca vai chegar. Que Deus nos livre de tais pessoas em nosso meio.

domingo, 11 de novembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Novembro/2018 - Capítulo 2 - A Grande Tribulação




Comentarista: Carlos Vagner



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 24.15-28

15. Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;
16. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;
17. E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;
18. E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.
19. Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
20. E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;
21. Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.
22. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.
23. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;
24. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
25. Eis que eu vo-lo tenho predito.
26. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.
27. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.
28. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.

Momento Interação

A Grande Tribulação é um dos estudos mais desafiadores tanto no sentido teórico quanto no sentido prático. Este estudo é de imensa importância à todos nós devido a sua preciosidade das palavras de Cristo quanto a observação e vigilância de todas as partes acerca dos que creem e confessam o Seu santo nome. Bons Estudos!

Introdução

Poucos assuntos despertam a imaginação e discussão dos intérpretes da Bíblia, que “A Grande tribulação”, com seus agentes: a besta, o falso profeta, o Anti Cristo, e aqui neste texto, “o homem da desolação”. O próprio Mateus, ao narrar as palavras de Jesus já antecipa a dificuldade destas palavras e afirma: “Quem lê, entenda!”.

I. A Tribulação em toda Parte

O próprio Cristo usou a frase "Grande Tribulação" com referência ao tempo terrível da Tribulação. Em Mateus 24.21, Jesus diz: "Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Neste versículo Jesus está se referindo ao evento de Mateus 24.15, o qual descreve a revelação da abominação da desolação, o homem também conhecido como o Anticristo. Além disso, Jesus em Mateus 24.29-30 declara: "Logo depois da tribulação daqueles dias... Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória." Nesta passagem, Jesus define a Grande Tribulação (v.21) como começando com a revelação da abominação da desolação (v.15) e terminando com a segunda vinda de Cristo (v.30). Outras passagens que se referem à Grande Tribulação são Daniel 12.1b, que diz: "E haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." Parece que Jesus estava citando este versículo quando falou as palavras registradas em Mateus 24.21. Temos também Jeremias 30.7 referindo-se à Grande Tribulação: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela." A expressão "angústia de Jacó" se refere à nação de Israel, a qual vai experimentar perseguição e desastres naturais como nunca vistos antes.

II. Uma tão Grande Aflição

Muitos até mesmo o povo de nossa época não entende que o futuro de todo ser humano é nascer na família de Deus. Este é o propósito do porque nascemos. Não ficaremos nessa terra por toda eternidade sem nada acontecer. Estamos nessa terra por um tempo limitado, e estipulado, por Deus e quando esse tempo acabar, Deus escolherá o povo que fara parte de sua família. Está bastante esclarecido na Bíblia que o mundo chegará a um ponto de bastante miséria e infelicidade. Um mundo onde só haverá sofrimento e angústia. Um mundo de violência e uma época onde ninguém respeitará leis e anarquia reinará. Um mundo longe de Deus.

Cristo falou desse mundo, observe… “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares”, (Mt 24.6-7). Sim, haverá várias guerras e haverá várias misérias ao redor desse mundo. Com certeza, bombas atômicas serão lançadas em vários lugares… “Então disse eu: Até quando Senhor? E respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores. Isso nunca aconteceu onde cidades ficarão totalmente destruídas. Hoje em dia o homem tem o poder de deixar cidades completamente destruídas.

Nunca na história do ser humano, o mundo tem visto tanto sofrimento. A terceira guerra mundial causará enorme destruição na terra. Note o que o próprio Filho de Deus fala sobre esta época, “Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mt 24.21). Até que ponto chegará à humanidade? Chegaremos a uma época onde a calamidade, destruição e infelicidade do homem são tão grandes que mesmo poderá ser comparada aos sofrimentos que o homem tem passado neste mundo. E olha que o homem já passou por épocas de tremendo sofrimento e calamidade como a praga bubônica que matou um terço da população da Europa.

É claro que podemos concluir que no meio desse mundo passando por grande angustia o amor, compaixão e o sentido de fazer o bem para o próximo diminuirá e possivelmente acabará. Já que ambiente das pessoas se tornarão “sobrevivência a qualquer custo”, o homem fará tudo que pode para sobreviver. Nisso o custo da vida dos outros perderá valor. O homem matará para poder comer e cuidar de seus interesses, “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). O homem chegará a um ponto onde a única coisa que será de interesse deles e cuidar deles mesmos. Não interessando de nada e de ninguém ao seu redor. Tudo será sobre a sua própria sobrevivência. O homem tem feito atrocidades horríveis em sua história. Exemplos como na segunda guerra mundial onde os alemães abriam os corpos dos Judeus enquanto eles ainda estavam vivos para fazer experiência cientificas neles. Sim, uma tremenda barbaridade.

III. Os Falsos Profetas

Os profetas estão em toda a parte! Nós os ouvimos dentro dos edifícios das igrejas, na televisão e no rádio, nas ruas, ou plantados na porta de nossas casas, para nos falar da vontade de Deus. Eles se dizem mensageiros de Deus, revelando quando o mundo vai acabar, ou o que vai acontecer em nossas vidas, atualmente. Às vezes, predizem grandes bênçãos. Outras vezes, eles nos avisam sobre sérias calamidades. Freqüentemente, nos dizem que Deus lhes tem falado para ordenar-lhes a construção de uma grande catedral ou o empreendimento de algum glorioso empenho no serviço do Senhor. Sem dúvida, a Bíblia menciona freqüentemente profetas de Deus (que revelaram a palavra do Senhor). Algumas vezes, eles falaram sobre os acontecimentos de seu tempo, ou sobre o fim do mundo. Eles predisseram bênçãos maravilhosas e terríveis tragédias. Mas aqueles que desejaram conhecer a vontade de Deus, durante os tempos da Bíblia, também tiveram que se guardar contra os profetas enganadores e falsos. Eles não poderiam aceitar cegamente o testemunho de cada homem que dissesse estar falando por Deus. Hoje, mais do que nunca, precisamos testar aqueles que alegam serem portadores das mensagens de Deus. Toda pessoa que diz falar a palavra de Deus precisa ser experimentada de acordo com a palavra de Deus. Seguindo as recomendações de 1 João 4.1, precisamos submeter os profetas de nossos dias ao teste. São eles, verdadeiramente, mensageiros de Deus?

Quando examinados à luz das Escrituras, os profetas modernos falham a cada volta. Alguns deles podem ser capazes de enganar milhões de pessoas para que aceitem e apoiem seus ensinamentos, mas grandes números de seguidores não podem transformar o erro em verdade. Esses profetas contradizem uns aos outros e, mais importante, contradizem a Bíblia. Eles falham em produzir milagres autênticos para confirmar suas mensagens. Suas predições sobre o futuro falham uma atrás da outra. Eles alegam ter dons que cessaram segundo o plano da sabedoria de Deus cerca de 1900 anos atrás. Eles pretendem ter hoje dons que foram transmitidos diretamente pelos apóstolos, ainda mesmo que os apóstolos tenham morrido 1900 anos atrás. Tais pretensões de revelações sensacionais de Deus podem atrair seguidores e seu dinheiro, mas não resistiriam ao exame cuidadoso daqueles que respeitam as Escrituras como sendo a palavra de Deus, completa e autorizada. Precisamos ter cautela com a atração mortal daqueles que nos conduziriam para longe de Deus. Jesus elogiou os cristãos de Éfeso pelo seu cuidadoso exame daqueles que traziam a eles mensagens novas e diferentes: ". . . e que não podes suportar homens maus, e que pusestes à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não o são, e os achastes mentirosos" (Ap 2.2). Precisamos imitar seu exemplo, lembrando a atitude tomada pelos cristãos de Beréia, "examinando as Escrituras todos os dias para verem se as cousas eram de fato assim" (At 17.11).

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A Importância da Mensagem do Sermão Profético




Por Leonardo Pereira



Durante todo o mês de Novembro no Comentário Bíblico Mensal, estudaremos acerca do Sermão Profético prenunciado pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O comentarista deste mês é o pastor Carlos Vagner, ministro do Evangelho, escritor e articulista do Blog Evangelho Avivado, aonde ocorrerão os estudos deste mês. Estudar acerca do Sermão Profético consiste em examinar bem pontualmente, as palavras de Cristo no que concerne ao futuro de Israel e da sua Igreja. Ao observamos o seu sermão diante de seus discípulos, percebemos que se trata de um intenso momento de alerta, bem como uma grande afirmação de esperança e consolo para os seus filhos. Em cada versículos no qual está colocado este poderoso sermão, é bastante importante nos atentarmos hoje no que o Senhor Jesus nos fala através desta grandiosa mensagem, especialmente ao presente tempo em que estava vivendo, vendo e ouvindo muitas coisas.

O tempo em que estamos vivendo é um período de muitas profecias de Cristo que já se cumpriram, que estão se cumprindo, e que logo se cumprirão. Esta mensagem também é vital hoje para nós, de tal maneira a acrescentarmos a nossa fé.  Vive-se hoje um forte período de incredulidade e impiedade nunca antes visto no mundo. Em um momento assim, mais do que nunca é necessário regressarmos as Sagradas Escrituras e prestarmos muita atenção nas palavras de Cristo, assim como seus discípulos o fizeram enquanto estavam em sua companhia. Grandes catástrofes, sinais no céu e na terra, fenômenos nunca antes  imaginados ou vistos, guerras, fomes e muitas tribulações são mencionados por Cristo bem como a a esperança da vida eterna e da presença constante do Senhor em nossas vidas.

O estudo neste mês de Novembro a respeito do Sermão Profético de Cristo Jesus tem como objetivo primordial acrescentar a nossa fé neste mundo imerso de dúvidas e de medo. Roguemos ao Senhor Jesus Cristo que nos conceda força e graça para que possamos perseverar até o fim na caminhada cristã rumo as mansões celestiais. Que as palavras do apóstolo Paulo inspiradas pelo Espírito Santo, sirva-nos de tônico para todo o nosso ser até o dia de Jesus Cristo (Fp 1.6):

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.23).

Deus vos abençoe! 

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Novembro/2018 - Capítulo 1 - O Princípio das Dores




Comentarista: Carlos Vagner



Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 24.1-14

1. E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.
2. Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.
3. E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
4. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
5. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
6. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
8. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.
9. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
10. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.
11. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
12. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
13. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
14. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

Momento Interação

Neste mês de Novembro, estudaremos acerca do Sermão Profético. Um dos pontos mais importantes e específicos ao longo de toda a Bíblia Sagrada. Estudar acerca do Sermão Profético é estarmos preparados para o que irá acontecer tanto atualmente quanto para o porvir. O Senhor Jesus Cristo preparou os Seus discípulos acerca das perseguições, dos desafios ao redor de todo o mundo, de toda a questão ética e social que ocorre e que ocorrerá futuramente. Esta é uma oportunidade incrível para que possamos estarmos preparados para o que acontece hoje, amanhã e no futuro. O comentarista deste mês é o Pastor Carlos Vagner. Ministro do Evangelho, teólogo, professor de Escola Bíblica Dominical e articulista do Blog Evangelho Avivado. Bons Estudos!

Introdução

Os cinco primeiros livros do Novo Testamento (Mateus, Marcos , Lucas, João e Atos dos Apóstolos) são históricos em caráter. Todos eles narram uma história. Os quatro primeiros esboçam quatro pontos de vista distintos sobre a vida e a obra de Jesus. Mateus é o evangelho do discurso, sua ênfase está em ser um evangelho didático. Contem o maior bloco simples de ensinos encontrados nos evangelhos ( Mt caps. 10,13,18,23,24 e 25). É evidente que Mateus desejou enfatizar o conteúdo do ensino de Jesus em relação com a sua pessoa e com a lei, a fim de que pudessem ficar claras as completas implicações da vinda do messias. A declaração do propósito messiânico levou ao conflito. 

I. As Perguntas dos Discípulos (Mt. 24.1-3)

Dos capítulos 19.3 à 26.2 do Evangelho de Mateus são descritos os problemas do messias e os seus conflitos com os seus oponentes aparecem em eventos definidos, como: os debates com herodianos, os saduceus e os fariseus (Mt 22.15-40). As denúncias do capítulo 23 e à predição da desolação de Jerusalém nos capítulos 24 e 25 procedem desse conflito. O sermão profético do monte das oliveiras é o único discurso longo registrado nos três evangelhos sinópticos. É significativo que ele trate da segunda vinda e do final dos tempos. A pregação de Cristo era, principalmente, prática. Mas nesse capítulo 24 temos um sermão profético, uma predição de coisas futuras. Apesar disso, Ele tinha uma tendência prática, é o seu objetivo não era satisfazer a curiosidade dos seus discípulos, mas orientar as suas consciências e conduta. 

1. E, quando Jesus ia saindo do templo...

Cristo deixando o templo, e concluindo o seu trabalho público. Ali, Ele tinha sido rejeitado pelos líderes da nação judaica. Ele havia dito no final do capítulo anterior: “a vossa casa vos ficará deserta” e aqui Ele cumpri suas palavras: “Jesus ia saindo do templo”. A expressão é notável, Ele não apenas saiu do templo, mas partiu dele, para nunca mais voltar ali. 

2. aproximaram- se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.

Era uma estrutura muito bonita e majestosa, uma das maravilhas do mundo. Nenhum custo foi poupado, nenhum tipo de arte foi deixado de lado, para torná-lo suntuoso. Em janeiro do ano 19 a.C. Herodes iniciou a reconstrução do templo. O trabalho no santuário foi completado em 18 meses, mas o resto do edifício estava ainda sendo reconstruído no tempo de Jesus (Jo 2.20) e não foi concluído até 64 d.C., e só permaneceu por mais 6 anos em sua forma acabada. Os muros foram construídos com duras rochas brancas de grande dimensão, esses blocos gigantescos de rocha calcária podem ser vistos hoje no Muro das lamentações. Em cada portão havia um aviso gravado em pedra, em latim e em grego: “Que nenhum estrangeiro ultrapasse a barreira entrando no pátio que cerca o templo. Todo intruso que for pego será responsável por sua própria morte, que lhe será imposta como pena”. A destruição do templo se deu pelas mãos dos romanos no ano de 70 d.C. Liderado por Tito. A área do santuário foi queimada pelos romanos, que também demoliram as suas paredes. O imperador Adriano fez com que um templo dedicado a Júpiter capitolino fosse construído no mesmo local do templo judeu no ano 136 d.C. No ano 691 d.C., os muçulmanos construíram nessa mesma área a cúpula da Rocha, às vezes erroneamente chamada de Mesquita de Omar, é essa estrutura, construída pelo cáfila Omar, que atualmente ocupa o antigo local do templo e santuário judeu. 

Os discípulos mostram a estrutura do templo. Eles mesmos estavam muitos satisfeitos. Eles tinham vividos principalmente na Galiléia, distantes do templo, raras vezes o tinham visto, e, portanto, estavam grandemente tocados de admiração por ele, e pensaram que Jesus admiraria toda essa glória, tanto quanto eles. E eles queriam que Ele se distrai-se ( depois da sua pregação e da sua tristeza que eles viam que talvez quase o esmagasse) olhando a sua volta. Era uma fraqueza, e pobreza de espírito, dos discípulos, preocuparem-se tanto com as lindas estruturas, isso era uma infantilidade.

3. E, estando assentado no monte das oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: dizer-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?

Quando eles fizeram essa pergunta em particular, quando ele estava assentado no monte das oliveiras. Provavelmente, ele estava voltando para Betânia e ali assentou-se, para descansar. O monte das oliveiras estava voltado diretamente para o templo, e dali ele podia ter uma visão geral do templo, a alguma distância. Ali ele sentou-se, como juiz no tribunal, tendo o templo e a cidade diante de si, Como na corte, e assim ele passou a sua sentença sobre eles. Os discípulos fizeram uma pergunta tríplice: dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Aqui o texto é muito mais específico do que nas passagens correspondentes em Marcos e aí Lucas. Mas é difícil separar gente postas para essas perguntas. Definitivamente, elas não aparecem ser respondidas em sequência . A predição de Jesus acerca da destruição de Jerusalém levou os discípulos a fazer muitas perguntas escatológicas. A expressão estas coisas é provavelmente, uma alusão ao julgamento descrito imediatamente antes, e que sobreveio a Jerusalém no ano 70 d.C. Não há dúvida de que a tua vinda é referência a segunda vinda de Cristo, a parousia ( presença - literalmente estar ao lado). 

II. Os Falsos Cristos

Jesus aparece responder, em primeiro lugar, a última pergunta. O primeiro sinal é o surgimento dos falsos Messias. Muitos virão, dizendo: eu sou o Cristo ( isto é, “ o Messias”). Aqui Cristo prediz o aparecimento de enganadores. Ele começa com um aviso: acautelai-vos, que ninguém vos engane. Os enganadores são inimigos mais perigosos a igreja do que os perseguidores. Oi sinais que deverão caracterizar esse tempo antes da segunda vinda de Cristo, e a ideia e a ideia é que esses sinais se intensificaram no fim, ao aproximar-se a sua conclusão, de forma que aquilo que tem sido verdade no decorrer da história inteira, Ainda se tornará mais patente quando do fim da atual dispensação. Jesus falou primeiramente sobre os distúrbios e sobre a corrupção em boa parte da cristandade. Vários Messias fingidos, que ensinaram doutrinas subversivas. Haverá aqueles que afirmaram ser o Cristo, até mesmo o Cristo que voltou do céu. O grande cumprimento dessa profecia se verificará na pessoa do anticristo, que surgiram em cena pouco antes da volta real de Cristo. Por isso a necessidade da igreja de manter-se na expectativa do fim em seu tempo, de estar sempre pronta e vigilante.Jesus advertiu que os falsos Cristos não são o sinal de tudo, antes, são apenas o começo dos sofrimentos. É significativo que o primeiro sinal que Cristo apontou para sua vinda tenha sido o surgimento de falsos Messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministro, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso Evangelho nos últimos dias. Cristo declarou que um falso cristianismo vai marcar os últimos dias. A segunda vinda será precedida por um abandono da fé verdadeira. O engano religioso vai estar em alta. Haverá falsos Cristos, falsas doutrinas e falsos milagres. Os desvios teológicos são graves: liberalismo, misticismo, sincretismo. 

III. Rumores de Guerra

Desde 1945, após a segunda guerra mundial, o número de guerras tem aumentado vertiginosamente. Nos últimos 100 anos já morreram mais de 200 milhões de pessoas nas guerras. Segundo pesquisa do resgatinho international ordem report, quase 50% de todos os cientistas do mundo parênteses 500.000 estão trabalhando em pesquisas de armas de destruição. O século XX foi batizado como século da guerra. Na primeira guerra mundial 1914 A 1918,30 milhões de pessoas foram mortas. A segunda guerra mundial 1939 até 1945 ceifou 60 milhões de pessoas.

As fomes. A fome é um subproduto das guerras, do abuso da natureza ou envio do juízo de Deus. A fome é um retrato vergonhoso da perversa distribuição de renda. Enquanto uns acúmulo muito, outros passam fome. A fome alcança quase 50% da população do mundo. Milhões de pessoas no mundo vivem abaixo da linha da miséria. Pestes - pestilência, qualquer enfermidade mortalmente infecciosa. Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz seguem as grandes epidemias ao longo da história:

Peste negra. 50 milhões de mortos na Europa e na Ásia, 1333 a 1351.
Cólera. Centenas de milhares de mortos de 1817 à 1824.
Tuberculose. 1 bilhão de mortos, 1850 a 1950.
Varíola. 300 milhões de mortos, 1896 a 1980.
Gripe espanhola. 20 milhões de mortos, 1918 a 1919.
Tifo. 3 milhões de mortos. Europa Oriental e Rússia, 1918 a 1922.
Febre amarela. 30.000 mortos na Etiópia, 1960 a 1960:
Sarampo.6.000.000 de mortes por ano até 1963.
Malária. 3 milhões de mortos por ano desde 1980.
AIDS. 22 milhões de mortos desde 1981.
Terremotos - de acordo com a pesquisa geológica dos Estados Unidos:
De 1890 a 1930 houve apenas oito terremotos medindo 6.0 na escala rischter.
De 1930 a 1960 houve 18. De 1960 a 1979 ouvir 64 terremotos catastróficos. De 1980 a 1996 ouvir mais de 200 terremotos dramáticos. No século XX, houve mais terremotos do que em todo restante da história. Todas essas coisas desse Jesus são princípio das dores. Essa última palavra quer dizer literalmente pontadas do parto, e pode ser traduzida como dores de parto, vindo sobre aquela que está grávida.

IV. A Perseguição Mundial pelo Nome de Cristo

Jesus profetiza acerca da perseguição do seu próprio povo por meios dos seus ministros (Mt 24.1-4). Uma parte da Ásia em geral, que também entrou  em consequente por meio de uma decadência da religião. Ao tempo em que foi escrito Evangelho de Mateus, muitas perseguições já estavam ocorrendo. Tiago fora morto, e Pedro e os demais apóstolos haviam sido forçados a fugir de Jerusalém. Os cristãos eram odiados por toda parte e morriam nas mãos, tanto dos judeus como dos romanos. A universalidade da mensagem cristã aqui fica sob entendido ainda que se faço oposição a ela por toda parte. E os seguidores de Cristo serão entregues para serem atormentados, literalmente atribulados. O substantivo "Thlipsis" vem do verbo "thlibo", que significa pressionar. Aristóteles utilizou em seu sentido literal pressão. Na septuaginta e no novo testamento ele é usado metafórica mente para tripulação. Esse termo vem do latim "tribulum" , que é um Mangual, um tipo de chicote usado para separar os grãos das cascas. O verbo grego era usado para descrever a extração do suco das luvas. Estas duas ideias transmitem o sentido de tribulação ou aflição. O termo descreve vividamente a pressão da constante perseguição. Quando a profissão de fé começar custa caro para os homens, então muito se ofenderam, se debateram com a sua profissão de fé, e por fim a deixaram, eles começaram a entrar em conflito com a sua fé, serão diferentes a ela, se cansarão dela, e no final se revoltaram contra ela. Os tempos de perseguição São tempos de descobrimento. Os lobos em pele de ovelha terão seus disfarces descoberto e apareceram como lobos, eles trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborreceram um odiaram. Não é novidade, embora seja estranho, que aqueles que começaram o caminho da justiça se afastem dele. Eles estavam conosco, mas sair um de nós, porque jamais foram nossos verdadeiramente (1 Jo 2.19). Os falsos profetas, tem se levantado no seio da própria igreja. Em tempos enganadores, quando suas falsos profetas, e em tempos de perseguição, quando os Santos são odiados, deve esperar duas coisas: a multiplicação da iniquidade Que literalmente significa ilegalidade, maldade, perversidade, justiça e sem retidão. A condição de não estar reto, quer para com Deus, de acordo com padrão da sua justiça e santidade, quer parar com homem de acordo com padrão do que o homem sabe ser certo mediante sua consciência.

V. A Diminuição do Amor

O amor se esfriará, nesse caso esfriar significa soprar afim de arrefecer, de esfriar a mesma palavra usada para indicar a extinção de um incêndio. Os sopros gélidos da apostasia e da iniquidade dos indivíduos, especialmente aqueles que caracteriza a iniquidade, apagão as chamas do amor, esfriam as brasas, e nada deixa se não cinzas férias. A tendência que se verifica em período de tensão, de perseguição, de fomes e etc. É de que todos se tornem egoístas, que se esqueçam uns dos outros, cada qual se importando somente consigo mesmo. Então, todo princípio orientador, que caracteriza a busca espiritual, Perde-se, a saber, O amor, e resta apenas o amor próprio. Nessas ocasiões, esquecemo-no de que somos guardiões dos nossos irmãos, de que eles fazem parte da nossa responsabilidade de que o serviço aos nossos semelhantes é, ao mesmo tempo, serviço prestado a Deus, por quanto todos são criaturas de Deus, feitos à sua imagem. Em face da apostasia, da multiplicação imensa da iniquidade dos males de todas as variedades, em face das perseguições dos tempos difíceis, precisamos permanecer constante. Aqueles que fizerem parte desse grupo perseverante, que não hesitarem, que não se deixarem envolver pela apostasia pela iniquidade, mas que continuarem fiéis na proclamação das boas novas de Deus, até que seus planos estejam completos quantas mundo, esses serão os que compartilharam daquela grande herança dos redimidos. Os fiéis perseverarão e deverão perseverar por serem fiéis. O evangelho seja pregado em testemunho a todas a gente, ou seja, ele essa declaração fiel do pensamento e da vontade Deus a respeito do dever que Deus exige de um homem, e da recompensa que o homem pode esperar de Deus. É um testemunho para aqueles que creem, e que eles serão salvos contra aqueles que persistem na incredulidade, que serão condenados. Os meios de comunicação estão acelerando esse processo nos dias atuais parece que ninguém pode negar a possibilidade que este sinal já tenha sido totalmente cumprido.

Comentário Bíblico Mensal: Outubro/2018 - Capítulo 5 - A Liderança de Moisés e o seu Legado




Comentarista: Walter Menezes



Texto Bíblico Base Semanal: Deuteronômio 34.1-12

1. Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã;
2. E todo Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés e toda a terra de Judá, até ao mar ocidental;
3. E o sul, e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Zoar.
4. E disse-lhe o Senhor: Esta é a terra que jurei a Abraão, Isaque, e Jacó, dizendo: À tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os teus olhos, porém lá não passarás.
5. Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor.
6. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura.
7. Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu o seu vigor.
8. E os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta dias, nas campinas de Moabe; e os dias do pranto no luto de Moisés se cumpriram.
9. E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.
10. E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;
11. Nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra.
12. E em toda a mão forte, e em todo o grande espanto, que praticou Moisés aos olhos de todo o Israel.

Momento Interação

Pela maravilhosa graça de Deus, chegamos ao final de mais um Comentário Bíblico Mensal, e desta feita, concluindo os estudos acerca do profeta e legislador Moisés. Neste último capítulo do Comentário de Outubro de 2018, analisaremos acerca dos momentos importantes do profeta e como ele é uma grande referência para nós, pois o próprio Cristo deu testemunho de Moisés e da Lei (Lc 24.44), acerca da sua vida e legado não somente para todo Israel, como para  todo o mundo. Bons Estudos e até o próximo Comentário Bíblico Mensal.

Introdução

Moisés foi o grande legislador de Israel, escolhido por Deus para libertar seu povo da escravidão do Egito e conduzi-lo a terra de Canaã, onde pudessem adorar ao Senhor em liberdade. Para os judeus Moisés foi o maior profeta que já existiu e, quando de sua morte, Deus precisou esconder o seu corpo, visto que até o próprio diabo requereu a posse deste, certamente para fazer dele um ídolo (Jd 1.9). A vida e o ministério de Moisés foram marcados por desafios de fé e pelo sobrenatural de Deus. Quando do seu nascimento havia um decreto de morte para todos os meninos hebreus e o primeiro desafio era conservá-lo com vida, uma vez que a ordem do rei não podia ser desobedecida (Êx 1.16). O primeiro desafio de fé partiu de seus pais que não temeram o mandado do rei e o esconderam por três meses (Hb 11.23). Certamente que não foi somente o amor pelo filho que fez com que os pais de Moisés agissem assim, pondo em risco suas próprias vidas, mas a fé que aquele menino seria um instrumento nas mãos de Deus os impulsionou a fazerem isso. Isso mostra que o relacionamento de amor em família é o elemento essencial para a formação de bom líder.

Certamente que Moisés como homem teve suas falhas e fraquezas, mas Deus o escolheu para cumprir os seus desígnios na vida de faraó e mostrar a sua glória aos egípcios. Veremos algumas qualidades que evidenciaram sua chamada e ministério, quais devemos ter com um legado deixado por ele para as futuras gerações.

I. A Liderança de Moisés

Moisés foi aquele em quem Deus confiou para liderar seu povo, entregando-lhe as leis que regeriam aquela nação (Gl 3.19,20). Como medianeiro, Moisés não poderia aumentar ou diminuir nada do que Deus lhe outorgara. Moisés, como servo foi fiel em cumprir e em ensinar a lei ao povo eleito de Israel. De igual modo, hoje, todo aquele que é chamado e escolhido a guiar o povo de Deus precisa fazê-lo na condição de servo e fiel. A fidelidade do ministro consiste essencialmente em alimentar o rebanho de Deus com a Palavra genuína e sem mistura. Fazendo assim, o tal será grandemente galardoado

II. A Travessia do Mar Vermelho

A famosa passagem da Bíblia onde Moisés divide o Mar Vermelho permanece marcante de forma sobremaneira. A história do Livro do Êxodo diz que os judeus estavam fugindo do Egito, liderados por Moisés, e com o exército do Faraó em seu encalço. Moisés ergue seu cajado e divide o Mar Vermelho, para que os judeus pudessem passar pelo meio das águas.

Quando o exército do faraó tenta perseguí-los, a água do mar cai sobre os soldados, fazendo com que os judeus ficassem a salvo. Ele de uma só vez extermina, arrasa os Egípcios, pois permite que o exército do Faraó com suas modernas carruagens de guerra adentrem ao mar aberto e em um piscar de olhos ordena que as águas se fechem, acabando de vez com a arrogância e a prepotência do grande e temido Faraó. Deus destruiu todo o mal em uma única ação, afundou o mal no próprio mal, o Faraó bebeu então de seu próprio veneno. 

Podemos imaginar facilmente hoje como Cristão, que tal episódio fora sem dúvidas um grande milagre, uma manifestação divina, celestial. Os grandes cientistas tentam nos dias atuais desvendar, dar explicações para este grande ministério, mas não chegam a lugar algum, com a mesma precisão do que com os relatos bíblicos chegam.Deus tinha um propósito na vida daquelas pessoas da mesma forma que também nas nossas vidas e Ele está pronto a todo o instante para nos livrar das mãos dos nossos inimigos, só depende de nós mesmos.

III. Moisés e o Pentateuco

Pentateuco é o como é chamado o conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia. Estes cinco livros também são chamados de “a Lei” ou “Torá”. Os livros que compõe o Pentateuco são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

A palavra Pentateuco vem do grego pentateuchos, que significa “livro de cinco volumes”. Esses cinco primeiros livros do Antigo Testamento possuem uma importância muito grande. Eles fornecem a base de todo o restante do conteúdo bíblico. É amplamente aceito que Moisés foi quem escreveu o Pentateuco. Na verdade a própria Bíblia indica que Moisés escreveu a Lei. No Antigo Testamento existem várias referências a escritos que são designados como “Livro de Moisés”, “Livro da Lei de Deus” (Js 1.8; 8.34; 2 Rs 14.6; 22.8; 2 Cr 17.9; 25.4; Nm 8.1,18; 9.3; 13.1). É verdade que muitas dessas referências não falam especificamente do Pentateuco, e sim de escritos pós-exílicos. Mas de qualquer forma, esses escritos certamente continham partes do Pentateuco.

O Novo Testamento também se refere em diversas ocasiões ao Pentateuco (cf. Mt 12.5; Mc 12.26; Lc 16.16; Jo 7.19; Gl 3.10). O evangelista Lucas escreve que Jesus ensinou as Escrituras “começando por Moisés” (Lc 24.27). Certa feita o próprio Jesus atribuiu a autoria do Pentateuco a Moisés (Jo 5.46). Até mesmo dentro dos textos do Pentateuco existem indicações do importante papel exercito por Moisés como redator (cf. Êx 24.3-7; Dt 31.24-26). Assim, as tradições judaica e cristã aceitam e defendem a autoria mosaica do Pentateuco. 

IV. Moisés Profetiza sobre a Vinda de Cristo

De acordo com Deuteronômio 18.15-20, o Senhor prometeu a Israel que enviaria outro profeta como Moisés. Isso se aplicava a todos os verdadeiros profetas que eram os porta-vozes de Deus. Os profetas se caracterizavam por sete qualidades: (1) israelitas; (2) chamados por Deus; (3) capacitados pelo Espírito Santo; (4) porta-vozes de Deus; (5) autorizados a falar em nome do Senhor; (6) bons pastores para o povo e (7) confirmados por sinais.

No tocante a esta profecia, "o Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis" Jesus Cristo foi o seu verdadeiro cumprimento. Jesus, como Moisés, foi mediador entre Deus e o homem (Dt 16.17; Hb 9.15; 12.24) Entretanto, Cristo era diferente por ser o Filho de Deus (Jo 1.21,25,45; 5.46; 6.1;7.40; At 3.22,23; 7.37). Quando Moisés morreu, havia a esperança de aparecer novamente alguém como ele, até mesmo maior do que ele (Dt 34.9-12). Todos os verdadeiros profetas que surgiram entre os hebreus foram chamados pelo Senhor. Ninguém podia tornar-se um profeta genuíno por desejo ou vontade própria.