Capítulo 1: O Princípio das Dores




Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 24.1-14

1. E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.
2. Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.
3. E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
4. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
5. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
6. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
8. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.
9. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
10. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.
11. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
12. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
13. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
14. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

Momento Interação

Neste mês de Novembro, estudaremos acerca do Sermão Profético. Um dos pontos mais importantes e específicos ao longo de toda a Bíblia Sagrada. Estudar acerca do Sermão Profético é estarmos preparados para o que irá acontecer tanto atualmente quanto para o porvir. O Senhor Jesus Cristo preparou os Seus discípulos acerca das perseguições, dos desafios ao redor de todo o mundo, de toda a questão ética e social que ocorre e que ocorrerá futuramente. Esta é uma oportunidade incrível para que possamos estarmos preparados para o que acontece hoje, amanhã e no futuro. O comentarista deste mês é o Pastor Carlos Vagner. Ministro do Evangelho, teólogo, professor de Escola Bíblica Dominical e articulista do Blog Evangelho Avivado. Bons Estudos!

Introdução

Os cinco primeiros livros do Novo Testamento (Mateus, Marcos , Lucas, João e Atos dos Apóstolos) são históricos em caráter. Todos eles narram uma história. Os quatro primeiros esboçam quatro pontos de vista distintos sobre a vida e a obra de Jesus. Mateus é o evangelho do discurso, sua ênfase está em ser um evangelho didático. Contem o maior bloco simples de ensinos encontrados nos evangelhos ( Mt caps. 10,13,18,23,24 e 25). É evidente que Mateus desejou enfatizar o conteúdo do ensino de Jesus em relação com a sua pessoa e com a lei, a fim de que pudessem ficar claras as completas implicações da vinda do messias. A declaração do propósito messiânico levou ao conflito. 

I. As Perguntas dos Discípulos (Mt. 24.1-3)

Dos capítulos 19.3 à 26.2 do Evangelho de Mateus são descritos os problemas do messias e os seus conflitos com os seus oponentes aparecem em eventos definidos, como: os debates com herodianos, os saduceus e os fariseus (Mt 22.15-40). As denúncias do capítulo 23 e à predição da desolação de Jerusalém nos capítulos 24 e 25 procedem desse conflito. O sermão profético do monte das oliveiras é o único discurso longo registrado nos três evangelhos sinópticos. É significativo que ele trate da segunda vinda e do final dos tempos. A pregação de Cristo era, principalmente, prática. Mas nesse capítulo 24 temos um sermão profético, uma predição de coisas futuras. Apesar disso, Ele tinha uma tendência prática, é o seu objetivo não era satisfazer a curiosidade dos seus discípulos, mas orientar as suas consciências e conduta. 

1. E, quando Jesus ia saindo do templo...

Cristo deixando o templo, e concluindo o seu trabalho público. Ali, Ele tinha sido rejeitado pelos líderes da nação judaica. Ele havia dito no final do capítulo anterior: “a vossa casa vos ficará deserta” e aqui Ele cumpri suas palavras: “Jesus ia saindo do templo”. A expressão é notável, Ele não apenas saiu do templo, mas partiu dele, para nunca mais voltar ali. 

2. aproximaram- se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.

Era uma estrutura muito bonita e majestosa, uma das maravilhas do mundo. Nenhum custo foi poupado, nenhum tipo de arte foi deixado de lado, para torná-lo suntuoso. Em janeiro do ano 19 a.C. Herodes iniciou a reconstrução do templo. O trabalho no santuário foi completado em 18 meses, mas o resto do edifício estava ainda sendo reconstruído no tempo de Jesus (Jo 2.20) e não foi concluído até 64 d.C., e só permaneceu por mais 6 anos em sua forma acabada. Os muros foram construídos com duras rochas brancas de grande dimensão, esses blocos gigantescos de rocha calcária podem ser vistos hoje no Muro das lamentações. Em cada portão havia um aviso gravado em pedra, em latim e em grego: “Que nenhum estrangeiro ultrapasse a barreira entrando no pátio que cerca o templo. Todo intruso que for pego será responsável por sua própria morte, que lhe será imposta como pena”. A destruição do templo se deu pelas mãos dos romanos no ano de 70 d.C. Liderado por Tito. A área do santuário foi queimada pelos romanos, que também demoliram as suas paredes. O imperador Adriano fez com que um templo dedicado a Júpiter capitolino fosse construído no mesmo local do templo judeu no ano 136 d.C. No ano 691 d.C., os muçulmanos construíram nessa mesma área a cúpula da Rocha, às vezes erroneamente chamada de Mesquita de Omar, é essa estrutura, construída pelo cáfila Omar, que atualmente ocupa o antigo local do templo e santuário judeu. 

Os discípulos mostram a estrutura do templo. Eles mesmos estavam muitos satisfeitos. Eles tinham vividos principalmente na Galiléia, distantes do templo, raras vezes o tinham visto, e, portanto, estavam grandemente tocados de admiração por ele, e pensaram que Jesus admiraria toda essa glória, tanto quanto eles. E eles queriam que Ele se distrai-se ( depois da sua pregação e da sua tristeza que eles viam que talvez quase o esmagasse) olhando a sua volta. Era uma fraqueza, e pobreza de espírito, dos discípulos, preocuparem-se tanto com as lindas estruturas, isso era uma infantilidade.

3. E, estando assentado no monte das oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: dizer-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?

Quando eles fizeram essa pergunta em particular, quando ele estava assentado no monte das oliveiras. Provavelmente, ele estava voltando para Betânia e ali assentou-se, para descansar. O monte das oliveiras estava voltado diretamente para o templo, e dali ele podia ter uma visão geral do templo, a alguma distância. Ali ele sentou-se, como juiz no tribunal, tendo o templo e a cidade diante de si, Como na corte, e assim ele passou a sua sentença sobre eles. Os discípulos fizeram uma pergunta tríplice: dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Aqui o texto é muito mais específico do que nas passagens correspondentes em Marcos e aí Lucas. Mas é difícil separar gente postas para essas perguntas. Definitivamente, elas não aparecem ser respondidas em sequência . A predição de Jesus acerca da destruição de Jerusalém levou os discípulos a fazer muitas perguntas escatológicas. A expressão estas coisas é provavelmente, uma alusão ao julgamento descrito imediatamente antes, e que sobreveio a Jerusalém no ano 70 d.C. Não há dúvida de que a tua vinda é referência a segunda vinda de Cristo, a parousia ( presença - literalmente estar ao lado). 

II. Os Falsos Cristos

Jesus aparece responder, em primeiro lugar, a última pergunta. O primeiro sinal é o surgimento dos falsos Messias. Muitos virão, dizendo: eu sou o Cristo ( isto é, “ o Messias”). Aqui Cristo prediz o aparecimento de enganadores. Ele começa com um aviso: acautelai-vos, que ninguém vos engane. Os enganadores são inimigos mais perigosos a igreja do que os perseguidores. Oi sinais que deverão caracterizar esse tempo antes da segunda vinda de Cristo, e a ideia e a ideia é que esses sinais se intensificaram no fim, ao aproximar-se a sua conclusão, de forma que aquilo que tem sido verdade no decorrer da história inteira, Ainda se tornará mais patente quando do fim da atual dispensação. Jesus falou primeiramente sobre os distúrbios e sobre a corrupção em boa parte da cristandade. Vários Messias fingidos, que ensinaram doutrinas subversivas. Haverá aqueles que afirmaram ser o Cristo, até mesmo o Cristo que voltou do céu. O grande cumprimento dessa profecia se verificará na pessoa do anticristo, que surgiram em cena pouco antes da volta real de Cristo. Por isso a necessidade da igreja de manter-se na expectativa do fim em seu tempo, de estar sempre pronta e vigilante.Jesus advertiu que os falsos Cristos não são o sinal de tudo, antes, são apenas o começo dos sofrimentos. É significativo que o primeiro sinal que Cristo apontou para sua vinda tenha sido o surgimento de falsos Messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministro, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso Evangelho nos últimos dias. Cristo declarou que um falso cristianismo vai marcar os últimos dias. A segunda vinda será precedida por um abandono da fé verdadeira. O engano religioso vai estar em alta. Haverá falsos Cristos, falsas doutrinas e falsos milagres. Os desvios teológicos são graves: liberalismo, misticismo, sincretismo. 

III. Rumores de Guerra

Desde 1945, após a segunda guerra mundial, o número de guerras tem aumentado vertiginosamente. Nos últimos 100 anos já morreram mais de 200 milhões de pessoas nas guerras. Segundo pesquisa do resgatinho international ordem report, quase 50% de todos os cientistas do mundo parênteses 500.000 estão trabalhando em pesquisas de armas de destruição. O século XX foi batizado como século da guerra. Na primeira guerra mundial 1914 A 1918,30 milhões de pessoas foram mortas. A segunda guerra mundial 1939 até 1945 ceifou 60 milhões de pessoas.

As fomes. A fome é um subproduto das guerras, do abuso da natureza ou envio do juízo de Deus. A fome é um retrato vergonhoso da perversa distribuição de renda. Enquanto uns acúmulo muito, outros passam fome. A fome alcança quase 50% da população do mundo. Milhões de pessoas no mundo vivem abaixo da linha da miséria. Pestes - pestilência, qualquer enfermidade mortalmente infecciosa. Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz seguem as grandes epidemias ao longo da história:

Peste negra. 50 milhões de mortos na Europa e na Ásia, 1333 a 1351.
Cólera. Centenas de milhares de mortos de 1817 à 1824.
Tuberculose. 1 bilhão de mortos, 1850 a 1950.
Varíola. 300 milhões de mortos, 1896 a 1980.
Gripe espanhola. 20 milhões de mortos, 1918 a 1919.
Tifo. 3 milhões de mortos. Europa Oriental e Rússia, 1918 a 1922.
Febre amarela. 30.000 mortos na Etiópia, 1960 a 1960:
Sarampo.6.000.000 de mortes por ano até 1963.
Malária. 3 milhões de mortos por ano desde 1980.
AIDS. 22 milhões de mortos desde 1981.
Terremotos - de acordo com a pesquisa geológica dos Estados Unidos:
De 1890 a 1930 houve apenas oito terremotos medindo 6.0 na escala rischter.
De 1930 a 1960 houve 18. De 1960 a 1979 ouvir 64 terremotos catastróficos. De 1980 a 1996 ouvir mais de 200 terremotos dramáticos. No século XX, houve mais terremotos do que em todo restante da história. Todas essas coisas desse Jesus são princípio das dores. Essa última palavra quer dizer literalmente pontadas do parto, e pode ser traduzida como dores de parto, vindo sobre aquela que está grávida.

IV. A Perseguição Mundial pelo Nome de Cristo

Jesus profetiza acerca da perseguição do seu próprio povo por meios dos seus ministros (Mt 24.1-4). Uma parte da Ásia em geral, que também entrou  em consequente por meio de uma decadência da religião. Ao tempo em que foi escrito Evangelho de Mateus, muitas perseguições já estavam ocorrendo. Tiago fora morto, e Pedro e os demais apóstolos haviam sido forçados a fugir de Jerusalém. Os cristãos eram odiados por toda parte e morriam nas mãos, tanto dos judeus como dos romanos. A universalidade da mensagem cristã aqui fica sob entendido ainda que se faço oposição a ela por toda parte. E os seguidores de Cristo serão entregues para serem atormentados, literalmente atribulados. O substantivo "Thlipsis" vem do verbo "thlibo", que significa pressionar. Aristóteles utilizou em seu sentido literal pressão. Na septuaginta e no novo testamento ele é usado metafórica mente para tripulação. Esse termo vem do latim "tribulum" , que é um Mangual, um tipo de chicote usado para separar os grãos das cascas. O verbo grego era usado para descrever a extração do suco das luvas. Estas duas ideias transmitem o sentido de tribulação ou aflição. O termo descreve vividamente a pressão da constante perseguição. Quando a profissão de fé começar custa caro para os homens, então muito se ofenderam, se debateram com a sua profissão de fé, e por fim a deixaram, eles começaram a entrar em conflito com a sua fé, serão diferentes a ela, se cansarão dela, e no final se revoltaram contra ela. Os tempos de perseguição São tempos de descobrimento. Os lobos em pele de ovelha terão seus disfarces descoberto e apareceram como lobos, eles trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborreceram um odiaram. Não é novidade, embora seja estranho, que aqueles que começaram o caminho da justiça se afastem dele. Eles estavam conosco, mas sair um de nós, porque jamais foram nossos verdadeiramente (1 Jo 2.19). Os falsos profetas, tem se levantado no seio da própria igreja. Em tempos enganadores, quando suas falsos profetas, e em tempos de perseguição, quando os Santos são odiados, deve esperar duas coisas: a multiplicação da iniquidade Que literalmente significa ilegalidade, maldade, perversidade, justiça e sem retidão. A condição de não estar reto, quer para com Deus, de acordo com padrão da sua justiça e santidade, quer parar com homem de acordo com padrão do que o homem sabe ser certo mediante sua consciência.

V. A Diminuição do Amor

O amor se esfriará, nesse caso esfriar significa soprar afim de arrefecer, de esfriar a mesma palavra usada para indicar a extinção de um incêndio. Os sopros gélidos da apostasia e da iniquidade dos indivíduos, especialmente aqueles que caracteriza a iniquidade, apagão as chamas do amor, esfriam as brasas, e nada deixa se não cinzas férias. A tendência que se verifica em período de tensão, de perseguição, de fomes e etc. É de que todos se tornem egoístas, que se esqueçam uns dos outros, cada qual se importando somente consigo mesmo. Então, todo princípio orientador, que caracteriza a busca espiritual, Perde-se, a saber, O amor, e resta apenas o amor próprio. Nessas ocasiões, esquecemo-no de que somos guardiões dos nossos irmãos, de que eles fazem parte da nossa responsabilidade de que o serviço aos nossos semelhantes é, ao mesmo tempo, serviço prestado a Deus, por quanto todos são criaturas de Deus, feitos à sua imagem. Em face da apostasia, da multiplicação imensa da iniquidade dos males de todas as variedades, em face das perseguições dos tempos difíceis, precisamos permanecer constante. Aqueles que fizerem parte desse grupo perseverante, que não hesitarem, que não se deixarem envolver pela apostasia pela iniquidade, mas que continuarem fiéis na proclamação das boas novas de Deus, até que seus planos estejam completos quantas mundo, esses serão os que compartilharam daquela grande herança dos redimidos. Os fiéis perseverarão e deverão perseverar por serem fiéis. O evangelho seja pregado em testemunho a todas a gente, ou seja, ele essa declaração fiel do pensamento e da vontade Deus a respeito do dever que Deus exige de um homem, e da recompensa que o homem pode esperar de Deus. É um testemunho para aqueles que creem, e que eles serão salvos contra aqueles que persistem na incredulidade, que serão condenados. Os meios de comunicação estão acelerando esse processo nos dias atuais parece que ninguém pode negar a possibilidade que este sinal já tenha sido totalmente cumprido.

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