Capítulo 1: O Que é o Fruto do Espírito

 




Texto Bíblico Base Semanal: Efésios 5.1-11

1. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
2. E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
3. Mas a fornicação, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos;
4. Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças.
5. Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.
6. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
7. Portanto, não sejais seus companheiros.
8. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
9. (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade);
10. Aprovando o que é agradável ao Senhor.
11. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.

Momento Interação

O Fruto do Espírito é mencionado dentro de um capítulo onde Paulo faz uma exposição acerca da liberdade que há em Cristo. Ele fornece uma contraposição com as restrições impostas pelo legalismo que estava sendo pregado na comunidade cristã da Galácia. Além disso, o apóstolo enfatizou que o julgo da Lei não é capaz de fazer com que alguém viva de acordo com a vontade de Deus, mas que somente através do Espírito Santo o homem é capacitado a viver uma vida que agrada ao Senhor. Muitas especulações já foram feitas na tentativa de explicar o porquê disto. A melhor de todas elas defende que isso acontece porque, diferentemente das obras da carne, o Fruto do Espírito é uma unidade. Isso significa que todas as capacitações pertencem a um único fruto. Não somos nós que produzimos esse fruto, mas o Espírito Santo que o produz em nós. Ele assim o faz de um modo em que uma virtude está diretamente ligada a outra. Por tanto, essas virtudes são indivisíveis e juntas formam “o fruto”. Pense em cada virtude como sendo gomos de um mesmo fruto.

Introdução

Todo cristão é chamado para viver uma vida de frutificação. A ideia de permanecer infrutífero após o novo nascimento não condiz com a realidade da nova vida operada pelo Espírito Santo. Inclusive, a Bíblia destaca vários pontos fundamentais sobre como o cristão pode dar frutos para a glória de Deus. Neste estudo bíblico falaremos exatamente sobre a verdade de que os verdadeiros seguidores de Cristo necessariamente são ramos frutíferos. Quando entendemos a exposição do apóstolo Paulo acerca do fruto do Espírito entendemos que somos incapazes, por nós mesmos, de gerar as virtudes que compõe esse fruto. É por isso que o apóstolo denomina esse conjunto de qualidades de “fruto do Espírito”, no sentido de que é o Espírito que o produz em nós. Assim, o próprio apóstolo esclarece que tal fruto é gerado em nós quando vivemos e somos guiados pelo Espírito. Podemos entender melhor esse conceito nas palavras de Jesus presentes na alegoria sobre a videira e seus ramos (Jo 15.1-11).

I. O Fruto do Espírito

O fruto do Espírito é uma seleção de virtudes produzidas pelo Espírito Santo na vida daqueles que foram feitos novas criaturas. Esse fruto resulta em uma conduta de vida integra e de acordo com a vontade de Deus. O fruto do Espírito Santo é descrito pelo apóstolo Paulo em Gálatas 5.22,23. O fruto do Espírito é mencionado dentro de um capítulo onde Paulo faz uma exposição acerca da liberdade que há em Cristo. Ele fornece uma contraposição com as restrições impostas pelo legalismo que estava sendo pregado na comunidade cristã da Galácia. Além disso, o apóstolo enfatizou que o julgo da Lei não é capaz de fazer com que alguém viva de acordo com a vontade de Deus, mas que somente através do Espírito Santo o homem é capacitado a viver uma vida que agrada ao Senhor.

Na carta para a igreja de Gálatas, o apóstolo Paulo explica para a igreja a diferença entre viver pela carne e viver pelo Espírito. Jesus nos escolheu para darmos fruto que permaneça (Jo 15.16). Mas, afinal, de que fruto Jesus Cristo está falando? E o que significa viver pelo Espírito? O fruto do Espírito é o caráter do cristão revelado em suas múltiplas facetas. Não são vários frutos, mas sim um fruto só, todo interligado, como os gomos de uma laranja. Nosso espírito é proveniente de Deus, e quando morremos fisicamente, ele retorna para Deus (Ec 12.7). Estamos ligados a Deus através do nosso espírito (Jo 4.24). O resultado de uma vida guiada pelo Espírito Santo é o seu fruto (Mt 7.16). Devemos ser obedientes a Deus e a Sua vontade, para que o Espírito Santo frutifique em nós. Como seres humanos, estamos sujeitos a carne. Porém, nosso alvo deve sempre ser Jesus Cristo (Fp 3.12-14). Como o próprio Jesus nos disse, nós teremos aflições, porém devemos ter bom ânimo, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33)! “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

II. Jesus e o Fruto do Espírito

Na alegoria de João 15.1-27, Jesus se apresenta como sendo a “videira verdadeira”. Seus discípulos são os ramos e só frutificam se estiverem ligados a Ele, fonte verdadeira de vida. Nesse processo divino, todo ramo que não dá fruto é cortado e lançado fora; e todo aquele que dá fruto requer um cuidado especial, para que frutifique ainda mais (v.2). A vida de frutificação pregada por Jesus precisa ser vista como base de crescimento e maturidade da Igreja. Deus não está interessado em salvar o pecador simplesmente para usufruir de suas bênçãos. Ele requer de cada cristão uma vida frutífera.

Não são apenas alguns que precisam santificar suas vidas, orar, pregar a Palavra, etc. Todos os salvos têm os mesmos compromissos diante de Deus. Quando o Senhor voltar para buscar sua Igreja, pedirá contas a todos (2 Co 5.10). Jesus atribui a cada cristão a missão de trabalhar pelo crescimento da igreja. Essa individualidade implica compromisso pessoal e envolvimento diário por parte de cada um de nós, como um corpo bem ajustado (1 Co 12.12). Deus tem dado a cada crente muitas oportunidades de se envolver com o crescimento da igreja. Vamos aproveitá-las e, com muita dedicação, fazer a obra do Senhor.

III. A Essência do Fruto do Espírito

O pano de fundo dos ensinos desse capítulo é a intensa luta entre a carne e o Espírito. O Espírito abomina os desejos da carne, e a carne, por sua vez, rejeita as coisas em que o Espírito nos conduz. Assim, o fruto do Espírito é o bem que nos faz vencer o mal. É o resultado natural de uma nova vida, uma vida regenerada, uma vida que reflete o novo nascimento, a vida no Espírito. Também é importante não confundir o fruto do Espírito com os dons especiais que o Espírito Santo concede a algumas pessoas e que devem ser utilizados a serviço da Igreja de Cristo. O fruto do Espírito é um conjunto de capacitações que todos os redimidos recebem. 

Não somos nós que produzimos esse fruto, mas o Espírito Santo que o produz em nós. Ele assim o faz de um modo em que uma virtude está diretamente ligada a outra. Por tanto, essas virtudes são indivisíveis e juntas formam “o fruto”. Pense em cada virtude como sendo gomos de um mesmo fruto. Também facilita o nosso entendimento quando conseguimos entender que o amor é à base de todas as outras virtudes citadas. Se não houver amor, é impossível que se tenha verdadeira alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Podemos dizer que o fruto do Espírito é o amor seguido necessariamente pelas outras oito preciosas virtudes citadas.

É evidente o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito. Diante da depravação da natureza humana, sabemos que seria impossível ao homem exercer tais virtudes. É por isso que o Espírito Santo é quem nos capacita a exercê-las. Portanto, demonstrar o fruto do Espírito em nossas vidas não é uma questão de autojustiça ou mérito próprio, mas de submissão à direção e domínio do Espírito Santo. Em sua exposição sobre o fruto do Espírito, Paulo continua dizendo que “contra tais coisas não existe Lei” (Gl 5.23). Com isto ele quer dizer que não há qualquer restrição a esse modo de vida santo caracterizado pelo fruto do Espírito Santo. Além disso, é vivendo assim que desfrutamos da verdadeira liberdade em Cristo.

Conclusão

O Judaísmo foi comparado por Jesus a uma figueira infrutífera. Esperava-se que entre o povo escolhido houvesse fé, devoção, contrição e santidade. No entanto, havia apenas formalismo religioso e pecados ocultos. Deus não queria folhas, mas frutos. Deus exige fidelidade proporcional às aptidões espirituais que Ele nos concede. Qual não foi a decepção do senhor da vinha que, durante três anos, não pôde encontrar um fruto sequer em sua plantação. O povo escolhido não estava correspondendo ao chamado de Deus. Por isso, estava sendo infrutífero em suas realizações, como uma planta que ocupa a terra inutilmente Muitas igrejas hoje assemelham-se ao Israel daquela época. A cada ano Deus tem procurado frutos, mas nada tem encontrado.

A igreja atualmente exerce um poderoso papel profético. Embora enfrente crises e obstáculos, tem a grandiosa promessa de Jesus: “Eis que estou convosco”. Seu grande desafio é permanecer firmada em Jesus, a fim de dar fruto (Jo 15.5). Para que os planos e estratégias da Igreja sejam bem-sucedidos, cada crente precisa entender que não foi chamado para viver dentro das quatro paredes do templo. Ele precisa ser o sal da terra e a luz do mundo, pregar contra o pecado e ter uma vida frutífera (Mt 5.13,14). 


Nenhum comentário:

Postar um comentário