Texto Bíblico Base Semanal: Mateus 26.30-41
30. E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
31. Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
32. Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia.
33. Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.
34. Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.
35. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
36. Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
37. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.
39. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?
41. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Momento Interação
Deus pede grande vigilância espiritual por parte daqueles que pretendem morar com Jesus. São várias as advertências que vêm de Deus sobre a manutenção da nossa fé. Embora a salvação venha diretamente da graça de Deus, e a conseguimos através da fé que exercemos em Jesus, não temos dúvidas que necessitamos de fazer a nossa parte. O que temos notado, é que tem muita gente pensando que vai para o Paraíso de Deus, sem fazer mudanças radicais na sua vida. O verdadeiro crente faz mudanças radicais em vários aspectos da sua vida; ele pensa, fala e age, apenas de acordo com os padrões bíblicos. Ele consome apenas alimentos que promovem a sua saúde física, ele frequenta ambientes onde os anjos de Deus possam se fazer presentes, ele procura fazer amizades com o máximo possível de pessoas, mas demora-se apenas com as pessoas que o ajuda na sua santificação. Fazer tudo isso demanda algum esforço. Mas, o verdadeiro crente também leva muito a sério a sua vida de comunhão com Deus. Estudar a bíblia e fazer orações particulares requer algum esforço para planejar e executar essa ação. Não é tão simples dizer: “vou orar e ler a bíblia agora”. Isso requer vigilância, decisão, planejamento e algum esforço. É nesse sentido que devemos envidar os nossos esforços. Quando o verdadeiro crente mantém esse excelente nível de relacionamento com Jesus, nota-se uma transformação na sua vida.
Introdução
Todo cristão deve estar vivendo em constante vigilância espiritual enquanto aguarda o retorno do Senhor Jesus. Sabemos que estamos vivendo em tempos difíceis. Por isto a vigilância constante combinada à oração é algo fundamental ao cristão em sua caminhada na fé. Não há como imaginar a vida cristã sem que ela esteja caracterizada por uma constante vigilância. A Bíblia diz que todos os crentes genuínos estão envolvidos numa batalha espiritual. Nessa batalha não lutamos contra pessoas, mas contra principados e potestades que constituem uma força espiritual maligna. Satanás, que é o líder dessa força das trevas, se empenha em lançar setas inflamadas contra o povo de Deus (Efésios 6). Além disso, os crentes ainda precisam lidar com sua velha natureza que se inclina aos desejos pecaminosos. Então há também uma guerra espiritual interna, em cada um de nós, onde mortificamos mais e mais nossa velha natureza e nos submetemos ao controle do Espírito de Deus. Tudo isto se dá através do processo da santificação, onde a oração e a constante vigilância têm parte importante (Gl 5).
I. A Importância da Vigilância Espiritual
Estar em vigilância é estar alerta, atento, acordado; é estar a todo tempo comprometido com a guarda de um objetivo. Como já foi dito, estamos participando de uma intensa batalha espiritual. Nenhum soldado entra numa guerra sem estar em constante vigilância. Se faltar vigilância a um soldado no campo de batalha sua integridade estará correndo sério perigo. É assim também com o crente. Um crente que não esteja vivendo em constante vigilância é um crente vulnerável que a qualquer momento pode cair em tentação. Ele pode acabar cedendo a alguma artimanha maligna, ou se inclinando a concupiscência de sua própria carne.
Mas o cristão que vive em constante vigilância espiritual não cai no erro da negligência ou na falha do despreparo. Além do mais, a vigilância espiritual constante é uma ordem do Senhor Jesus aos seus seguidores. Essa vigilância espiritual tem tanto uma aplicação imediata quanto escatológica. O crente deve estar vivendo em constante vigilância para não cair em tentação aqui e agora; bem como ele deve estar vivendo em constante vigilância no sentido de estar aguardando a todo tempo e de forma adequada o retorno de Cristo.
II. O Objetivo da Vigilância Constante
A Bíblia não revela a data de quando será o dia da segunda vinda de Cristo (Mt 24.36). A Parábola das Dez Virgens, por exemplo, nos faz entender que a vigilância espiritual constante separa o sensato do tolo. Não basta apenas vigiar por um tempo; isto é loucura diante da certeza da chegada do Noivo (Mt 25.1-13). A constante vigilância espiritual também distingue aquele que verdadeira está preparado para o dia do retorno de Cristo e aquele que será surpreendido por esse dia. Sobre isto, na Parábola do Ladrão de Noite Jesus diz: “Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.43,44). Ao falar sobre a necessidade da constante vigilância, o apóstolo Paulo adverte os cristãos tessalonicenses com base no mesmo ensino do Senhor Jesus. Ele escreve: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” (1 Ts 5.1,2).
Mas o mesmo apóstolo indica que os verdadeiros cristãos, vigilantes e prontos, jamais serão surpreendidos quando esse dia chegar: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa” (1 Ts 5.4). Os genuínos seguidores de Cristo de fato não sabem a data desse grande dia. Mas eles esperam em constante vigilância por esse dia; e capacitados pelo Espírito Santo e experimentados no conhecimento das Escrituras, eles percebem os sinais que falam da aproximação desse dia. Por isso eles não serão surpreendidos. Toda essa verdade, sem dúvida, impacta a vida cristã diária. Como foi dito, a constante vigilância não possui apenas um objetivo futuro e escatológico, mas também presente. Aquele que espera vigilante pelo retorno de Cristo, necessariamente buscará ter uma vida diária de santidade ao Senhor e de resistência às tentações.
III. A Constante Vigilância Espiritual e a Oração
Uma das passagens mais conhecidas da Bíblia é aquela que registra Jesus no Getsêmani. A agonia de nosso Senhor antes de sua prisão foi vividamente relatada pelos escritores bíblicos. No meio desse relato também chama atenção a exortação de Jesus acerca da vigilância. Inclusive, Jesus conecta diretamente a vigilância e a oração ao dizer: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Claro que essas palavras de Jesus tiveram uma aplicação primária aos seus discípulos mais próximos no contexto daquela noite em que Ele esteve orando no Jardim do Getsêmani. Aquele era um momento decisivo e os discípulos tinham que demonstrar fidelidade ao Mestre; eles tinham que superar as debilidade de sua natureza humana e acompanhar o Senhor Jesus em oração e vigilância. Mas essas palavras também possuem uma aplicação prática a todos os crentes de todas as épocas. A constante vigilância e a perseverante e incessante oração, devem caracterizar a vida de crente fiel que se submete inteiramente à vontade do Senhor.
Conclusão
Há muita coisa secular querendo nos entorpecer ou embriagar, desde as bebidas alcoólicas e drogas diversas aos entorpecentes morais como a fama, o apetite sexual desordenado, o dinheiro, o excesso de entretenimento (especialmente entretenimento digital – computador, celular, TV, etc.). Se não buscarmos no Espírito o fruto chamado “domínio próprio”, “moderação” ou “temperança” (Gl 5.22) poderemos ser sugados por estas coisas, nos tornamos viciados nelas e acabar tendo nossos sentidos drasticamente reduzidos e nossa percepção espiritual embaçada. Sejamos sóbrios, caros irmãos!
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