Capítulo 2: Assim Cremos - Assim Vivemos




Texto Bíblico Base Semanal: 1 Pedro 3.8-15

8. E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.
9. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção.
10. Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano.
11. Aparte-se do mal, e faça o bem; Busque a paz, e siga-a.
12. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.
13. E qual é aquele que vos fará mal, se fordes seguidores do bem?
14. Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis;
15. Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,

Momento Interação

Somos da fé, temos o espírito da fé, conhecemos e entendemos bem o poder que há na confissão da Palavra, e os resultados que elas geram em nossas vidas quando proferidas em fé. Mas nesta postagem, não quero focar na Palavra falada (você pode encontrar mais sobre este conteúdo nas postagens anteriores do Blog). Quero falar acerca da Palavra vivida, o Verbo na vida: “A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos à revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai” (Jo 1.14). Jesus, o Verbo, a própria vida, manifestando vida entre nós e em nós. A nossa referência de vida, de pessoa, de ser humano, de ministro se concentra especificamente nEle. Jesus, o amor manifestado, a fé em pessoa, nos ensina com suas palavras e nos ama com suas atitudes. A vida de Jesus nos ensina até mesmo quando não existem palavras, nos acrescenta até mesmo no silêncio, e na descrição dos seus atos, na forma como Ele viveu e se comportou nesta terra, se torna a própria inspiração.

Introdução

Deus, o Soberano do universo e responsável pela criação tem sido alvo de debates teológicos acirrados no mundo cristão. Tais debates de devem pelo fato da Trindade ser um mistério inexplicável, pelo fato de não entendermos como Deus é eterno se tudo tem um princípio, e por não entendermos o dilema do sofrimento pelo fato de Deus ser todo supremo, poderoso e amorável.

Entendemos a Divindade como um Deus único e verdadeiro em três pessoas. Adoramos um Deus em Trindade. Não temos a pretensão de explicar Deus porque o nosso Deus não se explica, simplesmente o aceitamos pela fé crendo que um dia poderemos ter todas as respostas que procuramos. Embora a revelação geral nos proporcione vislumbres do amorável cuidado do Deus Criador, a revelação especial na pessoa de Jesus Cristo é o meio pelo qual Deus se revela toda a sua grandeza.

A Bíblia não proporciona princípios para um debate se Deus existe ou não, mas parte do princípio da existência de Deus como Pai e Criador: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1). Os processos cognitivos humanos são limitados principalmente após a degradação que o pecado efetuou. Portanto, cabe a nós entendermos e aceitarmos que mesmo a Bíblia Sagrada que é a Palavra escrita e Jesus Cristo que é a Palavra encarnada temos uma quantidade esmagadora de informações a respeito de Deus, mas com humildade cristã reconhecemos que nem o mais habilidoso escritos poderá esclarecer todos os aspectos da divindade e nem o mais elevado em intelecto poderá compreender Deus plenamente.

I. Cremos na Trindade Una

Como a revelação da Palavra é progressiva (Pv 4.18; Jo 16.12), a doutrina bíblica da Trindade foi se desdobrando no decorrer das Escrituras Sagradas encontrando seu auge no Novo Testamento. Assim criam também os primeiros cristãos. Não foi senão DEPOIS que o Evangelho fora pregado quase 300 anos, nos exatos termos do Novo Testamento, que "alguém" se propôs a atacar a crença dos cristãos na Deidade de Cristo. Quem o fez foi Ário. E a maneira insólita de seus ataques demonstrou que até aquela época os cristãos criam na Divindade de Jesus, sem nenhuma sombra de dúvida. Era assunto líquido e certo. Mas os argumentos arianos, da forma como foram elaborados, eram uma objeção à crença prevalecente, e não a correção de uma heresia. Diante deste fato, então o unitarismo e o arianismo é que são heresias. E de fato o é. Heresia que distancia a homem da graça divina e o faz perder a salvação em Cristo Jesus.

A doutrina bíblica da Trindade não é um dogma pagão ou católico, mas como vimos é escriturística estando presente no Antigo e Novo Testamento. As tríades sim eram um conjunto de três deuses pagãos e não devemos confundir as tríades pagãs com a doutrina bíblica da Trindade que diferente daquela é a adoração de um só Deus verdadeiro em três pessoas distintas, coeternas e iguais. Foi por isso que Jesus ordenou batizar as pessoas imergindo-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19). O texto de Mateus 28.19 é tão conclusivo no que se refere a verdade bíblica da Trindade que os teóricos da conspiração tentam desacreditar a inspiração desse texto dizendo contra os fatos que tal texto foi adulterado, mesmo sabendo que contra fatos não há argumentos.

Os estudiosos consultaram mais de 1400 manuscritos antigos do Evangelho de Mateus e em todas elas encontram-se as palavras de (Mt 28.19). Nunca se achou uma cópia autentica do Evangelho de Mateus seja em hebraico, aramaico ou grego sem os dizeres de (Mt 28.19). A fórmula batismal em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo se encontraram em todas as cópias do Evangelho de Mateus. Desacreditar o texto sagrado coloca em cheque a capacidade de Deus de preservar a integridade das Escrituras. Por outro lado, não dependemos somente de (Mt 28.19) para crer na doutrina bíblica da Trindade. Em (2 Co 13.13) lemos: "A graça do Senhor Jesus, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós". Nesse texto semelhantemente a (Mt 28.19) vemos a expressão de fé trinitariana de Paulo aos cristãos de Corinto.

II. Cremos nas Escrituras Sagradas

As Escrituras Sagradas, o Antigo Testamento escrito em hebraico e pequenas porções em aramaico e o Novo Testamento escrito em grego koinê são a Palavra de Deus escrita sob inspiração do Espírito Santo (2 Tm 3.16) nos transmitem todo o conhecimento necessário à nossa Salvação. A palavra grega traduzida para inspirada é theopneustos, que significa soprada por Deus, proveniente do fôlego de Deus.

A Bíblia Sagrada é a infalível revelação da vontade de Deus. Constituem para nós o padrão moral de caráter ao qual temos que desenvolver pela graça de Cristo, a prova de experiência, o revelador de doutrinas e o fiel registro dos atos de Deus na história da humanidade. O livro mais amado e odiado pela humanidade, o mais reverenciado e o mais desrespeitado. O mais exaltado e também o mais rebaixado livro. Pessoas morreram e mataram por causa da Bíblia. Milhares de exemplares foram queimados e ao mesmo tempo a Palavra de Deus subsiste. O livro mais debatido do qual se utilizaram para inúmeras controvérsias entre cristãos e ateus, arminianos e calvinistas, católicos e protestantes.

Mas o que torna a Bíblia Sagrada um livro singular, incomparável é a sua origem. A revelação de Deus. Assim como Jesus é a Palavra encarnada a Bíblia é a Palavra escrita. O personagem central da Bíblia é nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 5.39). Nele todas as doutrinas se encontram e se fundem. A Bíblia mostra o problema do pecado e aponta a graça divina como solução. Ao ser humano revelado como perdido a Bíblia apresenta a Cristo como Salvador (Mt 1.21; Lc 2.11), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).

A inspiração das Escrituras Sagradas revelando sua origem divina atestam sua confiabilidade. Evidência desse fato é a unidade doutrinária das Escrituras Sagradas. Sendo escritas por quase quarenta autores num período de aproximadamente 1.600 anos, a Bíblia ao ser estudada corretamente respeitando as regras de hermenêutica revelam tanta coerência como se tivessem sido escritas por um único autor mostrando que a mente divina estava por trás da mente dos profetas guiando-os sem anular sua individualidade, personalidade e sua cultura.

III. Cremos em Jesus Cristo

O Cristianismo é a religião que crê em Jesus, Sua Divindade, Sua humanidade, Seu ministério terrestre e celestial e aceita a Jesus como único e suficiente Salvador. Nós cristãos cremos que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Cremos que Jesus não foi simplesmente um bom homem, um profeta, um guia, mas Deus em forma humana. Jesus é o Deus conosco (Mt 1.23).

Foi a fé em Jesus como Deus Todo-Poderoso que fez com que em Antioquia fossem os discípulos pela primeira vez chamados de cristãos (At 11.26), pois falar de Jesus era o que eles mais faziam. Jesus era o tema principal de suas conversações. Na Bíblia Sagrada é possível conhecer Jesus de forma tão plena como o conheceram os palestinos que com Ele tiveram contato pessoal. Conhecer a Jesus não foi o privilégio restrito da geração que viveu a 2.000 anos.

Conhecemos a Jesus pelos relatos dos Evangelhos Sinóticos, Mateus, Marcos e Lucas e pelo Evangelho de João, mas toda a Bíblia fala de Jesus direta ou indiretamente. Não só podemos conhecer o Senhor Jesus e se relacionar com Ele, como também podemos, por meio do Espírito Santo ser semelhantes a Ele (2 Co 3.18). A Teologia é o estudo sobre a Divindade, o estudo sobre o Espírito Santo é chamado de Pneumatologia, nesse texto entraremos em um ramo da teologia conhecido como Cristologia, o estudo sobre o que a Revelação nos revela sobre a pessoa de Cristo em Sua vida de perfeita obediência. A vida de Jesus foi de obediência, razão pela qual Ele se tornou nosso exemplo (1 Jo 2.6).

Jesus, como o Filho de Deus tinha uma responsabilidade muito grande. Cabia-lhe ser nosso exemplo em todas as coisas e para tal Jesus precisava ser perfeito, separado dos pecadores (Hb 9:26).Jesus passou quarenta dias e quarenta noites sem comer e assim como Satanás derrubou Adão pela alimentação, tentou derrubar o Senhor Jesus Cristo. A grande diferença é que Adão era perfeito no Éden e sem a mortalidade, já Jesus veio na natureza física mortal e Adão podia comer de todas as árvores do jardim (Gn 2.16) menos da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) e Jesus estava quarenta dias e quarenta noites sem comer e teve fome (Mt 4.2; Lc 4.2). Esse foi o contraste entre o primeiro e o segundo Adão, o Adão pelo qual veio o pecado e a salvação e o Adão pelo qual pelo qual veio a obediência perfeita e a salvação (Rm 5.12-21).

IV. Vivemos a Esperança da Segunda Vinda

O retorno do Senhor Jesus à Terra em glória e majestade é conhecida na teologia cristã como a doutrina da segunda vinda. As Escrituras Sagradas ensinam a doutrina do segundo advento para concluir a obra da salvação a qual teve grande ênfase no primeiro advento. A segunda vinda será algo tão real como foi a primeira. Haviam mais de trezentas profecias indicando a primeira vinda e as pessoas acreditando ou não Jesus veio e cumpriu as profecias, o mesmo ocorrerá na segunda vinda. Jesus virá quer as pessoas acreditem, quer sejam céticas.

O próprio Senhor Jesus prometeu voltar para buscar Seu povo (Jo 14.1-3). Os anjos asseguraram aos discípulos que Jesus viria da mesma forma que o viram subir (At 1.9-11). A segunda vinda de Jesus marca o limite para a eternidade onde o povo de Deus estará para sempre com o Senhor (Jo 14.2,3; 1 Ts 4.17) e tomarão posse do reino preparado para eles desde a fundação do mundo (Mt 25.34) para reinar pelos séculos dos séculos (Ap 22.1-5). Paulo chama a segunda vinda de Cristo de "a bem-aventurada esperança" (Tt 2.13).

Embora o texto exato da segunda vinda seria desconhecido (Mt 24.36), haveriam sinais que indicariam a proximidade desse acontecimento (Mt 24.5-31; Mc 13.5-23; Lc 21.8-24). A segunda vinda de Cristo à Terra será um evento real e glorioso, a igreja tem esse evento não apenas como uma esperança, mas como uma certeza. A realidade da primeira vinda torna certa a realidade da segunda vinda. Os cristãos que estudam as Escrituras e conhecem a aproximação desse grandioso evento e espectantes aguardam por esse grande dia saberão quando o Senhor estiver voltando para buscá-los (1 Ts 4.5,6) ao passo que os demais habitantes da Terra serão pegos de surpresa (1 Ts 5.2,3). 

Conclusão

Entendemos que Deus é amor e é constitui de uma unidade cooperativa, funcional de três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo e que esse Deus único e verdadeiro trabalha pela nossa salvação e proveu em Cristo Jesus salvação pela graça para todos que o aceitam. Sentimos profundo anseio pela união com o Senhor Jesus em Sua vinda a qual coloca fim nesse mundo de pecado, tristeza e sofrimento e cremos nas Escrituras Sagradas como regra de fé e prática, sendo a Bíblia Sagrada nosso manual de fé e prática e o meio pelo qual todos os ensinos devem ser provados. Cremos na importância da Bíblia Sagrada nos hospitais, clínicas, escolas e no lar de todos os cidadãos independente de sua nacionalidade e religião.

Entendemos que a Bíblia mostra Jesus como único e suficiente Salvador ao qual todos os que almejam sua salvação devem aceitá-lo como o único que pode conduzí-los ao Pai. Temos fé nas promessas do Senhor Jesus e da Bíblia Sagrada de que em breve o Senhor virá nos buscar para estarmos para sempre com Ele (Jo 14.1-3). Vivemos pela fé a esperança da segunda vinda, esperança essa que nos trás alívio e conforto em nossa caminhada cristã nesse mundo, uma jornada que logo chegará ao fim e estaremos na glória com o Pai, o Filho, o Espírito Santo, os anjos e os salvos de todas as eras. O Ministério Evangelho Avivado existe para compartilhar essas realidades espirituais e levar esperança aos corações oprimidos. Pela fé vislumbramos o futuro maravilhoso que nos aguarda.

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