Texto Bíblico Base Semanal: Salmos 1.1-6
1. Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
4. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
5. Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
6. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
Momento Interação
No estudo desta semana, meditaremos no Livro dos Salmos, a poesia melódica de Israel com as suas vastas lições para a vida do servo do Senhor. Além do livro - texto escrito pelo comentarista para o estudo deste mês, é recomendado para todos os irmãos, a leitura dos livros Salmos - Adoração ao Rei dos Reis, de Matheus Gonçalves e Panorama Bíblico - Volume 3 - Livros Poéticos, de Leonardo Pereira e Marcos Rogério. Ambos os livros, assim como o livro - texto também, podem ser obtidos gratuitamente no Blog Evangelho Avivado em formato digital. É muito importante sabermos bastante sobre o Livro de Salmos para compreendermos como podemos estudar e meditar ainda mais neste livro glorificando ao Senhor com os nossos pensamentos e as nossas atitudes. Deus vos abençoe e
bons estudos!
Introdução
O nome Salmos significa uma canção cantada com acompanhamento de instrumentos de cordas. O livro de Salmos é o segundo livro poético do que conhecemos como o Antigo Testamento. O segundo livro de sabedoria.
O livro de Salmos é uma coleção de cânticos inspirados por Deus compostos sob angústias, perseguições e provações. Trazem esperança e conforto para o povo de Deus em suas tribulações no decorrer dos séculos. Acredita-se que são composições de vários autores reunidos na sua forma final por Esdras, Neemias e ou escribas posteriores a eles. Moisés, Corá, Jedutun, Hemã, Asafe, Etã, Davi e Salomão são alguns dos compositores mencionados nos subtítulos considerados como verdadeiros e que marcam as divisões do livro.
As experiências do dia a dia desses autores, suas lutas, provações e a fidelidade e adoração a Deus são retratados no contexto do grande conflito entre o bem e o mal. O aspecto histórico-redentor é nítido nos cânticos salmos que em si trazem lições importantes sobre a justificação pela fé.
I. A Riqueza do Livro dos Salmos
Os salmos eram elaborados com grande habilidade artística resultando em verdadeiras obras de arte. Os cânticos geralmente eram trechos das Escrituras cantados para facilitar a memorização ou relatos das intervenções de Deus na história de Seu povo.
Havia teologia nos salmos que estavam repletos de verdades espirituais, não eram simples cânticos motivacionais, não eram antropocêntricos, triunfalistas, ou músicas voltadas para entretenimento gospel, mas músicas sacras voltadas unicamente para louvor e adoração a Deus e ensinamentos espirituais. O livro de Salmos é o Evangelho cantado, a Palavra de Deus em forma de melodia sacra. "Por ser o hinário de Israel, o livro de Salmos também aborda os principais temas teológicos da fé professada pelo povo de Israel. Os Salmos 1 e 2, a introdução ao Saltério, salientam dois grandes pilares da existência de Israel: a Torah (Sl 1) e o Messias (Sl 2);..." (Bíblia de Estudo Andrews pág. 694).
Os salmos devem ser um exemplo do verdadeiro louvor o qual visa adorar e agradar a Deus e não aos homens, honrar e exaltar a Deus e não aos homens. Se o louvor não segue esses requisitos, essas diretrizes acaba perdendo seu propósito se tornando mero entretenimento ou emocionalismo.
"Os cantores do mundo gospel, embalados pelo sucesso, estão mergulhando de cabeça nessa ideia do culto show. Muitas igrejas, já transformaram o templo num grande salão de dança, onde as pessoas pulam e se agitam ao som das guitarras. É preciso entender que o culto é para Deus e não para os homens e show sempre é montado para agradar os homens e arrancar deles aplausos. Deus não se impressiona com a performance humana. Deus vê o coração e requer que o culto seja em espírito e em verdade.
II. A Adoração Genuína no Livro dos Salmos
A música que agrada a Deus vem de Deus e é endereçada de volta para Deus (Sl 40.3). A música que glorifica a Deus produz temor no coração das pessoas (Sl 40.3). Logo, precisamos tomar cuidado para que não sejamos seduzidos pelo nosso aparente sucesso e não caiamos na armadilha da secularização". Os salmistas demonstraram sua reação aos méritos divinos através da oração e louvor. Os Salmos inspiraram muitas orações da Bíblia e mesmo orações dos cristãos em momentos de tribulação e angústia, mas também cânticos de vitórias. Os Salmos também apontam para a redenção vindoura por meio do Messias, especialmente o Salmo 110. Os Salmos são ecléticos tanto na quantidade de temas teológicos abordados como também na quantidade de escritores com diferentes características que somadas contribuem para a riqueza deste livro inspirado.
III. O Padrão de Salmos para a Atualidade
Os cabeçalhos nos Salmos estão presentes em todos os escritos hebraicos e isso reforça a autenticidade desses sobrescritos ou títulos e dos 150 salmos, 116 tem cabeçalhos. Excetuando-se os cabeçalhos todo o livro de Salmos foi escrito em poesia lírica. A principal característica da poesia hebraica não é a rima fonética, mas a rima de pensamentos, de ideias, chamada de paralelismo.
Os Salmos eram acompanhados de instruções aos cantores que os estariam entoando com instrumentos musicais e havia instrumentos específicos para determinados Salmos. Havia reverência na entoação dos Salmos e tanto o louvor ascendia a Deus como também havia e entrega do coração do adorador. Os Salmos eram poesias ricas em teologia. Ao cantar ou ouvir o louvor memorizava-se trechos das Escrituras. Os Salmos são recomendados no Novo Testamento: "Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais" (Ef 5.19); "Habite, ricamente, m vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Cl 3.16).
Conclusão
A adoração tem forte ênfase no livro de Salmos. Cada Salmo é um ato de adoração, agradecimento, louvor, pedido de perdão, clamor pela justiça e busca pela presença de Deus. Essas ênfases todas aparecem na forma de música, hinos de louvor.
A verdade adoração visa unicamente a glória de Deus. A adoração deve também ser aceita por Deus, para isso é necessário serví-lo e adorá-lo como Ele ordenou e não de acordo com nossas conveniências e gostos pessoais. Não existe "cada um adora a Deus como achar melhor!" É justamente a falsa adoração e vida inadequada que leva o Senhor a lamentar profundamente e anunciar o juízo como lemos no Salmo 50.4-6: "Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. Congregai os santos que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios. Os céus anunciam a justiça, porque é o próprio Deus quem julga". Nesse ponto são separados os verdadeiros e falsos adoradores. A aliança por meio de sacrifícios representa a fé no sacrifício vindouro do Senhor Jesus (Jo 1.29; 1 Co 5.7; Hb 9.23,24; 1 Pd 1.19).
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