Texto Bíblico Base: Hebreus 13.1-5
1. Permaneça o amor fraternal.
2. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.
3. Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.
4. Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.
5. Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.
6. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem.
7. Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.
8. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.
9. Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.
10. Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.
11. Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial.
12. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.
13. Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério.
14. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.
15. Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
Momento Interação
Não há limites no que se refere a quão longe algumas igrejas avançarão no propósito de se tornarem relevantes e modernas em seus cultos. Qual a verdadeira adoração? Quais os elementos do culto neo-testamentário? Culto é uma questão de forma ou de essência? A verdadeira adoração sugerida na frase de Jesus à mulher samaritana (Jo 4.23) envolve tanto o intelecto quanto as emoções e salienta sua centralidade em Deus, não no adorador. Cada aspecto do culto tem de ser agradável a Deus e estar em harmonia com a Sua Palavra. Embora o critério adequado para avaliação do culto seja esse, o culto pode também ser agradável ao adorador. O que o Novo Testamento tem a nos ensinar? Assim como no Antigo Testamento, a igreja primitiva continuou olhando para a adoração como uma atividade diária e constante. Atos 2.46 e 47 ensina que culto acontece a todo momento e em todos os lugares, no templo e de casa em casa.
Introdução
Por falta de ensinamento ou por negligência, nós perdemos os benefícios de uma vida de intimidade com o Pai. Quando Jesus veio à terra, o propósito era nos ligar a Deus e restaurar a adoração perdida na queda de Adão. Hoje, não adoramos mais derramando o sangue de animais e sim em espírito e em verdade: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4.23). O que muitas pessoas não compreendem é que, a adoração no Novo Testamento não se resume a canções ou momentos específicos de oração. Existem sim sacrifícios envolvidos na adoração neo-testamentária. O sangue já foi derramado, mas nós damos do que somos e do que temos a Deus.
I. A adoração no Tempo de Cristo
Como Filho unigênito de Deus, Jesus teve ampla oportunidade de aprender o modo de pensar, os princípios e os padrões de seu Pai. Assim, Jesus podia indicar com segurança o caminho para a adoração verdadeira. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 1.14; 14.6). Jesus estabeleceu o modelo perfeito de humilde sujeição ao Pai. Ele disse: “Não faço nada de minha própria iniciativa; mas assim como o Pai me ensinou, estas coisas eu falo.” Daí acrescentou: “Faço sempre as coisas que lhe agradam” (Jo 8.28,29). Jesus prestava devoção total ao Pai e, basicamente, é isso o que significa adorar a Deus. Ele demonstrou apego a seu Pai por ser obediente, fazendo Sua vontade mesmo que isso envolvesse um grande sacrifício pessoal (Fp 2.7,8) Um aspecto importante na adoração praticada por Jesus era sua regularidade na obra de fazer discípulos, a ponto de ser chamado de Instrutor tanto pelos que criam nele como pelos que não criam. (Mat 22.23,24; Jo 3.2). Além disso, Jesus se gastou em favor de outros. Por causa de seu espírito abnegado, ele tinha pouco tempo para si mesmo, mas era feliz por ministrar a outros (Mt 14.13,14; 20.28). Apesar de muito ocupado, Jesus sempre achava tempo para orar a seu Pai celestial (Lc 6.12). Quão inestimável para Deus era a adoração que Jesus lhe prestava!
II. A adoração na Igreja Primitiva
A distinção da congregação em adoração para as outras religiões era a presença de Cristo no meio (Mt 18.20). Todas as partes da adoração eram calculadas para levar o adorador a ter noção da presença de Jesus. Confissões de fé proclamavam seu senhorio (Fp 2.11; Rm 10.9; 1Co 12.3). Os hinos e as odes louvavam não somente sua pessoa como Deus-Feito-Homem, mas também a obra salvadora mediante sua morte e ressurreição (Fp 2.6-11; Cl 1.15-20; 1 Tm 3.16)... Na mesa da ceia do Senhor, era sua ceia (1 Co 11.20) que era relembrada e perpetuada; sua morte (1 Co 11.26) era proclamada, e seu corpo, discernido (1 Co 11.29), e era aguardada sua futura vinda em glória (1Co 11. 26). O Espírito Santo leva os crentes a glorificar e confessar o senhorio de Cristo (Jo. 16. 13-14; 1Co. 12.3) e refreia a adoração errada. É o Espírito quem inspira a oração (Rm. 8. 26-27; Ef. 6.18), o louvor (Ef. 5.18,19). Por Ele somos levados a verdades profundas da Palavra de Deus (Jo 16.13; 1 Co 2). Ele transmite os dons (1Co 12). Paulo resume tudo na frase: “adoramos a Deus por meio do seu Espírito (Fp 3.3).
A Igreja Primitiva nos serve de exemplo para diversas coisas e na questão da adoração não poderia ser diferente. Vivemos em um contexto no Brasil em que tem surgido muita novidade, um novo “ministério” de adoração, uma nova “igreja” com uma nova “estratégia”, um novo livro que trás um novo ensino sobre o culto são cada vez mais comuns. Com isso, cada vez mais novas práticas vão sendo incorporadas nas liturgias das igrejas, e muitas destas coisas são até antibíblicas. Lideres no afã de encher seus templos, e deixar os fiéis de suas igrejas a vontade têm incorporado inovações ao culto deixando a celebração beirando um programa de auditório, em muitos lugares comparar o que se chama de culto com programa de auditório é ser cruel... com o programa de auditório. A Igreja Primitiva pode ajudar aqui? Pode. Como os irmãos da Igreja na época do NT adoravam? O que fazia parte de seus cultos? Será que sua igreja adora como a Igreja da Bíblia? Prepare-se, acho que nessa lição você vai descobrir.
III. Orações e Louvores ao Senhor
Oração e o louvor são dons espirituais que se desenvolvem quando damos continuidade a uma conversa que Deus iniciou por intermédio da sua Graça. No entendimento comum, nós procuramos a Deus através da oração. É uma forma unilateral de conhecimento sobre oração. Há, porém, outra informação que necessitamos considerar quanto a isto: não é o homem que busca a Deus, nunca foi, desde Gênesis a Bíblia ensina isto. Ainda que “busquemos” a Deus assim, Ele não exige que saibamos de teologia como regra para conversar conosco. Ele simplesmente conversa, ouve e fala. Alguns expositores insistem em que as ações do ser humano sejam ‘completamente’ corretas para Deus ouvir a oração de uma pessoa. Isso é impossível. A palavra ‘completamente’ denota que alguém seja irrepreensível. Tal ‘pessoa’ não existe. Entretanto para se cumprir uma promessa específica feita por Deus é imprescindível que aceitemos a suas condições, a primeira é obedecer a sua palavra. Essa é a diferença entre ouvir e aprovar.
Por isso a oração é ouvida, ela é uma conversa que Deus iniciou por meio de sua Graça. Essa conversa pode ser um alistamento para Sua causa como ocorreu com Saulo (At 9), ou um ajuste de propósitos como foi com Elias (1 Rs 19). Um alinhamento de direção como o de Jonas (Jn 4), uma revelação como a do profeta Isaías (Is 6), ou uma resposta como foi com Gideão (Jz 6.36-40). Uma pergunta como fez Abraão (Gn 18.23), uma dissertação como no caso de Jó (Jo 42), ou um questionário contendo alternativas como no caso de Davi (2 Sm 24.12). A oração foi iniciada por Deus, uma onda provocada pelo impacto da sua Palavra e Graça na história.
Conclusão
A oração é uma conversa que Deus iniciou por intermédio da sua Palavra em algum outro tempo, até mesmo antes do nossa época. Jesus como nosso intercessor está respondendo àqueles homens, aos discípulos, parte das orações de todas as épocas antes deles. Jesus estava trazendo a resposta das muitas orações que a igreja iria fazer muito antes dela mesmo nascer. Por isso o louvor pode se transformar em uma oração poderosa quando contém partes de diálogos que Deus já iniciou em outros tempos como continuidade. Pode ser uma revelação da sua majestade e poder, ou do seu caráter que é a santidade e imutabilidade. Ou sua misericórdia e amor expressados em Jesus. Não haveria nenhum louvor se a Palavra não nos revelasse as características de Deus. Não existiria louvor se não conhecêssemos ao Senhor, ou a salvação. O louvor se torna uma poderosa oração quando a reposta deste louvor nos atinge, seja revelando mais de Deus ou uma expressão da nossa alma.
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