terça-feira, 30 de junho de 2015

Sempre de Bom Ânimo

Temos Sempre Bom ânimo
(2 Coríntios 5:6)
[Nota do redator: Este artigo apresenta uma posição pouco comum, que pode até discordar de outros artigos que temos publicado ou que publicaremos futuramente. Está incluso aqui, não como a palavra final, nem como alguma declaração doutrinária. O nosso propósito é incentivar o estudo da palavra, e este artigo apresenta argumentos bíblicos dignos de consideração.]
O povo de Deus pode ser encontrado em um destes dois lugares. Todos eles. Até o último deles, solitário. Sem exceção! Ponto final! (Fui bem claro sobre este ponto até aqui?)
Onde são esses dois lugares? Bem, todo filho de Deus está ou sobre a terra esperando para ir e ficar em casa com o Senhor, ou já está em casa com o Senhor. Por essa razão, os filhos de Deus têm "bom ânimo".
Este é o ponto de Paulo aos Coríntios. Ou estamos "em casa no corpo" e "ausentes do Senhor" ou estamos "em casa com o Senhor" e "ausentes do corpo".
O texto
"Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor, visto que andamos por fé, e não pelo que vemos. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor. É por isso que também nos esforçamos, quer presentes quer ausentes, para lhe ser agradáveis. Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2 Coríntios 5:6-10).

De bom ânimo
"... portanto, sempre de bom ânimo" (2 Coríntios 5:6,8). O céu não era somente o destino de Paulo. Tinha-se, também, tornado sua motivação. A esperança do céu deu a Paulo a força e a coragem das quais ele necessitava para agüentar e vencer.
A palavra "ânimo" aqui vem do grego "tharhountes". Significa ser ousado e confiante. Uma palavra do grego muito semelhante é "tharseo". Pode ser traduzida como "tomar coragem" ou "tomar ânimo" que significa "não tenha medo!" ou "coragem!".
Isto descreve bem uma das bênçãos que homens e mulheres de fé recebem do Senhor quando permitem que sua fé se torne o que deve ser. Essa fé permite ao cristão dizer "confiantemente" "O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hebreus 13:6).

No corpo - fé
"... sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor, visto que andamos por fé, e não pelo que vemos..." (2 Coríntios 5:6-7).
No presente, vivemos pela fé nas promessas de Deus. "Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" (Hebreus 11:1). A palavra "certeza" significa "evidência" ou "substância, " O que isto significa é que enquanto vivemos pela fé em coisas não vistas, não vivemos por uma fé quimérica, ou seja, não baseada em nenhuma evidência. Nossa fé tem sido substanciada e é razoável, não é cega nem irracional.
A melhor evidência da realidade de nossa fé no que não é visto é o que tem sido visto, especialmente a ressurreição de Jesus da sepultura. Porque ele vive, e foi realmente visto vivo por muitos, temos certeza de que nossa fé é viável (1 Coríntios 15:1-8; 1 João 1:1-3).
Mas ainda é fé, porque ainda não fomos estar com o Senhor. Nem podemos, nestes corpos de carne e osso. Ainda não recebemos as promessas de nosso novo lar. Mas temos como nossa esperança, motivação e destino, um lar com o Senhor, esperando por nós.

Em casa com o Senhor - vista
"... sempre bom ânimo ,... visto que andamos por fé, e não pelo que vemos.... preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor" (2 Coríntios 5:7-8).
Meu estudo das Escrituras leva-me a crer que, quando os justos morrem, vão imediatamente à presença do Senhor, e que têm sido assim desde a ascensão de Jesus ao céu. Antes da morte de Cristo iam para um lugar de espera, mas agora eles vão diretamente a sua presença. Mas não estarão completos até a ressurreição, quando serão reunidos com seus corpos que, por sua vez, serão transformados em corpos espirituais. Agora mesmo, os justos mortos são espíritos desincorporados, ou almas, esperando por seus novos corpos. Contudo, eles estão conscientes na presença do Senhor.

Observe o seguinte:
As Escrituras indicam que quando Jesus se levantou e ascendeu, alguma coisa mudou no estado dos justos mortos. Eles deixaram o Hades e foram conduzidos por Jesus quando ascendeu de volta a Deus (Mateus 27:52-53; Efésios 4:8-10).
Nosso texto, bem como estas outras passagens, indica que, quando morrem, os justos vão estar com o Senhor (Atos 7:59; Filipenses 1:23; Apocalipse 6:9-11).
Quando Jesus retornar, trará consigo as almas dos justos mortos, o que indica que elas já estarão com ele. Nesse tempo, elas serão reunidas com seus corpos que serão mudados num piscar de olhos (1 Tessalonicenses 4:14; 1 Coríntios 15:42-44,50-52).
Então, os justos serão levados por Jesus ao Pai, não mais como corpos desincorporados, mas agora equipados com novos corpos espirituais por meio dos quais poderão gozar plenamente as bênçãos dos redimidos através de toda a eternidade (1 Coríntios 15:24; 2 Coríntios 5:4-5).
Assim, por ora, Paulo esperava que quando morresse sua alma iria estar com Jesus para esperar a ressurreição. Com sua vitória na eternidade garantida e suas lutas encerradas, e na presença de seu Senhor e Salvador, Paulo diz que "estar ausente do corpo e em casa com o Senhor" é algo que ele preferia a permanecer no corpo. Mas, como sempre, nossa atitude deverá ser "não como eu quero, mas como tu queres". Buscamos cumprir o propósito de Deus quando fazemos nossa corrida na terra. Mas quando a vida já fez sua corrida, não seremos desencorajados quando vivemos e morremos pela fé.

Base de nosso bom ânimo
"É por isso que também nos esforçamos, quer presentes quer ausentes, para lhe ser agradáveis. Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2 Coríntios 5:9-10).
Naturalmente, a base de nossa esperança está nas promessas de Deus. Mas conquanto isto seja verdade, é também verdade que estas promessas de um dia estarmos em casa com o Senhor não são incondicionais. São condicionadas à nossa resposta adequada à graça. A escolha de viver ou morrer não nos pertence, mas a escolha do que fazer com nossas vidas sim. Homens e mulheres que têm fé, têm-na como sua ambição de agradar ao Senhor, agora e para sempre.
A palavra "esforçar", que aparece no versículo 9, vem da palavra grega philotimoumenta. É um verbo que significa "visar, honrar, aspirar". Torna-se nosso empenho em agradar ao Senhor pelo nosso viver, percebendo que seremos julgados nessa base. Mas nosso labor se torna um labor de amor quando percebemos que a meta de nossos esforços é um lar com Deus. Quem quer que sugira que aqueles na graça de Deus são julgados por algo diferente dos atos que tiverem praticado no corpo, "bons ou maus", estão em erro (Romanos 2:5-11).
O que isto significa é que precisamos obedecer ao evangelho e continuar a andar na luz. Quando não cumprimos, precisamos arrepender-nos e pedir perdão. Pela graça e amor de Deus, temos certeza de perdão se continuarmos a andar na luz (1 João 1:6 - 2:1).
Mas "andar na luz" não deverá ser problema para alguém que se esforça para agradar ao Senhor em todas as coisas, pois seus mandamentos não são opressivos. De fato, este é o segredo de manter "bom ânimo", andar pela fé, e esperar pelo dia quando a fé se tornará vista. A vida, mesmo durante os tempos mais tempestuosos, é vivida melhor pela fé. Sim, agora se pode encontrar o povo de Deus em dois lugares, mas a hora está chegando quando eles serão todos encontrados num único lugar.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Início de uma nova semana

A Paz do Senhor Jesus Cristo à todos!

Trazendo para vocês um artigo de um companheiro de blog,Diego Ribeiro sobre a importância da oração na vida de uma pessoa!
Um artigo interessantíssimo,muito bem elaborado e que Deus possa continuar abençoando á todos em nome de Jesus!
Desejando à todos uma semana de paz,alegria e de vitórias em sua vida!
Deus os Abençoe!



                                                                              

A importância da oração na vida de uma pessoa



De: Diego Ribeiro
Se eu perguntar a você qual o significado da palavra oração sua resposta seria mais ou menos assim: Dialogo com Deus, falar com o pai celestial, etc. Essas possíveis respostas já responde a pergunta do titulo desse artigo! Se você não tem uma vida de oração “conversa” com Deus como vai saber a vontade d’Ele para você?
A oração já não faz mais parte da vida de muitas pessoas e quando ora é algo corriqueiro e parece mais um monologo, a pessoa pede, pede e pede e depois se levanta e vai embora.
Esse é o motivo pela qual a oração já não é mais algo prazeroso em sua vida! Você ainda não descobriu o prazer e a satisfação em se relacionar com Deus. Em uma conversa é necessário ter um feedback para que possa ser entendido o dialogo, com Deus acontece do mesmo jeito, você  chega à Deus de todo coração e o próprio Deus garante chegar até você e lhe responder. Jr 33:3 e Tg 4:8
É através da oração que a carne é sacrificada, pois o ato de orar é um momento de se esvaziar de si mesmo e se encher de Deus. Existem batalhas, tentações e vícios que só perdem a força “domínio” quando você está de joelhos pedindo forças ao criador. Gl2:20
O próprio Jesus quando estava perto da sua crucificação foi até o monte Getsêmani e rogou a Deus que passasse aquele momento que estava por vir, mais que toda via não fosse feita a vontade dele mais a de Deus. É na oração que você é liberto dos seus temores e conhece a vontade de Deus para sua vida. Se você deseja tomar uma decisão é melhor passar algumas horas de joelhos e depois se levantar com a certeza que é da vontade de Deus ou não e fazer a coisa certa do que escolher errado e depois sofrer as consequências do erro.
Nunca foi vergonha se ajoelhar para pedir força e depois levantar para a batalha. A oração é algo pessoal intimo entre o ser humano e Deus, mais infelizmente somos tentados a manter uma aparência diante dos homens principalmente quando a oração é feita em público. Pode observar as pessoas falam palavras bonitas e fazem orações impactantes, mais para Deus o que mais importa é a oração em secreto. O próprio Jesus ensinou aos seus discípulos a não serem como os hipócritas que gostam de chamar a atenção para si fazendo orações belíssimas e usam de vãs repetições, mais entra no teu quarto onde ninguém te ver e ora ao pai de todo teu coração, se derrame diante do Pai. Mt 6:5-6.

A oração é algo espontâneo não é algo aprendido e que deve ser repetido em todos os cultos ou momentos oração. Como estar sua vida de oração com Deus? Você mantém ainda o costume de orar pelo menos uma vez por dia? Observe como estar sua vida de oração em secreto e você vai perceber como está a sua vida espiritual. Seja sincero consigo mesmo e vai perceber que a frieza espiritual não estará no pregador ou ministério de louvor mais em você! A oração aquece o coração, pois é através da oração que chegamos perto de Deus.
A distância entre o céu e a terra é enorme para o homem ir até a lua precisou de um foguete espacial. Mais para você chegar aos céus não é preciso de nada a não ser de joelhos dobrados e o coração derramado em adoração a Deus.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Qual a diferença entre salmos, hinos e cânticos espirituais?

Dois textos no Novo Testamento usam estas três palavras juntas. Efésios 5:18-19 diz:“E não nos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”. Paulo, o autor de Efésios, escreveu instruções quase idênticas aos colossenses: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Colossenses 3:16).



Devemos resistir a tentação de forçar distinções artificiais entre palavras semelhantes, respeitando o contexto para observar melhor o sentido de cada termo. Ao mesmo tempo, enriquece o nosso entendimento e o nosso serviço observar diferenças básicas entre palavras.

A palavra traduzida “salmos” descreve cânticos do tipo encontrado no livro de Salmos no Antigo Testamento. Muitos dos Salmos escritos por Davi e outros são ricas mensagens de adoração. É provável que alguns cristãos primitivos tenham escrito outros salmos para expressar a glória de Deus.

Hinos são cânticos que oferecem louvor a Deus. A ênfase aqui está no fato de dirigir o louvor ao Senhor, diferente de outros cânticos que podem comunicar mensagens de edificação aos outros irmãos.

A palavra traduzida “cânticos” poderia descrever vários tipos de cânticos, mas Paulo acrescentou mais uma palavra para limitar o sentido a cânticos “espirituais”. A mensagem destes cânticos é espiritual, refletindo a atitude de corações voltados a Deus.

Quando adoramos a Deus e edificamos os nossos irmãos por meio de salmos, hinos e cânticos espirituais, devemos escolher cânticos que comunicam a reverência devida a Deus, e que transmitem mensagens espirituais que vêm dos princípios revelados pelo Senhor. Se um hino não demonstra o respeito e honra que Deus merece, não deve ser empregado no nosso louvor. Se a mensagem de um cântico não for espiritual e totalmente de acordo com a palavra de Deus, não devemos cantá-lo no nosso louvor.

É importante observar o destaque nestes versículos numa mensagem que vem de dentro para fora. Cantamos para agradar a Deus e para edificar os outros. Enquanto recebemos o benefício de crescimento espiritual (enchendo-nos do Espírito), o foco está no louvor e na edificação, não na diversão ou prazer próprio.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Série A Vida de Jesus na Terra (Cap Final) Alimentos e costumes

Alimentos e Costumes

Nos tempos de Jesus, a alimentação era composta por vários alimentos reconhecidos, atualmente, como saudáveis e benéficos à saúde. Muitos destes alimentos são populares nos dias de hoje, mas outros têm sido esquecidos e substituídos pelos industrializados e cheios de conservantes.
Um dos alimentos mais consumidos, que em várias religiões simboliza o corpo de Cristo, é o pão. Segundo os pesquisadores ingleses, todos os pães e pratos à base de cereais daquela época incorporavam grãos integrais, triturados em moinhos de pedra, sendo assim ricos em fibras. Os cereais mais consumidos eram a cevada, a aveia, o centeio e o trigo. A recomendação para os dias atuais é que se dê preferência também para os cereais integrais, pois são boas fontes de fibra e possuem mais nutrientes do que as farinhas brancas e refinadas.
As leguminosas mais consumidas da época eram as favas e lentilhas. No Brasil, nos dias atuais, a leguminosa mais consumida é o feijão. O hábito alimentar cultural brasileiro do arroz com feijão vem se perdendo para alimentos mais práticos e rápidos como sanduíches, e fast foods. Mas é importante lembrar que esta combinação de arroz com feijão, o equivalente ao pão com lentilha na época de Jesus, é um casamento perfeito de nutrientes, pois a proteína formada quando se consome ambos na mesma refeição fica muito próxima à proteína da carne.
A carne vermelha era alimento de luxo, consumida em ocasiões especiais por pessoas mais abonadas. Sendo assim, as aves e os peixes eram mais presentes na alimentação da população ( o peixe era mais presente do que as aves na alimentação básica do povo pobre). Os hábitos atuais valorizam o uso de carne vermelha e frango, e o peixe se torna o menos consumido principalmente nas regiões distantes do mar. O alto consumo de carne vermelha gorda contribui para o excesso de peso e alterações nos exames de colesterol. O peixe por outro lado possui em sua composição gorduras boas, como o ômega 3.
Os alimentos eram preferencialmente cozidos ou assados, preparações que continham pouca gordura saturada e colesterol. As refeições atuais, em nome da rapidez e do modismo, são mais comumente fritas. As frituras oferecem grande quantidade de calorias, além de maior risco para a saúde. O uso de azeite de oliva também era muito comum. Este óleo é rico em ácidos graxos monoinsaturados e ômega 9, reduzindo o colesterol ?ruim? e elevando o colesterol ?bom?.
Outra fonte proteica bastante consumida na época era o leite. As formas mais comuns de se consumir o leite era in natura, em forma de coalhada, queijos e manteiga. O leite é um alimento altamente nutritivo, fonte de cálcio, proteína, e rico em gordura, quando consumido na sua forma integral. Nas coalhadas e iogurtes encontramos os probióticos, que são bactérias benéficas para a saúde do intestino. Os queijos também são excelentes fontes de cálcio. Recomenda-se preferir os queijos brancos (cottage, ricota, minas frescal), pois oferecem menos gordura.
As bebidas mais comuns na época de Jesus eram basicamente de leite, água, vinho. O vinho, que simboliza o sangue de Cristo, possui propriedades antioxidantes, ação cardioprotetora, devendo ser consumido com moderação: apenas um cálice pequeno por dia (30 ml). O consumo de bebidas alcoólicas é indicado nessas pequenas quantidades somente para indivíduos que não possuem nenhuma patologia e por recomendação médica.
As frutas, verduras e legumes também se faziam presente na alimentação diária do povo daquela época. Frutas como figo, romã, tâmara, maçã e uva eram mais comuns. Purês ou ensopados de passas de uva e tâmara originavam molhos para pratos salgados e adoçavam sobremesas, substituindo ou complementando o mel. O consumo de frutas e vegetais na alimentação dos brasileiros está aquém do recomendado pelos órgãos de saúde internacional. O mesmo não acontece com o consumo de açúcar, sempre maior do que o recomendado. Uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes representa um hábito saudável. Além disso, as oleaginosas, conhecidas como ?frutas oleosas? também eram consumidas pelos contemporâneos de Jesus. As mais comuns eram as amêndoas, avelãs e pistaches. As oleaginosas de modo geral são ricas em ácidos graxos monoinsaturados e ômega 9, que reduzem o LDL (colesterol ?ruim?), e elevam o HDL (colesterol ?bom?), e são ricas em minerais como selênio.
O uso de condimentos naturais e ervas aromáticas, como hortelã, cominho, mostarda, pimentas, alcaparra, açafrão, canela e o próprio sal davam um sabor especial para os pratos. O uso de condimentos industrializados se tornou um hábito nos dias atuais. Além de sódio excessivo, estes contem grande quantidade de gordura e outras substâncias que podem trazer prejuízos ao organismo. Aconselha-se priorizar o uso de condimentos naturais na preparações das refeições, pois além de oferecerem menos sódio são muito saborosos.
A passagem de Jesus pela terra se deu há muito tempo, onde as ciências não eram conhecidas, tampouco a ciência da nutrição. Apesar disso, os povos antigos tinham uma alimentação balanceada e saudável, diferente do que vemos nos dias atuas.

Costumes

Há dois mil anos Jesus trabalhou, comeu, dormiu, conversou e se divertiu em uma época e em um lugar específicos, com costumes e tradições próprios
Jesus ressuscitou por ser Deus feito homem. Como era de esperar, esse aspecto divino deixou na sombra seu lado humano. Mas o fato é que Jesus trabalhou, comeu, dormiu, conversou e se divertiu em uma época e em um lugar específicos, com costumes e tradições próprios.Vamos ver parte por parte as Características da época de Cristo.

A GEOGRAFIA
ImpérioA Galileia, onde Jesus nasceu, integrava o Império Romano, que abrangia todo o entorno do Mediterrâneo, incluindo partes da Europa, da África e da Ásia, somando 50 milhões de habitantes.
Principais cidades
Roma 1 milhão de habitantes
Alexandria 700 mil
Antióquia 300mil





Reprodução do rosto de Augusto
Imperadores _ Augusto era o imperador quando Jesus nasceu. Ele foi sucedido por Tibério. É a efígie deste governante que Jesus observa em uma moeda, em uma passagem do Novo Testamento:


Moeda com a efígie do imperador Tibério, "filho de Augusto""Dai-me um dinheiro para o ver. E eles lho trouxeram. Então disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe: De César. Então, respondendo Jesus, disse-lhes: Dai, pois, o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus".
A provínciaA Judeia foi conquistada pelos romanos em 63 a.C e virou um reino semi-autônomo. Quando o rei Herodes morreu, o território foi dividido entre seus três filhos: Felipe (leste do Rio Jordão), Arquelau (Judeia, Samaria e Idumeia) e Herodes Antipas (Galileia). Arquelau revelou-se tão brutal que foi deposto. Seu reino foi convertido em província, sob os cuidados de um governador romano. Na época de Jesus, esse governador era Pôncio Pilatos.


Jerusalém _ Principal cidade da Judeia, com 25 mil habitantes, recebia 100 mil peregrinos para festas como a Páscoa. Sua importância devia-se ao Templo, uma colossal construção que ocupava um quinto da cidade e era o centro do judaísmo. Jesus foi levado ali oito dias depois de nascer, para que seus pais fizessem a oferenda obrigatória de um casal de pombos.
A GalileiaJesus nasceu nos confins do império, na Galileia, um reino de 200 mil habitantes. Por estarem fora da Judeia, galileus como Jesus eram tidos pelos outros judeus como broncos e caipiras. A Galileia não era árida e rochosa como outras terras da região. Ali havia muita chuva e se produziam cereais, azeite de oliva, vinho e frutas.
Nazaré _ O Novo Testamento relata a pergunta feita por um homem chamado Natanael quando lhe contaram de que povoado vinha Jesus: "Pode algo bom sair de Nazaré?". Nazaré era pouco mais do que uma aldeia, segundo algumas fontes com não mais de 20 casas, a 115 quilômetros de Jerusalém.


Inscrição dos primeiros tempos do cristianismo
AS LÍNGUAS DE JESUS
Três idiomas eram amplamente usados na Palestina, conforme o contexto:
Aramaico _  Língua que se aprendia na primeira infância e se usava no dia-a-dia e em família. A estrutura das frases e o vocabulário de Jesus indicam que ele pregava nesse idioma.
Hebraico _ Idioma litúrgico judaico, que as crianças aprendiam na escola da sinagoga, estudando as escrituras. Pelo conhecimento dos textos da Torá, Jesus sabia hebraico.
Grego _ O Império Romano tinha dois idiomas, latim e grego. A oriente, o grego era a língua franca, com papel semelhante ao que o inglês tem hoje, sendo usado em documentos e contratos legais. Permitia falar com gente de todas as regiões. Os pais queriam que seus filhos o aprendessem, para subir na vida. Essa foi provavelmente a língua que Jesus usou ao falar com Pilatos.

ECONOMIA
A maior parte das pessoas tirava o sustento da agricultura. As famílias costumavam viver em povoados e cultivar um pedaço de terra nas redondezas. As propriedades da Galileia tinham em média sete hectares. Plantava-se grãos, oliveiras e legumes. Vinhedos eram comuns. As árvores frutíferas tinham de ser vigiadas, por causa de ladrões.

Outros ofícios  
Pastoreio - Quase sempre de animais menores, como ovelhas e cabras. Gado bovino era raro. Algumas famílias criavam galinhas ou pombos, usados em sacrifícios



Quadro mostra o milagre da pescaria_ Pesca _ Existia uma importante indústria pesqueira na Galileia. Essa é a razão para haver pescadores entre os discípulos de Jesus
_ Apicultura _ Havia criadores de abelhas, para produção de mel
_ Ofícios manuais _ Eram transmitidos de pai para filho. Existiam ferreiros, oleiros, tecelões, marceneiros, pedreiros e curtidores (que trabalhavam fora do povoado, por causa do cheiro)

As classe sociaisClasse alta: formada pela nobreza sacerdotal e por altos funcionários, latifundiários e grandes comerciantes
Classe média: incluía pequenos proprietários rurais, artesãos e comerciantes
Classe inferior: eram os escravos e os jornaleiros, que trabalhavam na terra dos outros
Carga tributária
Os romanos ficavam com 12,5% da produção agrícola. O Templo, somando diferentes tributos, arrecadava outros 22%. Como um quinto do que se colhia era reservado como semente, sobrava menos da metade da colheita para o agricultor.

Jesus era pobre?A situação econômica de Jesus era confortável. Apesar de não fazer parte dos 2% de aristocratas, também não estava entre os 80% que viviam na pobreza. José, seu pai, era um "tékton", palavra que costuma ser traduzida como "carpinteiro", mas que pode ser entendida como "empreiteiro". Acredita-se que ele construía edifícios. Pesquisadores entendem que Jesus exerceu o ofício. Em uma passagem de Lucas, ele demonstra seus conhecimentos:

"Porque qual de vós, querendo edificar uma torre, não faz primeiro, sentado, a conta dos gastos necessários, para ver se tem com que acabar? Para que, depois de ter assentado o fundamento e não a puder terminar, todos os que virem não comecem a fazer zombaria dele."(Lucas 14:28,29)

VIDA NAS CIDADES
As cidades da Galileia e da Judeia que Jesus percorreu eram locais insalubres, barulhentos e perigosos. Como muralhas cercavam essas povoações, o espaço era restrito. Quase não havia praças, quintais ou árvores. Todo terreno costumava ser ocupado por construções, que compartilhavam paredes. As portas abriam direto na rua. A violência era epidêmica, e não existia polícia. Logo, ninguém se arriscava na rua depois do anoitecer.

HigieneA imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.

CasasRicos viviam em mansões com água corrente. Havia prédios de apartamentos na Judeia, mas as pessoas mais pobres moravam em casas pequenas, de um ou dois aposentos. Em uma passagem de Mateus, Jesus dá a entender que uma única lamparina a óleo era suficiente para iluminar um lar. O teto das residências era achatado, porque quase não chovia. Como faltava espaço nas ruas, os judeus usavam a laje para tomar sol ou ar fresco. Nas noites quentes, dormiam no telhado.

A casa de JesusUm trecho de Marcos, segundo pesquisadores, demonstra que a casa de Jesus não seria pequena, porque nela cabiam várias pessoas:

"Logo se espalhou a notícia de que Jesus estava em casa.  E tanta gente se reuniu aí que já não havia lugar nem na frente da casa."(Marcos 2:1,2)




COSTUMES

Divisão do diaNão havia relógios nem medição precisa do tempo _ as pessoas sequer sabiam direito sua idade. O dia começava com o raiar do sol. A manhã era destinada ao trabalho. Depois do almoço, mais ou menos entre as 13h e as 16h, vinha o momento de relaxar: era comum dormir ou ir ao banho público. Quando o sol se punha, todos estavam em casa, porque as ruas eram perigosas.

Hora grega _ Os gregos desenvolveram a ideia de que o dia era dividido em 12 horas, sendo que cada hora correspondia a um duodécimo do período de luz solar. Como o tempo diário de sol variava conforme as estações, a duração da hora não era fixa. Jesus estava familiarizado com esse sistema, conforme o Evangelho de João:

"Jesus respondeu: Não são 12 as horas do dia? Aquele que caminhar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo."(João 11:9)
Roupas
As roupas da Palestina no tempo de Jesus seguiam a moda do mundo greco-romano:

Túnica
_ Roupa casual, feita de linho ou algodão, era colocada pelo pescoço e tinha mangas. Existiam modelos diferentes para homens e mulheres. As peças coloridas eram mais difundidas entre as mulheres.

Manto _ Enrolado no corpo, por cima da túnica, em ocasiões formais ou nos dias frios. Incômodo, era removido para atividades físicas. Por ser caro, era alvo de ladrões. Só os abastados possuíam mais de um.

Roupa de baixo _ Os homens às vezes usavam uma espécie de tanga, feita de algodão ou lã. No trabalho sob o sol quente, essa podia ser a única vestimenta. As mulheres vestiam uma peça desse tipo quando menstruadas.

Cinto _ Um cinto era colocado ao redor da túnica, permitindo baixar ou elevar a altura do traje conforme a necessidade.
Beleza
Perfumes, pentes, espelhos, cosméticos e depilações eram comuns no mundo em que Jesus viveu:
Cosméticos _ Eram amplamente usados pelas mulheres, que almejavam uma tez pálida. Na Palestina, a maquiagem ao redor dos olhos e do nariz prevenia o ressecamento provocado pelo clima árido.
Cabelos _ De forma geral, os homens usavam cabelo curto. Entre os judeus, no entanto, podiam ser mais longos, acompanhados de barba. As mulheres mantinham o cabelo comprido, arranjado em penteados elaborados, envolvendo coques, tranças e enfeites, conforme a moda do momento.
Salões de beleza _ Havia barbeiros e cabeleireiros, que também prestavam serviços de manicure e pedicure.
CasamentoFunção _ O casamento era a condição natural para homens e mulheres. Um adulto solteiro era tão raro quanto um homem com várias esposas. Não se tratava de uma união romântica, mas de um acerto entre famílias. Na época de Jesus, era normal haver o consentimento da noiva.
Idade _ As mulheres casavam logo após a puberdade, raramente após os 15 anos. Maria era adolescente quando teve Jesus. Os homens contraíam matrimônio mais tarde, mas antes dos 25 anos.
Viuvez _  Por causa da diferença de idade entre os noivos, havia muitas viúvas jovens. Como as escrituras não fazem menção a José depois dos 12 anos de Jesus, presume-se que ele já estava morto.
Filhos _ A maioria dos casais tinha dois ou três filhos. Não eram comuns famílias numerosos. Métodos de prevenção a gravidez e abortivos eram bem conhecidos.
Educação
A escola ficava na sinagoga e era só para meninos. Eles aprendiam a ler, escrever e fazer contas. Também recebiam algumas noções de geografia.

Prostituição
No Império Romano, a prostituição era disseminada. Chegava a ser exercida em cabines portáteis instaladas nas ruas. As várias menções a meretrizes no Novo Testamento indicam que Jesus estava familiarizado com ela. Não havia preocupação com doenças sexualmente transmissíveis: sífilis e gonorreia não eram conhecidas.

Morte
A mortalidade infantil era elevada. Metade das crianças não chegava á idade adulta. As mulheres morriam frequentemente no parto ou depois dele, por falta de higiene. Também morria-se muito por acidente, epidemias e falta de assistência médica.

A JUSTIÇA
A condenação de Jesus à morte na cruz seguiu os trâmites legais da época:

Delação
_ Judas agiu de forma aceitável para a época. Havia um exército de informantes, responsáveis por denunciar quem representava perigo para a sociedade. Os delatores inclusive atuavam como promotores no julgamento.

Sinédrio _ Os romanos concediam certa autonomia aos judeus. O órgão judaico máximo era o Sinédrio, um tribunal aristocrático composto pelo Sumo Sacerdote e por nobres. Jesus foi interrogado por esse conselho sobre questões de doutrina e considerado culpado. O Sinédrio não podia aplicar a pena de morte. Por isso, o caso foi levado ao governador romano, Pôncio Pilatos.

Pilatos _ Diante do governador, os sacerdotes acusaram Jesus. Na época, o julgamento consistia em discursos do acusador e do acusado. Por isso, um réu que se recusasse a responder, como Jesus, desperdiçava a chance de absolvição. Era um comportamento desconhecido, que deixou Pilatos atônito, conforme o de Marcos:

"E os príncipes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. E Pilatos interrogou-o novamente, dizendo: Não respondes coisa alguma? Vê de quantas coisas te acusam. Mas Jesus não respondeu mais nada, de sorte que Pilatos estava admirado."

PuniçãoNo Império Romano, não havia a ideia de prisão como punição. Quando alguém estava detido, era à espera de ser punido. As penas envolviam multa, para pequenos crimes, ou exílio, trabalho forçado e morte, para outros de maior monta. Para réus pobres, era permitida uma execução cruel, com sofrimento.

CULTURA GREGA
A Judeia e a Galileia eram regiões periféricas, mas não estavam intocadas pela influência estrangeira. A cultura greco-romana influenciava todas as esferas da vida, cumprindo papel similar ao da norte-americana hoje. Judeus devotos davam nomes helênicos aos seus filhos, por exemplo. A cultura grega era tão forte que alguns judeus se submetiam a uma arriscada e dolorosa cirurgia de reversão da circuncisão. Assim, podiam tirar a roupa sem constrangimento nos banhos públicos.
Uma cidade grega ao pé de Jesus
Nos evangelhos, Jesus aparece em muitos povoados, mas não há menção a Séforis, uma importante metrópole de cultura grega. No entanto, é muito provável que tenha estado lá, porque a cidade ficava a apenas uma hora de caminhada de sua casa.
Séforis foi reconstruída por Herodes Antipas, segundo o modelo grego, para ser capital da Galileia. Com 30 mil habitantes, tinha circo, pista de corrida, ginásio, escola de luta, banho público e teatro _  pela forma como Jesus se expressava, pesquisadores acreditam que ele foi influenciado por performances de teatro.

A MENTALIDADE
Desconhecimento científicoMuita gente acreditava que a Terra fosse plana e que o céu consistisse em uma espécie de bacia virada sobre ela. Se alguém conseguisse atravessá-lo, entraria no paraíso.
_ Em verdade, em verdade, vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem _ disse jesus

DoençasA ignorância sobre as doenças levava o povo a atribuí-las a demônios. A cura de males como epilepsia, surdez e paralisia passava por expulsar os espíritos ruins. Jesus era visto como um curandeiro com o dom do exorcismo.

Fim do mundoEntre os judeus, previa-se que o mundo estava para acabar, e que um rei do fim dos tempos seria enviado por Deus. Esse messias derrotaria os romanos e restauraria a glória de Israel. Essa esperança era exacerbada pela situação de opressão em que os judeus viviam.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Série - A Vida de Jesus na Terra (Cap 2) Sitema Político da Época


Como funcionava a sociedade no tempo de Jesus 
 Na sociedade do tempo de Jesus os grupos, diferenciavam no modo de relacionar com a política, economia, religião. Eles tinham grande importância no quadro social daquela época. Ao lermos os Evangelhos deparamos com estes grupos com os quais Jesus entrava em dificuldades e conflitos.




O grupo dos Saduceus
Formado pelos proprietários de terras e membros da elite sacerdotal. Com o poder na mão, controlava a administração da justiça no Tribunal Supremo o Sinédrio. Intransigentes com o povo, viviam preocupados com a ordem pública. Foram eles os responsáveis pela morte de Jesus. Os saduceus eram colaboradores do império romano, tinham uma política de conciliação, com medo de perder seus cargos e privilégios.


O grupo dos doutores da Lei
Adquiriu maior prestígio na sociedade daquele tempo. Seu grande poder residia no saber. A influência deles era exercida em três lugares: Sinédrio, sinagoga e escola. No Sinédrio, apresentavam como juristas para aplicar a Lei nos assuntos governamentais e questões judiciárias. Na sinagoga, eram os grandes intérpretes das Escrituras, criando a tradição através da releitura, explicação e aplicação da Lei para os novos tempos. Eles monopolizavam a interpretação das Escrituras, e tornavam guias espirituais do povo, determinando até mesmo as regras que dirigem o culto. Os Fariseus eram nacionalistas hostis ao império romano, de resistência passiva. Os fariseus eram formado por leigos provindos de todas as camadas da sociedade, artesãos e pequenos comerciantes. A maioria do clero pobre, que se opõe à elite sacerdotal pertencia a esse grupo.
Na religião, os fariseus caracterizam pelo rigoroso cumprimento da Lei em todos os campos e situações da vida diária. Eram conservadores zelosos e criadores de novas tradições, através da interpretação da Lei para o momento histórico em que viviam. A maior expressão do farisaísmo era a criação da sinagoga, opondo-se ao Templo, dominado pelos saduceus. Assim a sinagoga, com a leitura, interpretação dos textos bíblicos e orações, tornavam-se a expressão religiosa oposta ao sistema cultual e sacrifical do Templo.

Os Zelotas
Constituíram a partir dos fariseus. Provinham da classe camponesa, as camadas pobres da sociedade massacradas por um sistema fiscal impiedoso. Desejam expulsar os dominadores pagãos romanos, eram contrários ao governo de Herodes na Galiléia. Queriam restaurar um Estado onde Deus é o único rei, representado por um descendente de Davi o messianismo. Nesse sentido, os zelotas eram reformistas, pretendiam restabelecer uma situação passada. Enquanto os fariseus mantinham numa atitude de resistência passiva, os zelotas partiam para a luta armada. As autoridades os consideravam criminosos e terroristas, eram perseguidos pelo poder romano. Entre os apóstolos de Jesus, provavelmente dois eram zelotas: Simão (Mc 3,19) e Judas Iscariotes. Simão Pedro parece adotar certos métodos dos zelotas.

Os Erodíamos
Eram funcionários da corte de Herodes eram conservadores tinham o poder civil da Galiléia nas mãos. Fortes opositores dos zelotas viviam preocupados em capturar agitadores políticos na Galiléia. Foram eles responsáveis pela morte de João Batista.

Os Essênios
Este grupo foi resultado de fusão entre sacerdotes dissidentes do clero de Jerusalém e de leigos exilados. Na época de Jesus, viviam em comunidades com estilo de vida bastante severo, caracterizado pelo sacerdócio e hierarquia, legalismo rigoroso, espiritualidade apocalíptica e a pretensão de ser o verdadeiro povo de Deus. Assemelham-se aos fariseus e estavam em ruptura radical com o judaísmo oficial. Tendo deixado Jerusalém, dirigiram para regiões de grutas, para viverem ideal "monástico". Tinham uma vida em comum, dividiam seus bens. Tinham obrigação de trabalhar com as próprias mãos, o comércio era proibido, assim como o derramamento de sangue, mesmo em forma de sacrifícios.

Os Samaritanos
Como o próprio nome indica, eram habitantes da Samaria, descendentes da população mista israelita e pagã. Não formavam uma seita propriamente dita, mas os Samaritanos afastaram-se do judaísmo oficial. Tinham o Pentateuco em comum com os Judeus, mas construíram o seu próprio Templo no monte Garizim (2Rs. 17, 24-28), por este motivo os Judeus (habitantes da Judeia - ao sul) considerava-os como pagãos. As relações entre eles e os Judeus eram muito tensas (Lc. 9,52; Jo. 4,9; 8,48). O comportamento de Jesus a seu respeito escandalizou os seus contemporâneos (Jo. 4,5-.40; Lc. 10,13; 17,10-17). A missão cristã desenvolveu-se primeiro entre eles (At. 1,8: 8,5-25; 9,31; 15,3).
A religião dos judeus no tempo de Jesus está centrada em dois aspectos fundamentais: o Templo e a sinagoga. Jesus nasceu, viveu e morreu dentro do contexto histórico do séc. I. Por isso quando lemos os Evangelhos, devemos ficar atentos para avaliar corretamente as atividades de Jesus dentro da formação social, econômica, política e religiosa do seu tempo. A fidelidade a Palavra de Deus está no olhar a realidade do povo de ontem e de hoje e transformar a realidade numa grande revelação de Deus. O centro da mensagem de Jesus é o reino de Deus uma nova sociedade.
Meu querido leitor leia a palavra de Deus para que você possa aprofundar melhor ao conhecimento de Jesus de seu projeto, deixe questionar por Jesus, ele questionou as pessoas de seu tempo e questiona a nós hoje.


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Série - A Vida de Jesus Cristo na Terra (Cap 1) Introdução

Nota: Este artigo é sobre Jesus o homem, usando os métodos historiográficos para reconstruir a biografia de sua vida e tempo.

O termo Jesus histórico refere-se a uma tentativa de reconstruções acadêmica do primeiro século da figura de Jesus de Nazaré. Estas reconstruções são baseadas em métodos históricos, incluindo a análise crítica dos evangelhos canônicos como a principal fonte para sua biografia, juntamente com a consideração do contexto histórico e cultural em que Jesus viveu.
A pesquisa sobre o Jesus Histórico teve início no Século XVIII e se desenvolveu, até os nossos dias, em três ondas, preocupadas em reconstruir os fatos históricos e a pessoa humana de Jesus, que ficavam como que escondidos atrás das afirmações dogmáticas e de fé das Igrejas.
Tal busca teve como premissa uma mentalidade racionalística, que acredita poder reconstruir a verdade histórica relacionada a Jesus por meio da razão, e foi impulsionada pela descoberta da estratificação e fragmentação dos textos bíblicos e sua consequente classificação. Um aspecto fundamental dessa busca é tentar inserir Jesus no contexto histórico-sociocultural do judaísmo do Século I na Palestina, por meio do estudo de fontes canônicas, apócrifas e pseudepigráficas que lançaram novas luzes sobre a complexidade da religião e da sociedade judaica daquela época.
A busca pelo Jesus Histórico se apoia na literatura bíblica e extra-bíblica do Século I; nas descobertas arqueológicas; nos estudos sociológicos e historiográficos; para reconstruir e entender o contexto histórico, sociológico e religioso do tempo de Jesus, tentando entender e imaginar o impacto de sua pessoa e de sua mensagem dentro deste mesmo contexto, portanto, parte-se do pressuposto que Jesus deve ser lido dentro do contexto da Galileia daquela época.

Visão geral

Acredita-se que o Jesus histórico:
  1. foi um homem que viveu na Galileia na primeira metade do Século I, que era filho de um carpinteiro, que provavelmente tinha outros irmãos (Mt 13,55);
  2. provavelmente foi um dos discípulos de João Batista, que o batizou;
  3. atuou três anos como rabi até a sua crucificação, que provavelmente ocorreu Páscoa do ano 30;
  4. realizou pelo menos uma peregrinação a Jerusalém - então parte da província romana da Judeia - durante o tempo da expectativa messiânica e apocalíptica no final do Segundo Templo Judaico.
  5. foi um profeta e um professor de ética autônoma , que contava parábolas, muitas delas sobre a vinda de um Reino de Deus.
Alguns estudiosos creditam as declarações apocalípticas dos Evangelhos a Jesus, enquanto outros retratam o seu Reino de Deus como moral, e não de natureza apocalíptica . Durante um tempo, Ele enviou seus apóstolos a fim curar as pessoas e pregarem sobre o Reino de Deus . Mais tarde, Jesus viajou para Jerusalém, onde causou uma perturbação no Templo . Era a época da Páscoa, quando as tensões políticas e religiosas eram altas em Jerusalém . Os Evangelhos dizem que os guardas do templo (acredita-se serem saduceus) prenderam-no e entregaram-no ao governador romano Pôncio Pilatos para execução. O movimento inaugurado por Jesus sobreviveu a sua morte, sendo liderado por seu irmão Tiago, o Justo e pelos apóstolos que passaram a proclamar que Jesus havia ressuscitado . Pouco depois, os seguidores de Jesus se dividiram do judaísmo rabínico, dando origem ao que conhecemos como cristianismo primitivo.
A busca pelo Jesus histórico parte do pressuposto que o Novo Testamento não dá necessariamente uma imagem histórica precisa da vida de Jesus. Nesse contexto, a descrição bíblica de Jesus é conhecida como a do Cristo da Fé . Dessa forma, o Jesus histórico é baseado em materiais históricos antigos que podem falar alguma coisa sobre sua vida, como os fragmentos dos Evangelhos. A finalidade da pesquisa sobre o Jesus histórico é examinar as evidências a partir de fontes diversas, tratando-as criticamente e em conjunto para criar uma imagem composta de Jesus . Para alguns, o uso do termo Jesus histórico implica que o Jesus reconstruído será diferente do que se apresentou no ensino dos concílios ecumênicos (o Cristo dogmático). Outros estudiosos afirmam que não há nenhuma contradição entre o Jesus histórico e o Cristo retratado no Novo Testamento.



Início de uma nova etapa

A Paz do Senhor à todos que nos acompanham pelo blog Evangelho Avivado!

Aporoveitando o desenvolvimento da semana para novos tópicos,estudos bíblicos e séries,preparamos uma mini-série em três partes,que visam enterdermos um pouco a vida do Salvador na terra.

Por isso,á partir de hoje se inicia a série A Vida de Jesus na Terra!
vamos tentar em três dias abordar,como era a época em que ele viveu,sistema políticos,tipos de pessoas,alimentos,ensinos,e características da época!

Nos Acompanhe nesta jornada de Fé e seja abençoado em Nome do Senhor Jesus!

A Série vai de Hoje à Sexta às 11 da manhã e nos dias seguintes às 9 hrs da manhã.

Deus abençoe à todos!


                                                                               

segunda-feira, 15 de junho de 2015

É pecado julgar?



Jesus disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1). Este versículo é citado por muitas pessoas para condenar qualquer pessoa que critica as doutrinas ou práticas religiosas de outros. Ironicamente, as pessoas que assim usam o texto não percebem que estão julgando a outra pessoa culpada de desobedecer esta proibição! É pecado julgar? Como é que devemos entender essas palavras de Jesus?


Jesus condena o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar o ponto. Uma pessoa está sofrendo por causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros. Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais graves.



Jesus condena a atitude negativa do censor. Algumas pessoas vivem para criticar, sempre procurando e destacando as falhas dos outros. Tais pessoas convidam outros a ser críticos, também. Quando condenamos as pequenas falhas de outros, eles terão motivo para nos condenar (considere o exemplo do servo que não perdoou o outro, Mateus 18:23-35).



Jesus não condena a avaliação dos outros. Mateus 7 mostra claramente que Jesus não está condenando a avaliação dos outros. Temos que discernir entre o certo e o errado, e entre as pessoas que praticam as coisas de Deus e as que andam no erro. No versículo 6, Jesus exige o julgamento de pessoas que ouvem o evangelho, e a rejeição dos "porcos" e "cães". Do versículo 15 ao 20, ele ensina sobre o julgamento de professores pelos frutos (veja Mateus 16:6,11-12).



Paulo exige o julgamento. Não é o bastante dizer que o servo de Cristo pode julgar. O discípulo de Jesus é obrigado a julgar! Às vezes, alguém na igreja terá que julgar outros irmãos para resolver problemas (1 Coríntios 6:1-5). Em geral, todos nós temos que julgar todas as coisas, retendo o bem e rejeitando o mal (1 Tessalonicenses 5:21-22). Para discernir entre essas coisas, é necessário crescer espiritualmente (Hebreus 5:12-14). As pessoas incapazes de julgar continuam como crianças, como pessoas carnais (1 Coríntios 3:1).


O propósito do julgamento que Deus exige de nós não é para condenar ninguém ao castigo, mas para evitar o pecado e ajudar outros, também, ficarem livres do mal.

sábado, 13 de junho de 2015

Origens das Palavras

O Que Significam as Palavras “Herege”, “Heresia” e “Seita”?
As palavras “herege”, “heresia” e “seita” vêm de palavras gregas usadas no Novo Testamento, derivadas da mesma raiz. A idéia fundamental atrás destas palavras é “escolher” ou “escolha”. Assim a forma de verbo é usada quando Deus diz que escolheu seu servo (Mateus 12:18).
Outras vezes na Bíblia e no uso atual destas palavras, ainda podemos ver um elemento de escolha. Quando homens decidem seguir suas próprias opiniões, criando novas doutrinas e facções religiosas, estas palavras se aplicam. É neste sentido que lemos no Novo Testamento sobre seitas como dos saduceus (Atos 5:17) e fariseus (Atos 15:5), grupos que escolheram defender falsas doutrinas e tradições humanas.
Os apóstolos condenaram o espírito faccioso (Gálatas 5:20), alertaram sobre heresias destruidoras (2 Pedro 2:1) e ensinaram os cristãos a admoestarem e depois rejeitarem os hereges, ou homens facciosos (Tito 3:10). Escolher seguir qualquer doutrina que não vem de Deus é uma infração gravíssima da vontade do Senhor.
Às vezes, estas palavras são corretamente usadas para identificar doutrinas erradas e seus defensores, e é assim que devem ser empregadas.
Mas as palavras certas usadas pelas pessoas erradas podem se tornar armas maliciosas. Já no primeiro século, estas mesmas palavras foram usadas pelos adversários do Senhor para difamar seus servos fiéis. Tértulo, o orador que representou os judeus no processo contra Paulo, descreveu o apóstolo como “o principal agitador da seita dos nazarenos” (Atos 24:5). Paulo respondeu a esta distorção da palavra: “Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas” (Atos 24:14). Mais de dois anos depois, quando Paulo chegou a Roma, os judeus queriam ouvir “a respeito desta seita que, por toda parte, é ela impugnada” (Atos 28:22).
Desde aquela época, os poderes religiosos têm usado estas palavras para identificar ideias ou pessoas que discordam da posição oficial de uma igreja ou das correntes principais de movimentos populares. Homens bons podem ser chamados de hereges, e homens maus podem ser vistos como servos “ungidos por Deus”.
O critério de avaliação não deve ser a posição oficial de líderes eclesiásticos, e sim a palavra de Deus. No final das contas, não importa o que os homens dizem, pois são as palavras de Cristo que nos julgarão (João 12:48; Gálatas 1:10). Nunca devemos escolher uma direção que contrarie a vontade de Deus!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Santificação



Santificação

Através de toda a Bíblia, a santificação tem sido um elemento essencial na relação entre Deus e seu povo. Esta qualidade de ser separado do pecado é uma característica fundamental da santidade de Deus, que tem que ser desenvolvida como parte do caráter de seus filhos. Depois de observar brevemente a importância da santificação através de toda a Bíblia, consideraremos as implicações de um texto desafiador na segunda carta de Paulo aos cristãos em Corinto.

Deus Quer um Povo Santo

Desde a criação, Deus quis um povo santo. Ele desejou uma comunhão especial com os homens que fossem capazes de andar com ele e falar com ele numa união especial. Mas a própria natureza de Deus estabelece limites para tal associação. Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado pelo pecado e pela corrupção. Os homens só podem estar na sua presença se forem puros.

Adão e Eva andavam no mesmo jardim que Deus, e falavam com ele. Mas logo pecaram e perderam esta convivência especial. Foram expulsos do jardim do Éden ­separados de Deus­ o que foi a morte espiritual que Deus havia prometido como conseqüência do pecado (Gênesis 2:17; 3:23-24). Povo sem santidade não podia permanecer na presença do santo Deus.

Depois que gerações de pecadores morreram num mundo corrompido, Deus escolheu os descendentes de Abraão para serem um povo santo. Ele os separou da má influência dos senhores egípcios e preparou uma terra onde poderiam habitar livres da corrupção dos povos idólatras. Ele até mesmo lhes deu uma lei especial, que ressaltava a distinção entre o puro e o impuro. Deus explicou a necessidade da pureza deles quando lhes deu essa lei:

"Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo. . . Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo" (Levítico 11:44-45).

Contudo, o povo que Deus havia selecionado excepcionalmente e resgatado não permaneceu santo. Os israelitas repetidamente exibiram seu pecado aos olhos de Deus. Ele às vezes avisou que poderia entrar no meio da congregação pecaminosa e destruir o povo (Êxodo 33:5; Números 16:44-45). Por quê? Simplesmente porque não pode haver comunhão entre a santidade de Deus e a impureza do homem. O homem tem que ser purificado, ou morrerá (veja Isaías 6:1-7).

Deus ainda quer um povo santo, e providenciou, através de Cristo, o meio de purificar os pecadores para servirem-no. Os cristãos são o povo santo de Deus (1 Pedro 2:5,9). Aqueles que se dizem ser seguidores de Jesus deverão conduzir-se como um povo santificado e purificado da impureza do mundo.

A Santificação é Essencial para ter Comunhão com Deus
(2 Coríntios 6:14 - 7:1)

A igreja em Corinto estava rodeada de imoralidade e falsa religião. Os cristãos eram freqüentemente tentados a voltar às más práticas do mundo. Paulo entendeu esta tentação quando lhes escreveu cartas de encorajamento. Consideremos seu ensinamento em 2 Coríntios 6:14 - 7:1.

Paulo ensinou que o pecado não tem lugar na vida do cristão. Nos versículos 14 e 15 ele disse:

"Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?"

Encontramos nestes versículos uma lista de coisas que são totalmente opostas. Paulo não encoraja a nenhum tipo de compromisso. Ele não nos diz que um pouco de mal pode coexistir com a justiça. Em vez disso, mostra que não pode haver nenhuma tolerância do pecado na vida de um cristão. Os cristãos pecam (1 João 1:8,10), mas temos que admitir esses erros e procurar o perdão de Deus para manter a comunhão com ele (1 João 1:9; 2:1).

Certas religiões e filosofias orientais ensinam que o bem tem que ser contrabalançado pelo mal e que cada bem é manchado por alguma quantidade de mal. Tais idéias contradizem frontalmente o ensinamento da Bíblia. Bem e mal são distintos e não podem existir em harmonia. Os discípulos de Cristo não podem comprometer-se com o erro.

Esta santificação é baseada em nossa relação com Deus. Paulo continuou nos versículos 16 a 18 a dizer que a base para esta santificação é nossa relação com Deus. Nestes versículos, ele usa a linguagem das passagens do Velho Testamento para mostrar que Deus ainda deseja um povo santo:

"Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em cousas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso."

O desejo básico de Deus permanece inalterado. Ele quer ter íntima comunhão com seu povo santo. Mas um Deus puro não pode ter amizade com pecado; portanto, temos que separar-nos do mal e da impureza. Mas, para que não vejamos isto como uma tarefa desagradável de renúncia, teremos que nos lembrar do grande privilégio que é descrito aqui, especialmente no versículo 18. O Deus Todo-poderoso do universo, nosso grande Criador e Redentor, quer ser nosso Pai. Os cristãos têm imenso privilégio de serem chamados filhos e filhas do próprio Deus!

Que faremos para aproveitar desta abençoada amizade com Deus? O primeiro versículo do capítulo 7 oferece a conclusão prática desta passagem:

"Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifi-quemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aper-feiçoando a nossa santi-dade no temor de Deus."

Por causa do grande privilégio de sermos chamados filhos e filhas de Deus, temos que nos purificar de toda impureza. Não apenas 50%, 90% ou 99% do pecado, mas de toda imundície.

Por quê? Por causa de nosso respeito a Deus. Ele merece nosso serviço de santificação.

Temos que ser limpos de que tipos de impureza? Paulo menciona duas amplas categorias de pecado que têm que ser expurgadas de nossas vidas:

Impureza da carne. Isto incluiria todas as formas de imoralidade e mundanismo. Pecados sexuais, embriaguez, desonestidade e todas as outras características da carne têm que ser abandonadas. Pessoas que praticam tais coisas não terão permissão para entrar na eterna comunhão com Deus (veja Gálatas 5:19-21; 1 Coríntios 6:9-11; Apocalipse 21:8).

Impureza do espírito. Impureza espiritual e religiosa também têm que ser removidas de nossas vidas. Os cristãos em Corinto estavam rodeados pela idolatria, por isso Paulo usou este exemplo específico. Estamos rodeados de uma variedade de doutrinas humanas e filosofias, práticas de espiritismo, adoração de santos e de imagens, etc. O verdadeiro cristão não pode continuar a participar de tais práticas impuras. Temos que limpar-nos de qualquer mal deste tipo (1 Coríntios 10:14), adorando somente a Deus (Mateus 4:10). Nossa adoração a Deus tem que ser de acordo com sua verdade (João 4:24). Sem nos santificar, não teremos comunhão com o Senhor que morreu por nós.

Aplicações em nossa Sociedade

Vivemos num mundo que tem sido manchado, por milhares de anos, pelo pecado. Estamos rodeados por violência, pornografia, desonestidade e falsa religião. Deus não pretende que nos isolemos deste mundo (João 17:14-21), mas que fujamos dos seus pecados (1 Timóteo 6:11) e brilhemos como luzes num mundo de trevas (Mateus 5:14-16). Nunca foi fácil viver como povo santificado num mundo de corrupção e injustiça, mas é possível. Jesus provou isso durante uma vida de pureza sem pecado. É nossa responsabilidade seguir seus passos:

"Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca" (1 Pedro 2:21-22).