Antes
de Jesus, houve pecado e condenação. Todos pecaram (Romanos 3:23) e
mereceram a morte espiritual (Romanos 6:23). Paulo diz que a lei do
Antigo Testamento mostrou o problema (Romanos 3:20; Gálatas 3:22), e que
a fé em Jesus Cristo é a solução (Gálatas 3:23-27; Romanos 3:24-26).
Nesta última citação, ele comenta sobre a necessidade do sangue de Jesus
para fazer propiciação pelos nossos pecados.
Como,
então, pode se falar de perdão antes da morte de Jesus? Quando Moisés
revelou as instruções sobre holocaustos e outros sacrifícios, ele disse
que os pecados do povo seriam perdoados por meio dessas ofertas
(Levítico 4:20,26,31,35; 5:10,13,16,18; 6:7; etc.). João Batista, alguns
anos antes do derramamento do sangue de Jesus, pregou “batismo de arrependimento para remissão de pecados” (Marcos 1:4).
Se já existiam meios para perdoar pecados, por que Jesus se sacrificou na cruz? O livro de Hebreus esclarece esta questão. Ele nos ensina que:
1. Os sacrifícios anteriores não foram suficientes para perdoar pecados: “Nesses
sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é
impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (10:3-4).
2. Os pecados cometidos sob o Velho Testamento foram perdoados pela morte de Jesus: “Por
isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a
morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança,
recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados” (9:15).
Para
ilustrar o significado destes trechos, podemos usar a prática comum de
pagar dívidas com cheques pré-datados. Os sacrifícios do Antigo
Testamento e o batismo de João foram como cheques pré-datados assinados
com a confiança que o sangue de Jesus seria “depositado na conta” na
data certa. Foram condicionados no sacrifício futuro de Jesus.
Hoje,
é diferente. Quando demonstramos a fé pelo arrependimento e o batismo
para remissão dos pecados (Atos 2:38), confiamos no depósito que já foi
feito no Calvário, e recebemos o perdão dos nossos pecados.
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