No livro de Ezequiel, escrito no sexto século a.C., a frase foi uma
maneira que Deus, muitas vezes, identificou o profeta Ezequiel (2:1,3,6 e
muitos outros versículos em Ezequiel).
A expressão aparece duas vezes no livro de Daniel, com dois sentidos
diferentes. Em Daniel 8:17, o profeta é chamado de "filho do homem".
Mas, em 7:13, desce do céu (numa visão) "um como o Filho do Homem"
que recebeu do Ancião de Dias autoridade para reinar para sempre. Nesta visão profética, a frase claramente se
refere a Cristo.
Chegando ao Novo Testamento, "filho do homem" é usado quase
exclusivamente para falar sobre Jesus. O próprio Cristo utilizou esta expressão
(segundo os quatro relatos do evangelho) para se identificar inúmeras vezes
(Mateus 8:6; 9:20; etc.). Assim, ele enfatiza sua própria humanidade, o fato
que ele se fez carne e habitou entre homens (João 1:14). Mas esta descrição
jamais é usada para sugerir que Jesus era mero homem. Sem dúvida, o uso no Novo
Testamento elabora o tema introduzido em Daniel 7:13. O "Filho do
Homem" não é alguém que surge da terra (como a erva de Isaías 51:12). Ele
veio nas nuvens do céu (Daniel 7:13, compare Mateus 20:28; Lucas 19:10; João
3:13). Contra as doutrinas humanas que sugerem que Jesus era um homem
glorificado, a Bíblia ensina que ele é Deus que se humilhou. Em João 6:62 ele
diz: "Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde
primeiro estava?" Paulo confirma a mesma coisa em Filipenses 2:5-8.
Assim, o Filho do Homem mostrou sua autoridade na terra (Marcos
2:10,28). Depois de sua morte e ressurreição, ele afirmou que tinha recebido
toda autoridade (Mateus 20:28; veja Lucas 22:69). Como Daniel o viu descendo
nas nuvens, Jesus prometeu vir nas nuvens em julgamento (Marcos 13:26; 14:62;
etc.). Algum tempo depois da ascensão de Jesus, Estevão foi privilegiado em ver
"o Filho do Homem, em pé à destra de Deus" (Atos 7:56). Vamos
obedecer ao Filho do Homem, que tem toda autoridade.
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