Muitas
pessoas hoje, especialemente no movimento pentecostal e suas
ramificações, valorizam sinais acima de tudo. Interpretam acontecimentos
na vida como provas da aprovação divina de suas decisões. Recorrem para
visões e revelações para justificar suas práticas. Defendem suas
doutrinas, citando algum sinal especial como confirmação do Espírito
Santo.
Sinais sempre são confiáveis como prova da aprovação divina?
Em
geral, os sinais, prodígios e milagres na Bíblia serviam para confirmar
a palavra revelada por Deus aos profetas e apóstolos. No Velho
Testamento, Deus capacitou homens como Moisés, Elias e Eliseu a
realizarem milagres para confir-mar a sua mensagem. No Novo Testa-mento,
os apóstolos e vários outros recebiam os dons do Espírito Santo para
confirmar a palavra revelada (Marcos 16:20; Hebreus 2:4; 2 Coríntios
12:12).
Em outros
estudos, temos visto várias diferenças entre os verdadeiros sinais dos
tempos da Bíblia e os supostos dons milagrosos que tantas pessoas buscam
hoje. Neste artigo, consideremos outro aspecto da questão dos dons.
Mesmo se alguém acreditar ver um sinal milagroso hoje, ainda deve dar
mais importância às Escrituras.
Deus nunca colocou os sinais acima da palavra.
No Velho Testamento, o Senhor disse:
“Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um
sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio do que te houver
falado, e disser: Vamos após outros deuses...não ouvirás a palavra deste
profeta ou sonhador; porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para
saber se amais o Senhor, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a
vossa alma” (Deuteronômio 13:1-3). Neste caso, mesmo se o
sinal fosse verdadeiro, qualquer um que seguisse o profeta seria
condenado, pois a palavra dele contradizia a verdade já revelada.
No Novo Testamento, sinais milagrosos acompanharam os apóstolos do Senhor. Mas Paulo, um dos apóstolos, nos alerta: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gálatas 1:8). Se viesse direto do céu ou se mostrasse os sinais dos apóstolos, ainda seria necessário avaliar pela palavra.
Paulo avisou, também, de sinais e prodígios de mentira, empregados por Satanás (2 Tessalonicenses 2:9-10).
Não
importa quantos sinais alguém alega ter visto ou ter feito, a prova
final é a palavra já revelada. Nunca devemos colocar sinais acima da
palavra.
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