“Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores.” –Salmo 51:15
A intenção de Deus é que encontremos alegria em cumprir o propósito de nossa criação.
Assim como há uma satisfatória sensação de correto quando uma boa
ferramenta é utilizada pelo propósito certo, há uma verdadeira boa
sensação quando conseguimos progredir em direção a um objetivo. Quando
aquele objetivo é o motivo de nossa própria criação, sentimos algo que o
Criador fez com a intenção de ser profundamente gratificante. Boas
obras não são boas apenas porque são certas, mas porque contribuem ao
cumprimento do nosso propósito.
Mas
qual foi o propósito pelo qual fomos criados? Nossa resposta é que o
nosso “fim principal” é “glorificar a Deus e gozar dele para sempre”.
Mas por que Deus fez criaturas com tais possibilidades? Não foi para que
ele pudesse mostrar a sua bondade através de nós? Jesus ensinou “Assim
brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas
boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus
5:16). O propósito de nossa existência não é apenas tirarmos proveito
da glorificação de Deus, e sim para sermos meios pelos quais Deus possa
manifestar a sua majestade e bondade aos outros. Nossa oração mais
elevada é: “Pai, glorifica o teu nome” (João 12:28). Literalmente tudo sobre nós, até a nossa morte, deve ser medido por esse padrão (Filipenses 1:20-21).
Pedro escreveu, “Se
alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve,
faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus
glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o
domínio pelos séculos dos séculos. Amém” (1 Pedro 4:11). Quando vivemos dessa forma, a união de nosso propósito com nossos feitos produz a alegria.
Nesta
vida, nossa alegria não pode ser perfeita, certamente. Enquanto o
pecado fratura o nosso comprometimento aos propósitos de Deus, não
gozaremos da totalidade que vem apenas de um compromisso perfeito. Mas
se genuinamente buscarmos a Deus com confiança e obediência,
encontraremos uma alegria que, apesar de ser incompleta agora, é do
mesmo modo profunda e verdadeira.
Deus
não te colocou neste mundo porque ele precisou de ti, ele te fez pelo
propósito de trabalhar a sua bondade em ti. Ele te deu uma mente para
conhecê-lo, uma memória para lembrar de seus favores , uma vontade para
amá-lo, olhos para ver o que ele faz, e uma língua para cantar seus
louvores. Esta é a razão por estares aqui. (Francis de Sales)
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