quinta-feira, 5 de abril de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Abril/2018 - Capítulo 1 - No Mundo Tereis Aflições





Comentaristas: Leonardo Pereira e Sidney Muniz


Texto Bíblico Base Semanal: Gênesis 3.8-19

8. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10. E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12. Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13. E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
14. Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
15. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
17. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
18. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.
19. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.

Momento Interação

Pela graça do Senhor Jesus, chegamos ao início de mais um Comentário Bíblico Mensal, e desta feita, neste mês de Abril, estudaremos um tema bem desafiador para estes últimos dias: As aflições na vida do Cristão. Os estudos serão comentados pelos irmãos Sidney Muniz e Leonardo Pereira. Ministros do Evangelho, articulistas, escritores e apologistas cristãos. Que neste estudo maravilhoso, possamos rever valores, conceitos, e crescermos espiritualmente, no conhecimento e na graça que há somente no Senhor Jesus Cristo. Deus vos abençoe!

Introdução

Neste mês estudaremos à respeito das aflições na vida cristão. É muito importante e necessário entendermos antes de mais nada as origens das aflições humanas e o porque de sermos provados constantemente (2 Tm 2.15; Tg 1.3-5). Vivemos em mundo totalmente corrompido, aonde cada vez mais vemos notícias de guerras, fomes, desempregos, tribulações, moléstias e angústias na vida humana. No século passado, foi um período muito obscuro, com mais de 200 milhões de vidas ceifadas em decorrência da fé cristã, das lutas pelo poder, e pela corrupção humana. Neste presente século, mais guerras estão sendo travadas, mais lutas estão anunciadas aos 4 cantos da terra e mais crises tem sobrevindo a vida de muitas pessoas. Cristo anunciou que coisas assim iriam acontecer (Mt 24-25). Por isso, devemos nos preparar para a Sua vinda eminente e evangelizarmos (1 Ts 4; At 1.8), enquanto é tempo.

I. O Pecado no Jardim do Éden

Os conflitos e as aflições dos seres humanos já existem desde os primórdios dos tempos, Quando Adão e Eva pecaram (Gn 3), alí foi o início das Crises, das aflições e das angústias que tomaram e tomam até hoje, conta da humanidade. Crises, fomes, mortes, guerras, traições, doenças e moléstias são parte das consequências do pecado no Éden (Rm 5.15-18). Nenhum outro dia na História teve impacto negativo maior do que o dia registrado em Gênesis capítulo 3. A serpente tentou Eva, e ela e seu marido caíram no pecado, desobedecendo ao Criador. Desde aquele dia, muitas pessoas têm citado a história do pecado do primeiro casal como prova de alguma injustiça por parte de Deus. Acham injusto Deus criar o homem e permitir uma tentação, sabendo que as consequências seriam tão graves. Ironicamente, as mesmas pessoas que assim julgam Deus desejam exercer exatamente o mesmo privilégio que levou à queda no Éden: a capacidade de escolher e tomar suas próprias decisões.

II. As Consequências do Pecado

Não temos comoas consequências do pecados (altíssimo ainda é muito pequeno comparado ao afastamento entre Deus e os homens por consequência do pecado). Estar longe do Senhor e mortos em delitos e pecados é assustadoramente terrível de se pensar. Por ter dado ouvidos à serpente e não à Deus, o ser humano optou por se afastar do Senhor, indo por um caminho de queda, de ruína, e de mais e profundas densas escuras águas lamacentas do pecado. O pecado matou-nos por completo.
A serpente enganou a mulher, e ela comeu o fruto. Logo em seguida, ela ofereceu o mesmo para seu marido, e ele comeu. De repente, os dois perderam sua inocência e perceberam seu estado. Antes eram como crianças ingênuas andando nuas sem sentir vergonha, mas, depois de pecar, perceberam sua nudez e sentiram vergonha. Além de tentar cobrir a sua nudez, eles se esconderam quando Deus se aproximou (leia o registro bíblico em Gênesis 3.1-8). Quando Deus perguntou, o homem procurou jogar a culpa na mulher e até no próprio Senhor por ter criado sua companheira. Ela explicou que foi enganada pela serpente, e Deus nem perguntou para a serpente sobre seu papel nesta história. Mas nenhum dos três escapou do castigo divino.

A serpente foi rebaixada. De maior importância, o próprio Satanás esperaria sua derrota pela mão do descendente da mulher (Gn 3.15), uma profecia que olha para a vitória de Jesus quando venceu o pecado e a morte no seu sacrifício perfeito na cruz.

A mulher ainda teria um papel fundamental no plano de Deus, mas esse papel se tornou muito mais difícil. Especificamente, sofreria para ter filhos, sentindo dores de parto, e teria que superar grandes dificuldades para aceitar sua posição de submissão ao homem (Gn 3.16). Devemos observar que a submissão não foi consequência do pecado, e sim a dificuldade em aceitar esta posição. A submissão da mulher ao homem já foi determinada por Deus na criação do primeiro casal (1 Tm 2.11-13).

O trabalho do homem para se sustentar se tornou difícil. O trabalho não foi a maldição, pois Deus fez o homem para isso e já lhe deu trabalho (leia novamente Gênesis 2.15). Em consequência do pecado, o homem ficaria suado, fedido, dolorido e machucado no seu trabalho (Gn 3.17-19). Devido ao pecado cometido, o primeiro casal foi expulso do jardim, afastado de Deus e da árvore da vida. Adão e Eva tiveram sua escolha, e decidiram não amar. Devido a essa decisão errada, o mundo nunca mais foi o mesmo!

III. A Vontade Soberana de Deus

O Senhor Deus em Sua soberania e graça , fez o que nenhuma declaração de amor, por mais bonita que fosse, pudesse descrever o que ele faria. Ao cair o homem, no Éden, mediante à desobediência do casal, o Senhor alí fez uma afirmação da qual decorreria todo o contexto e conceito da humanidade: Que da semente da mulher viria um que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). Bendizemos ao Senhor por nos enviar o Seu filho Jesus Cristo (Mt 1; Is 53.1-12; Lc 24.44) para nos redimir da maldição do pecado e de uma vida já, plenamente na morte (Ef 2.1-10).

Deus poderia ter criado os homens como uma raça de robôs, mas não o fez. Ele nos criou à sua imagem e semelhança, como seres inteligentes e capazes de amar. Se tivesse feito pessoas incapazes de escolher, não teriam condições de amar. Mas uma vez que Deus deu aos seres humanos o direito de escolher, ele admitiu a possibilidade de decidirem não amar. Por isso, por querer criaturas que amariam a ele e uma a outra, Deus deixou que decidissem. Poderiam amar, fazendo a vontade dele, ou odiar, sendo rebeldes e desobedientes. Ele deixou muito mais para atrair o homem para o bem do que para o mal. Em um jardim cheio de árvores boas e permitidas, deixou apenas uma proibida. Deus avisou claramente do perigo daquela, desejando poupar o homem do sofrimento que ela traria: “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.15-17). Contrário a algumas crenças populares, este fruto proibido não foi o sexo, pois as relações sexuais de homem com sua esposa legítima sempre foram lícitas e boas (Hb 13.4; 1 Co 7.2-5). O relato também não diz que foi maçã. Foi o fruto da árvore de conhecimento do bem e do mal. Comendo o fruto, o homem deixaria sua inocência e pureza e se tornaria pecador diante de Deus.

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