Comentarista: Marcos Rogério
Texto Bíblico Base Semanal: João 6.29-40
29. Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
30. Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu?
31. Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
32. Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
33. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
35 E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
36. Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
37. Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
38. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
40. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Momento Interação
Prezados irmãos e estudantes da Palavra do Senhor, estamos iniciando mais um Comentário Bíblico Mensal do mês de Maio do qual estaremos estudando sobre o verdadeiro evangelho de Cristo. O apóstolo Paulo falou à respeito de um "outro evangelho" que não é o Evangelho do nosso Senhor (Gl 1.6). Devemos tomar muito cuidado com o que tem se falado à respeito do que se dizem ser o evangelho. Por isso, neste mês estamos estudando o tema: A Importância da Defesa do Evangelho de Cristo. O comentarista deste mês é o irmão Marcos Rogério. Ele é Ministro do Evangelho, editor, articulista, escritor, professor de estudos bíblicos, e Editor-Educacional do Ministério Evangelho Avivado. Que neste mês possamos compreender a profundidade e a preciosidade do Santo Evangelho de Jesus Cristo.
Introdução
Qual a relevância do Evangelho num mundo com milhares de religiões? Porque conhecer o verdadeiro Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é importante? Onde podemos encontrar tal Evangelho? Corremos o risco de crer em um falso Evangelho acreditando ser ele o verdadeiro Evangelho?
A Bíblia como Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo (2 Tm 3.16; 2 Pd 1.20-21) é a portadora desse Evangelho autêntico, aliás é esse próprio Evangelho. Nesse livro você conhece o verdadeiro Evangelho (Jo 17.17) e é liberto do erro (Jo 8.32). Conheçamos agora um pouco mais desse maravilhoso Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
I. Jesus Inicia a Pregação do Evangelho
Logo após o início de seu ministério público e voltando para Galiléia, uma região ao norte de Israel, nome que significa província, distrito, Jesus passou a pregar e dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus (Mt 4.17). A Galiléia era a parte mais fértil dessa região. Os galileus estavam sempre dispostos a acolher novos mestres e a aceitar novas ideias. Gostavam de promover revoluções e se interessavam por inovações. Jesus Cristo, tendo escolhido seus discípulos, também conhecidos como apóstolos, termo que significa enviado, embaixador ou mensageiro passou a pregar o Evangelho do reino e curando toda sorte de moléstias, doenças e enfermidades entre o povo (Mt 4.23). Os Evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) nos fornecem dados históricos sobre Jesus e o início da pregação do Evangelho. Essas são as fontes históricas mais confiáveis e que mais detalhes dão sobre a vida e obra do Messias e suas pregações.
A mente aberta dos galileus permitia a aceitação da aparente nova doutrina ensinada por Jesus. Na verdade, o Evangelho ensinado por Jesus não era uma nova e estranha doutrina, mas uma verdadeira interpretação da Torá, as Escrituras de sua época.
Mateus, conforme sua característica distinta ao escrever seu Evangelho procura explicar os acontecimentos relacionados à vida de Jesus, baseado nas profecias messiânicas do Antigo Testamento procura provar aos seus compatriotas que Jesus era o Messias profetizado. Por isso, Mateus aplicou a Jesus dezenas de profecias do Antigo Testamento. O Evangelho de Jesus consistia em chamar o povo ao arrependimento porque o reino dos céus estava ao alcance de todos. O povo era instado a despertar da sua letargia espiritual e condição pecaminosa abandonando o pecado e tomando posse do reino de Deus pela fé.
II. Jesus Pregou sobre o Reino de Deus
A mensagem central de Jesus era o reino de Deus. Através de histórias, de parábolas e outros meios, Jesus contrastava a eternidade e superioridade do reino de Deus com a brevidade dessa vida e sua falta de sentido. Uma vida sem Deus não tem sentido.
A frase "reino dos céus" ou "reino de Deus" é uma das que mais brotam dos lábios do Salvador conforme relatam os quatro Evangelhos. Um paliativo para o homem cansado das agruras desse mundo tenebroso, cheio de frustração e sofrimento. É através do arrependimento e fé no Salvador e a aceitação de Seus sacrifício viário que temos acesso ao reino de Deus. Podemos vislumbrar esse reino pela fé quando nossa natureza e transformada e passamos a ser cidadãos desse reino celestial aqui, ainda nessa Terra. O cerne da mensagem de Jesus onde o homem adquiri a promessa da vida eterna é o arrependimento.
O governo teocrático de Israel havia passado e agora Roma governava Israel. Cristo, nesse contexto, falava de um novo reino, um novo governo teocrático, uma nova esperança, mas uma esperança eterna onde o reino inaugurado jamais seria substituído por outro reino. A mente dos homens era encaminhada para um reino superior onde habitaria a justiça (2 Pd 3.13).
No decorrer de todo o Seu ministério, Jesus explicou o que se requeria do homem. Uma parte central da mensagem do Mestre era a mensagem sobre o reino de Deus. A nação judaica sabia do intento de Deus em reinar sobre Seu povo, mas imaginavam que Deus restabeleceria novamente uma teocracia sobre a nação em termos também de uma soberania política. Eles não entendiam a natureza espiritual do reino de Deus. Nas parábolas e outros métodos pedagógicos de Cristo, o reino de Deus era descrito como aquilo que é mais importante para o homem.
O reino de Deus é comparado ao grão da mostarda (Mt 13.31-32; Mc 4.30-32) e como o fermento (Mt 13.33; Lc 13.20-21) e também como o tesouro escondido no campo (Mt 13.44) e uma pérola excelente, uma pérola de grande valor (Mt 13.45), que vale todo sacrifício e renúncia para obtê-la. O reino de Deus vale todo sacrifício e renúncia dos objetivos egoístas humanos para obtê-lo.
As páginas das Escrituras sagradas dirigem a mente do cristão não para este mundo, pois se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a essa vida somos os mais infelizes de todos os homens (1 Co 15.19) por isso, nós, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça (2 Pe 3.13).
III. Jesus fez a Vontade do Pai
A vida de Jesus foi de obediência, razão pela qual Ele se tornou nosso exemplo (1 Jo 2.6). Jesus, como o Filho de Deus tinha uma responsabilidade muito grande. Cabia-lhe ser nosso exemplo em todas as coisas e para tal Jesus precisava ser perfeito, separado dos pecadores (Hb 9.26). A vida de Jesus foi atribulada e Ele era ferozmente perseguido por Satanás que queria destruí-lo tentando impedir o plano salvífico e logo quando nasceu Satanás usou Herodes para tentar matá-lo (Mt 1.16-18). Posteriormente, Satanás queria que Jesus pecasse para que não fosse nosso Salvador e logo no início de Seu ministério terrestre Satanás tentou levar Jesus à queda tentando-o no deserto.
Jesus passou quarenta dias e quarenta noites sem comer e assim como Satanás derrubou Adão pela alimentação, tentou derrubar o Senhor Jesus Cristo. A grande diferença é que Adão era perfeito no Éden e sem a mortalidade, já Jesus veio na natureza física mortal e Adão podia comer de todas as árvores do jardim (Gn 2.16) menos da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17) e Jesus estava quarenta dias e quarenta noites sem comer e teve fome (Mt 4.2; Lc 4.2). Esse foi o contraste entre o primeiro e o segundo Adão, o Adão pelo qual veio o pecado e a salvação e o Adão pelo qual pelo qual veio a obediência perfeita e a salvação (Rm 5.12-21). Pela obediência de Jesus em Sua vida perfeita fomos libertos do aspecto condenatório da lei e nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1).
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