sábado, 29 de setembro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Setembro/2018 - Capítulo 5 - Deus é Amor




Comentarista: Maxwell Barbosa



Texto Bíblico Base Semanal: 1 João 5.1-11

1. Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
2. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
3. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
4. Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.
5. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?
6. Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.
7. Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.
8. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.
9. Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou.
10. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.
11. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.

Momento Interação

Prezados estudantes da Palavra do Senhor, chegamos ao final de mais um Comentário Bíblico Mensal.Como já estamos vendo e estudando  até agora, estamos no último capítulo da primeira epístola de João. O apóstolo amado, escreveu sua primeira epístola para alertar sobre os falsos mestres que ensinavam que Cristo não tinha verdadeiramente vindo em carne e incentivar um estilo de vida apropriado para os seguidores do Cristo encarnado. 

Quem lê e estuda João, o discípulo amado, o discípulo do amor, fatalmente vai se deparar com uma pessoa cheia do Espírito Santo cujo discurso, resumidamente, é Jesus é Deus, veio em carne, nasceu de uma virgem, cresceu, morreu e ao terceiro dia ressuscitou. Deus é amor,  e sendo  amor, devemos amar a nossos irmãos e os seus mandamentos são para serem vividos. Bons Estudos!

Introdução

Em 1 João 5, o apóstolo João começa tratando, mais uma vez sobre a relação entre o amor a Deus e a obediência. Existe uma batalha espiritual sendo travada, seu quisermos vencer precisamos crer. A única arma capaz de vencer o mundo é a nossa fé.

O testemunho de que essa fé é eficaz é dado pelo Espírito Santo através das Escrituras e da ressurreição de Jesus Cristo. Em comunhão sincera com Deus podemos orar a ele sobre qualquer necessidade real que tivermos e com certeza ele nos ouvirá. João encerra dando um ensinamento sobre a questão do pecado. De fato, há pecados mais graves que outros e ele dá uma orientação sobre como agir em cada caso.

I. O Amor à Deus

Os cristãos expressam o amor por Deus e pelos seus filhos ao obedecerem aos seus mandamentos. O amor pelo povo de Deus deve ser claramente definido. João fez isso em termos da obediência aos mandamentos de Deus. Todos os mandamentos de Deus foram designados para dar a honra que é devida a Deus e ao seu povo. Portanto, não foi deixado aos cristãos especular sobre o que significa amar os outros. Seguir os mandamentos de Deus (isto é, guardar o sábado, não roubar, e assim por diante) é a maneira correta de demonstrar amor pelos outros.

A prova de que amamos os filhos de Deus é o fato de que amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Esse amor de Deus deve ser expresso em que guardemos os seus mandamentos, os quais não são penosos. João esclarece que todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Ele explica então que aquele que vence o mundo é justamente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus (1 Jo 5.2-5). Quem duvida disso, aposta que Deus é mentiroso e isso o afasta de Jesus e o aproxima do diabo.

É natural amarmos a Cristo. Na realidade, amamos a Deus porque ele nos ama. A Bíblia expressa isso da seguinte maneira: "Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro" (1 Jo 4.19). Foi Jesus quem nos amou primeiro. Ele nos deu um lindo lar terrestre. Cuida de nossas necessidades físicas e materiais (Mt 5.43-48). Mais importante ainda, supre nossas necessidades espirituais. Ele nos deu a sua Palavra, a Bíblia. Além disso, Jeová nos convida a orar a ele com a garantia de que seremos ouvidos e de que receberemos a ajuda do seu espírito santo (Sl 65.2; Lc 11.13). Acima de tudo, ele enviou seu Filho mais querido como Resgatador para nos livrar do pecado e da morte. Que grande amor Jeová tem por nós!

Jesus quer que nos beneficiemos de seu amor para  sempre. Mas se seremos beneficiados ou não dependerá exclusivamente de nós. A Palavra de Deus nos aconselha a nos ‘mantermos no amor de Deus, . . . visando a vida eterna’ (Jd 21). A expressão “nos mantermos” indica que para permanecer no amor de Deus é necessário ação da nossa parte. Precisamos corresponder ao Seu amor de maneiras práticas. Assim, é importante nos perguntar: ‘Como posso demonstrar que amo a Deus?’ A resposta encontra-se nas palavras inspiradas do apóstolo João: “O amor de Deus significa o seguinte: que obedeçamos aos seus mandamentos; contudo, os seus mandamentos não são pesados” (1 Jo 5.3) Devemos analisar  com atenção o sentido dessas palavras, pois queremos mostrar ao nosso Deus quanto o amamos.

II. A Fé em Jesus

Experimentar o renascimento em Deus conduz à fé em Jesus como o Cristo. Se nascemos de Deus, amaremos outros aos quais ele ama. Vemos que "Jesus é o Cristo" e suas implicações morais. João retornou para as afirmações doutrinárias de que Jesus é o Cristo e Filho de Deus para enfatizar os resultados dessas crenças na vida dos cristãos. 

Crer que Jesus é o Cristo leva ao renascimento que leva os cristãos invariavelmente a amar os outros filhos de Deus. Todos os que confessam que Jesus é o Cristo (1 Jo 2.22) é nascido de Deus. Aqui João se referiu ao ensino de Jesus sobre o renascimento de cima, do mesmo modo que ele havia relatado isso anteriormente no seu Evangelho (Jo 3.1-18,31). Assim, todo aquele que ama ao que gerou também ama ao que dele é nascido. Seguindo a analogia do nascimento e ascendência, João observou que aqueles nascidos de Deus o amam como seu pai. Além disso, se os cristãos amam a Deus como seu pai, então eles amarão os outros filhos de Deus, os quais ele ama.

O apóstolo João está afirmando que a nossa fé é a vitória e ela vence o mundo (o sistema de satanás). Durante anos eu vivi correndo atrás da vitória até que um dia esse texto caiu no meu coração como revelação. De fato, quando um cristão aprende a viver segundo a medida da fé que ele recebeu do Senhor, esse cristão aprendeu a viver em vitória. E é exatamente nesse ponto, que tenho visto muitos cristãos falharem.

Muitos querem a vitória sem exercer a sua fé! Poderíamos ler esse texto, de 1 João 5.4, de outra forma sem alterar a verdade: “a minha fé é a minha vitória que vence o mundo!”. Na verdade, a vitória de Cristo na cruz do calvário também é a minha vitória, é a nossa vitória! Na obra de Cristo Jesus deposito a minha fé e, por isso, posso vencer o sistema maligno de satanás todo o tempo! O “mundo”, nesse texto, se refere ao sistema podre do diabo que todos os dias tenta nos tirar do caminho da verdade, através dos pensamentos errados e vários tipos de influência.

III. A Eficácia da Oração

para a nossa oração ser ouvida é necessário que oremos para estarmos em alinhamento com a vontade de Deus, que é como Romanos 12.2 nos diz: “boa, agradável, e perfeita”. Assim, é necessário conhecer a vontade de Deus para que possamos saber o que devemos esperar dele. Agora, para conhecer a vontade de alguém ele tem primeiro fazer essa vontade conhecida a nós de alguma forma. Da mesma forma, para conhecer a vontade de Deus, Deus tem que revelar para nós, seja através da Bíblia, Sua palavra escrita, ou através do Espírito Santo que Ele nos deu quando nascemos de novo. Sobre o assunto anterior, quando, por exemplo, diz que não devemos nos preocupar com o que vamos comer ou o que beberemos, ou que vestiremos, mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas nos serão acrescentadas (Mt 6.25-34), isto nos dá a vontade de Deus sobre preocupações e prioridades: colocar Deus e seu Reino em primeiro lugar, nos diz, não ficar inquieto por coisa alguma; ao em vez de lançar todas as suas preocupações sobre Ele, e “todas estas as coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). O mesmo também acontece com muitas outras coisas que têm aplicação geral para todos, como a salvação, cura, etc. Por estas e por qualquer outra coisa que a Palavra de Deus define como a vontade de Deus, não é necessário esperar para que Deus venha e anuncie a nós em particular que eles estão disponíveis. 

João está se dirigindo à comunidade cristã. Ele está falando sobre a importância dos cristãos orarem uns pelos outros, especialmente quando um deles cai em pecado. Depois de dar a certeza de que os Cristãos podem orar que são atendidos, João passa a dar um exemplo específico de oração. A oração de um irmão em favor de outro. Ele explica em que circunstâncias ela pode ser eficaz. “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniquidade é pecado, e há pecado que não é para morte” (1 Jo 5.16,17). Muito melhor do que os membros da igreja ficarem comentando sobre os pecados de um determinado irmão, João está sugerindo que o melhor seria orar por e com o irmão. Esta atividade de oração intercessora encaixa-se muito bem na responsabilidade que têm os membros do corpo de Cristo de cuidarem uns dos outros em amor (Mt 18.15-18). Procurar o pecador, adverti-lo do seu erro, e principalmente apontar-lhe um Salvador, é uma tarefa delicada. Entretanto este tipo de diálogo serve para construir a igreja. Totalmente diferente de fofocas, cujo resultado é o esfacelar da igreja. Aí vem a pergunta: “O que é um pecado para a morte?” Os estudiosos bíblicos sustentam que o pecado para a morte é o pecado imperdoável do qual Jesus falou em Mateus 12.31,32.

João discute dois tipos de pecado. Aqueles em que há esperança para o pecador, e aqueles em que não há esperança. Nos casos de pecados para os quais há esperança, a oração pode ser muito eficaz na recuperação. Já, sem a esperança, caso dos “pecados para a morte”, não há garantia de que a oração venha a se tornar eficaz. João não está aqui definindo um ato de pecado em particular que leva inevitavelmente à morte. Ele se refere a um tipo de pecado. Se ele tivesse em mente um pecado específico capaz de levar alguém à perda da salvação, certamente ele o teria identificado, para que todos nós pudéssemos nos desviar deste e assim ficarmos longe da consequência tão terrível. Mas João não indicou um pecado específico como sendo “o pecado para a morte”. Isso nos leva a concluir que João está falando não de um ato específico de pecado, mas sim de um “tipo” de pecado, uma atitude. A Bíblia considera com muita seriedade o pecado.

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