quarta-feira, 19 de setembro de 2018

"O aqui e o Agora"! Perigos reais de um Pragmatismo Moral e Social




Por Leonardo Pereira



O pragmatismo ¹ em sua essência original, atingiu grande das comunidades evangélicas brasileiras, com uma poderosa onda de idéias, relacionamentos, atitudes, pensamentos e reflexões sobre o ter e também sobre o ser, e é aqui aonde muitos problemas surgem para pessoas que buscam respostas e confortos em sua vida aqui na terra. Entre as ondas de rádios, de aparelhos de televisores e smartphones neste tempo tão diversificado, a humanidade demonstra grandes sinais de mudanças éticas, morais e sociais, tanto para o bem, quanto para o mal. Um olhar mais criterioso nos aponta pelo menos três razões básicas para que essas mudanças ocorram com grande intensidade nesse tempo tão rápido e urgente aonde o importante é ter agilidade e conhecimento.

A primeira razão pode ser apontada como os propósitos na vida das pessoas nos dias de hoje. Até a década de 80, o objetivo em si era trazido como crescimento do núcleo familiar para o bem maior da nação. Atualmente, os objetivos são múltiplos e muitos deles, não há qualquer sentimento para com os planos de Deus envolvidos em sua vida, muito menos, os objetivos dentro do seio familiar. Aonde o pragmatismo entrou, matou grandes relacionamentos familiares, conjugais, e principalmente, relacionamentos eclesiásticos.

A segunda razão que pode ser apontada  é a cultura do humanismo em nosso tempo. O que é o humanismo? É a ideia de que você tem o controle total em sua vida, e que a sua vida só vale a pena se for investida em sí mesmo e em mais ninguém. Não há espaço algum para uma frutífera relação entre Deus, Igreja, família e amigos. Este é um forte reflexo de como são os tempos trabalhosos (2 Tm 3.1-5).

A terceira e última razão que podemos apontar é a multiplicação da iniquidade ao redor de todo o planeta terra. As fiéis e verdadeiras palavras de Jesus Cristo deixam mais do que claro o que aconteceria nos últimos tempos: "Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará" (Mt 24.10-12). Hoje mais do que nunca sentimos os intensos efeitos da falta de amor com a decorrência da grande multiplicação do pecado em nosso meio. ²

Muitos infelizmente estão entrando por um caminho relativista e sincretista deixando de lado a certeza daquele que morreu e ressuscitou: Jesus Cristo! E não são poucos os irmãos de nossa nação que já foram cooptados pelas ideias de um viver relativista, especialmente no que se refere à Cristo e em sua Palavra (Jo 17.17). ³

Certamente, todos nós teremos algum dia, dúvidas que nos colocaram em uma bifurcação da vida. Mas quando este momento chegar, devemos agir de acordo com as palavras do Senhor Jesus: Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens" (Mt 24.45-47). 

Irmãos, oremos pela nossa nação!


Notas:

1. O relativismo é ponto de vista epistemológico (adotado pela sofística, pelo ceticismo, pragmatismo etc.) que afirma a relatividade do conhecimento humano e a incognoscibilidade do absoluto e da verdade, em razão de fatores aleatórios e/ou subjetivos (tais como interesses, contextos históricos etc.) inerentes ao processo cognitivo.

2. ATAÍDE, Romulo. O Cristão e a Pós-Modernidade. São Paulo: Evangelho Avivado, 2018.

3. CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em nome de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

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