sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Comentário Bíblico Mensal: Outubro/2018 - Capítulo 2 - O Nascimento de Moisés




Comentarista: Walter Menezes



Texto Bíblico Base Semanal: Êxodo 2.1-10

1. E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi.
2. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.
3. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio.
4. E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer.
5. E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou.
6. E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este.
7. Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti?
8. E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
9. Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.
10. E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.

Momento Interação

Em nossas vidas há momentos de alegria, há momentos de tristeza, momentos de sorrirmos e momentos de chorarmos. O nascimento de Moisés foi um momento muito conturbado devido a maldade egípcia desde o rei até os soldados com o objetivo de matarem as crianças, no caso da época, meninos de dois anos para baixo. A maldade humana está presente ainda hoje, com aprovação de leis e atitudes de grandes líderes mundiais e nacionais, que visam acabar com as famílias e com as crianças. Que o estudo desta semana acerca do nascimento de Moisés, possa nos trazer valores para defender as nossas famílias e as nossas crianças das mãos do império de Satanás. Bons Estudos! 

Introdução

Pressionados pela possibilidade de perder um filho querido! Ameaça para as suas vidas! A injustiça e a discriminação! A pobreza extrema e o trabalho duro! Estes eram os grandes desafios que a família de Moisés estava enfrentando. Eles encontraram a resposta através do cesto. O cesto guiado pela mão de Deus, o cesto da intervenção divina.

I. O Perigo no Egito

O novo governante subiu ao poder e este via Israel com suspeita e temor. Toda memória e apreciação que havia por José já se havia perdido. O imenso número de israelitas que permaneciam segregados do resto dos Egípcios eram vistos como possibilidades a serem temidas. Isto culminou em três tentativas de destruição de Israel como um povo. Nisto nós vemos uma antiga inimizade, citada em Gênesis 3.15, tomando maiores proporções enquanto as nações se confrontam. Satanás tem sempre tentado a destruir o povo de Deus e o Filho de Deus. A primeira tentativa de destruir Israel é mencionada no versículo 11. O rei tentou arruiná-los através do trabalho duro e árduo. O povo que havia sido convidado a entrar no Egito como hóspede de honra, agora era tratado como escravo.
Na segunda tentativa de destruir Israel, Faraó pediu as parteiras para que matassem os recém-nascidos. Nós não acreditaríamos nisso se não pudéssemos ver em nossos dias a indústria do aborto. Satanás é um assassino e deleita-se em destruir a vida humana (Jo 8.44). Como já foi anteriormente mencionado, ele está pessoalmente interessado em destruir a linhagem de Cristo (Gn 3.15). Pense como Herodes matou os meninos em Belém enquanto tentava destruir a Cristo. Tanto nesta ocasião, quanto em Êxodo, era satanás quem conduzia estes governantes a agirem desta maneira.

Ninguém pode impedir os planos de Deus (Sl 33.10-11, Êx 9.16, Dn 4.35). Os homens maus se tornam instrumentos em Seus planos. Deus fez com que o nascimento das crianças se tornasse mais fácil para as mulheres judias e assim venceu a ira de satanás. O Senhor nos protege hoje, e vigiará por Seu povo em todas as épocas (Ap 12.1-17).

II. A Fé de Joquebede

Ao lermos esta passagem de Êxodo 2.1-10, vemos que as circunstancias não eram de todo favoráveis a Joquebede e o seu marido Anrão pouco ou nada podia fazer para ajudar, ela não desanimou. Era uma mulher temente a Deus, sabemos que os sacerdotes eram eleitos da tribo à qual ela pertencia. Mas sobretudo ela olhou o seu filho e a Bíblia diz que ela o “achou formoso”. Que mãe não acha o seu filho formoso? No entanto, há que reconhecer que esta palavra revela que era uma criança bela, forte e prendeu o coração da mãe.

A mãe de Moisés o escondeu até os três meses de idade porque não quis que ele fosse morto pelos egípcios. Mas, visto que Moisés podia ser achado, ela fez o seguinte para salvá-lo. Pegou um cesto e o preparou para entrar na água. A irmã de Moisés, Miriã, ficou vigiando por perto. Fazendo isso, ela cumpria à risca a ordem do Faraó, pois estava de fato jogando o menino no Nilo, mas por outro lado dava uma chance de sobrevivência ao filho, chance que não teria se fosse encontrado pelos soldados.

Ninguém tem dúvidas que Joquebede teria protegido o seu filho de qualquer maneira. Sabe-se que as mães dedicam mais carinho a filhos débeis e doentes. No entanto estes esforços para proteger a vida de Moisés são elogiados em Hebreus 11.28 como sendo um acto de fé. Isto compreende que Deus o tinha destinado para um papel importante e que, por isso, interviria para preservar-lhe a vida.

III. A Filha de Faraó cuida de Moisés

Numa atitude desesperada, Faraó manda que os Israelitas destruam seus próprios filhos ao nascerem. Novamente nós vemos a tolice de tentar lutar contra Deus. Como o próximo capítulo revela, Faraó só obtém sucesso em criar o libertador de Israel em sua própria casa. Deus faz com que a ira do homem se torne um meio de exaltar a Sua própria glória (Sl 76.10). A filha de Faraó desceu ao rio Nilo para tomar banho. De repente, viu o cesto. Chamou uma das suas servas: ‘Vai buscar aquele cesto.’ Quando a princesa abriu o cesto, viu um belo menino. O pequeno Moisés estava chorando, e a princesa teve pena dele. Não quis que ele fosse morto. 

As princesas egípcias, segundo entendem os estudiosos, não teriam por hábito descer ao rio Nilo para se banhar, pois tinham seus próprios banheiros privativos. Esta deve ter sido uma ocasião excepcional, totalmente imprevista por Joquebede. Mas atrás de tudo isto vemos a mão de Deus, que usou o ato de fé desta mãe hebreia para colocar o seu filho no palácio do faraó. A irmã de Moisés, Miriã, estava à margem do rio observando tudo e ofereceu à filha do Faraó uma mulher Hebreia para amamentar a criança. Depois de Miriam ter sido fiel à sua tarefa, chegaram aos ouvidos da mãe cujo coração devia estar a pulsar acelerado num misto de esperança e temor, as boas-novas: “Leva este menino, e cria-mo, eu te darei o teu salário (Êx 2.9). A filha do Faraó o adotou e levou para a Corte, educando-o como o Príncipe do Egito. Ao abrir o cesto e ver a criança chorando, seu coração moveu-se de profunda compaixão, e embora não tivesse filhos, logo pensou na angústia da mãe hebréia que para salvar seu filho do decreto do Faraó o lançou ao rio.O menino foi adotado pela princesa que sem saber contratou Joquebede, a mãe verdadeira de do bebê para amamentá-lo e educá-lo. De acordo com historiadores, com a idade de 12 anos o menino foi levado ao palácio e passou a ser reconhecido oficialmente como filho da filha de Faraó, então recebeu o nome de Moisés.

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