sexta-feira, 28 de junho de 2019

Comentário Bíblico Mensal: Junho/2019 - Capítulo 5 - Preparados para toda a Boa Obra




Comentarista: Mickael Ferreira



Texto Bíblico Base Semanal: Tito 3.1-8

1. Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra;
2. Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens.
3. Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
4. Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
5. Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
6. Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador;
7. Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.
8. Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.

Momento Interação

O apóstolo Paulo nos lembra de nossa conduta passada. “Éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros” (Tt 3.3). A bondade e o amor de Deus foi manifestado quando salvou os homens pecadores como Paulo e aqueles com os quais Tito trabalhava. Contudo, esta divina misericórdia tem conseqüências. Deus não salvou os homens para que eles continuassem na sua conduta pecaminosa. Tito é mandado lembrar seus irmãos de que o comporta-mento deles como cristãos precisa ser muito diferente do passado (Tt 3.1-2). Observe que a conduta ordenada nestes versículos é diretamente oposta à que é descrita no versículo 3. Ao invés de odiar aos outros ou agir com maldade, os cristãos têm que ser pacíficos e gentis com as pessoas, evitando falar mal delas. Uma das acusações feitas contra os cristãos nas perseguições romanas do segundo e terceiro séculos era que eles eram desleais ao governo. Esta acusação era feita porque os cristãos não queriam adorar o imperador. Contudo, os cristãos estariam entre os melhores cidadãos em qualquer país, porque se submetiam voluntariamente ao governo, por causa de Cristo (Tt 3.1; cf. Rm 13.1-7). Paulo no capítulo que é a base do último capítulo do nosso estudo deste mês, ensina-nos que os membros da Igreja do Senhor Jesus Cristo devem ser bons cidadãos e fiéis seguidores de Jesus Cristo. Por meio do batismo, podemos receber a vida eterna pela graça do Senhor.

Introdução

Em Tito 3, Paulo adverte Tito sobre o comportamento dos cristãos na sociedade de uma maneira geral. Assim como em Tito 2 devia ensiná-los sobre como proceder no trabalho, nos relacionamentos e que deviam fugir dos pecados da língua.

Estes cristãos deviam ser influenciados pelo Espírito Santo, isto porque já haviam sido lavados pelo poderoso sangue de Jesus. Mais uma vez Tito é advertido a defender a fé evangélica, no entanto deve evitar discussões e debates improdutivos. Mais uma vez Paulo destaca o bom relacionamento. Tito devia advertir continuamente aos cristãos de Creta, que não deviam ser desordeiros, mas bondosos. Além disso, eles deviam fugir dos pecados da língua. Calúnia, difamação e mentira não deviam fazer parte de suas conversas. Paulo explica que isso era comum antes, quando éramos amantes do pecado. Agora em Cristo tudo isso ficou para trás (Tt 3.1–6).

I. Preparados para toda a Boa Obra

O apóstolo Paulo nos lembra de nossa conduta passada. “Éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros” (Tt 3.3). A bondade e o amor de Deus foi manifestado quando salvou os homens pecadores como Paulo e aqueles com os quais Tito trabalhava. Contudo, esta divina misericórdia tem conseqüências. Deus não salvou os homens para que eles continuassem na sua conduta pecaminosa. Tito é mandado lembrar seus irmãos de que o comporta-mento deles como cristãos precisa ser muito diferente do passado (Tt 3.1,2). Observe que a conduta ordenada nestes versículos é diretamente oposta à que é descrita no versículo 3. Ao invés de odiar aos outros ou agir com maldade, os cristãos têm que ser pacíficos e gentis com as pessoas, evitando falar mal delas. Uma das acusações feitas contra os cristãos nas perseguições romanas do segundo e terceiro séculos era que eles eram desleais ao governo. Esta acusação era feita porque os cristãos não queriam adorar o imperador. Contudo, os cristãos estariam entre os melhores cidadãos em qualquer país, porque se submetiam voluntariamente ao governo, por causa de Cristo (Tt 3.1; veja também Romanos 13.1-7). Ainda que Paulo ressalte a necessidade dos cristãos estarem prontos para fazerem boas obras (veja 1.16; 2.7,14; 3.1,8,14), ele não quer que ninguém pense que sua salvação resultou de suas obras de justiça (Tt 3.5). Somos justificados pela graça através da lavagem espiritual cumprida no batismo (Tt 3.5; 1 Pe 3.21; Ef 1.7; At 22.16; Ap 1.5; Rm 6.3,4). Não merecemos a herança que nos é dada, a vida eterna (Tt 3.7).

II. A Benignidade do Senhor Deus

No entanto, como nos capítulos anteriores, Paulo se volta para a principal fonte de motivação para refrearmos nossa língua: o amor e a gratidão sinceros pela vida eterna que temos recebido de Cristo por permanecermos nEle (vs. 4-7). No final de sua carta a Tito, o apóstolo Paulo relembra-o de que deve reafirmar as verdades fundamentais do Evangelho. Deus em Cristo manifestou o Seu amor em graça e misericórdia na salvação daqueles que pela fé Nele creem como Senhor e Salvador (Ef 2.8– 10). Na salvação o que conta é o que Deus fez em Cristo por nós e em nós e não o que poderíamos fazer para alcançá-la ou merecê-la. Ela não é conquista, é presente divino. João 3. 16; Romanos 5. 8. Pecadores nada podem oferecer a Deus senão os seus pecados para serem perdoados. Uma vez salvo pelos méritos do Senhor Jesus, o salvo manifesta o caráter de Cristo pela prática das boas obras que Deus antecipadamente preparou para que fossem executadas para Sua honra e glória, nossa edificação e alegria, estendida aos beneficiados (Lc 15.10; 18.13; Ef 2.10). Desse modo, ficaremos longe de controvérsias e obedeceremos as leis governamentais. Como herdeiros da promessa da vida eterna, nossa vida deve ser preenchida com boas obras que são o resultado natural de uma vida em Cristo (v. 8). Viva hoje corajosamente por Ele. Resplandeça a sua luz diante dos homens para que venham a conhecer e glorificar a fonte dessa luz maravilhosa – o Pai celeste. 

III. O Perigo de entrar em Assuntos Vãos

Paulo deve ter ouvido falar a respeito de alguns dos desafios que Tito estava enfrentando em seu ministério na ilha de Creta. Assim, como nos dois primeiros capítulos, Paulo novamente incentiva cada crente a viver uma vida de entrega aos princípios do Céu. Esse estilo de vida exige submissão às leis e governantes da terra e inclui manter uma rédea curta sobre a língua (Tt 3.2), o instrumento mais frequentemente utilizado para gerar discórdia e conflito (Tg 3.5,6). Paulo também aconselha Tito a silenciar disputas sem sentido sobre questões teológicas inúteis e menores. Elas costumam criar mais calor do que luz (v. 9)! Na verdade, Paulo ainda incentiva Tito, assim como cada um de nós, a manter distância de pessoas problemáticas que parecem viver para criar controvérsias e divisões. Tito devia empenhar-se o ensino e defendê-lo a todo custo. No entanto, discussões tolas, intermináveis e que não edificam devem ser evitadas. Tito não devia se desgastar com isso. Paulo o adverte de que sempre haverá pessoas procurando dividir a igreja. Ele por sua vez, deveria confrontar essas pessoas por algumas vezes, após isso o desgaste é desnecessário.

IV. Recomendações Finais

Paulo diz a Tito que está prestes a enviar alguns irmãos. Isso nos mostra que a obra de Deus não é feita por uma pessoa. Juntos somos sempre mais fortes. Paulo encerra falando contra a improdutividade. O Senhor Jesus Cristo quer que todos nós sejamos produtivos, do contrário seremos lançados fora (Jo 15.6). Por fim, a graça a todos os que amam a fé. Se você ama a fé em Jesus, a graça de Deus permanece sobe a sua vida.

Conclusão

O apóstolo Paulo encerra sua breve e rica carta ao jovem discípulo-pastor orientando-o nos procedimentos ministeriais adequados na liderança das igrejas na ilha de Creta. Reforça alguns conselhos e alerta Tito a fazer uso inteligente do tempo e das palavras tanto na proclamação da sã doutrina como na disciplina cristã a ser adotada com os insubmissos e divisionistas que insistiam em ser ouvidos na igreja. Os fiéis que se ocupam na prática das boas obras oferecem as respostas mais eficazes àqueles que pela negligência tumultuam o ambiente de paz a existir na igreja de Cristo. Os irmãos que estavam com Paulo enviaram por essa carta as saudações cristãs aos irmãos em  Creta desejando-lhes graça e paz. A graça de Deus está presente, opera e se manifesta na vida de quem O ama. Graça e Paz. Amém. 

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