Comentarista: Maxwell Barbosa
Texto Bíblico Base Semanal: 1 Reis 16.29-34
29. E Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo oitavo de Asa, rei de Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel, em Samaria, vinte e dois anos.
30. E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele.
31. E sucedeu que (como se fora pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate) ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou.
32. E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.
33. Também Acabe fez um ídolo; de modo que Acabe fez muito mais para irritar ao Senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele.
34. Em seus dias Hiel, o betelita, edificou a Jericó; em Abirão, seu primogênito, a fundou, e em Segube, seu filho menor, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num.
Momento Interação
Estudantes da Palavra do Senhor. Neste mês de outubro estudaremos acerca de um dos maiores profetas que já existiu e houve diversas referências a ele tanto no Antigo quanto no novo testamento. Estudaremos acerca do profeta Elias com o tema: Um Ministério de Poder - O Ministério Profético de Elias e o seu Legado para a Igreja. O comentarista deste mês é Maxwell Barbosa. Ministro do Evangelho, comentarista dos estudos bíblicos mensais do Ministério Evangelho Avivado, articulista e professor de estudos bíblicos.
Que o estudo acerca do profeta Elias e do seu legado possam contribuir gradativamente em sua vida e a glorificá-la ao Senhor Jesus. Desejamos a todos os estudantes um ótimo mês e bons estudos!
Introdução
Tanto Elias quanto Eliseu viveram após o reinado de Salomão, quando a nação de Israel estava dividida em dois reinos independentes. Judá ao sul e Israel ao norte. Ambas tiveram entre seus cidadãos homens levantados pelo Senhor para tratar de assuntos como justiça social, a necessidade do afastamento do pecado e da aproximação a Deus. Naquela época, Deus havia instituído nos dois reinos as figuras dos profetas, dos sacerdotes e permitido a existência da monarquia como forma de governo administrativo. Quando os líderes e os governos desviavam-se dos propósitos divinos os profetas entravam em ação. Os dias de Elias em Israel se passaram num período em que seu país ganhou fama devido a grande impiedade do rei Acabe e sua esposa Jezabel e desvios dos caminhos do Senhor por parte da maioria dos judeus.
I. A Apostasia de Israel
Onri (em hebraico, impetuoso) foi rei de Israel e pai de Acabe. Na esfera de poder neste mundo, foi um grande administrador, fundou Samaria e fez dela a capital de seu reino. No que tange à fé, exerceu um mau reinado e aplicou uma péssima instrução ao filho, que o precedeu no trono (1 Rs 16.23-28). Acabe (hebraico: irmão do pai, isto é, muito semelhante ao pai), governou no período de 874 e 853 a.C.. Ele é descrito como o monarca que mais irritou ao Senhor, e esta declaração é apresentada revelando que ele construiu um bosque (1 Rs 16.33). Não se trata da construção de um simples arvoredo, era a tentativa de misturar elementos de culto judaico com elementos de culto cananeu, a criação de um ambiente de culto pagão preparado pelo rei, onde se encontrava troncos de árvores com imagens de esculturas, lugar em que o povo era incentivado a reunir-se para adorar a Baal e Asera (sugestão de leitura no rodapé), ou seja, Acabe institucionalizava a apostasia dos judeus, o governo de Acabe patrocinava a idolatria em Israel, induzia o povo de Deus a afastar-se dEle. Apostatar é o mesmo que renunciar. Não é possível abandonar aquilo que nunca foi nosso. O apóstolo Paulo não afirmaria que alguns largariam a fé se em alguma fase da vida não a possuíram.
II. A Ascensão de Acabe ao trono de Judá
Acabe foi um rei de Israel, marido de Jezabel, que foi condenado por sua idolatria e suas más ações. Acabe cometeu muitos pecados e deixou sua esposa cometer atrocidades em Israel. O profeta Elias viveu no tempo do rei Acabe. Era um rei poderoso e próspero, que fez várias grandes obras de construção. Mas ele fez o que Deus reprova e promoveu a idolatria em Israel. Influenciado por sua esposa, Acabe passou a adorar o deus Baal. A Bíblia diz que ele foi pior que todos os reis de Israel que vieram antes dele! (1 Rs 16.32,33). Por causa do pecado de Acabe, Elias profetizou que não iria chover. Depois de três anos de seca, Elias confrontou Acabe por seu pecado e matou todos os sacerdotes idólatras do país. Acabe voltou para casa e contou o que tinha acontecido a Jezabel, que jurou matar Elias (1 Rs 19.1,2).
III. A Aliança de Acabe com Jezabel
Jezabel foi esposa de Acabe, que reinou sobre as dez tribos do norte de Israel de 874 a 853 a.C. Acabe destacou-se pelo sucesso militar e político, mas era “fraco em questões religiosas”, pois: “fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (1 Rs 6.30). Ele escolheu casar-se com Jezabel, filha de Etbaal, um sumo sacerdote e rei pagão. Conforme o relato bíblico referente a Acabe: “tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e o adorou” (1 Rs 16.30,31). “A malvada esposa de Acabe, Jezabel, provinha da cidade Fenícia de Tiro, de onde seu pai havia sido sumo sacerdote e rei. Jezabel adorava ao deus Baal”.1 Tomando em conta que Baal simplesmente significa “senhor”, Jezabel e Acabe introduziram uma contrafação de Deus e de sua religião em Israel. Portanto, Acabe, “incitado por Jezabel”, introduziu o culto a Baal em Israel (1 Rs 21.25,26). Para agradar a esposa, Acabe edificou um templo e um altar para Baal (1 Rs 16.32). E promoveu, assim, a idolatria, “até que quase todo Israel estava indo após Baal”. “O Baal mencionado aqui era considerado o deus que enviava chuva e fazia as colheitas crescerem. Os adoradores de Baal se envolviam em uma espécie de fornicação sagrada no templo para louvá-lo como a fonte da vida. Às vezes o povo até oferecia seus filhos a Baal como sacrifícios queimados” (Jr 19.5). O casamento de Acabe com Jezabel cumpriu uma agenda política e interesseira, mas não a vontade de Deus. Biblicamente, aquela união foi um adultério espiritual e uma traição a Deus. A influência deles, como lepra, aprofundou o sincretismo religioso e a apostasia da nação. Ao mesmo tempo que o povo professava servir a Jeová, também servia a Baal. Eles “coxeavam entre dois pensamentos” (1 Rs 18.21).
IV. A Degradação moral e espiritual de Acabe
Acabe não teve temor a Deus. Ele adorou os deuses falsos de sua esposa, Jezabel, e construiu templos para eles. Somente Deus merece adoração mas Acabe ignorou os mandamentos de Deus e procurou a proteção de ídolos inúteis (1 Rs 21.25,26). Além disso, ele promoveu a idolatria pelo país inteiro! Tudo tinha que ser do jeito que Acabe queria. Se não conseguia o que queria, ele ficava zangado e até fazia birra! Uma vez, Acabe quis comprar a vinha de um homem chamado Nabote, que era seu vizinho, para plantar uma horta. Mas Nabote se recusou a vender sua vinha, que pertencia a sua família. Por causa disso, Acabe se deitou na cama, embirrado (1 Rs 21.3,4). Contra os mandamentos de Deus, ele cometeu idolatria, casou com uma mulher estrangeira idólatra, foi cúmplice de assassinato e da perseguição aos profetas de Deus (1 Rs 16.30-32).
Conclusão
Na sociedade moderna, os religiosos que seguem as determinações bíblicas rigidamente são considerados fundamentalistas, fanáticos, retrógradas. E para esquivar-se dessa hostilidade, muitos que se apresentam como cristãos praticam a religião proposta por Acabe - uma fé misturada. A filosofia da atualidade é: adore a Deus, mas não precisa seguir à risca os princípios bíblicos, relativize as propostas das Escrituras Sagradas. Adapte a Palavra de Deus a você, não permita que ela molde você. Ao contrário de Jezabel, Acabe não teve iniciativa bastante clara de matar profetas e nem de erradicar a religião judaica de Israel. Ele tentou misturar religiões. São muitos que hoje em dia desejam viver uma religião cristã cheia de misturas com diversos movimentos religiosos. E isso nos leva a perguntar: como vai a sua fé? Quais são as bases de suas decisões diárias? Só a Bíblia Sagrada deve ser a nossa regra de fé e conduta (Sl 119.109).
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