domingo, 24 de novembro de 2019

"Quem nos separará do amor de Deus"?




Por Leonardo Pereira



O que diremos às pessoas que em um momento de tirar-nos as nossas vidas, afirmarmos a verdadeira que temos no Senhor e Salvador Jesus Cristo? O amor à Ele? Fidelidade? Lealdade? Gratidão? Honra? Ainda que todos estas vertentes façam a parte da vida do verdadeiro cristão, o seu verdadeiro amor por toda a humanidade é a história do cristianismo, nem da morte horrenda de pessoas leais ao Senhor, mas por todos aqueles que amam a aguardam a sua preciosa vinda. Nesta mesma ênfase, seguiu também o apóstolo Paulo. De perseguidor ferrenho da Igreja de Deus, tornou-se o maior líder do cristianismo, o poeta do evangelho de Cristo, o autor das obras mais lidas na história da humanidade, as suas cartas missionárias, e em uma destas cartas, ele aborda o maior testamento da fé de um autêntico seguidor de Jesus: a ligação que o pecador arrependido e beneficente da graça do Senhor tem para com o seu Salvador.

O que Paulo quer nos dizer?

Paulo aborda este linha da união que não se rompe na Epístola aos Romanos: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 8.35-39).

O que desejava passar aos seus leitores é a plena convicção de quem ele tem crido e por quem ele morreria. Encontramos nesta epístola principalmente no capítulo a segurança de um homem que vive, trabalha, prega, ensina e respira o ardor do autêntico evangelho de Cristo Jesus. As perguntas de Paulo são todas retóricas, como um não para o mundo, satanás e seus demônios. Angústias vem, tribulações vem, mas jamais serão suficientemente fortes para fazer desistir do caminhar genuíno que parte daqui da terra às mansões celestiais.

Não foi diferente com Paulo....

O mundo vive em constante mudança. Nos tempos de Paulo não foi diferente. A evolução da expansão marítima, o crescimento do poderio militar romano, e o desenvolvimento das culturas da época fez de Paulo um caso extremamente incomum em sua época. Com o poder do Evangelho, utiliza-se de meios culturais, sociais e morais dos costumes das localidades aonde ele passava para transmitir a mensagem do Senhor, daquele cuja certeza instaurava em sua alma, e aonde ele passasse, enviava tal certeza a muitos aos olhos, mentes e corações.

Em um planeta repleto de dúvidas, cercado por incertezas e perguntas sem respostas, encontramos no capítulo 8 de Romanos, um verdadeiro tratado da redenção de nossas vidas. Ainda que possamos ver a escuridão nas embarcações de nossas vidas, neblinas na estrada da nossa jornada terrestre, retenhamos em nossos corações a mesma certeza que Paulo passou aos romanos. A certeza de que nada nem ninguém poderá nos separar do amor de Deus. 



REFERÊNCIAS

Bíblia Sagrada. Almeida Revista e Corrigida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

CHAVES, Gilmar Vieira. Reforma Protestante - História, Ensinos e Legado. Rio de  Janeiro: Central Gospel, 2017.

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Editora Vida, 1999.

LOPES, Hernandes Dias. Paulo - O Maior Líder do Cristianismo. São Paulo: Editora Hagnos, 2009.

NEVES, Natalino das. Justiça e Graça. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

PEREIRA, Leonardo; ROGÉRIO, Marcos. Graça Abundante. São Paulo: Evangelho Avivado, 2017.

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