Comentarista: Pedro Nunes
Texto Bíblico Base Semanal: 1 Coríntios 13.1-13
1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9. Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
Momento Interação
A mais bela definição do amor em um texto bíblico, em 1 Coríntios 13, é introduzida por esta frase: “passo a mostrar-vos um caminho sobremodo excelente” (1 Co 12.31). Sabemos que “Deus é amor” (1 Jo 4.8) e que Jesus disse: “eu sou o caminho” (Jo 14.6). Se você for para um lugar poderá optar por um caminho mais curto ou mais longo, mas rápido ou mais demorado. Com certeza optará pela melhor direção. Assim o Caminho Sobremodo Excelente é o melhor de todos, com a certeza de chegar ao destino desejado. O Caminho que aponta para o amor nos ensina a tomar outra direção em nossas vidas. Se você já tentou por todos os lados e formas, comece a agir de forma mais amorosa e buscando a presença de Deus. Deus vos abençoe neste estudo!
Introdução
A mais bela definição do amor em um texto bíblico, em 1 Coríntios 13, é introduzida por esta frase: “passo a mostrar-vos um caminho sobremodo excelente” (1 Co 12.31). Sabemos que “Deus é amor” (1 Jo 4.8) e que Jesus disse: “eu sou o caminho” (Jo 14.6). Se você for para um lugar poderá optar por um caminho mais curto ou mais longo, mas rápido ou mais demorado. Com certeza optará pela melhor direção. Assim o Caminho Sobremodo Excelente é o melhor de todos, com a certeza de chegar ao destino desejado. O Caminho que aponta para o amor nos ensina a tomar outra direção em nossas vidas. Se você já tentou por todos os lados e formas, comece a agir de forma mais amorosa e buscando a presença de Deus.
O Caminho do Amor não é uma ideologia em palavras bonitas de uma canção, poesia ou romance. Todas estas histórias são passageiras, mas a mais bela de todas que é a história da salvação não passa nem pode ser superada pela grandeza do amor de Deus ao nos dar seu único filho Jesus Cristo para nossa redenção (Jo 3.16). A demagogia se baseia em promessas e sonhos que não passam de palavras. São projetos que nunca saem do papel. Mas o verdadeiro amor de Deus tem atitudes poderosas. Deus não está parado. Seu amor não é inerte, mas Ele veio em nossa direção nos mostrando o seu amor.
I. Os Dons Espirituais
Quando Paulo escreveu para as igrejas de Éfeso, Filipos, Colossos e Tessalônica, ele agradeceu a Deus pelo amor existente entre aqueles irmãos. Mas, quando escreveu para Corinto, não o fez. Pelo contrário, ele agradeceu pelos dons. Corinto era uma igreja cheia de dons (1.7). Mas era uma igreja imatura e carnal (3.3). Paulo não agradece pelo amor, porque esta era a grande deficiência da igreja de Corinto. Quando lemos toda a carta descobrimos que eles não tinham amor. O amor deles era raso e inexpressivo. E isso nos levou a 1 Coríntios 13, o grande capítulo do amor. Infelizmente, costumamos ler este capítulo sem considerar o contexto total da carta. Quando entendido dentro do contexto, vemos que 1 Coríntios 13 é antes uma condenação da carnalidade dos crentes de Corinto.
Paulo diz que a vida comunitária sem o amor não é nada (1-3).
A seguir ele descreve o que é amor, o que não é amor e o que o amor faz (4-7). Finalmente, Paulo descreve vividamente a natureza duradoura e eterna do amor (8-13). O amor é superior a todos os dons extraordinários. O amor é melhor do que o dom de línguas (v. 1). O amor é melhor do que o dom de profecia e conhecimento (v. 2). O amor é melhor do que o dom de milagres (v. 2). As maiores obras de caridade são de nenhum valor sem amor (v. 3). O amor é melhor por causa da sua excelência intrínseca e também por causa da sua perpetuidade. Todos os dons mais dramáticos e mais maravilhosos que podemos imaginar são inúteis, se não há amor. O exercício mais generoso dos dons espirituais não pode compensar a falta de amor. Paulo menciona cinco dons espirituais: línguas, profecia, conhecimento, fé, contribuição sacrificial (dinheiro e vida). Mas ele diz que o exercício desses dons sem o amor não tem nenhum valor.
Em 1 Coríntios 8.1 Paulo já havia ensinado que o amor edifica. Quando os dons são exercidos em amor eles edificam a igreja. Mas quando os dons não são usados com amor, magoamos as pessoas. Paulo expõe esse assunto por meio de uma referência indireta aos devotos dos cultos de mistérios gregos em Corinto, que adoravam Dionísio (deus de natureza) e Cibele (deusa dos animais selvagens). Nas ruas de Corinto ecoavam o toque dos gongos barulhentos e dos címbalos estridentes, instrumentos que caracterizavam esses adoradores. Esse som monótono e pesado incomodava as pessoas como o latido constante de um cão.
II. Bons Despenseiros dos Mistérios Divinos
Paulo em 1 Coríntios 12, apresenta muitos dons que os homens podem obter da parte de Deus, e versa a respeito de diversos dons espirituais; mas ao falar do Amor, no capítulo 13, o chama de “caminho mais excelente”. Que caminho é este? Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida”. Logo, este caminho mais excelente, O Amor, é o próprio Cristo em nós, pois Deus é Amor. Portanto, o Amor não é uma simples vocação, mas uma “atitude” em Cristo, correspondente a uma exigência de Deus, pautado na obediência; os dons não são suficientes para a salvação, pois se exteriorizam como aptidões naturais ou espirituais, e “porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29); já o amor, é necessário para a salvação, sendo uma das 09 facetas do “fruto” do Espírito (Gl 5.22), e uma transmissão da vontade de Deus através do ser humano, tendo como principal fundamento o “relacionamento”. Podemos então correlacionar o “Amor” ao “Dom” peculiar de Deus somente através da pessoa de Cristo, e não a tendências individuais instintivas. Dom é dádiva, e a dádiva maior de Deus aos homens é Cristo; desta forma, obter o Dom do Amor não é obter um “talento”, mas é obter a própria pessoa de Cristo em nossas vidas, e somente através de um relacionamento com Ele, poderemos agir em Amor, sendo que o próprio Jesus Cristo disse: “… porque sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5)! “O Dom mais precioso é o Amor”. O Dom mais precioso é Cristo.
III. Os Dons Espirituais e o Fruto do Espírito
Deus é o autor e a fonte máxima do Amor, sendo o Amor em si mesmo. Jesus Cristo, como Filho de Deus, sempre foi objeto de um amor peculiar do Pai, pois sempre existiu com o Pai, não tendo princípio de dias, sendo eterno. Deus, provando o seu amor à humanidade, enviou ao mundo quem mais amava, Jesus Cristo, mostrando através da ação seu sentimento: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Cristo, por sua vez, se deu a si mesmo, sendo submisso ao Pai, obediente até a morte, e morte de cruz, também mostrando seu amor pela humanidade através da ação de se entregar, para resgate das almas fadadas à perdição. Jesus Cristo disse que toda a lei e os profetas (toda escritura, a Bíblia Sagrada), dependem de dois mandamentos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. […] E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-40). Quanto mais amarmos, com o amor de Cristo, mais nossa vida será um resplendor do Mestre, tendo os nossos corações compungidos a agir sempre em amor, como em atos de gratidão ao amor com que Ele nos amou: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17).
IV. A Sublimidade do Amor
O amor não é melindroso. Não está predisposto a ofender-se. O amor está sempre pronto para pensar o melhor das pessoas, e não lhes imputa o mal. Os crentes de Corinto estavam levando uns aos outros aos tribunais diante de juízes não-cristãos (6.5-7). Eram egoístas e carnais. "O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade". É tremendamente característico da natureza humana sentir prazer com os infortúnios dos outros. Grande parte das colunas de notícias dos nossos jornais é dada a relatar injustiças. O amor não se alegra com o mal de nenhuma espécie. Havia imoralidade na igreja, coisa que não acontecia nem entre os gentios (5.1). Pior: Eles se orgulhavam do próprio pecado em vez de lamentar (5.2). "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". Além da imoralidade sexual muitos desses cristãos eram insensíveis para com os membros mais fracos do grupo. Usavam a liberdade para provocar escândalos (8.9). Na realidade alguns chegaram a praticar idolatria (10.14). Eles davam crédito à mentira, mesmo contra o seu pai espiritual, o apóstolo Paulo (4.3-5; 9.1-3).
Paulo encerra a exposição falando sobre A ETERNIDADE DO AMOR – vs. 8-13. Ele menciona os três dons que ocupam o alto da lista de prioridade dele: línguas, profecia e conhecimento. Cada um deles passará a ser irrelevante ou será absorvido na perfeição da eternidade (13.10). Paulo ilustra esta verdade geral de duas maneiras diferentes: 1) Ele menciona o crescimento desde a infância até a maturidade – a diferença entre a infância e a maturidade; 2) ele contrasta o reflexo de uma pessoa no espelho com a visão dela mesma, face a face – a diferença entre se ver uma imagem obscura (espelho polido) e a imagem verdadeira. Enquanto não virmos a Jesus como Ele é, teremos pouca maturidade. Enquanto não virmos a Jesus não veremos com total clareza as coisas de Deus! Enquanto vivemos nossas vidas nesta terra, a nossa visão das coisas é, na melhor das hipóteses, indistinta. Todos os dons que temos são para esta vida. Mas o amor vai reinar no céu. Dentre as maiores virtudes: fé, esperança e amor, o amor é a maior de todas!
Conclusão
Às vezes exigimos muito das pessoas e nem mesmo somos capazes de fazer o que requeremos. O verdadeiro amor aprende a suportar, perdoar e relevar muitas coisas. Quando amamos verdadeiramente, o nosso sentimento não se desgasta com o tempo, mas é alimentado e reforçado a cada dia, a cada palavra, a cada olhar. O Caminho do Amor não é apenas palavras, porque seria apenas ideologia ou demagogia, mas o amor é verdadeiro e puro. O Caminho do amor tem atitudes maravilhosas e não faz coisas ruins, mas busca o que é melhor para o outro. Por isso o amor supera o perfeccionismo e o tempo, podendo vencer os maiores obstáculos com sua força invencível. Através do amor somos capacitados por Deus para vencer tudo. O amor humano pode ser passageiro, mas o amor Divino jamais terá fim. Então não podemos desistir, quando buscamos o amor que vem de Deus para nos renovar e fortalecer.
Sugestão de Leitura da Semana: ROGÉRIO, Marcos; PEREIRA, Leonardo. No Mundo Tereis Aflições. São Paulo: Evangelho Avivado, 2017.
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