Por Carlos Vagner
"E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi" (Gn 3.9-13).
Desde os primórdios da criação, o ser humano se debate com a transferência de culpa. Nossos primeiros pais, erraram ao fazerem isso, e me parece que ficou como que exemplo para os demais, pois o homem colocou a culpa na mulher e ela por sua vez colocou a culpa na serpente. Vemos isso se alastrando desde a infância, quando a criança pega em um erro, transfere a culpa para outra pessoa ou ser equivalente. Qual o problema da transferência de culpa? O grande problema reside na deformação da própria estrutura do ser, quando transferimos passamos a deslocar o lugar que carece ser corrigido, passamos a viver de forma hipócrita, imbecilizada, sem se dá conta que o grande prejudicado somos nós mesmos.
E a forma dessa transferência, se dá em todos os ambientes que o ser humano convive: na família, na escola, no curso, no trabalho, na igreja, nos ambientes sociais e etc. Fazer a transferência de culpa, detona nosso caráter. Por isso, ao cometer erros, pois todos somos passiveis deles, se enxergue primeiro, sejamos sinceros ao analisar e ver que o culpado somos nós, ninguém pegou na nossa mão a força para cometer o erro, mais foi determinação da nossa própria vontade. Quando esse enxergar do interior brota em nós, haverá o desenvolvimento do amadurecimento do ser.
Por esse motivo, nos nossos erros o outro não será o motivo da transferência da nossa culpa (ainda que possa trabalhar para o fim de cometemos os erros), porém quando olhamos com sinceridade para dentro de nós, e assumimos que o erro foi nosso crescemos como pessoa, e com a ajuda de Deus seremos perdoados ao confessar as nossas transgressões.
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