Por Leonardo Pereira,
O natal durante muito tempo é e continua sendo, um grande símbolo de comemorações com presente, com alegrias e um período de um forte vínculo familiar. Esta festa que antecede o final de um ano é caracterizado pelo marketing e pelos eventos como um momento de festejar a data, mas não o real propósito da data. Figuras como o Papai Noel e filmes e séries retratando o Natal adentraram-se nos lares e fazem-se presente com um pinheiro, símbolo da árvore de natal aonde enfeita-se toda a árvore e embaixo dela, colocam-se os presentes para as crianças e os demais familiares. Realmente, é muito bonito nesta data poder presenciar famílias e amigos comemorando e festejando durante um ano de lutas e de intensas provações. Longe de aqui neste artigo desafazer o maravilhoso espírito do Natal ou mesmo ser totalmente crítico aos que comemoram e mantém as tradições familiares. Meu propósito com este artigo é apresentarmos o verdadeiro Natal Bíblico, para além dos marketings e das figuras que "buscam" obter para sí o símbolo do Natal. Nesta data tão festejada e comemorada, pretendo aqui trazer aos leitores um panorama bíblico do Natal e um pouco da história que ele representa, à luz das Escrituras Sagradas, para nosso entendimento e para a glória do Senhor. Primeiramente detalhemos alguns princípios acerca do Natal.
O Início das Festividades
A origem da comemoração natalina se deu historicamente a partir do século IV, quando a Igreja Católica Romana instituiu esta comemoração, e daí se expandiu ao protestantismo, e ao resto do mundo. Pelo exame da Bíblia é muito difícil precisar que Jesus nasceu em dezembro! Lucas 2:8 diz: Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam os seus rebanhos, durante as vigílias da noite. Dezembro é tempo de inverno naquela região. Costuma chover e nevar na região da Palestina, assim, os pastores não poderiam permanecer ao ar livre nos campos durante as vigílias da noite. Naquela região, as primeiras chuvas costumam chegar nos meses de outubro e novembro. Durante o inverno os pastores recolhem e guardam as ovelhas no aprisco... Eles só permanecem guardando as ovelhas ao ar livre durante o verão! Mas existem outras teorias a respeito do nascimento por exemplo:
- 25 de março – seria a data do nascimento ou da anunciação do nascimento;
- 06 de janeiro também é considerada, por alguns, como a data do nascimento, mas a maioria comemora a Epifania (Batismo de Cristo). Perceba se a anunciação foi 25 de março o nascimento deverá ser 25 de dezembro (9 meses de gestação).
A Origem do dia 25 de Dezembro
Muitos creem que a data de 25 de dezembro foi retirada de uma comemoração pagã relacionada com o Solstício de inverno (Época em que o Sol, tendo-se afastado o mais possível do equador, parece deter-se e estacionar durante alguns dias, antes de voltar a aproximar-se de novo do equador), entre 17 e 21 de dezembro. Baseado nesse solstício, toda civilização que estudavam os astros adotaram a adoração ao sol ou ao seu “deus” mais ilustre nesta data. Notadamente em Roma existia o “Nascimento do Sol Invicto” celebrando o “Novo Sol”. Essas festividades pagãs eram muito populares e, segundo alguns, foram sincretizadas para o cristianismo por Constantino, pois depois da conversão do imperador romano ao cristianismo, a população não queria abandonar esse costume.
Assim eles relacionaram Cristo com o “deus-sol”. Note que sincretismos é coisa comum na historia, perceba o da Bahia, na qual cada “santo católico” possui um similar nos cultos africanos, da mesma forma os deuses romanos se sincretizaram com os santos católicos. É percebida varias semelhanças, por exemplo entre Mercúrio e Santo Antonio, também no culto prestado a ambos, além das atribuições de funções a cada deus/santo, um é responsável pela cabeça, outro pela mão, outro pelo parto, etc. Até mesmo a questão dos ex-votos na qual os fiéis depositam pedaços do corpo humano de cera, já era costume dos gregos e romanos. Já outros crêem justamente o contrário. Que a data 25 de dezembro já era comemorada pelos cristãos primitivos, e um imperador romano, para enfraquecer a fé cristã, colocou a festa do “Nascimento do Sol Invicto” para certamente, enfraquecer esta data.
A Árvore de Natal e os Presentes
Mais uma vez alguns crêem que a origem da árvore de natal vem de Lutero, que quis relacionar com o céu, outros crêem que a origem da árvore de Natal vem da antiga Babilônia, de Ninrode, neto de Cão, filho de Noé. Segundo a qual a árvore representa o próprio Nirode redivivo, e que em determinado período, seu espírito se apossava da árvore. Realmente existem em muitas culturas, os cultos as árvores e animais também. Entre os druidas, o carvalho era sagrado, entre os egípcios as palmeiras, em Roma era o Abeto, que era decorado com cerejas durante a Saturnália, inclusive o “santo daime” que é uma droga usada por seitas latinas atuais, etc.
Já o costume de dar presente vem dos Reis Magos, na qual eles trouxeram presentes para Jesus, E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra (Mt 2.11). Ou ainda, como alguns acreditam, de um costume pagão atribuído a Odim, deus nórdico, na qual Odim dava presente a seus adoradores através de uma árvore.
O “Papai Noel” e a prática de dar presentes as escondidas
O nome “Papai Noel” é uma corruptela do nome “São Nicolau”, um bispo romano que viveu no século V. São Nicolau, bispo de Mira, um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro… A lenda de suas dádivas oferecidas as escondidas, de dotes, às três filhas de um cidadão empobrecido. Daí teria surgido a prática de se dar presentes “as escondidas” no dia de São Nicolau (6 de dezembro). Mais tarde essa data fundiu-se com o “Dia de Natal” (25 de dezembro), passando a se adotar também no natal essa prática de se dar presentes “às escondidas”, como o fazia o Saint Klaus (o velho Noel!). Então surgiu daí a tradição de se colocar os presentes às escondidas junto às árvores de natal! Também a imagem de Papai Noel que conhecemos foi criado pela Coca-cola em uma de suas propagandas, há mais ou menos 150 anos atrás.
Velas e luzes
O Uso de velas é um ritual de dedicação aos deuses ancestrais. A vela acendida está fazendo renascer o ritual dos solstícios, que mantêm vivo o sol, ou ainda iluminando as almas no mundo do além túmulo. Não tem nenhuma relação com o candelabro judaico (ou Menorah).
Presépio
O presépio não precisaria nem explicar o que é, é uma representação do nascimento de Jesus, porém a Bíblia manda não fazer imagens de esculturas, nem representações de nada no Céu ou na terra. Então alguns acreditam ser este um altar a Baal, consagrado desde a antiga babilônia. E um estímulo à idolatria! Em Êxodo 20.1-6, temos: "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos".
O que a Bíblia diz sobre o Natal?
O Natal não é mencionado nenhuma vez nas Escrituras. Todos os anos, em todo o mundo, algumas pessoas guardam o dia escolhido pelos homens para comemorar o nascimento de Jesus. Algumas pessoas o guardam como um dia santo especial, enquanto muitas outras fizeram dele um tempo de comercialização, de interesses egoístas. As modernas comemorações do Natal têm pouco a ver com os fatos da Bíblia. A Bíblia não revela a data do nascimento de Cristo, nem mesmo o número de magos que o visitaram em Belém. As Escrituras não autorizam uma comemoração especial na igreja, nem um dia santo para comemorar o nascimento de Jesus. Evidentemente, a Bíblia não dá aprovação ao materialismo egoísta, tão comum nessa época do ano.
Mas Jesus nasceu, e por um motivo muito bom. Ele veio para salvar-nos do pecado (1 Tm 2.6). Ele é o Rei, não só dos judeus, mas de todos os homens (Mt 28.18-20). Sua grande vitória veio, não com seu nascimento, mas com sua morte e ressurreição. Esta é a vitória que o faz nosso Redentor, digno de honra e adoração (Ap 5.8-14). Hoje, precisamos imitar os magos, que procuraram tão esforçadamente encontrar Jesus. Não podemos nos contentar com as crenças tradicionais, as doutrinas humanas, ou os dogmas das igrejas. Temos que examinar as Escrituras (At 17.11). Temos que aceitar o que é certo e rejeitar o que é errado (1 Ts 5.21,22). Temos que estar certos de que Jesus veio a esta Terra uma vez, e que ele voltará para chamar-nos ao julgamento (At 17.30,31; 2 Co 5.9,10).
O Verdadeiro Significado do Natal para os Cristãos
O Natal é quando celebramos o nascimento de Cristo. Deus enviou seu filho, Jesus, ao mundo. Seu nascimento trouxe grande alegria! Os pastores de Belém, os três reis magos e anjos compartilharam a emoção de conhecer o Salvador. Eles sabiam que este não era um bebê comum. Os profetas haviam falado sobre Ele, centenas de anos antes. A estrela de Belém foi enviada apenas para marcar o caminho para aqueles que estavam procurando por essa criança especial. O Evangelista Lucas descreve os eventos que seguiram este acontecimento magnífico: "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens" (Lc 2.10-14).
O Verdadeiro Significado do Natal
Por que o Natal? Por que Deus enviou Seu filho a este mundo? Ele nos enviou Jesus para que um dia, Ele crescesse e se tornasse a parte mais importante da história da humanidade. Sua vida em verdade e amor trouxe salvação e esperança a todos nós. Sem Jesus, morreríamos em nossos pecados. Jesus nasceu para pagar o preço exigido por Deus, para que pudéssemos ser perdoados. A Bíblia diz que todos pecaram. Todos nós nascemos com uma natureza pecaminosa. Fazemos coisas que não agradam a Deus. Através dos pecados de Adão e Eva, todos nós herdamos essa natureza inclinada ao mal. Precisamos que isso seja controlado. O único caminho é através de Jesus. Jesus veio para que Ele pudesse morrer na cruz por nossos pecados. Se acreditarmos que Jesus morreu em nosso lugar, podemos pedir que Ele venha ao nosso coração e nos perdoe: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 Jo 1.9). Nós podemos realmente ser felizes no Natal! Não importa o que aconteça, podemos saber que somos os Seus filhos. Nós nos tornamos filhos e filhas de Deus.
Conclusão
Na época do Natal, quando muitas pessoas mostram uma religião superficial e falam sobre um Jesus desconhecido para elas, nós devemos lembrar que é possível ser só cristãos, seguidores de Jesus. Não devemos ensinar ou defender doutrinas de homens. Temos que simplesmente seguir a Jesus e encorajar outros a fazerem a mesma coisa. Que possamos adorar a Cristo de acordo com a vontade dele!
Referências:
AGUIAR, Rubens Silva. O Natal e os Cristãos Evangélicos. Artigo publicado em: http://www.jacuipenoticias.com/religiao/dezembro/natal.htm. Consulta dia: 19/12/2020.
ALLAN, Dennis. O que a Bíblia diz sobre o Natal? Artigo publicado em: https://estudosdabiblia.net/bd412.htm. Consulta dia: 19/12/2020.
SILVA, Isael. O Verdadeiro Significado do Natal para Cristãos e Evangélicos. Artigo publicado em: https://brasilgospel.club/jesus/nascimento/o-verdadeiro-significado-do-natal/. Consulta dia: 19/12/2020.
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