sábado, 27 de fevereiro de 2021
Comentário Bíblico Mensal: Fevereiro/2021 - Capítulo 5 - O Cuidado de Deus com seu Povo no Deserto
Comentário Bíblico Mensal: Fevereiro/2021 - Capítulo 4 - A Instituição da Lei do Senhor no Deserto
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
A importância dos Hinos em Nossas Igrejas
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
O Fruto do Espírito
O que é o Fruto do Espírito?
Antes de falarmos sobre o fruto do Espírito, precisamos saber que nos versículos anteriores (Gl 5.19-21) o apóstolo Paulo falou sobre os perigos das obras da carne. Essas obras são uma seleção de práticas pecaminosas decorrentes da natureza decaída do homem. O fruto do Espírito é mencionado dentro de um capítulo onde Paulo faz uma exposição acerca da liberdade que há em Cristo. Ele fornece uma contraposição com as restrições impostas pelo legalismo que estava sendo pregado na comunidade cristã da Galácia. Além disso, o apóstolo enfatizou que o julgo da Lei não é capaz de fazer com que alguém viva de acordo com a vontade de Deus, mas que somente através do Espírito Santo o homem é capacitado a viver uma vida que agrada ao Senhor.
O pano de fundo dos ensinos desse capítulo é a intensa luta entre a carne e o Espírito. O Espírito abomina os desejos da carne, e a carne, por sua vez, rejeita as coisas em que o Espírito nos conduz. Assim, o fruto do Espírito é o bem que nos faz vencer o mal. É o resultado natural de uma nova vida, uma vida regenerada, uma vida que reflete o novo nascimento, a vida no Espírito. Também é importante não confundir o fruto do Espírito com os dons especiais que o Espírito Santo concede a algumas pessoas e que devem ser utilizados a serviço da Igreja de Cristo. O fruto do Espírito é um conjunto de capacitações que todos os redimidos recebem.
Considerações sobre o Fruto do Espírito
É interessante notar que quando o apóstolo fala dessas capacitações ele utiliza o singular, “fruto do Espírito”, ao invés do plural, “frutos do espírito”. Já quando ele escreve sobre as práticas pecaminosas, ele utiliza o plural, “as obras da carne”. Muitas especulações já foram feitas na tentativa de explicar o porquê disto. A melhor de todas elas defende que isso acontece porque, diferentemente das obras da carne, o fruto do Espírito é uma unidade. Isso significa que todas as capacitações pertencem a um único fruto.
Não somos nós que produzimos esse fruto, mas o Espírito Santo que o produz em nós. Ele assim o faz de um modo em que uma virtude está diretamente ligada a outra. Por tanto, essas virtudes são indivisíveis e juntas formam “o fruto”. Pense em cada virtude como sendo gomos de um mesmo fruto. Também facilita o nosso entendimento quando conseguimos entender que o amor é à base de todas as outras virtudes citadas. Se não houver amor, é impossível que se tenha verdadeira alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Podemos dizer que o fruto do Espírito é o amor seguido necessariamente pelas outras oito preciosas virtudes citadas.
Essa não foi a única vez em que o apóstolo utilizou uma metáfora relacionada à produção agrícola para se referir a conduta esperada dos verdadeiros cristãos (Rm 6.22; Ef 5.9; Fp 1.11). Encontramos também em outras passagens bíblicas o mesmo princípio. Um exemplo disto é a pregação de João Batista que enfatizava que o arrependimento verdadeiro produz fruto visível de mudança de comportamento (Mt 3.8; Lc 3.8).
Referências:
GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
GOMES, Eliezér. Batalha Espiritual. São Paulo: Evangelho Avivado, 2019.
Bíblia Sagrada. Almeida Revista e Corrigida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Breve resumo do Pentecostalismo no Brasil e o Legado para a Geração Atual
Sobre o Pentecostalismo Clássico No Brasil:
Desde a chegada dos missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, a expansão do Pentecostalismo clássico cresceu territorialmente. Logo depois outras denominações evangélicas "Pentecostais" surgiriam no Brasil. No início do Movimento pentecostal, muitas coisas aconteceram, tais como:
- Dia 18 de Junho de 1911, com 18 pessoas presentes mais Vingren e Berg, nasceu, na casa de Celina Albuquerque, a Missão de Fé Apostólica, que, em 11 de janeiro 1918, foi registada oficialmente como SOCIEDADE EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS.
- A Expansão territorial do Pentecostalismo No Brasil, alcançando os Estados do Brasil.
- Fundação do Jornais (Boa Semente, O Som Alegre, Mensageiro da Paz), criaram as lições Bíblicas para Escola Dominical, editaram os primeiros hinários, publicaram livros e folhetos evangelísticos e em 1940 fundaram a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
- Há registros históricos, segundo consta na revista DEFESA DA FÉ edição especial (revista número 5), página 115, que: “Em 1923. Gunnar Vingren, um dos maiores fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, fora informado de que certo movimento pentecostal começava a alastrar-se por Santa Catarina. Sem perda de tempo Vingren deixou Belém do Pará, berço do pentecostalismo brasileiro, e embarcou para o Sul. No endereço indicado, veio ele a constatar: ‘Não se tratava de pentecostes, mas feitiçaria e baixo espiritismo”.
- Seminários Teológicos surgiram ao longo da História do Pentecostalismo No Brasil, dentre eles, o mais conhecido (IBAD).
Como o passar do tempo, a imagem do Pentecostalismo No Brasil foi preservada por alguns e menosprezadas por outros, práticas deturpadas e antibíblicas à exemplo do "re-té-té", outras práticas surgiram no intitulado (movimento pentecostal atual). Dentre ele citamos, campanhas de prosperidade, quebra de maldição, A letra mata, modismos, elementos judaicos nas liturgias, unção do riso e outras bizarrices neopentecostais. Os cânticos da harpa foram trocados pelos louvores antropocêntricos, as pregações não são mais bíblicas, trocaram a expressão bíblica " Seja feita tua vontade" pelo EU DECRETO, RECEBA AGORA!, TA AMARRADO.....
Dentre muitos erros e distinções que surgiram no Pentecostalismo, venho dizer que ainda existe homens e mulheres de Deus, que prezam pela doutrina, ortodoxia, credo e visão bíblica. Chamamos de Pentecostal " Clássico", devido ao fato de que, ainda obedecemos às escrituras e combatemos os erros e heresias que estão neste século!! Que vivamos um evangelho genuíno e fervoroso no Espírito Santo.
A Situação do Pentecostalismo atual
Não defendo o Pentecostalismo por si só (placa), mas pela história e legado. Se estamos falando de VERDADEIRO PENTECOSTALISMO, devemos ser transparentes em tudo, quando começou e onde terminará. Começamos com a Bíblia, em Atos 2, seguidos dos avivamentos da história da Igreja, em Azusa, e até a terras de Belém do Pará. Não obstante estamos presenciando os mais diversos ventos de doutrinas e modismo, o pentecostalismo em si não só ficou em Atos 2 ou no fechamento do Cânon do Novo testamento, ele permanece até o dia do arrebatamento. O grande problema é que algumas denominações foram influenciadas pelas Igrejas Americanas e alguns líderes, hoje estamos lutando para trazer novamente a herança pentecostal clássica nos dias atuais.
A Reforma Protestante foi fundamental para nós, pentecostais, só que não nascemos de lá, cada grupo cristão ou denominacional, que professa uma fé ortodoxa foram nascidos pela Palavra de Deus, a diferença é, que, em cada época nasce uma confissão, credo e declarações de fé, em anos distintos, sendo assim cada uma originada pela Bíblia. Hoje estamos no século 21, onde vimos e veremos mais coisas acontecerem no que tange ao pentecostalismo, as novas gerações de pentecostais estão em toda parte, que Deus levante homens e mulheres com a finalidade de anunciar o verdadeiro pentecostalismo, tendo a Bíblia com a única regra de fé e conduta.
sábado, 20 de fevereiro de 2021
Comentário Bíblico Mensal: Fevereiro/2021 - Capítulo 3 - Os Desafios da Nação de Israel no Deserto
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
A mulher que Deus escolhe para gerar o milagre dEle para a Terra
Como Restaurar o Fervor Espiritual
Sabemos que a vida cristã não é um mar de rosas, ela é cheia de altos e baixos. Existem momentos na caminhada cristã que estamos cheios fervor espiritual, em outras ocasiões, nem tanto assim. Mesmo que em momentos de nossas vidas venhamos a perder de alguma forma o fervor espiritual, a Bíblia nos ensina como restaurar. Portanto, o objetivo desse texto é trazer algumas diretrizes com base na Palavra de Deus de como restaurar o fervor espiritual.
O que é fervor espiritual?
Segundo Orlando Boyer, fervor espiritual é uma pessoa que tem “diligencia, dedicação e zelo pelas coisas de Deus.”[1] O dicionário online de português define como: “zelo ardente por coisas de piedade, de caridade, ardor e entusiasmo.”[2]
Paulo escrevendo a igreja de Roma disse: “no zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor (Rm 12.11).” Observe, Paulo fala para aquela igreja ser “fervorosa de espírito”, mas o que significa ser fervoroso de espírito? Segundo F.F. Bruce, significa ser “ardoroso no Espírito Santo.” Ele interpreta “espírito” sendo uma referência ao Espírito Santo.”[3] A mesma expressão é usada com relação a Apolo em Atos 18.25. Às duas passagens abordam o mesmo significado. Portanto, esses sãos alguns dos significados da palavra fervor.
Características de quem perdeu o fervor espiritual
Após descrevermos o significado de fervor, quais seriam as características de uma pessoa que perdeu o fervor espiritual?
Primeiramente, falta de uma vida de oração. Quando um cristão deixa de cultivar uma vida de oração, provavelmente ele perde esse fervor em sua vida. Um carro jamais caminhará sem gasolina, do mesmo modo é o cristão em sua vida de oração.
Segundo, falta de interesse pela Bíblia. Um cristão que não zela pela leitura da Palavra de Deus na sua vida diária, ele abre várias portas para o mal, inclusive para a falta de diligência.
Terceiro, falta de interesse em congregar. Alguns cristãos perderam o entusiasmo de estarem reunidos com seus irmãos, para adorar a Deus, ouvir o sermão, orar com seus irmãos. Muitas dessas pessoas entendem que ela é a igreja individualmente, mas Jesus e os Apóstolos nunca ensinaram uma carreira solo dos cristãos, somos dependentes uns dos outros, isso que é ser igreja.
Enfim, essas, sãos às três características de quem perdeu o fervor espiritual. E você querido leitor, se encontra dentro dessas características?
Por que devemos ser fervorosos?
Diante dessas características de pessoas que perderam o fervor, qual seria o motivo para um cristão ser fervoroso? Primeiro, ser fervoroso é uma “ordem divina.” Paulo disse para a igreja de Roma: “sede fervoroso de espírito” (Rm 12.11), ele não estava falando de uma opção para aqueles servos de Deus, mas um imperativo divino. Deus não esperava deles uma vida morna, sem diligência, porém, dedicação nas coisas de Deus. Além disso, não devemos ser “vagarosos em buscar a Deus.” Nunca foi da vontade do Senhor que os seus filhos sejam relaxados na sua maneira de buscar a Deus, isso não é cristianismo bíblico. Portanto, ser fervoroso é uma ordem divina para os cristãos, não é buscar a Deus de qualquer jeito, mas com dedicação e temor.
Como restaurar o fervor espiritual?
A Bíblia ensina que o fervor é uma ordem divina, entretanto, como restaurar o fervor espiritual? Três atitudes são de extrema importância:
Primeiro, buscar a Deus em oração. Quando o povo de Deus encontrava-se em decadência espiritual, os profetas de Deus proclamavam os seus erros e os exortavam a voltar a Deus em oração. O Senhor apareceu a Salomão em sonhos e disse como o povo deveria restaurar o fervor espiritual se um dia perdesse:
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra (2Cr 7.14).”
Precisamos buscar a Deus em oração, confessar os nossos pecados, lembrar de onde caímos e praticar as primeiras obras para retornar ao primeiro amor (Ap 2.4,5). Além do mais, devemos seguir os exemplos bíblicos de homens de oração. Precisamos falar para Deus em nossas orações como Davi: “a minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo (Sl 42.2);” falar como Samuel: Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós (1Sm12.23);” ou seguir o exemplo de oração que Jesus nos deixou, o Pai nosso (Mt 6.9-15), a própria vida de oração de Jesus deve ser um exemplo para nós.
Segundo, buscar a Deus em sua Palavra. Jamais teremos restauração espiritual sem buscarmos a Deus diariamente nas Sagradas Escrituras, a Bíblia cita vários homens de Deus que eram dedicados nisso. Queremos apenas destacar três:
Esdras
“Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos (Ed 7.10).”
Davi
“Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! (Sl 119.97).”
Jesus
“Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8.31,32).”
Alcançamos uma restauração espiritual quando decidimos buscar a Palavra de Deus, praticar os seus ensinos e para compartilhar com outras pessoas sobre o amor de Deus. A meditação é imprescindível nas Escrituras, é nosso dever meditar no livro Sagrado diariamente para aquecer as chamas do entusiasmo cristão, seremos apenas de fato discípulos se permanecemos na Palavra.
Terceiro, os dons espirituais. Procurar usar os dons que Deus nos concedeu é uma forma de restaurarmos o fervor espiritual. Paulo demonstra que todo cristão recebeu um dom quando recebeu a Cristo como seu Salvador (Rm 12.4; Ef 4.7; 1Pe 4.10). A Bíblia demonstra várias categorias de dons que Deus concedeu a igreja (Rm 12.6-8; 1Co 12.8-11,28; Ef 4.11). O que um cristão deve fazer, é orar a Deus pedindo por iluminação para saber qual o dom que Deus lhe deu, para assim usar na edificação do corpo de Cristo.
Conclusão
Portanto, a única forma de restaurar o fervor espiritual é buscar a Deus. Os caminhos que Deus nos concede é por meio da sua Palavra, lendo, meditando, estudando e praticando. A oração de extrema importância, vários homens de Deus fizeram proezas para o reino de Cristo porque cultivaram uma vida de oração. Deus tem concedido dons a você querido leitor, use para o reino de Deus e para que vidas sejam edificadas para a glória de Deus.
Sidney Muniz
Notas: