Comentarista: Walter Menezes
Texto Bíblico Base Semanal: 2ª Tessalonicenses 1.3-12
3. Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros,
4. De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais;
5. Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis;
6. Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam,
7. E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,
8. Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;
9. Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder,
10. Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
11. Por isso também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder;
12. Para que o nome de nosso Senhor Jesus Cristo seja em vós glorificado, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Momento Interação
Em 2 Tessalonicenses 1, Paulo continua a dar graças a Deus, por causa do Tessalonicenses. O comportamento deles em meio as lutas e dificuldades continua a estimular e muito às igrejas. Ele inicia de forma mais enérgica, falando sobre o castigo de Deus sobre os que não conhecem a Cristo na segunda vinda. E como Deus glorificará aos seus santos. Por fim ele ora, a fim de que o próprio Deus cumpra seu bom propósito na vida de cada um deles de uma forma gloriosa. E como o bom nome de Jesus será glorificado neles. Na primeira epístola aos Tessalonicenses ficou uma espécie de mal entendido entre os irmãos que ingenuamente estavam esperando ali, para aquela hora, a volta iminente de Jesus. Paulo então, juntamente com Silvano e Timóteo esclarecem mais o assunto e tranquilizam os irmãos para não viverem enganados. Ele começa elogiando os irmãos e a sua fé e amor que vai aumentando dia após dia. Ele elogia a constância deles em meio as muitas perseguições e tribulações que estão suportando por amor de Cristo o que para Paulo já era sinal evidente do reto juízo de Deus.
Introdução
A segunda carta aos Tessalonicenses, o apóstolo Paulo dar graças a Deus pelo comportamento fiel em situações de lutas e dificuldades que eles estavam passando. O exemplo dos tessalonicenses era um estimulo para as igrejas. Paulo descreve de forma veemente sobre o castigo Deus para aqueles que não conhecem a Cristo e sua segunda vinda. E como Deus glorificará os seus santos que creram e permanecem firmes na missão do evangelho de Jesus Cristo. O apóstolo ora a Deus para que ele cumpra o seu bom proposito na vida dos tessalonicenses de forma gloriosa. E nome de Jesus seja glorificado em suas vidas.
Em 2 Tessalonicenses 1, Paulo continua a dar graças a Deus, por causa do Tessalonicenses. O comportamento deles em meio as lutas e dificuldades continua a estimular e muito às igrejas. Ele inicia de forma mais enérgica, falando sobre o castigo de Deus sobre os que não conhecem a Cristo na segunda vinda. E como Deus glorificará aos seus santos. Por fim ele ora, a fim de que o próprio Deus cumpra seu bom propósito na vida de cada um deles de uma forma gloriosa. E como o bom nome de Jesus será glorificado neles.
I. Ações de Graças pelos Tessalonicenses
Na primeira epístola aos Tessalonicenses ficou uma espécie de mal entendido entre os irmãos que ingenuamente estavam esperando ali, para aquela hora, a volta iminente de Jesus. Paulo então, juntamente com Silvano e Timóteo esclarecem mais o assunto e tranquilizam os irmãos para não viverem enganados. Ele começa elogiando os irmãos e a sua fé e amor que vai aumentando dia após dia. Ele elogia a constância deles em meio as muitas perseguições e tribulações que estão suportando por amor de Cristo o que para Paulo já era sinal evidente do reto juízo de Deus.
O apóstolo Paulo saudou e abençoou a igreja de Tessalônica. Como na primeira epístola, Paulo, Silvano e Timóteo é que se dirigem à igreja dos Tessalonicenses visando levar-lhes uma palavra de esperança e maiores esclarecimentos sobre a vinda de Jesus. Como de costume, eles ministram no início da carta a graça e a paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. Somos assim mordomos de Deus, ministros seus a seu serviço e da nossa casa celestial, no nome de Deus, ministramos o que recebemos e o que temos. Quem não nos recebe ou nos rejeita, aquilo que ministramos volta para nós; nesse caso eles ministraram-lhe a famosa graça e paz que somente há mesmo nas mansões celestiais (Mt 10.11-13).
Paulo relatou que continuava a dar graças a Deus pelo amor e pela constância dos tessalonicenses diante da perseguição. Ele os lembrou da recompensa que virá quando Cristo retornar para o julgamento, e os encorajou a perseverar até esse dia. Dos vs. 3 ao 12, veremos ações de graças e encorajamento. Paulo expressou sua gratidão a Deus pela fidelidade dos tessalonicenses e os encorajou a uma constância ainda maior na fé. Aqui ele fala a eles que a fé que eles tinham crescia mais e mais, crescia sobremaneira. Também elogiou o crescimento do amor deles uns pelos outros. A salvação e as recompensas vêm somente pela graça de Deus, com base na justiça de Cristo (vs. 2; Tt 3.5-7).
Nossa vida subsequente à ação do poder do Espírito Santo nos conforma com a santidade de Deus e confirma a genuinidade da nossa união com Cristo. Por isso, Paulo e os demais, se orgulhavam deles. Diante das perseguições e tribulações – e não eram poucas – neles sobejava perseverança e fé. Um exemplo de perseguição está registrado em Atos 17.1-9 (onde está registrado aquela passagem que fala “estes que tem transtornado o mundo chegaram também aqui...”), e a carta aos tessalonicenses revela que essa hostilidade não havia desaparecido (1 Ts 1.6; 2.14; 3.3). As perseguições aqui se davam por causa dos judeus que tinham inveja do progresso do evangelho.
II. A Constância dos Tessalonicenses na Fé
Por isso, pela paciência, pela perseverança e fé que demonstravam, eles os consideravam dignos do reino (não no sentido de mérito, mas no sentido da graça. A graça cooperou para que eles suportassem e não suportaram porque eram melhores). Em outras passagens Paulo falou sobre vivermos uma vida digna de Deus (1Ts 2.12), da vocação de Deus (1.11; Ef 4.1), de Cristo (Cl 1.10) e do evangelho (Fp 1.27-28). Com isso ele não quis dizer que as pessoas, por si mesmas, são capazes de se tomarem dignas de receber as bênçãos de Deus. Pelo contrário, ele falou sobre os estilos de vida apropriados para os que recebem essas bênçãos. Pela graça de Deus, nós somos capacitados a viver de maneiras que são apropriadas ao povo de Deus. Nesse caso, Paulo tinha em mente a capacidade de suportar perseguição.
O reino aqui – vs. 5 - refere-se à consumação do reino universal de Deus sobre toda a terra, que acontecerá quando Cristo voltar . Mesmo quando estão desfrutando dos benefícios da cidadania deste reino celestial (1Ts 2.12), os cristãos ainda sofrem em nome dele (At 14.22), pois esse reino inevitavelmente enfrenta oposição diabólica e mundana. A certeza do crente quanto a receber a recompensa eterna em Cristo está baseada nos atributos imutáveis de Deus. Nessa passagem, Paulo enfocou a justiça divina, a qual traz juízo sobre aqueles que não estão cm Cristo. Em Romanos 2.9, a mesma palavra grega para "tribulação" é usada para a tribulação e a angústia que virão sobre o malfeitor no juízo final. O apóstolo Paulo parece ter falado sobre o mesmo juízo nessa passagem, visto que os versículos seguintes dizem respeito à alegria e ao tormento finais. O apóstolo fez alusão a uma promessa semelhante que foi dada a Abraão, aplicando-a aos crentes tessalonicenses, que eram descendentes de Abraão em Cristo (CI 3.29).
III. A Constância dos Tessalonicenses no Amor
Quando o Senhor Jesus for revelado lá do céu, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes, ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus – vs. 7-8. O evangelho não é apenas uma mensagem para ser recebida, ou crida; é também uma mensagem para ser obedecida (1Pe 4.17). Ele carrega consigo o mandamento divino de rendição total a Deus por meio da graça e da paz tornada disponível por Jesus Cristo. Obedecer ao evangelho é conhecer a Deus e ter comunhão íntima com ele. A temível doutrina do castigo eterno (Is 66.24; Mt 25.46; Mc 9.43,48), tremenda como ela é, assegurava os perseguidos cristãos tessalonicenses sobre a justiça final e perfeita. Eles deveriam evitar qualquer tipo de vingança pessoal (Rm 12.17-21; lTs 5.15) pelas atrocidades cometidas contra eles (vs. 4), e deveriam depositar sua confiança em Deus, que julga retamente (Jr 17.10; At 17.31; Rm 2.6,11,16; 1 Pe 2.23; Ap 22.12).
Naquele dia – vs. 10 – no “Dia do Senhor” (2.2; 1 Ts 5.2); quando Cristo voltar para os seus santos (2.2; lTs 5.2); no dia que ele vier para ser glorificado em seus santos e ser admirado em todos os que creem – o juízo final do ímpio ocorrerá e eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder – vs. 9. Por isso, ao perceber como era importante que os tessalonicenses suportassem seus sofrimentos, Paulo lhes contou sobre suas orações em favor deles. Ele orava para que Deus os sustentasse em suas lutas e os fizesse dignos da vocação a que foram chamados e, com poder, cumprisse todo bom propósito e toda obra que procede da fé (2 Ts 1.11; 1 Ts 2.12), uma passagem que descreve Deus como aquele que chama os crentes para o seu reino e glória (2.14). Paulo apontou para a interconexão entre os crentes glorificando a Cristo e Cristo glorificando os crentes. À medida que os crentes suportam as tribulações, eles trazem mais honra a Deus. Porém, a capacidade deles de suportar também os conduz à glorificação deles mesmos.
No texto do vs. 12 “Assim o nome de nosso Senhor Jesus será glorificado em vocês, e vocês nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”, o texto grego não contém o segundo "do" e pode, portanto, ser traduzido como "do nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo", o que constituiria um uso distinto do termo "Deus" para Jesus Cristo. Há ainda outras aplicações do termo "Deus" a Cristo no Novo Testamento (cf. Rm 9.5; Tt 2.13; 2 Pe 1.11). Paulo habitualmente fala de Cristo e de Deus Pai juntos numa unidade íntima em outras passagens dessas cartas (2 Ts 1.1,2; 2.16; 1 Ts 1.1; 3.11), e afirma de modo claro que os atributos da divindade pertencem a Cristo.
IV. O Justo Juízo do Senhor aos Infiéis
Na primeira carta Paulo e seus companheiros oraram pelo crescimento da fé e do amor dos tessalonicenses (1 Ts 3.11-13). Portanto, ao começar a segunda carta, agradecem a Deus pela maneira que ele já estava respondendo a estas orações nas vidas dos irmãos (2 Ts 1.3). Mesmo em meio a muita perseguição e tribulação, a fé e o amor deles continuava crescendo de tal forma que Paulo podia usar estes irmãos como exemplos perante as outras igrejas que ele visitava (2 Ts 1.4; 1 Ts 1.6-10; 2 Co 8.1-5). Paulo disse que tanto as provações quanto a confiança destes irmãos eram provas de que Deus é justo e que os estava preparando para o seu reino (2 Ts 1.5). De fato, enquanto muitos evitam a todo custo o passar por tribulações, a Bíblia ensina que elas são úteis, e que fazem parte do crescimento espiritual (Tg 1.2-4). Não que o cristão deva procurar ou provocar tribulação na sua vida ou na dos outros (cf. Rm 12.17,18), mas a própria vida de piedade traz perseguição para pessoas convertidas que ainda habitam um mundo dominado pelo mal (Jo 17.15,16; 2 Tm 3.10-13; 1 Jo 3.13).
Dando graças pelo reto juízo de Deus (2 Ts 1.6-10). Muitos se desesperam ao ver pessoas que não buscam a Deus se dando bem nesta vida enquanto as que o buscam em verdade sofrem (Sl 73.2-13). Porém, Deus a tudo vê e a justiça dele é verdadeira (Hb 4.12,13). Paulo consola os irmãos com a lembrança de que a justiça de Deus trará alívio para eles e tribulações para aqueles que agora os perseguem "quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder", ou seja, no dia de julgamento (2 Ts 1.6,7). Neste dia Deus há de tomar "vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus" (2 Ts 1.8). Ele é justo em assim fazer, porque todos foram criados para buscá-lo, e porque ele enviou seu Filho para os chamar por meio do evangelho (At 17.24-31; 2 Ts 2.13,14). No julgamento Deus fará clara distinção entre os justos e os injustos, expulsando os rebeldes da sua presença eternamente e sendo glorificado na obediência e na fé dos santos (2 Ts 1.9,10).
Conclusão
Paulo conclui este capítulo falando do nome do Senhor ser glorificado neles e eles sejam glorificados nele. É assim mesmo que acontece: primeiro damos toda a glória a Deus e Deus nos glorifica nele aprovando a sua obra que é feita pelo Espírito Santo. Quando reconhecemos que nossa suficiência vem de Deus e somente dele, reconhecemos que o homem nada é, mas Deus o usa e o glorifica ao usá-lo diante dos outros homens. Deus é demais!
Em vista da justiça eminente de Deus, Paulo e os outros continuam orando fervorosamente a favor dos irmãos, para que, ao passar por tudo, sejam cada vez mais preparados (2 Ts 1.11). Assim, quando Cristo vier para julgar, ele será mostrado justo - glorificado pela obediência destes irmãos que se mantiveram fiéis apesar das tribulações, e glorificando-os com o alívio eterno da graça da sua presença (2 Ts 1.12; 1.6,9).
Sugestão de Leitura da Semana: PEREIRA, Leonardo. Batalha pela Fé. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.
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