Comentarista: Eliezér Gomes
Texto Bíblico Base Semanal: 2 Tessalonicenses 2.1-17
1. Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,
2. Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
3. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
4. O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
5. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?
6. E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
7. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado;
8. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
9. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,
10. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
11. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;
12. Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.
13. Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;
14. Para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
15. Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
16. E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
17. Console os vossos corações, e vos confirme em toda a boa palavra e obra.
Momento Interação
Paulo tratou de diversos tópicos de importância para os tessalonicenses. O apóstolo os encorajou a rejeitarem os falsos profetas que ensinavam que Cristo já havia voltado. Ele relembrou seus primeiros ensinos de que a apostasia e o homem da iniquidade precederão a vinda de Cristo. Paulo pediu aos tessalonicenses para orarem por ele e pelo ministério de pregação do evangelho. Ele escreveu sobre o problema contínuo de andar desordenadamente, e que os cristãos devem ser fiéis em suas responsabilidades diárias nesta vida. Paulo fala aqui da volta de Jesus e da nossa união com ele. Que maravilha! Não é aquela união patética e sem graça de filosofias que excluem a pessoalidade das pessoas tornando-as um com Deus, sem qualquer individualidade. Nós também somos um com Deus, mas permanecemos sendo pessoas individuais. A preocupação de Paulo, como sempre, era de que não fossem enganados e todo seu trabalho fosse feito em vão. Ele zela por suas ovelhas e geme por elas até que Cristo nelas seja formado. Alerta então os irmãos para não serem enganados por eventos que ainda dependem de outros para que ocorram.
Introdução
Paulo fala aqui da volta de Jesus e da nossa união com ele. Que maravilha! Não é aquela união patética e sem graça de filosofias que excluem a pessoalidade das pessoas tornando-as um com Deus, sem qualquer individualidade. Nós também somos um com Deus, mas permanecemos sendo pessoas individuais. A preocupação de Paulo, como sempre, era de que não fossem enganados e todo seu trabalho fosse feito em vão. Ele zela por suas ovelhas e geme por elas até que Cristo nelas seja formado. Alerta então os irmãos para não serem enganados por eventos que ainda dependem de outros para que ocorram.
Paulo tratou de diversos tópicos de importância para os tessalonicenses. O apóstolo os encorajou a rejeitarem os falsos profetas que ensinavam que Cristo já havia voltado. Ele relembrou seus primeiros ensinos de que a apostasia e o homem da iniquidade precederão a vinda de Cristo. Paulo pediu aos tessalonicenses para orarem por ele e pelo ministério de pregação do evangelho. Ele escreveu sobre o problema contínuo de andar desordenadamente, e que os cristãos devem ser fiéis em suas responsabilidades diárias nesta vida. Nesse ponto, Paulo deu início à parte principal de sua epístola, instruindo os tessalonicenses sobre diversas questões importantes. Ele tratou da volta de Cristo (2 Ts 2.1-17), pediu orações (2 Ts 3.1-5) e insistiu que os crentes deveriam evitar o problema de andar desordenadamente com base numa interpretação incorreta da mensagem do evangelho (2 Ts 3.6-15).
Sobre a volta de Cristo, Paulo rebateu os falsos profetas que anunciavam que Cristo já havia voltado. Quando Paulo se referiu à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e ao nosso reencontro com ele, ele estava falando do "arrebatamento" dos santos (1Ts 4.17). O apóstolo Paulo não separou em múltiplas fases a reunião dos crentes com Cristo, como algumas perspectivas sobre a segunda vinda sugerem. Nessa sentença, o apóstolo equiparou o momento da vinda de Cristo com o arrebatamento na expressão "Dia do Senhor". Em outras passagens, a cena de todos os crentes reunidos diante do Senhor acontece "na sua vinda" (1 Co 15.23; 1Ts 2.19) e no "Dia do Senhor" Jesus (lTs 5.2; cf. 1 Co 1.7-8; 2 Co 1.14; Fp 2.16).
I. O Dia do Senhor está Perto!
A vinda do Dia do Senhor, um dia de escuridão e castigo (Jl 2.1,2). Ele emprega no livro referências a uma praga devastadora de gafanhotos que é comparada à invasão de um exército forte: “Correm como valentes; como homens de guerra, sobem muros; e cada um vai no seu caminho e não se desvia da sua fileira.... Assaltam a cidade, correm pelos muros, sobem às casas; pelas janelas entram como ladrão” (Jl 2.7,9). O castigo é tão terrível que as luminárias do céu retêm a sua luz: “Diante deles, treme a terra, e os céus se abalam; o sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor” (Jl 2.10; 3.15).
Depois destas descrições do castigo, o profeta levanta uma pergunta que pede resposta: “O SENHOR levanta a voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque é poderoso quem executa as suas ordens; sim, grande é o Dia do SENHOR e mui terrível! Quem o poderá suportar?” A resposta implícita nos versículos seguintes é uma das lições mais valiosas do livro, pois mostra que o homem que pode suportar um julgamento divino é aquele que se converte ao Senhor de fato: “Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (Jl 2.12,13). Deus avisa sobre o castigo iminente e chama seu povo a se arrepender. A resposta depende de cada um!
Em João 5.28,29 Jesus disse que todos os mortos (os justos e os ímpios) ouvirão sua voz, ao mesmo tempo, para saírem de suas tumbas. 1 Coríntios 15.50-55 indica que aqueles que ainda estiverem vivos, no retorno de Cristo, serão transformados de modo que possam herdar o reino de Deus, com corpos glorificados e incorruptíveis. Quando Cristo voltar, o mundo será destruído pelo fogo. "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pe 3.10-12). Muitos estão esperando que Cristo volte e fique na terra por muitos anos; mas isto será impossível, desde que a terra será destruída quando ele voltar.
Quando Cristo retornar, ele levará todos os homens para encontrá-lo no julgamento. Mateus 25.31-46 descreve o julgamento, minuciosamente. Aqui, Jesus disse que isso acontecerá quando ele voltar (v. 31). Paulo, também, falou do julgamento que acontecerá, na volta de Cristo. "E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquando foi crido entre vós o nosso testemunho)" (2 Ts 1.7-10).
Quando Cristo voltar, ele devolverá o reino a Deus. "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte" (1 Co 15.23-26). Cristo está reinando agora. Ele reinará até que o último inimigo seja destruído. Então ele devolverá o reino ao seu Pai. O último inimigo é a morte. Cristo destrói a morte pela ressurreição. Portanto, quando Cristo voltar e levantar todos os homens, ele estará destruindo o último inimigo e entregará, então, o reino ao Pai, para que ele reine eternamente.
II. As Manifestações do Anticristo
Como a "apostasia" deve vir e o "homem da iniquidade" (vs. 3) deve ser revelado antes que chegue o Dia do Senhor, os dois sinais devem também ocorrer antes do arrebatamento dos santos. Se os falsos mestres estavam alegando que o Dia do Senhor já havia acontecido (2 Ts 2.2) e estavam desse modo antecipando o arrebatamento para qualquer momento, o erro deles poderia ser desmascarado pela ausência desses sinais. É possível que epístolas falsificadas que usavam o nome de Paulo já estivessem em curso, pois o uso de pseudônimos era uma prática comum no mundo mediterrâneo daquela época. Com o objetivo de marcar essa epístola como genuína, o apóstolo a finalizou com sua própria assinatura (3.17-18). A ordem de Paulo tinha a intenção de assegurar que nenhum meio de ensino - até mesmo aquele pretensamente vindo dele - deveria ser acatado se afirmasse que o Dia do Senhor já tinha chegado.
No Antigo Testamento, o Dia do Senhor refere-se ao dia em que Deus destrói definitivamente seus inimigos e abençoa o seu povo (JI 3.14-21). Embora seja possível dizer que esse dia teve início durante o ministério terreno de Cristo, Novo Testamento geralmente reserva o termo para o dia em que Cristo retornará, quando esse acontecimento profético será consumado em toda a sua plenitude. Paulo os alerta para que não fossem enganados, mas antes do evento de Cristo vira a apostasia e depois seria revelado o homem do pecado, o filho da perdição (2 Ts 2.3). Isso deve se referir ao abandono da fé de muitos dentro da igreja (1Tm 4.1; 2Tm 3.1-9; Jd 17-19), ou a uma rebelião mundial contra Deus e contra a ordem. Essa apostasia está ligada ao "homem da iniquidade". As Escrituras não dão detalhes sobre essa expressão, porém parece mais fácil compreendê-la aplicando-a a um homem em particular que incorpora a impiedade, sobretudo na esfera da religião (cf. 1Jo 2.22).
Ele afastará aqueles que já se encontram inclinados contra o verdadeiro Deus (vs. 10) e cometerá, por fim, a mais abominável profanação de impor a si mesmo sobre a humanidade como seu objeto de culto (vs. 4). Ele virá segundo a eficácia de Satanás, como o oposto de Cristo, que veio segundo o poder de Deus (vs. 9); ele operará milagres fraudulentos, em contraste com Cristo, que operou os verdadeiros (v. 9; cf. At 2.22).Paulo retratou esse impostor como uma paródia vil do verdadeiro Cristo - como a sua antítese. Embora o apóstolo mesmo não tenha usado esse termo, "anticristo" (1 Jo 2.18,22; 4.3) é um sinônimo apropriado. O destino desse impostor está selado; ele será destruído na vinda de Cristo.
III. A Operação do Mistério da Injustiça
O "Homem do Pecado" se levantará contra tudo que se chama Deus – vs. 4. Essa descrição do homem da iniquidade ecoa aquela feita por Daniel sobre o "chifre" pequeno (Dn 7.8,20,24; 8.9-12; cf. Dn 11.31,36) e prenuncia a descrição de João sobre a besta que emergiu do mar (Ap 13.1-8). Tanto se opõe como se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração e ele vai ao extremo de assentar-se no santuário de Deus. Alguns têm concluído desse versículo que o santuário de Jerusalém, ainda existente quando Paulo escreveu essa carta, mas destruído em 70 d.C., deve ser reconstruído antes da vinda de Cristo a fim de servir homem da iniquidade.
No entanto, isso parece improvável já que Cristo pôs fim ao santuário do Antigo Testamento (Jo 2.19-22). Outros acreditam que a palavra "santuário" aqui diz respeito a um de seus significados no Novo Testamento: a igreja (Ef 2.19-22; 1Pe 2.5). A referência pode ser hiperbólica. Assim como o rei da Babilônia (Is 14.13-14) ambicionou colocar o seu trono no céu (cf. o rei de Tiro em Ez 28.2), este homem da iniquidade ostentará ser o possuidor do santuário celestial de Deus (Ap 13.6). Não deixa de ser essa, uma opção interessante às existentes e esperadas pelo povo de Deus. Destarte, não seria necessária a reconstrução do templo, embora seja essa reconstrução uma grande expectativa de todo judeu ortodoxo que aguarda o seu messias. A religião judaica é uma religião cruenta, mas somente podem ser oferecidos sacrifícios de animais no local onde hoje se encontra a mesquita muçulmana de Omar e em nenhum outro lugar da terra. Para eles não basta apenas o seu messias, mas o templo e uma vaca vermelha para o sacrifício.
Reconhecendo eles o seu messias e existindo uma vaca toda vermelha, de pelos vermelhos que seria examinada por um sacerdote, com certeza, eles invadiriam e fariam de tudo para tomarem aquele local onde está hoje o templo muçulmano, em Jerusalém. Ao que parece – vs. 6 -, o apóstolo Paulo acreditava que os tessalonicenses tinham entendido a identidade daquele que tem a capacidade de deter o mistério da iniquidade - talvez ele os houvesse ensinado sobre esse assunto anteriormente. Esse poder refreador é visto por Paulo tanto como algo impessoal, no vs. 6 ("o que o detém"), e como pessoal, no vs. 7 ("aquele que agora o detém"). Essa variação pode indicar que ele é uma instituição que pode ser representada por uma única pessoa.
Outros têm sugerido que a passagem e a história são simplesmente muito vagas para justificar especulações. Porém, qualquer que seja a interpretação, a vontade de Deus repousa de modo evidente por trás da instituição e da pessoa cujo propósito é deter o iníquo. Embora o homem da iniquidade ainda não tivesse aparecido, o apóstolo não queria que seus leitores baixassem a guarda, pois o mesmo poder satânico que, por fim, geraria esse indivíduo já estava presente e exercendo influência.
IV. O Julgamento do Senhor à Iniquidade
A advertência de Paulo foi semelhante à de João (1Jo 2.18). O mistério da iniquidade já estava em operação nos dias de Paulo, assim como está em nossos dias. O fato de ele ainda estar detido é sem dúvida um sinal urgente para a igreja cumprir a sua missão. A metáfora dizendo que ele seria revelado e o Senhor o destruirá com o sopro de sua boca – vs. 8 - é de Is 11.4, e ela reaparece na descrição da destruição final da besta e do seu falso profeta (Ap 19.15,21). A vinda de Cristo deve ser precedida pelo “aparecimento do iníquo". E será segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras – vs. 9 – onde muita gente desavisada, ou melhor, desatenta e que claramente rejeitaram ao Senhor, será ludibriada.
Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por isso que Deus lhes manda a operação do erro. Aqui, são afirmadas tanto a soberania divina como a responsabilidade humana. Deus faz com que aqueles que estão perecendo recebam a "operação do erro" e deem crédito à mentira". Essa linguagem afirma de modo decisivo a soberania divina sobre o injusto. Porém esse juízo da parte de Deus é uma resposta à culpa daqueles que estão perecendo: "porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" – vs. 10.
Os vs. 11 e 12 explicam que o poder da mentira será muito sedutor para justamente darem mesmo crédito a ela e serem condenados, simplesmente porque não creram na verdade, mas antes tiveram prazer na injustiça. Isso é muito terrível! Se você de fato busca a verdade, você a encontrará, mas se ela é uma desculpa para encobrir os seus pecados e sua vida contrária às leis de Deus, você também encontrará, mas não a verdade, e sim a mentira, para sua própria condenação. Há um tesouro teológico embutido nesses dois versículos – vs. 13 e 14. A maior parte das noções fundamentais da doutrina bíblica da salvação - eleição, vocação, fé, santificação e glorificação - estão presentes em suas relações mútuas nessa passagem.
Observe o trabalho harmonioso das três pessoas da trindade: Deus Pai, escolhendo e chamando; Deus Filho, executando as boas novas do evangelho e compartilhando a sua glória com seu povo; e Deus Espírito Santo, transmitindo sua graça santificadora (1 Pe 1.2). Com essa palavra “entretanto” – vs. 13 - Paulo começou a assegurar seus leitores sobre o contraste entre eles e aqueles que ele havia acabado de mencionar nos vs. 11,12 (aqueles que, pela sua recusa em amar a verdade, seriam presas fáceis do erro). O objetivo da eleição divina era que eles pudessem "ser salvos" quando Cristo voltar. O caminho que leva da eleição para a salvação final é "a santificação do Espírito" (1Ts 1.4).
Conclusão
Foi para a salvação por meio da santificação pelo Espírito e da crença na verdade (vs. 13) que ele nos chamou mediante o evangelho. O evangelho, que diz respeito ao filho de Deus (Rm 1.3), é o meio empregado por Deus para chamar pecadores à glória e assim alcançar também a glória de nosso Senhor Jesus Cristo – essa é outra maneira de falar sobre a salvação para a qual Deus chamou os crentes (Rm 8.30; 1 Ts 2.12; 1 Pe 5.10). Aqui, Paulo destacou o fato de as bênçãos da salvação pertencerem inteiramente a Cristo e àqueles que tomam parte nelas, somente porque Cristo compartilha com eles essas bênçãos. Quando Cristo voltar, todos os que o têm seguido até o fim serão exaltados e glorificados nos novos céus e na nova terra.
Em virtude de tudo o que fora dito, Paulo os exorta a guardar as tradições. Paulo usou o vocabulário de "tradição" como os rabinos comumente faziam: para identificar o conjunto de ensinos que eles transmitiam aos seus alunos. A fé cristã é construída com base nas "tradições" ou "ensinamentos" de Cristo e de seus apóstolos (1 Co 11.2; 15.1ss.; Ef 2.20). Essa terminologia não apoia a ideia de que a tradição da igreja está no mesmo nível que as Escrituras. Paulo transmitiu tradições práticas e doutrinárias dignas de crédito, tanto oralmente como por meio de epístolas (Rm 6.17; 1Co 11.2,23; 15.3; 2 Tm 1.13), mas somente suas palavras escritas foram preservadas para nós nas Escrituras.
Sugestão de Leitura da Semana: ROGÉRIO, Marcos. Defendendo o Evangelho de Cristo. São Paulo: Evangelho Avivado, 2019.
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