Comentarista: Éverton Souza
Texto Bíblico Base Semanal: João 4.6-24
6. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
7. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
9. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
10. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
12. És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13. Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
14. Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
15. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
16. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
17. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
18. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
19. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Momento Interação
A maioria de nós, se não todos, já sofreu por familiares ou amigos que não depositam sua fé em Jesus. Deus age de diversas maneiras na vida das pessoas, mas, mesmo assim, muitas continuam resistentes à Sua mensagem. O apóstolo também passou por essa experiência. Sua profunda oração era pela salvação dos seus compatriotas judeus. (Rm 10.1) Ao longo dos Evangelhos, percebemos que os israelitas possuíam uma profunda religiosidade externa; todavia, uma compreensão dos requisitos da justiça divina estava ausente (veja, por exemplo, as censuras de Jesus aos escribas e fariseus, em Mateus 23. Assim, Israel não se sujeitou à justiça de Deus – não obedeceu às Suas ordens para que cressem (Rm 6.17), procurando agir do próprio jeito (Rm 10.2-4). A despeito da boa vontade de Paulo (10.1) e dos braços estendidos de Deus, Israel não creu. Deus, muitas vezes, e de muitas maneiras, falou a Israel. Deu-lhes sua Lei. Enviou-lhes Seus profetas. Manifestou Seu poder providente e Sua libertação compassiva. Israel, porém, respondeu ao Senhor com rebeldia e deliberada ingratidão. As Escrituras haviam longamente testemunhado a respeito da vinda do Senhor Jesus (Jo 5.39) Paulo declara que “o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
Introdução
Como israelita crente em Jesus, o apóstolo Paulo sentia grande tristeza no coração por seus compatriotas não compartilharem sua fé. Nos tempos do Antigo Testamento, Deus escolheu a nação de Israel como Seu povo especial (Êx 19.5,6). Alianças foram seladas, leis e promessas, recebidas de Deus. Os patriarcas e o próprio Messias haviam sido israelitas (Rm 9.1-5). Apesar de todas as vantagens desfrutadas pelos judeus segundo a carne, a nação tragicamente havia rejeitado a Cristo. Isso significava que as promessas divinas não se cumpririam? O Senhor havia falhado com Israel? Haveria ainda um futuro para a nação, ou sua rejeição da fé seria final? E como as respostas a essas perguntas afetam a nós, cristãos gentios.
Existem intensos debates teológicos sobre o texto que está entre os capítulos 9 e 11 da Epístola aos Romanos. Estes capítulos tratam dos papéis dos judeus e dos gentios na História. Nos primeiros capítulos da epístola (Rm 1.1-3.20). Paulo mostra que tanto os judeus quanto os gentios são totalmente pecadores. Entre os capítulos 3 (vers. 20) e 8 (vers. 39), o Apóstolo ensina que ambos, judeus e gentios, encontram a salvação do mesmo modo. A partir do capítulo 9, Paulo concentra sua exposição sobre os papeis distintos de judeus e gentios no plano de Deus para a História. Em Romanos 9:1-29, o Apóstolo fala da soberana eleição divina, depois prossegue falando sobre a incredulidade e fé de Israel (Rm 9.30-11.10) abordando as oportunidades que Israel teve, o fato de que eles rejeitaram a justiça de Deus e, por último, o futuro de Israel. Depois, ele conclui com exortações para judeus e gentios (Rm 11.11-36).
I. Jesus provém da Tribo de Judá
Jesus é chamado o leão da tribo de Judá porque ele é o rei e sua família era da tribo de Judá. Deus tinha prometido que o salvador viria de Judá. O leão representa a força e o poder. Em Apocalipse 5.5, Jesus é descrito como o leão da tribo de Judá. Essa é uma referência a uma profecia de Jacó sobre a descendência de seu filho Judá. Cada um dos filhos de Jacó deu seu nome a uma tribo de Israel. No seu leito de morte, Jacó profetizou que Judá seria como um leão, que reina e tem poder (Gn 49.9,10). O leão é o rei dos animais. Por causa de sua força, o leão domina sobre seu território e todos os animais o temem. Por isso, o leão se tornou símbolo da realeza. Jacó profetizou que de Judá sairia um reinado eterno. Pelos seus pais terrenos, Jesus era descendente do rei Davi, que era da tribo de Judá. O reino de Davi terminou mas o reino de Jesus é para sempre! Ele é o verdadeiro leão de Judá, porque todo poder e toda a força pertencem a ele (Fp 2.9-11).
Na Bíblia, o leão é usado muitas vezes para representar força e poder. O leão não tem medo e enfrenta seus inimigos com coragem (Pv 28.1). Ele impõe respeito. Mas a figura do leão nem sempre está associada à nobreza e a coisas boas. Também pode representar a ferocidade e a violência. O leão persegue sua presa com astúcia e ataca sem misericórdia. Sua mordida é fatal. É por isso que a Bíblia diz que o diabo é como um leão que quer nos comer (1 Pe 5.8). Em algumas passagens, o ataque do leão também representa o castigo de Deus. A frase “Leão da tribo de Judá” aparece uma única vez nas Escrituras. No capítulo 5 do livro do Apocalipse, lemos sobre o livro selado com sete selos. O texto bíblico diz que ninguém, no céu, na terra e nem debaixo da terra, podia abrir o livro ou mesmo olhar para ele. Então João, que recebeu da parte de Deus as revelações registradas no livro do Apocalipse, ficou desesperado.
Ele chorava muito porque havia percebido que ninguém era digno de abrir o livro e desatar os seus selos. Então um dos anciãos disse a João: “Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos” (Ap 5.5). Esse versículo que designa Cristo como o Leão da tribo de Judá é uma clara referência a Gênesis 49.9,10. As palavras do ancião ecoam as palavras do patriarca Jacó. Antes de morrer, Jacó abençoou seus doze filhos. Esses filhos deram origem às doze tribos de Israel, que formavam o povo do Senhor. Em sua bênção, Jacó disse: “Você é um leãzinho, ó Judá. Você vem subindo, filho meu, depois de matar a presa. Encurva-se e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de entre seus pés, até que venha aquele a quem ele pertence; e a obediência das nações é sua” (Gn 49.9,10).
Considerando esse pano de fundo, fica fácil compreender o uso da figura do leão na bênção de Jacó. Ao dar sua benção sobre seus descendentes, Jacó distinguiu Judá, indicando que a tribo proveniente dele, seria aquela que governaria, isto é, o reino seria colocado em Judá. Por esse motivo, o patriarca designa Judá como filhote de leão. A profecia de Jacó foi confirmada posteriormente pela aliança davídica, visto que o rei Davi pertencia à tribo de Judá (2 Sm 7.16). Mas as palavras de Jacó encontram seu cumprido pleno somente em Cristo, o legitimo Leão da tribo de Judá. Assim, a figura do leão era um símbolo adequado para representar a linhagem real davídica da tribo de Judá. Essa linhagem, finalmente, culminou no Messias, Jesus Cristo. Ele é o verdadeiro rei que haveria de vir através dessa tribo, o representante final da casa de Davi. Por isto Ele é adequadamente designado no Apocalipse como o Leão da tribo de Judá.
II. A Salvação vem dos Judeus
Embora a Bíblia hebraica não indique especificamente em qualquer lugar que a descendência matrilinear deva ser utilizada, o Judaísmo rabínico moderno acredita que existam várias passagens no Torá onde isso seja entendido ou insinuado, tais como Deuteronômio 7.1-5, Levítico 24.10 e Esdras 10.2,3. Além disso, há vários exemplos nas Escrituras de gentios se convertendo ao Judaísmo (cf. Rt 1.16) e sendo considerados tão judeus como um judeu étnico. Então, vamos considerar estas três perguntas: Era Jesus um judeu etnicamente? Era Jesus um judeu religiosamente? E então, finalmente, se Jesus era um judeu, por que os cristãos não seguem o Judaísmo?
1) Era Jesus um judeu etnicamente, ou seja, era a sua mãe uma judia? Jesus claramente se identificava com os judeus de Sua época como o Seu povo e tribo, assim como com a religião deles (apesar de corrigir seus erros). Deus propositadamente o enviou a Judá: “Veio para o que era seu (Judá), mas os seus (Judá) não o receberam. Contudo, aos que o receberam (judeus), aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus...” (Jo 1.11,12) e Ele disse claramente: "Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus" (Jo 4.22).
O primeiro versículo do Novo Testamento claramente proclama a etnia judaica de Jesus. "Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão" (Mt 1.1). É evidente em certas passagens, como Hebreus 7.14: "Pois é evidente que o nosso Senhor descende de Judá", que Jesus descendia da tribo de Judá, da qual tomamos o nome "judeu". E o que dizer de Maria, a mãe de Jesus? Na genealogia de Lucas, capítulo 3, vemos claramente que Maria era uma descendente direta do Rei Davi, o que deu a Jesus o direito de ascender ao trono judaico, bem como demonstrou que Jesus era um judeu etnicamente.
2) Era Jesus um judeu religiosamente? Ambos os pais de Jesus tinham "feito tudo o que era exigido pela Lei do Senhor" (Lc 2.39). Seu tio e tia, Zacarias e Isabel, também eram judeus seguidores fiéis do Torá (Lc 1.6), por isso podemos ver que provavelmente toda a família levava a sua fé judaica muito seriamente. No Sermão da Montanha (Mt 5-7), Jesus sempre afirmou a autoridade da Torá e dos Profetas (Mt 5.17), até mesmo no Reino dos céus (Mt 5:19-20). Ele regularmente frequentava a sinagoga (Lc 4.16), e Seu ensino era respeitado pelos outros judeus de Seu tempo (Lc 4:15). Ele ensinou no templo judaico em Jerusalém (Lc 21.37), e se não fosse um judeu, a Sua ida àquela parte do Templo simplesmente não teria sido permitida (At 21.28-30).
3) Então, se Jesus era judeu, por que é que os cristãos não seguem o Judaísmo? As Leis do Judaísmo foram dadas a Moisés para os filhos de Israel em um pacto sagrado e especial no Monte Sinai, assim como registrado no livro do Êxodo. Nesta aliança, Deus escreveu as Suas leis em tábuas de pedra e Israel foi ordenado a ser obediente em tudo o que lhes tinha sido revelado. Entretanto, esta aliança maravilhosa era apenas um retrato de um pacto novo e melhor que Deus um dia daria ao Seu povo, tanto os judeus quanto os gentios. Os cristãos não seguem o Judaísmo hoje porque a aliança mosaica foi cumprida em Jesus Cristo. Jesus disse: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir" (Mt 5.17). E o escritor aos Hebreus escreveu: "Chamando ‘nova’ esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido, está a ponto de desaparecer" (Hb 8.13).
Como cristãos, não mais precisamos seguir a antiga aliança porque ela foi substituída. Temos agora uma melhor aliança, com um melhor sacrifício, administrada por um melhor Sumo Sacerdote! "Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel" (Hb 10.19-23).
A Bíblia nos revela que no início, Deus, escolheu um povo para ensinar seus preceitos, sua lei, sua vontade. Devemos nos alegrar, porque através dos escolhidos, a vontade de Deus, de uma forma, ou de outra, chega até nós. Atos dos Apóstolos também, revela que a Salvação é também, para os pagãos, salvo erro meu. Não se acende uma lamparina debaixo da cama. Os que estão fora do caminho é que precisam ser resgatados. Não se trata de controvérsia e considero os Judeus, um povo especial.
III. Importa que adorem à Deus em Espírito e em Verdade
Adorar em espírito e em verdade é adorar a Deus de todo coração, com a ajuda do Espírito Santo. A verdadeira adoração vem do coração, não de fatores externos como o lugar, a cerimônia ou palavras repetidas. Adorar em espírito e em verdade é adorar com sinceridade e fé (Jo 4.23,24). Adorar é mostrar amor, respeito e dedicação a Deus. Rituais como ir à igreja e cantar louvores ajudam a expressar essa adoração mas só têm valor quando são fruto do desejo do coração de adorar a Deus. Deus não se agrada de rituais sem sinceridade (Sl 51.16,17). Adorar em verdade é adorar por querer adorar a Deus, por tudo que Ele é e tudo que Ele faz. Adorar em espírito é adoração viva. O espírito é aquilo que nos liga a Deus e nos dá vida. A verdadeira adoração vem da comunhão com Deus. Podemos ter essa comunhão através do Espírito Santo, que mora dentro de cada pessoa salva (At 2.38).
Jesus falou sobre adorar em espírito e em verdade porque uma mulher samaritana lhe tinha perguntado como se deve adorar a Deus. Os judeus e samaritanos brigavam sobre a forma correta de adorar a Deus. Os judeus adoravam no templo em Jerusalém mas os samaritanos achavam que a adoração deveria ser feita no monte que eles consideravam sagrado (Jo 4.19-21). No Velho Testamento Deus tinha escolhido o templo de Jerusalém como o único lugar de adoração, para impedir que os israelitas misturassem a adoração ao Deus verdadeiro com a adoração a deuses falsos. No templo, debaixo da instrução dos sacerdotes, os judeus aprendiam sobre Deus, o adoravam e ofereciam sacrifícios (Dt 12.4-7). A localização era importante mas não era o mais importante. O que contava era a atitude dos adoradores.
Tanto os judeus quanto os samaritanos perderam esse foco. Muitos deles começaram a dar mais importância ao lugar e às cerimônias que ao estado do coração dos adoradores. No seu pensamento, quem cumprisse os rituais de maneira certa estava bem com Deus, mesmo se não fosse feito pelas razões certas nem com sinceridade. Adorar a Deus era apenas um ritual. Jesus voltou a centrar a atenção naquilo mais importava: o coração. O grande mandamento é amar a Deus com tudo que somos (Mt 22.37,38). Essa é a verdadeira adoração. Muitos se escudam no legalismo, outros no formalismo, sem nos esquecermos dos tradicionalistas. Os emocionalistas acusam os racionalistas, e surgem inúmeras forma de fanatismos. Porém, todos se esquecem que somente os nascidos de novo podem adorar a Deus em espírito e em verdade. Quando o homem nasce de novo através da mensagem do evangelho, não há um tempo ou lugar específico para adorar. Os verdadeiros adoradores adoram em todo tempo e em todos os lugares.
A Bíblia demonstra que, se o homem adora em espírito, concomitantemente ele está na Verdade, e se adora ’em verdade’ é porque vive em Espírito! Adoração não é um estilo de vida como apregoam. Adorar em espírito e em verdade só é possível quando se conhece a Deus, ou seja, quando Deus passa a habitar no homem “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17). Quando é que o homem passa a estar em Deus e Deus no homem, fazendo morada? (1 Co 3.16). Somente após crer na mensagem do evangelho “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13).
Conclusão
Em suma: para adorar em espírito e em verdade é preciso crer no que anunciou os profetas: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós um coração novo e um espírito novo (…) Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 18.31; 36.25-27). Somente o Espírito Eterno, pode purificar o homem através da palavra do evangelho (água pura). O ‘aspergir água pura’ é o mesmo que nascer da água. Somente Deus pode aspergir a água pura, ou seja, o nascer do Espírito. Somente Deus pode fazer do homem uma nova criatura, com novo coração e um novo espírito (Sl 51.10; Is 57.15).
A nova criatura, ou o novo homem em Cristo é gerado de Deus para a sua glória (Jo 1.12). Deus cria, forma e faz o novo homem em verdadeira justiça e santidade para a sua própria glória “A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz” (Is 43.7). Somente os nascidos da água e do Espírito, ou seja, da verdade e do Espírito são capazes de adorar a Deus em espírito e em verdade, pois estes foram criados para louvor da glória de Deus, ou seja, adoração verdadeira (Ef 1.6,12,14 ). O verdadeiro louvor e adoração são provenientes da obra criada por Deus (nova criatura), pois quem dentre as suas criaturas poderá acrescentar honra, glória e louvor a Deus? É por isso que Deus faz todas as coisas para louvor de sua glória!
Sugestão de Leitura da Semana: JÚNIOR, Carlos Alberto. A Obra da Redenção. São Paulo: Evangelho Avivado, 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário