Por Leonardo Pereira
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9.10). A busca pela sabedoria jamais pode ser separada da busca por Deus. Se a nossa filosofia não é controlado por uma teologia firme, enfrenta uma barreira impossível de superar.
As verdades fundamentais sobre Deus constituem as bases do conhecimento. A realidade de Deus é a coisa mais importante que pode-se saber e também a mais óbvia (Rm 1.19,20). No abecedário do conhecimento, começamos com Deus. Aqueles que não crêem muitas vezes se vêem como mais avançados no seu conhecimento. Mas “nenhuma arte, nenhuma filosofia, nenhuma ciência, nenhuma literatura, nada adquirido intelectualmente nem feitos de qualquer tipo compensarão a ignorância em relação a Deus; a alma que não o conhece é um homem ignorante; a época que não o conhece é uma época ignorante” (W. Clarkson).
O conhecimento sobre Deus também é a “base” do conhecimento. É o princípio de organização que unifica todo o resto, a moldura dentro da qual todas as informações se encaixam. “No dia em que acreditei em Deus de verdade,” escreveu Dag Hammarskjold, “pela primeira vez a vida fez sentido para mim e o mundo tinha um significado.” Em Deus, o caos dos fatos se torna um cosmos de conhecimento.
A verdade simples é esta: não ficaremos sábios sem buscar a Deus, e não buscaremos a Deus sem humildade, respeito e reverência. Por isso o temor do Senhor é o “princípio” da sabedoria. O orgulho sempre corrompe o processo de aprendizagem. A ilusão de que sabemos mais do que realmente sabemos (junto com a falta de vontade de aceitar verdades que podem ter conseqüências indesejadas) farão com que não progredimos na sabedoria. É o respeito pelo Criador que abre a porta para o crescimento intelectual.
Paulo escreveu sobre certos indivíduos que “detêm a verdade” (Rm 1.18). Há aqueles, ele disse, que evitam os fatos e “desprezam o conhecimento de Deus” (Rm 1.28). Estas são palavras fortes, sem dúvida, mas precisamos escutá-las. Permitimos que Deus seja o princípio da nossa sabedoria do mundo real? Honesta-mente aceitamos isso, a mais fundamental de todas as verdades: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1)?
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